Sinais de aquecimento na economia

Quem apostava num Brasil fraco com um presidente metalúrgico, todos os dias precisa repensar a sua estratégia política. Ano que vem as eleições vão movimentar o nosso país e possivelmente queiram atribuir ao Governo Federal os ônus da crise econômica. Mas o consenso é que se há algum culpado esse não é o presidente Lula e, pior, quem tiver ousadia de fazer tal acusação terá grande prejuízo político.

O Brasil está firme no combate à crise e a economia já volta a se aquecer. A redução do IPI, os financiamentos habitacionais, as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), aumento real do salário mínimo, entre outras medidas se mostraram eficazes. Podia ser mais. Mas para quem teve tucano privatizando, avançamos muito.

Os trabalhadores, que poderiam se assustar com a crise, mostraram força. Pesquisa divulgada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra dois importantes resultados para os trabalhadores.

1 – Em 2008 houve 411 greves. É o maior número de movimentação de trabalhadores desde de 2004. A pesquisa mostra também que 54,5% dos movimentos são da iniciativa privada, pela primeira vez o setor público tem menos greve, comparadamente. Essas greves tinham o caráter propositivo, em 69% dos casos se buscavam mais benefícios e melhores salários.

2 – O resultado de tanta movimentação em 2008 significou conquista em 2009. Nova pesquisa do Dieese, agora para saber sobre os reajustes salariais. Em 2008, 89% das negociações alcançaram êxito na recomposição; o resultado de 2009 subiu para 96%. No meio de uma crise econômica mundial os números são extremamente positivos e mostram caminhos da nossa atuação sindical.

A nota negativa fica por conta da redução de juros que podia ser menor, mas já mostra um caminho no sentido de cortes. Os movimentos organizados precisam discutir as taxas bancárias. Se é verdade que os juros estão altos, também é verdade que para o trabalhador a taxa é ainda maior. Enquanto o governo tem juros de 8,75% ao ano, a maioria dos bancos cobram cerca de 150% ao ano dos seus clientes: é apenas abuso ou roubo?

 

 

Trabalhador da Basf é reintegrado

O Sindicato conseguiu uma importante vitória frente à empresa Basf. Um trabalhador foi demitido em 2008 e a empresa sabia que o mesmo tinha doença ocupacional. O Sindicato entrou com ação judicial e, no dia 8 de julho, ganhou liminar, garantindo reintegração e pagamento de todos os salários atrasados (de outubro de 2008 à julho de 2009).

O trabalhador participou de uma Comissão de acompanhamento do acordo de compensação de horas e isso não foi bem recebido pela Basf. A solução encontrada pela empresa foi a simples demissão. No mesmo período verificou-se que o trabalhador tinha problemas de saúde e, por isso, deveria ter assistência da empresa. No entanto, a empresa pouco se importou e não reconheceu a doença.

O Sindicato emitiu a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) que foi deferida pela Previdência. Até outubro de 2008 o trabalhador ficou afastado, prova da sua saúde prejudicada. A empresa não aceitava negociar uma transferência para alguma função adequada à situação de saúde do trabalhador. A única saída foi entrar com a ação judicial. Assim, garantiu-se o emprego do trabalhador que, agora, atua em função burocrática na manutenção.

O diretor do Sindicato, Edson Passoni, alerta que casos iguais a esses não podem ocorrer: “após a alta médica da Previdência, o trabalhador está sob a responsabilidade da empresa. O contrato de trabalho volta a vigorar conforme Lei 8213/91, artigo 63. A Basf tinha que assumir o pagamento do funcionário”, explica Passoni.

Falta de diálogo – Em maio de 2008 o Sindicato solicitou um PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), mas a empresa não demonstrou boa vontade e até hoje não entregou o programa. Depois de mais de um ano de tentativas de negociação frustradas, o Sindicato encaminhou (20/julho/2009) carta, solicitando visita técnica com a presença do engenheiro de Segurança. O objetivo é avaliar se os trabalhadores estão expostos a agentes nocivos à saúde.

Estudo do Dieese revela: Privatização das telecomunicações impôs arrocho e demissões a funcionários

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou o estudo “O emprego no setor de telecomunicações 10 anos após a privatização”, no qual busca dimensionar o perfil do emprego no setor e as consequências sobre os trabalhadores. O estudo aponta que as empresas privatizadas empregam hoje menos trabalhadores do que no período das estatais.

