Há anos, o teólogo brasileiro Leonardo Boff, referência da Teologia da Libertação, tem se dedicado à causa ecológica, não só nas Conferências das Nações Unidas sobre o Clima, mas também em debates nacionais, como as Conferências do Meio Ambiente, organizadas desde 2003. Observador privilegiado do evento oficial, em Cancun, ele pôde dividir com os participantes dos eventos organizados pela sociedade civil sua frustração pela indiferença dos representantes de países ricos com a urgência do tema. Logo após discursar para uma plateia formada por indígenas, camponeses e ativistas urbanos de todo o mundo, Boff falou à Revista do Brasil.
Autor: Soraia
Mercado eleva para 5,34% estimativa da inflação oficial em 2011
A estimativa de consultores financeiros da iniciativa privada para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano passou de 5,32% para 5,34%, segundo o boletim Focus, divulgado hoje (10) pelo Banco Central (BC).
Concursos com inscrições abertas somam 25,7 mil vagas
Pelo menos 86 concursos públicos em todo o país estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (10) e reúnem 25.727 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade.
Para democratizar a palavra
O que há em comum entre o drama dos mineiros soterrados no Chile, os cortes de salários e programas sociais na Irlanda, a política de valorização do salário mínimo no Brasil e a exploração eleitoreira de uma bolinha de papel? E entre o aumento da idade em dois anos para o recebimento de pensões e aposentadorias na França e a recente decisão pela redução – em até 10 anos – para o acesso aos mesmos benefícios sociais na Bolívia? Além da óbvia opção sobre distintos projetos de sociedade e de país, são fatos que impactam a vida de milhões de pessoas e nos são contados por meios de comunicação de acordo com os interesses políticos de seus proprietários. São emissoras de rádio e televisão, portais de internet, jornais e revistas que interpretam a realidade conforme sua visão de mundo – e a distribuem como verdade.
![Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT](https://quimicosp.org.br/wp-content/uploads/2011/01/RosaneBertotti.jpg)
Governo retoma Caravana da Dengue
Rio de Janeiro – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, inicia nesta sexta-feira (7), pelo Rio de Janeiro, as atividades de mobilização para o enfrentamento da dengue, retomando a chamada Caravana da Dengue.
Nos dois primeiros meses (janeiro e fevereiro), ele deve visitar sete estados (Amazonas, Acre, Espírito Santo, Ceará, Tocantins, Goiás e Pará) para mobilizar gestores de saúde, educação, saneamento básico, abastecimento de água e limpeza pública, além da população, contra a doença.
A agenda de Padilha no Rio começa às 10h, com a inauguração da Clínica da Família David Capistrano, no bairro de Campo Grande. Às 11h, no mesmo local, o ministro faz a palestra de abertura do curso para formação de 1.200 novos agentes de vigilância e saúde, que vão atuar no combate à dengue na cidade.
Em seguida (12h), ainda em Campo Grande, Padilha visita a Unidade de Pronto-Atendimento 2 (UPA 2). Depois, segue para uma visita, às 13h, ao Hospital Albert Schweitzer, em Realengo.
Mais informações: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/saude/2011/01/governo-retoma-caravana-da-dengue
Situação financeira melhorou para quase 80% das famílias, indica Ipea
São Paulo – Estudo divulgado nesta quinta-feira (6) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que 77% das famílias brasileiras afirmaram, em dezembro, que estavam melhor financeiramente do que um ano antes, enquanto 19,8% sentiam-se em situação pior. O estudo foi realizado em 3.810 domicílios, em 214 municípios de todas as unidades federativas.
As regiões Centro-Oeste e Norte registraram a maior proporção de famílias que acreditam ter melhorado a sua condição financeira (82,1% e 80,3%, respectivamente), seguidas pelo Nordeste (79,4%). No Sul e Sudeste, a proporção de famílias otimistas é levemente inferior (70,6% e 76%, respectivamente).
A pesquisa revela ainda que 81% das famílias brasileiras acreditam que estarão em melhores condições financeiras daqui a um ano, enquanto 8,2% projetam estar em situação pior.
As expectativas otimistas das famílias pesquisadas são mais pronunciadas por aquelas com rendimento entre cinco e dez salários mínimos e com ensino médio (completo ou incompleto).
O técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Sandro Carvalho, lembrou que as decisões de investimentos no país se baseiam no nível de confiança do consumidor e que o monitoramento feito pelo órgão tem como objetivo produzir sinalizadores sobre a decisão de gastos das famílias.
“Houve uma melhora. Pela primeira vez, mais da metade das famílias declarou não ter nenhuma dívida e a proporção de endividados diminuiu”, destacou ele.
Otimismo
Ainda de acordo com o Ipea, os brasileiros permanecem otimistas em relação à situação socioeconômica do país. O Índice de Expectativas das Famílias (IEF) de dezembro caiu apenas um ponto em relação ao do mês anterior, passando de 65,6 para 64,6.
