Começam inscrições para o Sisu, com 26 mil vagas disponíveis

Estão abertas a partir desta quarta-feira (15) as inscrições para a quarta edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Os interessados devem se cadastrar gratuitamente pelo www.sisu.mec.gov.br, até o próximo domingo (19). Para participar, é necessário ter feito as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010.

São oferecidas 26.336 vagas em 19 universidades federais, quatro universidades estaduais,  23 institutos federais e dois centros federais de Educação Profissional. O Sisu foi criado pelo MEC no ano passado e unifica a oferta de vagas em instituições públicas de ensino superior.
 
Os candidatos devem acessar o site do programa e escolher duas opções de curso, elegendo sua prioridade. Ao fim de cada dia, o sistema divulga a nota de corte para cada graduação. O estudante pode mudar de opção se concluir que tem mais chance de ser aprovado em outra instituição ou em outro curso. Cada alteração invalida a opção feita anteriormente. O sistema funciona das 6h às 23h59 de cada dia, quando é fechado para calcular as notas de corte.
 
Para o secretário de Ensino Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa, o Sisu inverte a lógica de seleção dos vestibulares tradicionais porque oferece ao estudante a oportunidade de disputar uma vaga em várias instituições a partir do desempenho de uma única prova, o Enem. “Há 100 anos o Brasil faz vestibular, os exames de seleção começaram no país em 1911. Ele tem uma lógica em que o estudante faz a matrícula em um curso de uma instituição, depois faz a prova e se for reprovado está fora, a chance acabou. Isso não é justo”, afirmou ele em entrevista à Agência Brasil.
 
A previsão é que a lista dos estudantes selecionados em primeira chamada pelo Sisu seja divulgada na próxima quarta-feira (22). Os aprovados terão entre os dias 27 e 28 para efetuar a matrícula nas instituições de ensino. Caso o participante tenha conseguido uma vaga no curso marcado como segunda opção, poderá permanecer no sistema e esperar pela segunda chamada. Os selecionados para a primeira opção perdem a vaga se não efetuarem a matrícula.
 
No dia 2 de julho, o MEC divulga a segunda chamada, com prazo de matrícula de 5 a 6 de julho. Após esse período, o sistema gera uma lista de espera que fica disponível para as instituições selecionarem candidatos para as vagas remanescentes. Podem entrar na lista os estudantes não selecionados em nenhuma das opções escolhidas nas duas primeiras chamadas. Os interessados deverão fazer essa opção no próprio sistema, entre 2 e 7 de julho.
 
Problemas
No início do ano, o sistema registrou 1 milhão de inscritos, ante 793 mil na primeira edição de 2010. Com isso, estudantes enfrentaram dificuldades para entrar no sistema que ficou sobrecarregado em função do grande volume de acessos. No entanto, de acordo com Luiz Cláudio Costa, os “pontos críticos” foram melhorados e a expectativa é que o Sisu rode sem problemas.
 
“Hoje, o sistema trabalha com uma segurança muito grande em todos os aspectos. Estivemos fazendo análises e conhecendo cada módulo e etapa. Todos os pontos críticos, possíveis pontos de estrangulamento, foram detectados e estão completamente monitorados e corrigidos” , afirmou Costa.
 
Minas Gerais é o estado com o maior número de instituições participando da edição do segundo semestre: dez, no total. A maioria das vagas está concentrada no Sudeste (9.784), seguido pelo Nordeste (9.451), Sul (5.181), Centro-Oeste (1.168) e Norte (752). A lista completa está disponível no site do Ministério da Educação (MEC).
 
