Barril do petróleo para capitalizar Petrobras vai custar US$ 8,51

O barril do petróleo que será usado para a capitalização da Petrobras vai custar em média US$ 8,51. O valor foi comunicado na manhã desta quinta-feira (2) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O preço do barril é importante para definir o valor da capitalização da Petrobras, prevista para ocorrer no dia 30 de setembro. A capitalização será feita por meio da cessão onerosa, na qual o governo poderá ceder à estatal até 5 bilhões de barris de petróleo em áreas ainda não concedidas. O valor da cessão onerosa dos cinco bilhões de barris será de US$ 42,533 bilhões.
 
No fim do ano passado, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) contratou a Petrobras para fazer as perfurações que permitirão a coleta de informações sobre os reservatórios do pré-sal. A partir daí, a agência e a estatal definiram as áreas a serem repassadas por meio da cessão onerosa.
 
Com base no volume que será cedido pela União à Petrobras, uma empresa especializada e independente definiu o valor para essas reservas. Somente com o valor divulgado, a estatal poderá fazer uma oferta privada de ações na bolsa de valores para captar os recursos.
 
Os membros do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estiveram reunidos durante duas horas na tarde desta quarta (1º) no Ministério de Minas e Energia para definir os detalhes da operação. O conselho é formado por integrantes dos ministérios de Minas e Energia, Planejamento, Fazenda, Meio Ambiente, Agricultura, Integração Nacional, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, além da Casa Civil, representantes de estados e de universidades. Depois disso, integrantes do Conselho de Administração da Petrobras se reuniram no Ministério da Fazenda.
 
Para calcular quanto custa cada barril de petróleo, o governo levou em conta as avaliações independentes contratadas pela Petrobras e pela ANP. Um valor mais alto para o barril representa perdas para a Petrobras e ganhos para a União.
Segundo Mantega, sete campos de reserva serão entregues à Petrobras para exploração: Tupi Sul, Florim, Peroba, Tupi Nordeste, Guará, Iara e Franco. O campo de Peroba, no entanto, só será acionado se a extração nas demais reservas não alcançar o volume de 5 bilhões de barris.
 
O valor de US$ 8,51 por barril refere-se à média dos campos de petróleo. O campo de Franco, que deverá fornecer cerca de 3,1 bilhões de barris, terá o valor mais alto: US$ 9,04. O menor valor será o do petróleo extraído do campo de Iara: US$ 5,82.
 
Mantega

O ministro da Fazenda classificou como inédita a operação para capitalizar a estatal brasileira de energia. “Esta é a maior operação dessa natureza que já foi feita”, disse.
 
O processo de capitalização terá um índice mínimo de nacionalização de 37% para o período exploratório. Na fase de implantação, o mínimo passa para 55% e o médio para 65%. “É uma maneira de fomentar a industrialização do país”, disse Mantega. A capitalização terá um retorno de 8,83% ao ano.
 
O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse que o processo vai sofrer revisões individualizadas por blocos. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, lembrou que a escolha da área de Franco para fazer a maior capitalização reflete o melhor conhecimento exploratório que existe no momento. “Não teremos nenhum risco em relação ao volume (de petróleo)”, disse.
 
No fato relevante enviado hoje ao mercado, a Petrobras afirma que o valor do contrato de cessão onerosa foi determinado por meio de negociação entre a Petrobras e a União, baseado em laudos elaborados por certificadoras independentes. Também ressalta que todos os termos do contrato foram aprovados pelo Conselho nacional de Política Energética (CNPE).
 
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Expansão da Previdência Social deverá ser completada em 2011, diz ministro

O Ministério da Previdência Social deverá inaugurar ainda este ano 300 novas agências e postos de atendimento para os segurados, dentro do plano de expansão elaborado há alguns anos, que prevê a instalação de 720 novas unidades. Elas vão cobrir 1.670 cidades com população a partir de 20 mil habitantes, ampliando a rede atual que soma 1.139 unidades fixas e atende a 985 municípios.