A pesquisa foi realizada em 3.810 domicílios, em 214 municípios de todos as unidades federativas. Taxas até 20 pontos indicam grande pessimismo; de 20 a 40 , pessimismo; de 40 a 60, moderação; de 60 a 80, otimismo; e de 80 a 100, grande otimismo. De acordo com o Ipea, a ligeira queda do índice foi registrada em todas as regiões, exceto no Sudeste.
O Centro-Oeste voltou a apresentar a maior pontuação em dezembro (70,49) e o Sul permaneceu logo em seguida, alcançando 68,53 pontos. O Sudeste manteve o otimismo em ascensão, atingindo 64,97 pontos. Por outro lado, as regiões Norte e Nordeste apresentaram quedas significativas no otimismo. No Nordeste, a taxa caiu de 64,67 para 61,82 pontos, e no Norte, de 64,25 para 60,54.
Para o chefe da assessoria da presidência do Ipea, Milko Matijascic, a leve queda na média nacional pode ser reflexo do momento de transição no governo federal e nos governos estaduais. “Há uma natural incerteza sobre os rumos, mas o nível de segurança é bastante elevado. Podemos dizer que são notícias boas, muito boas”, afirmou.
Sobre a situação econômica do país no curto prazo, a pesquisa aponta que 60,4% das famílias acreditam que o Brasil passará por melhores momentos nos próximos 12 meses, índice 3,6 pontos percentuais menor do que o registrado no mês anterior.
O maior grau de confiança na melhora econômica do país em dezembro foi registrado entre famílias com rendimento de cinco a dez salários mínimos e com ensino médio completo. Diferentemente dos meses anteriores, a expectativa das famílias com menor renda (até 1 salário mínimo e sem escolaridade) ficou um pouco abaixo da registrada no resto da população.
De acordo com o estudo, o otimismo é menor quando se consideram as expectativas em relação ao consumo – 41,2% das famílias acreditam que o atual momento não é ideal para a aquisição de bens de consumo duráveis, enquanto 54,3% creem que o momento é propício para o consumo.
Mais informações: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/2011/01/situacao-financeira-melhorou-para-quase-80-das-familias-indica-ipeahttp://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/2011/01/situacao-financeira-melhorou-para-quase-80-das-familias-indica-ipea
Nova certidão de nascimento começa a valer nesta quinta
A nova certidão de nascimento, emitida em papel de segurança, começa a valer a partir desta quinta-feira (6), segundo publicação no Diário Oficial da União. O novo modelo foi elaborado pela Corregedoria Nacional de Justiça, em conjunto com o Ministério da Justiça e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Segundo a Secretaria de Direitos Humanos, os papéis das certidões de casamento e óbito também serão modificados.
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a emissão de certidões de nascimento, casamento e óbito no Brasil passará a ocorrer em papel de segurança, que será fornecido pela Casa da Moeda aos cartórios de registro civil de pessoas naturais.
O documento passará a ter papel especial, marca d’água e outros itens que permitirão maior segurança, a fim de evitar falsificações. Segundo texto publicado no Diário Oficial, como item de segurança, o fundo do papel trará a palavra “autêntico”, visível sob lâmpada ultravioleta com luminescência verde limão.
A previsão é de que o novo papel comece a ser distribuído ainda neste mês, começando pela certidão de nascimento. Só depois serão distribuídos os papéis para casamento e óbito, segundo a Secretaria de Direitos Humanos.
Cartórios
Segundo o CNJ, cerca de 1,2 mil cartórios de registro civil de todo o país que ainda não são informatizados deverão começar a receber computadores e cursos de capacitação para seus funcionários a partir de fevereiro. A entrega dos equipamentos e a realização dos cursos vão permitir a emissão de certidões de nascimento, casamento e óbito no Brasil em papel de segurança.
A partir desta semana, cartórios do Nordeste que já possuem equipamentos de informática começarão a receber orientações sobre como proceder para solicitar o novo papel de segurança e começar a emitir o documento nos novos padrões.
Já os cartórios de registro civil informatizados do Centro-Oeste começarão a receber orientações sobre como solicitar o novo papel a partir do dia 12 de janeiro. A partir de 17 de janeiro será a vez das unidades informatizadas do Norte. Os cartórios das regiões Sudeste e Sul começarão a ser atendidos a partir dos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro, respectivamente.
Mais informações: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/01/nova-certidao-de-nascimento-comeca-valer-nesta-quinta.html
Ministro da Justiça : ‘Comissão de verdade é imprescindível’
Assim como a nova ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, o atual titular da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu a aprovação da Comissão de Verdade pelo Congresso.
A comissão, que está prevista no Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) e virou alvo de polêmica durante o governo Luka, apura informações sobre mortos e desaparecidos durante a ditadura militar. “O governo Lula enaminhou para o Congresso o projeto de lei que disciplina com bastante critério a questão. Acho imprescindível a aprovação deste projeto”, afirmou.
Cardozo disse ainda que o projeto traduz uma situação que é compreendida pelas Forças Armadas e há equilíbrio entre as instituições.