Para mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/educacao/2011/06/comecam-nesta-quarta-inscricoes-para-o-sisu-com-26-mil-vagas-disponiveis

Arquivos repatriados da Justiça militar reforçam necessidade de Comissão da Verdade

A cerimônia de repatriação do acervo do “Brasil Nunca Mais”, na sede do Ministério Público Federal de São Paulo foi transformada em defesa da instalação da Comissão da Verdade para apurar violações de direitos humanos cometidos pelo Estado durante a ditadura militar. Eles deixaram claro que o material extraído do Superior Tribunal Militar (STM) ainda durante o regime autoritário é apenas uma parte do processo de reestabelecimento da verdade sobre o período.

O arquivo foi trazido de Chicago, nos Estados Unidos, no Center for Research Libraries, onde vinha sendo mantido havia 26 anos. São 543 rolos de microfilme, que totalizam 1 milhão de páginas de 707 processos. Há informações sobre 1.843 vítimas, incluindo mortos e torturados que sobreviveram. Por serem documentos da instância mais elevada da Justiça Militar, apenas processos que alcançaram a última instância estão incluídos.
 
Entre 1976 e 1985, o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), que congrega as igrejas protestantes, e a Cúria Metropolitana da Arquidiocese de São Paulo, comandada por Dom Paulo Evaristo Arns, forneceram o respaldo financeiro e político ao projeto, que montou o primeiro retrato sistemático do funcionamento do regime repressivo. Advogados retiravam os arquivos legalmente durante o dia e as ações eram fotocopiadas durante a noite. Ao término do regime, apenas a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aceitou abrigar parte do acervo, que migrou na totalidade, em forma de microfilme, aos Estados Unidos.
 
Em 1985, poucos meses após o fim do regime, foi publicado um livro com o mesmo título que virou um sucesso de vendas, com vinte edições nos dois primeiros anos. Redigido por Ricardo Kotscho e Frei Betto, o texto fazia um apanhado dos casos de modo a mostrar o modo de atuação do aparato militar.
 
A cerimônia, realizada no abarrotado auditório do Ministério Público Federal, na capital paulista, teve homenagem a Paulo Vannuchi, ex-ministro de Direitos Humanos, coordenador da operação de coleta dos documentos. Ele acredita que a colocação dos arquivos na internet coloca o país em um novo patamar em relação às investigações a ao uso acadêmico deste conteúdo. Vannuchi acredita que “Brasil Nunca Mais” poderá prestar uma importante colaboração à Comissão da Verdade. “Sendo aprovada (a comissão), o primeiro trabalho será um mergulho nesse material e, a partir desse mergulho, programar uma série de audiências.”
 
Ele acrescentou que o Brasil deve cumprir incondicionalmente a condenação que sofreu ano passado na Corte Interamericana de Direitos Humanos. A entidade, integrante da Organização dos Estados Americanos (OEA), avaliou no ano passado que a Lei de Anistia não pode servir de pretexto ao não julgamento de agentes envolvidos na violação de direitos humanos, entre uma série de outras determinações. “Há uma pressão que é crescente, e que seguirá crescendo nos próximos anos. Acabou o período da impunidade. O Brasil tem dois caminhos. O caminho de protelar mais e o caminho de fazer logo. Não existe o caminho de não fazer”, avaliou o ex-ministro.
 
Outro lote de documentos, este inédito, será remetido de Genebra, na Suíça, do CMI. No total, são 3.500 documentos com bastidores do projeto “Brasil Nunca Mais”, que inclui detalhes sobre a articulação entre o então cardeal-arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, e o conselho. O projeto foi responsável por denunciar, ainda durante o regime autoritário, a prática de tortura e de outras violações de direitos humanos, chegando ao nome de 444 torturadores.
 
O processo de digitalização e de publicação na internet deve demorar um ano e será conduzido pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo, pelo Arquivo Nacional e pelo Armazém Memória. Após este período, o acervo ficará integralmente à disposição para consulta pela internet.
 
Idealizador do Armazém Memória e vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo, Marcelo Zelic, afirmou que há um enorme ganho em não precisar discutir se se poderá ou não acessar os arquivos do regime. “Ter acesso a isso só vai fazer bem para o país. Temos um milhão de páginas que, quando indexadas, em um sistema de busca moderno, pode trazer elementos novos para muitas situações que podem ter passado desapercebido em 26 anos de pesquisa manual.”
 
