Desemprego já atinge 14 milhões de pessoas

O País já tem 14 milhões de desempregados. Em relação ao trimestre anterior houve crescimento de 8,7% no número de pessoas (12,9 milhões). Na comparação com igual período do ano passado a estimativa subiu 23,1%, mais de 2,6 milhões de pessoas sem trabalho.    

De acordo com (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente a taxa de desocupação está estimada em 13,6% no trimestre que encerrou em abril. 

Medicamentos sobem até 4,76%

Em abril os medicamentos foram reajustados em até 4,76%. O percentual de reajuste variou de acordo com o tipo de medicamento. Os genéricos (de maior concorrência), tiveram os maiores reajustes, podendo chegar a até 4,76%.  Os de concorrência moderada (cetoconazol, fluconazol, morfina e outros), foram reajustados em até 3,06%. E os de baixa concorrência, caso da amoxicilina, por exemplo, foram reajustados em no máximo 1,36%.  O reajuste foi estabelecido para mais de 19 mil remédios.

O reajuste dos medicamentos autorizado pelo governo ficou ligeiramente acima da inflação do período. O Índice do Custo de Vida na Cidade de São Paulo (ICV-DIEESE) acumulado dos últimos 12 meses (de abril de 2016 a março de 2017) ficou em 4,03%, enquanto a alta dos medicamentos, em alguns casos, atingiu 4,76%.

Adiada votação da reforma trabalhista

Temendo não conseguir o número de votos necessários para a provar a reforma trabalhista, os senadores da base aliada do governo Temer aceitaram um acordo com a oposição e adiaram a votação. Nas contas do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), com a mudança de três votos os trabalhadores conseguirão barrar o projeto de desmonte do governo. 

A CUT já orientou as bases para mapear os senadores e  pressionar com o objetivo de que eles mudem os votos. “Nossa pressão tem de ser constante e ainda maior porque temos de barrar esse projeto do ilegítimo e corrupto Temer, que deu um golpe para destruir as conquistas da classe trabalhadora”, disse Vagner Freitas, presidente da CUT.

Nova greve geral deve acontecer em junho

A CUT e as demais centrais sindicais já decidiram que farão uma nova greve geral contra as reformas trabalhista e previdenciária e contra o governo Temer, no final de junho.  A data ainda não está totalmente definida, mas a greve deve ocorrer na semana de 26 a 30 de junho.

A decisão final deve sair na reunião da próxima segunda (5). Os dirigentes das centrais prometem uma greve maior do que a registrada em 28 de abril.

Os sindicalistas também estão mantendo as manifestações nas bases eleitorais de deputados e senadores.

O projeto de reforma trabalhista (PLC 38) é o primeiro item da pauta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado nesta terça-feira (30). Na semana passada, a sessão terminou com briga entre parlamentares. O presidente do colegiado, Tasso Jereissati (PSDB), deu como lido o relatório de Ricardo Ferraço (PSDB) e concedeu vista coletiva, o que permite a votação do projeto. A oposição contesta. Duas senadoras, Gleisi Hoffman (PT) e Vanessa Grazziotin (PCdoB, apresentaram questões de ordem contra a tramitação.

 

* Com informações da CUT

Fernando Limongi: A bomba ainda está por vir

 

Em artigo publicado nesta segunda-feira (29), no jornal Valor Econômico, o cientista político, professor do departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP) Fernando Limongi descreve “o caos” do cenário político brasileiro. Afirma que “a coalizão que comandou o processo de impeachment se esfacelou, perdeu o rumo e trabalha para catar os cacos”, mas segundo ele, será improvável que ainda “se recomponha”. 

Em referência ao projeto do PMDB de Michel Temer, intitulado “Ponte para o Futuro”, o cientista ironiza: “A pinguela ruiu, levando consigo muitos dos que dela se serviram para atravessar o rubicão”. E acentua, “Temer é um paciente terminal”.