De acordo com o ministro Carlos Eduardo Gabas, a instalação nesta semana de duas unidades no estado do Paraná elevou para 14 o número  de inaugurações feitas neste ano. O plano de expansão, segundo ele, só ainda não foi totalmente implementado por causa da crise financeira internacional que provocou atraso no cronograma em 2009. A previsão é de que a meta seja totalmente alcançada pelo próximo governo ao longo de 2011.
 
Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro – produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços – o ministro Carlos Eduardo Gabas destacou que a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de “que a expansão traga melhora no atendimento, aproximando cada vez mais o cidadão da proteção previdenciária. Tudo será feito dentro da regra de não escolher específicamente um estado ou região que será mais beneficiada, mas as cidades acima de 20 mil habitantes”, afirmou.
 
Os segurados serão atendidos em ambientes modernos e confortáveis, em agências climatizadas, com mobiliário novo, dotadas de equipamentos de informática e dispositivos de segurança. Os prédios vão contar com adaptação para o acesso de pessoas com deficiência.
 
No momento, estão sendo feitas também reformas e construções de novos prédios para abrigar unidades de atendimento que estavam funcionando em imóveis alugados ou emprestados. Segundo Gabas, no estado do Amazonas existem atualmente 16 unidades funcionando e deverão ser construídas mais 18. Ele lembra que grande parte da população da região vive à beira de rios e que os segurados são atendidos em Previbarcos, que acomodam os consultórios.
 
O ministério  pretende ampliar esse atendimento volante, utilizando também barcos de outros órgãos, como a Marinha, com a assinatura de convênios em que entra a participação da Caixa Econômica Federal. O objetivo é “facilitar a assistência a uma população que, às vezes, precisa viajar até um dia inteiro para receber atendimento”.
 
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PIB per capita cresceu 21,7% nos últimos 14 anos, mostra pesquisa

As vésperas da divulgação do Produto Interno do Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2010, na sexta-feira (3), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou hoje (1°) balanço do crescimento da economia nos últimos 14 anos.

Entre 1995 e 2009, o PIB per capita – a soma das riquezas e dos serviços produzidos no país dividida por toda a população – passou de R$ 4.441 para R$ 5.405. O aumento foi de 21,7% no período. O crescimento do PIB foi observado até 2008, quando o país foi afetado pela crise financeira internacional, no segundo semestre.
 
Os dados são da pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS), que reúne em 400 páginas informações das áreas social, econômica e ambiental.
 
O estudo também mostra a interiorização da atividade econômica no país. Nos estados da regiões Norte, Centro-Oeste e Sul, o PIB per capita superou a média nacional (R$ 5.405) e chegou a R$ 9,1 mil, R$ 17,8 mil e R$ 16,5 mil, respectivamente.
 
“O indicador tem melhorado um pouco em alguns estados e representa alterações relativas, embora discretas, na posição por unidade da Federação”, afirmou um dos técnicos da pesquisa, Wadih João.
 
De acordo com os dados do IBGE, no entanto, o Sudeste ainda é a região que concentra o maior PIB per capita – R$ 19,2 mil. No Nordeste, esse valor é de R$ 6,7 mil.
 
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Cerrado precisa de unidades de conservação, diz IBGE

O Cerrado, que ocupa lugar de destaque na produção de grãos no país, perde cada vez mais em biodiversidade com o avanço do desmatamento, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (1º). Segundo o documento, 85 mil quilômetros quadrados (km²) de cobertura nativa do Cerrado (cerca de 4,1% do atual 1.052 milhão de km²), foram destruídos entre 2002 e 2008, de acordo com informações do Ministério do Meio Ambiente.

Com 48,3% de toda a área original de Cerrado já derrubada, pesquisa Indicadores de Desenvolvimentos Sustentável (IDS) 2010 chama atenção para o ritmo do desmatamento do bioma e sugere medidas urgentes, como a criação de unidades de conservação em áreas de fronteira agrícola.
 
“Especial atenção e medidas de proteção e controle se fazem necessárias”, informa o texto, ao destacar a necessidade de salvar “aquela que é considerada a savana mais biodiversa do mundo”, e que registra taxas de desflorestamento mais altas que as da Amazônia – onde a área desmatada é de 14,6% e o desflorestamento caiu cerca de 40% entre 2002 e 2008.
 