Para Marlon Weichert, procurador regional da República em São Paulo, o conteúdo trazido de volta não pode ser tomado como “verdade”, porque as versões dos fatos apresentadas são distorcidas na origem, nos processos tomados sob tortura. Apesar disso, ao alcançar o STM, era comum que as vítimas retificassem os processos, corrigindo informações.
 
“Que esse material possa servir de convite à reflexão sobre a necessidade de concluirmos nosso processo de justiça de transição”, pregou Weichert. A instalação da Comissão de Verdade, defendida pelo governo federal e em discussão no Congresso Nacional, permitiria estudar episódios ocorridos durante a ditadura, incluindo apuração sobre o paradeiro de desaparecidos e de seus corpos, além de detalhes sobre crimes cometidos por agentes do Estado. O procurador citou ainda a necessidade de o país cumprir a sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
 
O presidente da seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Wadih Damous, foi um dos mais aplaudidos da tarde. Ele lembrou que a entidade precisa ter um papel na “luta pela verdade” e que a defesa da memória deve ser permanente. Damous criticou personagens ligados à ditadura que se aproveitam de versões da história para se inscrever como próceres ou mártires.
 
“Vemos ainda hoje integrantes do regime militar querendo passar sua versão da ditadura, querendo desqualificar a versão dos militantes”, alertou Damous. “Temos o direito de ver os criminosos, os terroristas de Estado, no banco dos réus com o devido processo legal. Não lutamos pelo direito deles, de torturar e de perseguir, lutamos pelo direito de que se sentem no banco dos réus.”
 
Eni Moreira, advogada que deu início ao processo, também recebeu honrarias e mostrou-se bastante emocionada. Delora Wright, filha do reverendo presbiteriano Jaime Wright, um dos pilares do trabalho, também recebeu homenagens. Dom Paulo, convidado, recusou-se a participar. Ele manifestou, em carta, não ter feito nada de excepcional. Os religiosos foram peça-chave para garantir a denúncia de violações de direitos humanos.

Prisão de 439 bombeiros no Rio de Janeiro assusta o Brasil

A sociedade brasileira está surpresa com o atentado praticado contra os servidores públicos. Salários baixos, péssimas condições de trabalho, falta de leis que protejam o direito de greve e associação sindical, inexistência de negociadores para discutir planos de carreira, não concessão de benefícios (assistência médica, em especial), falta de política de reciclagem e treinamento, entre tantos outros problemas.

E, assim, estamos expostos a escolas, hospitais, segurança pública e outros serviços primordiais administrados pelo Estado, que estão sucateados pelos políticos de uma forma grosseira. Como se sujeitar a um atendimento de saúde de um profissional estressado, mal remunerado e, por isso, por vezes, com várias jornadas de trabalho? A responsabilidade não é do servidor! Para termos ideia da desvalorização imposta pelos governantes, é comum que eles reajustem os salários em 0,01%, apenas para cumprir a lei que exige algum tipo de reajuste. Na cidade de São Paulo (administrada pelo prefeito Kassab) isso varia entre oito e vinte centavos de reajuste para cada funcionário público.

Entre as instituições profissionais, uma tem destaque no Brasil e na maioria dos países: os BOMBEIROS. Crianças e seus caminhões de bombeiros alimentam sonhos de heroísmo. Em qualquer pesquisa, o bombeiro estará em primeiro lugar como ideal de ética e comprometimento. Tanto destaque rendeu no Rio de Janeiro a prisão de 439 bombeiros que participavam de manifestação por aumente o de salários, cujo rendimento líquido não chega a R$ 1 mil.

