O número de pessoas sem trabalho no Brasil chegou a 14,2 milhões de pessoas, um contingente 27,8% maior que o registrado há um ano e 14,9% superior ao apurado de outubro a dezembro de 2017. Os dados foram divulgados, em 28 de abril, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com isso, o desemprego atingiu 13,7% da população ativa no primeiro trimestre deste ano, taxa 2,8 ponto porcentual maior que a registrada no mesmo período do ano passado e 1,7 ponto superior à apurada entre outubro e dezembro de 2016.
Quando se observa o comportamento do mercado formal, os números apontam para direção semelhante à do mercado de trabalho como um todo. O número de empregados com carteira assinada somou 33,4 milhões de pessoas janeiro a março de 2017, queda de 3,5% ante o mesmo período do ano passado e de 1,8% na comparação com o trimestre imediatamente anterior. É o menor número de pessoas com carteira assinada já observado pelo IBGE desde o início desta pesquisa, em janeiro de 2012.
O forte encolhimento do mercado formal não significou, no entanto, a migração desses trabalhadores para o empreendedorismo. A categoria dos trabalhadores por conta própria, calculada em 22,1 milhões de pessoas, ficou estável em relação ao trimestre anterior e retraiu em 4,6% na comparação com os dados de um ano atrás.
O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em 2.110 reais no trimestre de 2017, praticamente estável ante o apurado há um ano. Neste período, porém, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 4,57%, o que indica perda de poder aquisitivo do trabalhador.