Em 1994, na época das estatais, o setor empregava 128.500 trabalhadores registrados. Em 2002, o número caiu para 106.400 empregados e em 2003, a redução chegou a 88.100 postos no setor.

“Com o advento da privatização, as relações de trabalho tornaram-se mais instáveis e vulneráveis; a rotatividade ampliou-se significativamente; as regras de progressão funcional e a remuneração tornaram-se mais vinculadas ao comportamento da produtividade e ao desempenho individual; os salários reais declinaram; o ritmo de trabalho intensificou-se consideravelmente, entre outros aspectos”, diz o estudo.

Para João Moura, secretário-geral da Federação Interestadual de Trabalhadores em Telecomunicações (Fittel), a redução da quantidade de empregos formais depois da privatização foi causada pelo grande número de terceirizações ocorridas no setor. E atingiu todas as áreas como atendimento, manutenção de equipamentos e vendas, ocasionando uma queda na qualidade dos serviços de telecomunicações. Uma das consequências é a pane na prestação dos serviços, como ocorreu recentemente com o Speedy da Telefónica, de São Paulo. Segundo Moura, é preciso uma posição mais forte do governo no acompanhamento da qualidade dos serviços, assim como uma cobrança maior da população.

Conforme o Dieese, “a remuneração média mensal dos empregados no setor de telecomunicações se reduziu em termos reais ao longo do período estudado. Se nos primeiros anos da série a remuneração média estava próxima dos R$ 3.100 mensais, no biênio 2004-2005, este valor tinha caído para cerca de R$ 2.600 ao mês, em valores corrigidos para os preços de dezembro de 2007”.

O setor de telecomunicações recebeu investimentos públicos na ordem de R$ 21 bilhões, entre 1996 e 1998, além de um forte ajuste tarifário. Entre 1998 e 2007, “os preços das tarifas telefônicas no município de São Paulo elevaram-se em mais de 121,0%, ao passo que o índice geral da inflação acumulou, em igual período, um aumento de aproximadamente 93,41%.

http://www.horadopovo.com.br/

Mais informações acesse: http://www.cut.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=15812

Fundacentro promove debate sobre Segurança Química

Nos próximos dias 4 e 5 de agosto acontecerão na Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro/MTE), em São Paulo, dois workshops sobre Segurança Química no Brasil. Os profissionais ligados a área poderão se atualizar a respeitos das últimas resoluções aprovadas pelos organismos internacionais e discutir formas de prevenção de acidentes químicos. 

O primeiro, no dia 4, terá como tema “Workshop de atualização de informações sobre Segurança Química”. Ele é promovido pela Fundacentro, em parceria com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente do estado de São Paulo (CETESB), a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e o Sindicato dos Químicos do ABC. Nele serão apresentadas as resoluções aprovadas na 4ª Conferência das Partes da Convenção de Estocolmo, II Conferência Internacional sobre Gerenciamento de Substâncias Químicas (ICCM II) e Conferência Internacional Tripartite sobre Gestão Segura de Produtos Químicos.
 
O segundo, no dia 5, será “Workshop OIT 174: Experiências e Práticas na Prevenção de Grandes Acidentes Industriais”. Ele é uma ação do Grupo de Estudos Tripartite da Convenção 174 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Secretaria de Inspeção do Trabalho e Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho do MTE e da Fundacentro.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site www.fundacentro.gov.br


Programação do dia 4 de agosto

13h30m: Inscrições e Abertura

13h30m às 14h : A Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes / Resoluções da 4ª Conferência das Partes, Genebra 2009

Palestrante: Lady Virgínia Traldi Meneses- CETESB

14h às 14h30m: Sistema Estratégico para o Gerenciamento Internacional de Substâncias Químicas / Resoluções da ICCM II, Genebra 2009

Palestrante: Fernando Vieira Sobrinho – Fundacentro


14h30m às 15h: Debates

15h às 15h15m: Intervalo

15h15m às 15h45m: Carta de Princípios / Propostas do Brasil da Conferência Internacional Tripartite / Proposta de Mecanismo Coordenador de Ações Interinstitucionais em Segurança Química no Brasil

Palestrantre: Nilton Freitas – ICEM


15h45m às 16h15m: A Indústria Química e o SAICM no Brasil

Palestrante: Representante da Abiquim


16h15m às 16h45m: Debates
 

16h45m às 17h30m: Mesa sobre Propostas de Ações Institucionais e Interinstitucionais sobre Segurança Química no Brasil