O governador Sérgio Cabral deixou todo o país comovido com o enfrentamento aos bombeiros. O mundo sindical, em especial, não entende por que tanta resistência em negociar. O acontecido é exemplo de desrespeito ao servidor público. Prender bombeiros com tantos bandidos soltos por aí? Pra quê?

O Sindicato dos Químicos de São Paulo tem uma posição clara em relação ao serviço público. É importante que a cada dia o atendimento à população seja melhorado. A destruição dos serviços públicos só interessa a grupos poderosos que pretendem obter lucros por meio de privatizações. Preservar o serviço público e os trabalhadores do setor é a única maneira democrática de garantir acesso universal à saúde, educação e segurança. Sem funcionário público a cidade, o estado e o país param.

Pisos salariais superam inflação, mas valores ainda são baixos, mostra Dieese

Os pisos salariais negociados por diversas categoriais profissionais em 2010 conseguiram, em grande maioria (94%), superar a inflação do período, alguns com aumentos reais significativos. Mas os valores ainda são muito baixos, constata o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que nesta terça-feira (14) divulgou pesquisa com base em 660 pisos reajustados no ano passado.

“Cerca de um terço dos pisos tinha valor menor ou igual a R$ 550,00 e metade não ultrapassava o valor de R$ 600,00”, diz o Dieese. Na comparação com o valor médio do salário mínimo necessário calculado pelo instituto, apenas três pisos ficavam acima. “Se, por um lado, observa-se  um quadro positivo de valorização dos pisos salariais via aumentos reais, por outro é notável como ainda são baixos os salários de entrada de boa parte dos trabalhadores brasileiros. Considerando-se que a luta pela redistribuição da renda e justiça social passa pela elevação dos patamares mínimos salariais, continua a ser um desafio dos trabalhadores e de suas entidades representativas manter a luta por melhores salários, em especial dos pisos salariais e do próprio salário mínimo.”
Em 2010, o salário mínimo calculado pelo Dieese variou de R$ 1.987,26 (em janeiro) a R$ 2.257,52 (março). O valor médio foi R$ 2.110,26.
 
Dos 660 pisos pesquisados, 619 (93,8%) superaram a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), calculado pelo IBGE e normalmente usado como parâmetro nas negociações salariais. Dezesseis (2,4%) foram equivalentes ao INPC e 25 (3,8%) ficaram abaixo da inflação. Entre os setores, 94,9% dos pisos da indústria superaram o INPC, ante 94,7% no comércio, 90,6% nos serviços e 100% na área rural.
 
O maior reajuste de piso salarial em 2010 representou ganho real de 34,3%, segundo o Dieese. O menor teve perda real de 8,6%. Ambos foram no setor industrial.
 
Para mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/economia/2011/06/pisos-salariais-superam-inflacao-mas-valores-ainda-sao-baixos-mostra-dieese

Protesto após morte de ciclista na avenida Paulo VI em São Paulo

Cicloativistas ocuparam parte da avenica Paulo VI e da Sumaré, zona oeste de São Paulo, em protesto. Na manhã de segunda-feira (13), Antonio Bertolucci, ciclista de 68 anos e presidente do Conselho de Administração da Lorenzetti S.A, morreu atropelado por um ônibus.

Para mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/multimidia/albuns-de-fotos/protesto-apos-morte-de-ciclista-na-avenida-paulo-vi-em-sao-paulo

Trabalhador é morto com um tiro no Acampamento Esperança, no Pará

O trabalhador rural Obede Loyla Souza, de 31 anos, foi morto na última quinta-feira (9), perto de sua casa no Acampamento Esperança, município de Pacajá, no Pará. A informação foi divulgada nesta terça-feira (14) pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). “Obede havia denunciado e discutido com um grupo que extraía madeira ilegalmente na região”, diz a CPT. “Ao que tudo indica, Obede foi executado com um tiro de espingarda dentro de ouvido, a 500 metros de sua casa.”