O Cerrado se destaca não só pela diversidade de espécies de flora e fauna, mas sobretudo pela produção agrícola. A Região Centro-Oeste, onde está localizada a maior parte do bioma, deve produzir 51 milhões de toneladas de grãos na safra 2009/2010, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Com 28 milhões de toneladas de grãos colhidos na safra 2008/2009, a maior produção do Centro-Oeste, o Mato Grosso foi o estado com maior área de Cerrado desmatada entre 2002 e 2008: 17,5 mil km², seguido do Tocantins (12,1 mil km²).
 
Segundo a pesquisa, a expansão para estados do Norte e Nordeste no período, acompanha a extensão de atividades agropastoris, que eram mais comuns no Cerrado vindo do Sul e Sudeste.
 
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Assembleia aprova pauta de reivindicações por unanimidade

Reunidos na Sede do Sindicato, cerca de 500 companheiros aprovaram, na primeira Assembleia dos trabalhadores com data-base em 1º de novembro, por unanimidade, a pauta de reivindicação da Campanha Salarial 2010. Mobilizados, os trabalhadores participaram das discussões e firmaram compromisso de fazer todo o esforço necessário para repassar as informações para os companheiros que não puderam comparecer. A Assembleia ocorreu no dia 24 de setembro, sexta-feira, às 19 horas.

Os setores que estão em Campanha são: Químicos, Plásticos e Cosméticos, entre outros. A expectativa é alcançar toda a pauta, até porque os ganhos das empresas têm sido excelentes e outros setores do empresariado também têm negociado com reajustes que ampliam o poder de ganho salarial dos trabalhadores. Exemplo é o que aconteceu com os trabalhadores metalúrgicos, que obtiveram 10,81%. Com muita mobilização, pleiteamos 13%!
 
João Carlos de Rosis, secretário geral do Sindicato, disse que: “A participação dos trabalhadores foi excelente. Isso consolida o trabalho realizado na Fetquim/ CUT e no Encontro de Trabalhadores em Cajamar. A categoria aprovou uma pauta de reivindicações que os patrões podem atender sem qualquer problema. Por isso, precisamos fortalecer as mobilizações”, explicou.
 
Haverá na próxima semana, o dia 29 de setembro, a entrega da pauta para os patrões. A pauta aprovada será colocada para discussão. Ela tem sete eixos principais, além de uma série de alterações e novas propostas.
 
Abaixo, os sete eixos da pauta aprovada:
 
• Reajuste de 13%
• Piso Salarial de R$ 1.060,00
• PLR de R$ 1.200,00
• Redução da Jornada para 40 horas com sábados livres e sem redução de salários
• Organização no Local de Trabalho
• Licença-maternidade de 180 dias
• Direitos iguais para os terceirizados
 

Jornalistas protestam contra fechamento do Jornal do Brasil

Jornalistas promoveram hoje (31) um protesto contra o fim da edição impressa do Jornal do Brasil (JB). A manifestação foi realizada na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, reunindo cerca de 200 pessoas. Fundado em 1891, o JB passará, a partir de amanhã (1) a ser publicada unicamente pela internet.

A presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, Suzana Blass, lamentou a decisão da empresa e demonstrou preocupação com as prováveis demissões de funcionários.
 
“A empresa afirmou que aproveitaria 65 jornalistas, mas nós fizemos uma conta e concluímos que são 33 profissionais, entre estagiários e jornalistas formados que serão aproveitados. Para o mercado, o fim da edição impressa significa menos uma fonte de informação e de opinião. Para a história do jornalismo no país é como jogar nossa memória no lixo, pois o JB sempre teve uma grande importância cultural e política no cenário nacional”, afirmou Suzana.
 
O jornalista Israel Tabak destacou a importância do JB durante a ditadura militar pós-64, quando o jornal adotou uma posição independente do governo. “A saída de circulação do Jornal do Brasil é uma tragédia para a imprensa brasileira. O JB foi o primeiro a valorizar a reportagem e a qualidade da informação. Mesmo na ditadura, conseguimos driblar a censura, fazendo matérias com denúncias sociais, que mostravam os problemas do Brasil, mesmo numa época triste como aquela. Eu conseguia fazer denúncias, mas não era preso, porque a direção do jornal dava respaldo”, contou Tabak.
 