Para o professor, a falta de um nome comum como alternativa à Presidência da República fez as vozes em defesa de Temer ganharem força. “Encontrar um substituto não é simples. O ungido tem que sobreviver, não pode estar contaminado pelo material tóxico que se abateu sobre Temer. Eis aí o problema: restam poucas alternativas. Para onde quer que se olhe, qualquer que seja o nome aventado como a saída, em pouco tempo, problemas aparecem e a candidatura se torna radioativa. Nenhum político cabe no figurino e apelar para juízes, aposentados ou não, representa um salto no escuro”, diz no artigo.

Limongi debocha do “contorcionismo” que usaram para defender Temer de todas as provas apresentadas que revelavam o envolvimento do presidente ilegítimo com o cala boca de Eduardo Cunha. “Sem a menor cerimônia, sem o menor compromisso com a coerência, inventam-se distinções descabidas”, escreveu o cientista político sobre a sanha do jornal O Estado de S. Paulo na defesa de Temer, em referência ao editorial publicado no sábado (27). 

“Para defender Temer, convenientemente, privilegia-se o acessório e deixa-se de lado o essencial do episódio. Esquece-se a presteza com que Temer se dispôs a encontrar o empresário e o tema da conversa que o incriminaria”, ressaltou Limongi.

O professor faz em seu artigo uma relação da atitude do juiz Sergio Moro em absolver a esposa de Eduardo Cunha como o “recomendável” no contexto para não atrair atenção sobre as investigações

“Os movimentos para interromper a continuidade das investigações são flagrantes. O juiz Sergio Moro, que sabe o quanto pode esticar a corda, percebeu o risco e, fato raro, deu ouvido ao seu ‘coração mole’, absolvendo a esposa de Eduardo Cunha. Moro conhece seus limites, sabe que nem sempre é recomendável fustigar a fera com vara curta. A prisão da esposa de Cunha poderia elevar a pressão sobre seu tribunal.” 

A bomba

O artigo do cientista político encerra atestando que “Temer pode até se safar” da denúncia da JBS, mas, segundo o professor, “dificilmente resistirá ao que ainda está por vir”. 

Para Limongi, “a bomba continua detida em Curitiba, dando indicações de que está pronta a explodir”.
 

Do Portal Vermelho, com informações do Valor Econômico

Rio reúne mais de 150 mil por diretas já

Mais de 100 mil pessoas participaram do ato pelas diretas já, no Rio de Janeiro, em 28 de maio, que contou com shows musicais de Caetano Veloso, Milton Nascimento, Mano Brown, Mart’nália, Otto, Maria Gadú e com a participação dos atores Vagner Moura, Osmar Prado, Antonio Pitanga, Bemvindo Sequeira e muitos outros. 

O show foi intercalado por discursos e pelo coro de “Fora, Temer” e “Diretas já” entoado pelo público. 

Wagner Moura, que no ano passado se posicionou fortemente contra o golpe que levou Temer à presidência, foi um dos mais aplaudidos. “Não é possível Temer continuar, nem esse Congresso escolher o substituto. Pode não ser ilegal, mas é imoral e ilegítimo; e o ovo da serpente são essas reformas trabalhista e previdenciária”, afirmou o ator. A poetisa e atriz Elisa Lucinda disse: “Estamos sendo violentados”.

Gregório Duvivier lembrou que um Congresso com a maioria sendo investigada por crime de corrupção não tem moral para eleger um novo presidente. “Temos um presidente ilegítimo, impopular e criminosos. Só as eleições diretas vão tirar o País desse buraco”, completou.

O coordenador da Frente Povo Sem Medo, Guilherme Boulos, reafirmou a importância da mobilização popular para resgatar a normalidade democrática no País. “O movimento por diretas já é maior que os partidos de esquerda, ele representa 85% dos brasileiros, que querem escolher seu presidente. Hoje o grito é em Copacabana, mas vai tomar o País nas próximas semanas”, afirmou Boulos.

Reforma

As intenções do presidente golpista Temer e de sua base aliada são cada vez mais claras. Nem mesmo a delação da JBS e as gravações que comprovam a participação em esquemas de corrupção do presidente Temer e do presidente do PSDB, Aécio Neves, ao lado de inúmeros outros políticos do PMDB e do PSDB, foram capazes de barrar as investidas do governo contra a população brasileira.