Em menos de um mês, ele é o sexto trabalhador rural assassinado na região amazônica. No fim de maio, o casal José Claudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo foi morto no norte do Pará. Depois, outros três foram mortos no próprio estado e em Rondônia.
 
O corpo de Obede foi encontrado apenas na tarde do sábado (11) e levado para Tucuruí (PA), onde foi registrado boletim de ocorrência. De acordo com a Pastoral, a Força Nacional suspendeu o enterro já no cemitério e levou o corpo para Belém, a fim de ser submetido a perícia. Apenas na madrugada desta terça é que o corpo voltou a Tucuruí para o sepultamento. Obede era casado e tinha três filhos.
 
Segundo a CPT, em janeiro ou fevereiro Obede teria discutido “com alguém que representa na região o interesse de grandes madeireiros, pelo fato de estarem extraindo madeira de forma ilegal, principalmente castanheira, que é proibido por lei”. Além disso, a operação estaria deixando intransitáveis as estradas de acesso ao Acampamento Esperança e a assentamentos da região.
 
“No dia do assassinato, pessoas viram uma camionete de cor preta com quatro homens entrando no Acampamento. Os vidros da camionete estavam abaixados. Quando perceberam que estavam sendo avistados, imediatamente suspenderam os vidros. A pessoa que os viu está assustada, pois acha que pode estar correndo perigo”, diz o informe da Pastoral.
 
Além de Obede, o presidente do Projeto de Assentamento Barrageira e tesoureiro da Casa Familiar Rural de Tucuruí, Francisco Evaristo, também discutiu com os representantes dos madeireiros. “Francisco afirma que há alguns dias um homem alto, moreno, com o corpo tatuado e em uma moto estava à sua procura no Assentamento Barrageira”, afirma a CPT. “Francisco, assim como a pessoa que avistou os quatro homens na camionete no dia da execução do Obede, correm perigo de morte.”
 
Para mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/2011/06/trabalhador-e-morto-com-um-tiro-no-acampamento-esperanca-no-para

Documentos secretos da ditadura voltam ao Brasil e poderão ser consultados na internet

Paulo Vanucchi, ministro da Secretaria Nacional de Direitos Humanos no governo Lula (2003/2010), fala sobre a repatriação do acervo do projeto “Brasil Nunca Mais”, pesquisa que resultou no livro de mesmo nome. Vanucchi é um dos integrantes do grupo que ajudou a elaborar a publicação que denunciou a violência cometida pela ditadura militar contra ativistas de esquerda que lutavam contra o regime. Ato nesta terça-feira, 14, na Procuradoria Regional da República, em São Paulo, marca a volta dos documentos que, por motivo de segurança, foram mantidos fora do país.

Para ouvir a entrevista acesse o link abaixo:

http://www.redebrasilatual.com.br/radio/programas/jornal-brasil-atual/documentos-secretos-da-ditadura-voltam-ao-brasil

CIRCULAR ÀS EMPRESAS SOBRE HOMOLOGAÇÕES

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas, Plásticas e Similares de São Paulo e Região, considerando o disposto no artigo 477 da CLT e na Instrução Normativa SRT nº 15, de 14/07/2010, que disciplinam as regras e procedimentos a serem observados para a assistência e homologação nas rescisões dos contratos de trabalho e, ainda, a  Convenção Coletiva de Trabalho aplicada no âmbito desta categoria profissional,COMUNICA às empresas o que segue:

A homologação somente será realizada após a confirmação da veracidade dos dados contidos no TRCT, da regularidade da representação das partes, da existência ou não das causas impeditivas à rescisão, nos termos da Lei, e da regularidade dos documentos apresentados.