O JB detinha tanta confiança de seus leitores, que servia como referência política e cultural, segundo lembrou o jornalista José Antônio Gerheim, que trabalhou no jornal na década de 80. “O grande valor do Jornal do Brasil era a credibilidade. Uma manchete do JB tinha a confiança irrestrita dos leitores. Se alguém dissesse: deu no Jornal do Brasil, encerrava a discussão”, lembrou Gerheim.
 
O jornalista Ancelmo Gois, que trabalhou seis anos no JB, lamentou a perda da versão impressa. “O JB foi, durante um tempo, o jornal mais influente, o mais vanguardista, o mais inquieto e o mais polêmico jornal brasileiro. Reunia uma redação de grandes jornalista. Muitos deles viraram nomes de ruas, como Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, João Saldanha, Carlos Drummond de Andrade”, disse Ancelmo.
 
Na última edição impressa, a empresa justifica a migração para o formato digital como resultado da evolução da mídia, para conter custos econômicos e até por questões ecológicas, ao se evitar a derrubada de árvores, usadas na fabricação do papel. Nos primeiros 15 dias, o acesso ao conteúdo do jornal digital será gratuito. Após este período, será cobrada uma mensalidade de R$ 9,90 para se ter acesso às informações.
 
O diretor de Administração e Tecnologia do JB, Humberto Tanure, prometeu que não haverá demissões de jornalistas e que a redação deverá ser mantida com 70 profissionais, podendo crescer no futuro, com a incorporação de novas plataformas, como leitores digitais, chamados de tabletes, e os telefones celulares com acesso à banda larga, os smartphones.
 
“A empresa sempre apostou na modernidade. A inovação está no DNA do JB e esta é mais uma etapa em que estamos acompanhando o que acontece na imprensa brasileira e mundial. A tendência de migrar do papel para os bits e bytes é irreversível e nós tomamos a iniciativa de ir na frente”, afirmou Tanure.
Segundo ele, o conteúdo do JB estará acessível em tabletes dentro de um mês e nos smartphones até o final do ano.
 
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Defensores esperam que mudança na execução penal diminua superlotação em presídios

A obrigatoriedade da presença de defensores públicos nos presídios, em vigor desde a sanção de projeto de lei que regulamentou alterações na Lei de Execução Penal, pode tornar mais rápido o trâmite de processos de relaxamento de prisão, diminuindo a superlotação. Essa é a expectativa dos próprios defensores e também de autoridades ligadas à área de direitos humanos. Com a mudança, a Defensoria Pública foi alçada ao status de órgão de execução, o que significa que, antes de se decidir sobre um processo penal, o juiz terá que ouvir, além do Ministério Público, a defensoria.

A lei foi sancionada no último dia 19 e determina que as unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica prestados pela Defensoria Pública, “dentro e fora dos estabelecimentos penais”, integral e gratuitamente.
 
O que se espera é que, com a Defensoria Pública atuando nos presídios, melhore o ambiente nas cadeias e o respeito aos direitos humanos. “É uma mudança espetacular”, avaliou Fernando Matos, diretor de Defesa dos Direitos Humanos, da Secretaria de Direitos Humanos, ligada à Presidência da República. Para ele, a alteração “é um avanço para garantir o acesso à Justiça.”
 
Com a lei, a Defensoria Pública terá sob sua responsabilidade o ato de “regular a execução da pena e da medida de segurança.” “É mais uma instituição fiscalizadora das instituições prisionais”, explica Airton Aloisio Michels, diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça (MJ).
 
Na opinião do presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep), André Castro, o novo status melhorará a situação dos presídios. “A inexistência de defensores públicos nos estabelecimentos penais inegavelmente contribui para o estado de barbarismo e impunidade”, afirmou Castro, em nota divulgada pela associação quando a lei foi sancionada.
 