Na segunda-feira (3), a nova ministra fez um apelo ao Congresso pela aprovação do PL, mas tentou mostrar que o atual momento é de diálogo e sem espaço para revanches. “A constituição da Comissão da Verdade não se trata, jamais, de qualquer atitude de revanche, como disse, em seu discurso, a presidenta Dilma”, reforçou.
Ao discursar após receber a faixa do presidente Lula, a presidenta disse, no último dia 1º, que não carrega “nenhuma espécie de ressentimento” da época da ditadura. “Minha geração veio para a política em busca da liberdade, num tempo de escuridão e medo. Pagamos o preço da nossa ousadia, ajudando o País chegar até aqui. Aos companheiros que tombaram nesta caminhada, minha comovida homenagem e minha eterna lembrança”, dedicou.
Mais informações: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/ministro+da+justica+comissao+de+verdade+e+imprescindivel/n1237912649030.html
As sacolinhas no banco dos réus
Estamos vivendo um embate entre proibir a distribuição gratuita das sacolas plásticas ou vetar a circulação daquelas sacolinhas que estiverem fora das normas estabelecidas pela ABNT.
Em minha opinião, a proibição de gratuidade, que tramita na Câmara Municipal de São Paulo, é uma proposta inadequada, incompleta, cria um desequilíbrio do ponto de vista da sustentabilidade e uma expectativa de que bastaria somente deixar de utilizar as sacolinhas para salvar o planeta. Isso deseduca.
Entretanto, a discussão não encara os grandes gargalos da gestão de resíduos e da poluição na cidade e não encaminha medidas concretas no sentido de reduzir, reutilizar, reciclar. Defendo a rejeição desse projeto por acreditar que a gestão de resíduos é um processo muito mais complexo, que envolve todas as cadeias produtivas: indústria, trabalhadores do setor, comércio, consumidores e, necessariamente, o poder público.
Essa proibição não soluciona questões ambientais, pois coloca a responsabilidade da gestão do resíduo apenas sobre a sacolinha, que está se tornando a grande vilã.
Nenhum material pode ser descartado na natureza, e seu destino final deve ser conduzido de forma adequada. No âmbito social, gera violento impacto sobre os trabalhadores do setor, causando desemprego e promovendo um “dumping” social, que poderá acarretar a demissão de mais de 20 mil funcionários diretos, já que são as pequenas empresas que produzem as embalagens, o que leva à transferência de empregos para outros países.
No meio desse debate está o consumidor, que já paga o valor da sacola, incorporado ao preço dos produtos. Agora, se as redes ainda cobrarem, ele pagará duas vezes, sem restituição. Estima-se que a sacolinha seja o quarto item na formação dos custos dos supermercados.
É um presente do Papai Noel ao comércio e um golpe contra o bolso do consumidor.
Mesmo se as sacolinhas, distribuídas “gratuitamente”, saírem de cena, outros sacos plásticos as substituirão, pois o cidadão aprova as embalagens e as reutiliza, em especial para separar o que é reciclável e acomodar o lixo doméstico.
É importante destacar que, na última década, funcionaram na Câmara três CPIs e cinco comissões de estudo sobre gestão do lixo e meio ambiente. Nenhum relatório indicou as sacolinhas como o problema central pelos danos ao meio ambiente da cidade.
São Paulo está atrasada em todo o programa de gestão de resíduos.
Tudo porque os investimentos foram adiados, com a intenção de criminalizar o contrato de gestão do lixo na cidade, assinado em 2004.
Essa medida compromete seriamente a questão ambiental.
Acredito que essa é uma tentativa de tirar o foco dos grandes e verdadeiros dramas ambientais, como a falta de saneamento básico em áreas irregulares; a implantação do programa de coleta seletiva; o apoio às cooperativas de catadores; a instalação de centros de triagem e compostagem; e, por fim, o investimento em novas tecnologias.
FRANCISCO CHAGAS, cientista social, é vereador de São Paulo pelo PT e diretor do Sindicato dos Químicos de São Paulo.
Artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo no dia 3 de janeiro de 2010
Seguro-desemprego tem reajuste de 5,88% em 2011
São Paulo – O valor do seguro-desemprego, em 2011, será 5,88% maior. Com isso, o teto será R$ 1.010,34 e a menor faixa será R$ 713,12. Antes, os valores eram de R$ 954,21 e 673,51, respectivamente.
O reajuste, que será aplicado para trabalhadores demitidos a partir de janeiro e que receberão em fevereiro, foi publicado pelo Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) no Diário Oficial da União e já está valendo desde 1º de janeiro.
Para os que já estão recebendo a assistência financeira, o valor das parcelas, calculado conforme o salário do trabalhador demitido, não será alterado. O pagamento do benefício e seu valor variam de 3 a 5 parcelas, dependendo do tempo de serviço com carteira assinada.
O seguro garante custeio provisório ao trabalhador dispensado sem justa causa inscrito no Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) e é reajustado pelo salário mínimo, que neste ano passará de R$ 510 para R$ 540.
O reajuste divulgado será referendado em reunião da Codefat, na segunda quinzena do mês de janeiro.
Mias informações: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/trabalho/2011/01/seguro-desemprego-tem-reajuste-de-5-88-em-2011