Os documentos necessários para a assistência na homologação são os abaixo relacionados: 

  1. Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho – TRCT, em cinco vias; (de acordo com portaria 1621 do MTE (14 de julho de 2010)
  2. Xerox da Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, com as anotações atualizadas (inclusive se houver mais de uma Carteira em relação aquele contrato), nos itens: data da saída, contribuição sindical, férias, reajustes e aumentos salariais.
  3. Livro ou Ficha de registro de Empregados, com as anotações atualizadas;
  4. Notificação de demissão, comprovante de aviso prévio ou pedido de demissão;
  5. Extrato para fins rescisórios da conta vinculada do empregado no FGTS, devidamente atualizado, e guias de depósito e de recolhimento das competências indicadas como não localizadas na conta vinculada;
  6. Carta de preposto e instrumentos de mandato (deve ser pessoa habilitada a dar informações ou dirimir eventuais dúvidas  sobre a demissão); Documento que comprove a legitimidade do representante da empresa;
  7. Atestado de Saúde Ocupacional demissional, ou periódico, durante o prazo de validade, atendidas as formalidades especificadas na Norma Regulamentadora – NR 7, aprovada pela Portaria nº 3.214, de 8/6/78 e alterações posteriores;
  8. Quando o aviso prévio for trabalhado trazer os dois últimos cartões de ponto e os dois últimos holerites;
  9. Anexar à rescisão, em duas vias, demonstrativos de cálculos das médias de horas extras, adicionais noturno, insalubridade e periculosidade, quando houver, bem como o cálculo destas verbas na remuneração. (Conforme Modelo – Clique Aqui)
  10. O pagamento da rescisão deve ser em dinheiro, cheque administrativo ou visado (não cruzar o cheque), somente no ato da homologação, observados os prazos legais, ou ainda o comprovante original de depósito bancário efetuado em dinheiro, na conta do ex-empregado ou transferência eletrônica autenticada eletronicamente (não serão aceitos depósitos efetuados  em caixa expresso e relatório de pagamento efetuado).
  11. Comunicação da Dispensa – CD e requerimento do Seguro Desemprego, nas rescisões  sem justa causa;
  12. Guia de recolhimento rescisório do FGTS e da Contribuição Social, nas hipóteses do art. 18, da Lei 8.036, de 11/05/1990, e do art. 1º da Lei complementar nº 110, de 29/06/2001;
  13. Chave de Identificação da Caixa Econômica Federal, de todas as contas do empregado, ainda que seja pedido de demissão ou extrato do FGTS com a data de saída e código do afastamento “J”.
  14. Perfil Profissiográfico do empregado, abrangendo todas as atividades envolvidas nos termos da Instrução Normativa nº 49, de 03.05.01, DOU de 14.05.01. Prova bancária da quitação quando o pagamento for efetuado antes da assistência;
  15. Cópias (Xérox) para o sindicato dos seguintes documentos: Aviso prévio ou pedido de demissão, chave de movimentação do FGTS e exame médico demissional ou periódico;
  16. Caso o empregado tenha contribuído para outro sindicato, entrar em contato com o setor de homologações para esclarecimento da documentação adicional;
  17. Comprovantes de afastamento por Acidente de Trabalho ou auxílio-doença durante a vigência do contrato de trabalho, emitidos pelo INSS;
  18. ­­­­­­­­­ Trazer o carimbo de assinatura da empresa.

 

IMPEDIMENTO:

  • Nos termos do art. 12, da IN 15/2010 e Convenção Coletiva, o sindicato está IMPEDIDO de homologar portadores de estabilidade, mesmo com o pagamento do período de carência;
  • A ausência de documentos necessários à homologação, conforme esta circular, impossibilitará a efetivação da mesma.

PRAZO:

Nos termos do art. 477, parágrafo 6º, da CLT, as parcelas constantes no instrumento de rescisão deverão ser pagas até o primeiro dia útil imediato ao termino do contrato, quando o aviso prévio for trabalhado, ou, até o décimo dia, contado da notificação da demissão, quando for o aviso prévio indenizado.