Para o autor do projeto de lei que alterou a Lei de Execução Penal, o deputado federal Edmilson Valentim (PCdoB-RJ), a presença dos defensores nos presídios é “muito importante” e pode fazer com que as pessoas pobres que não têm como pagar advogado e já cumpriram a pena, ganhem a liberdade com mais rapidez.
 
Não há estatística disponível sobre quantas pessoas já cumpriram pena ou estão presas em condição
provisória e aguardam decisão da Justiça para sair da cadeia. Mas dados de dezembro 2009, do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (InfoPen), do Ministério da Justiça, revelam que mais de 36% da população carcerária eram formados por presos provisórios.
 
A manutenção de presos além do prazo acarreta superlotação das cadeias e penitenciárias, conforme dados do InfoPen. O total da população carcerária registrado no ano passado, de 417 mil pessoas, era 41% superior à capacidade do sistema prisional. O país tem 1.779 unidades carcerárias. “Com a presença dos defensores nos presídios, a sociedade vai deixar de pagar o custo de manter essas pessoas lá”, avaliou Valentim.
 
Para o defensor público no Rio de Janeiro Rodrigo Duque Estrada, o custo pago pela sociedade é ainda mais alto. “Se os presos não têm acesso à Justiça, acabam sendo defendidos por advogados ligados a facções criminosas e, assim, mantêm vínculos com o crime organizado.” Para ele, é possível que a presença dos defensores nos presídios até diminua o número de rebeliões. “Eles vão sentir que não estão abandonados e que, na data certa, será pedida a soltura”.
 
Para aumentar a participação das defensorias nos presídios, o Ministério da Justiça estabeleceu convênios com 19 estados, uma parceria que permitiu abrir núcleos especializados de atendimento a presos, presas e seus parentes. A expectativa é que, até o fim do ano, 350 mil casos tenham sido atendidos nesses núcleos.
 

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Entidades lançam carta-compromisso com metas de educação para o próximo governo

Organizações da sociedade civil e entidades da área da educação lançaram hoje (31) uma carta-compromisso que será entregue aos candidatos a presidente e a outros cargos eletivos. O documento reúne algumas metas que esses grupos esperam que sejam cumpridas pelo próximo governante para melhorar a qualidade da educação. Entre elas está investir um mínimo de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na área até 2014. Hoje o país investe em torno de 4,7% do PIB, segundo o Ministério da Educação (MEC).

A carta é assinada por 26 entidades e reúne sete desafios prioritários, como a erradicação do analfabetismo, a ampliação das matrículas no ensino superior e profissionalizante e a universalização do atendimento em creches para crianças até 3 anos de idade.
 
“O nível de escolaridade da população brasileira é baixo e desigual. A luta por uma sociedade com muito mais justiça e igualdade exige a mobilização de toda a sociedade brasileira para que a educação ocupe o lugar central em todas as urgências que se impõem para o Estado brasileiro. Nós avançamos muito em educação nos últimos anos, mas ainda é muito pouco”, afirmou o presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Antonio Carlos Ronca.
 
O documento, que foi lido por alunos do Centro de Ensino Médio Setor Oeste, de Brasília, recomenda ainda a institucionalização do Sistema Nacional de Educação. Ele seria a forma de garantir um regime colaborativo entre a União, os estados e municípios para oferecer uma educação de qualidade. Para efetivar esse sistema, foram determinados quatro compromissos fundamentais: a ampliação adequada do financiamento, ações para promover a valorização dos profissionais da educação, a promoção da gestão democrática e o aperfeiçoamento das políticas de avaliação.
 
A ideia é que a carta-compromisso seja apresentada não só aos presidenciáveis, mas a todos os candidatos a cargos eletivos, segundo Ronca. Um grupo de representantes dessas entidades já está trabalhando para organizar essa segunda fase do projeto.
 
“Não basta dizer que tem compromisso com a educação, isso é fácil dizer. Nós precisamos de propostas bem concretas que permitam que o país dê esse salto na educação”, avaliou o representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Vincent Defourny. A representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Marie-Pierre Poirier. Ela acredita que a experiência da carta pode servir de exemplo para iniciativas semelhantes em outros países.
 