Palestrantes: CETESB – Lady Virgínia Traldi Meneses

ICEM – Nilton Freitas

Fundacentro – Fernando Vieira Sobrinho

DSST/MTE – Roque Puiatti

Ministério da Saúde – Jorge Mesquita Huet Machado

Representante da ABIQUIM

Representante do Ministério do Meio Ambiente

Programação do dia 5:


9h: Abertura e Histórico do GET/OIT 174

9h30m: Experiência das SRTE´s/MTE em Notificações Coletivas para a Prevenção de Grandes Acidentes Industriais: SRTEs, RS, SP e BA

Debatedores: Representantes de empregadores e trabalhadores

Intervalo

11h: Abordagens e metodologias para a Investigação de Grandes Acidentes Industriais: Saúde Coletiva. Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (UNESP)


11h40m: Investigação de Grande Acidente Industrial Envolvendo Tanques de Álcool: Fundacentro-SP


Debates – Intervalo para almoço
 

14h: Investigação e Análise do Acidente Químico Ocorrido em Diadema-SP: SRTE/SP

Debatedor: Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias Químicas do ABC do ABC/SP

Debates – Intervalo


15h30m: Práticas de Gestão da indústria para a Prevenção de Grandes Acidentes Industriais: Abiquim e Petrobrás

Debatedores: Representantes de governo e trabalhadores
 

16h40m: Apresentação do Vídeo sobre Prevenção de Grandes Acidentes Químicos: Fundacentro/SP

17h: Debates Finais, Conclusões e Encerramento

Assessoria de Imprensa do MTE
(61) 3317-6537 – acs@mte.gov.br

Mais informações acesse: http://www.mte.gov.br/sgcnoticia.asp?IdConteudoNoticia=5962&PalavraChave=workshop,%20fundacentro,%20seguran%C3%A7a

Memorial da América Latina

O Pavilhão da Criatividade do Memorial da América Latina inaugura, no dia 23 de julho, a exposição “Uma Pequena Estória da História da América Latina”, voltada principalmente para o público infanto-juvenil.

A exposição é composta de painéis ilustrados e recortes artesanais que destacam, de forma lúdica, alguns momentos da história do continente, como as relações entre os nativos antes da chegada de Colombo, os descobrimentos e o Tratado de Tordesilhas. Além disso, estas partes são ilustradas com peças da reserva técnica do Pavilhão, algumas das quais nunca foram expostas ao público.

Trata-se de um Mapa da Mina para jovens visitantes percorrerem os caminhos – passados e presentes –, deste Continente do qual fazemos parte. Os países representados são: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru , Uruguai e  Venezuela.

A mostra ficará em cartaz até 11 de outubro no Espaço e Exposições Temporárias. E, a qualquer momento, vale uma visita ao acervo permanente do Pavilhão da Criatividade, que abriga uma coleção de cerca de 4.000 peças de arte popular latino-americana. 

Serviço:
Uma Pequena Estória da História da América Latina
Período: de 23 de julho a 11 de outubro
De terça a domingo, das 9h às 18h
Local: Memorial da América Latina / Pavilhão da Criatividade
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda (ao lado do metrô)
Entrada franca

Mais informações acesse: http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/AgendaDetalhe.do;jsessionid=D2E1AB76222F94B1451AD40134B044DC?agendaId=1422

Financiamento habitacional cresce mais que o saldo de todas as operações de crédito

Brasília – O financiamento habitacional tem apresentando crescimento maior do que o saldo de todas as operações de crédito do sistema financeiro. Segundo dados do Banco Central, divulgados hoje (23), enquanto o estoque de operações de crédito habitacional cresceu 3,5% em junho, em relação a maio, o crescimento do volume dos financiamentos do sistema financeiro foi de 1,3%.

No total, o financiamento habitacional chegou a R$ 74,067 bilhões em junho. No primeiro semestre, o crescimento do crédito habitacional foi de 17,1%. No mesmo período, o saldo total das operações de crédito teve alta de 4,2%.

Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, o prazo dos financiamentos está aumentando, o que estimula a tomada de recursos para comprar casa. Em junho, o prazo médio do financiamento imobiliário chegou a 2.959 dias corridos. Em relação a maio, houve aumento de 99 dias e, no primeiro semestre, de 247 dias.

Mais informações acesse:

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/07/28/materia.2009-07-28.6480262136/view