AVISO IMPORTANTE – AGENDAMENTO:

A partir de 1º de junho de 2011, as homologações realizadas na Sede Central (Rua Tamandaré, 348 – Liberdade – Tel: (11) 3209-3811) serão agendadas apenas via e-mail, no seguinte endereço eletrônico: homologacao@quimicosp.org.br

Até 2014, Brasil quer retirar do trabalho infantil 1,2 milhão de crianças

O Brasil quer retirar do trabalho infantil 1,2 milhão de crianças até 2014, por meio da ampliação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), informou a secretária nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Denise Colin, em entrevista à Agência Brasil.  Essa ampliação está dentro do Programa Brasil sem Miséria, lançado este mês pela presidenta Dilma Rousseff.

Denise Colin disse que hoje o programa atende mais de 800 mil crianças em todo o país. Elas foram encontradas em situação de trabalho no campo, de trabalho doméstico, exploração sexual, entre outros. Segundo a secretária, quando é feita a identificação de trabalho infantil, as crianças são inseridas no Programa Bolsa Família e é anotada na inscrição do programa a situação de trabalho infantil.
 
“As famílias recebem o benefício do Programa Bolsa Família. Essa criança tem a oportunidade de ser atendida em serviços que possam retirá-la da situação de exploração no trabalho”, disse.
 
A secretária acrescentou que “os pais são encaminhados a vários serviços, como de qualificação profissional, de documentação, de intermediação de mão de obra. Isso é feito pela política do trabalho e os técnicos orientam essas pessoas, mantêm contato com a equipe do Ministério do Trabalho e fazem toda essa mediação para encaminhamento”.
 
A secretaria disse ainda desde que o Peti foi integrado ao Bolsa Família, em 2006, houve maior garantia da transferência de renda, o que ajuda a família a manter as crianças longe do trabalho. “Foi um grande avanço a integração do Peti com o Programa Bolsa Família porque possibilitou a garantia da transferência de renda para a família, o que passou a não justificar o uso das crianças nessas situações”.
 
No Piauí, um dos estados onde há o maior número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, a  coordenadora da Gerência de Enfrentamento ao Trabalho Infantil, Rosângela Lucena, informou à Agência Brasil que mais de 34 mil que estavam em situação de trabalho infantil são atendidas hoje pelos núcleos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Esses núcleos recebem recursos do Peti.
 
De acordo com Rosângela, a maioria dessas crianças estava trabalhando com os pais na agricultura familiar. Hoje, o estado está priorizando a questão do trabalho infantil escravo, que registra alto índice no Piauí.
 
“Queremos fazer um estudo sobre o trabalho infantil escravo no estado e, para isso, estamos contratando faculdades para nos ajudar. Há 34 mil menores atendidos que estavam em situação de trabalho infantil, tanto que o Piauí está na lista dos estados brasileiros com os mais altos índices de crianças nesse tipo de atividade”, informou. A intenção é que o diagnóstico esteja concluído no próximo ano.
 
Para mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-06-12/ate-2014-brasil-quer-retirar-do-trabalho-infantil-12-milhao-de-criancas

Estudantes têm até hoje para efetuar o pagamento da taxa de inscrição do Enem

 Alunos que se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm até hoje (13) para pagar a taxa de R$ 35 em qualquer agência do Banco do Brasil. Estudantes com conta corrente no mesmo banco também podem optar por fazer o pagamento em caixas eletrônicos ou pela internet.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os boletos podem ser gerados até as 16h no endereço www.enem.gov.br, onde também poderá ser conferida a confirmação da inscrição três dias após o pagamento da taxa.
 
As inscrições para a prova foram encerradas na última sexta-feira (10). O Ministério da Educação registrou 6.221.697 estudantes interessados em fazer o exame. As provas serão realizadas nos dias 22 e 23 de outubro em 12 mil localidades de 1.599 municípios.
 
Para mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-06-13/estudantes-tem-ate-hoje-para-efetuar-pagamento-da-taxa-de-inscricao-do-enem