A carta estará disponível no site de todas as entidades que a elaboraram: São elas: Academia Brasileira de Ciências (ABC), Associação Nacional de Política e Administração da Educação (Anpae), Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Centro de Estudos e Pesquisa em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), Centro de Estudos Educação e Sociedade (Cedes), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Confederação Nacional dos Trabalhadores de Estabelecimentos de Ensino (Contee), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Conselho Nacional de Educação (CNE), Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação (FNCE), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Movimento Todos Pela Educação, União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e União Nacional dos Estudantes (UNE).
 
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Ipea: mais da metade dos brasileiros estão otimistas com economia do país

Mais da metade dos brasileiros estão otimistas em relação à situação econômica do país. A constatação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que calculou o Índice de Expectativa das Famílias, apresentado hoje (31), no Rio de Janeiro.

A pesquisa mostra que mais de 58% da população acreditam que o Brasil passará por melhores momentos nos próximos 12 meses. Mais de 55% acreditam que o cenário otimista também se repetirá nos próximos cinco anos.
A confiança é maior entre as pessoas com melhores rendimentos e os mais jovens, e entre os entrevistados que se declararam negros, os que têm nível de escolaridade superior incompleto, e os que recebem benefícios do governo. As maiores proporções de otimistas foram constatadas nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
 
De acordo com o Ipea, o otimismo pode estar relacionado à melhoria da situação do orçamento das famílias, já que 73% dos entrevistados indicaram estar em melhores condições financeiras do que há um ano.
 
“Quatro entre cinco famílias revelaram que a situação financeira melhorou. Essa melhoria foi registrada com maior proporção na Região Centro-Oeste [81,75% dos entrevistados] e a Região Sul foi a que concentrou um menor número de famílias com melhorias no orçamento [67,39%]”, afirmou o presidente do Ipea, Marcio Pochmann.
 
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Salário Mínimo deve ir para R$ 538,15 em 2011

O salário mínimo poderá chegar no ano que vem a R$ 538,15, de acordo com proposta de Orçamento Federal entregue hoje (31) ao Congresso Nacional pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Atualmente, o valor é de R$ 510. Para reajustá-lo, o governo leva em consideração a inflação mais o Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior à elaboração da proposta. Como em 2009 o PIB apresentou queda de 0,2%, a atualização poderá ser feita apenas com base na inflação.

“O salário mínimo tem as mesmas regras dos anos anteriores: reajuste igual à inflação com o aumento real correspondente ao PIB. Nesse caso, todos sabem que no ano passado o PIB teve queda”, disse Paulo Bernardo após entregar a proposta para o presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB-AP).
 
O ministro destacou que a regra de reajuste, negociada inclusive com as centrais sindicais, é coerente e garantirá no futuro ganhos reais constantes para os trabalhadores que recebem o salário mínimo. “É bom lembrar que o Ministério da Fazenda está prevendo um aumento do PIB de 7% para 2010. Portanto, o próximo [de 2012] deverá ser reajustado por esse critério também”.
 
Segundo Paulo Bernardo, a estimativa de crescimento da economia é a mesma projeção da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que serve de parâmetro para a elaboração do Orçamento. Na LDO, o crescimento estimado do PIB é de 5,5% para 2011. Esse valor deve mudar, segundo ele, porque o Ministério da Fazenda elevou as projeções recentemente, e, como a proposta já tinha sido impressa, não houve tempo para fazer as modificações. “Até novembro, nós vamos atualizar essa grade, que passa a ser a definitiva”, afirmou.
 
A meta de superávit primário na proposta também é a projetada na LDO. Como a meta foi expressa em valores nominais do PIB inicialmente previsto pelo governo (R$ 3,8 trilhões), é provável que, com o crescimento maior da economia, o superávit primário em valores nominais seja menor, dando mais folga para o novo governo.
 
“Nós colocamos na LDO para o ano que vem um valor nominal. É o equivalente a 3,3% do PIB. Se o PIB aumentar, vai dar a diferença”, afirmou o ministro.
 
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