Mesmo em meio aos protestos que tomaram conta do País, o Senado tentou retomar o calendário de análise da reforma trabalhista, sob o protesto da oposição. Nesta semana, governistas pretendem colocar a proposta em votação novamente e a oposição promete barrá-la. 

Químicos definem representantes para congressos

Os trabalhadores químicos definiram quem serão os representantes da categoria no Congresso da CNQ (Confederação Nacional dos Químicos) e no Congresso da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Foram eleitos 45 delegados e sete suplentes para participar do Congresso da CNQ, nos dias 12, 13 e 14 de julho, e 16 delegados e 2 suplentes para representar a categoria na 15ª plenária estatutária da CUT (congresso extraordinário), que acontece entre 28 e 31 de julho.   

O encontro, realizado na sede do Sindicato em 26 de maio esteve lotado e os dirigentes da entidade aproveitaram para discutir a conjuntura brasileira com a categoria. “O golpe está cada vez mais claro. Temer passou uma rasteira na presidenta Dilma com o claro objetivo de aprovar um pacote de maldades que prejudica o trabalhador e beneficia os patrões”, denunciou Osvaldo Bezerra, coordenador geral do Sindicato. 

 A dirigente Rosada Sousa de Deus, que também faz parte da executiva da CUT, salientou: “Quando reformamos algo é para melhorar. Temer não quer reformar, ele quer arrasar, destruir a classe trabalhadora e os nossos direitos”.  Renato Zulato, diretor do Sindicato e secretário de Finanças da CUT estadual, lembrou que o Congresso foi definido em caráter emergencial para discutir esse momento conturbado do País e para traçar ações para o próximo período.  

 

Químicos repudiam violência contra sindicalista

O Sindicato dos Químicos de São Paulo repudia a violência física e verbal praticada pelo médico Evandro Reis, contra a dirigente, Rosana Souza, do Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema (Sindema).  Rosana estava distribuindo o jornal do Sindicato, no Quarteirão da Saúde, nesta manhã (30) e foi agredida pelo médico.

O Sindicato está solidário com a companheira Rosana que estava no exercício do seu trabalho sindical.   

Químicos na luta por direito à liberdade e autonomia sindical e  por mais respeito às mulheres  

 

Químicos de São Paulo 

Frente Brasil lança plano de emergência

A Frente Brasil Popular realiza hoje (29,) no Teatro Tuca, em São Paulo, um ato em defesa das eleições diretas já.  A Frente também irá apresentar para sociedade um programa alternativo para tirar o País da crise.

O “Plano Popular de Emergência” é resultado de um trabalho de elaboração dos movimentos populares e intelectuais orgânicos que sintetizaram propostas em 10 eixos para a reconstrução das bases sociais, econômicas e políticas do Brasil.

O Plano de Emergência para o Brasil é organizado em dez eixos:

1) Democratização do Estado;

2)Política de Desenvolvimento, emprego e renda;

3)Reforma Agrária e agricultura familiar;

4)Reforma Tributária;

5) Direitos sociais e Trabalhistas;

6) Direito à saúde, à educação, à cultura, à moradia

7) Segurança pública;

8) Direitos humanos e cidadania;

9) Defesa do meio ambiente;

10) Política externa soberana.

 

Serviço

Ato em Defesa das Diretas Já e lançamento do Plano Popular de Emergência

Data: 29 de maio

Horário: 19 horas

Local: TUCA – Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Endereço Rua Monte Alegre,1024 – Perdizes, 05014-001 São Paulo

Ato por Diretas-Já reúne 100 mil em Copacabana, segundo organizadores

Artistas, políticos e movimentos esquerda fizeram um ato na praia de Copacabana, neste domingo (28), pedindo a saída do presidente Michel Temer e eleições diretas.

Durante as apresentações de Caetano Veloso e Milton Nascimento, os organizadores estimam que havia 100 mil presentes. A polícia não divulga estimativa de público.

Caetano descreveu o ato como um momento importante da história do Rio de Janeiro e pediu a saída de Temer repetidas vezes. Ao longo da tarde, passaram pelo palco Martnalia, Maria Gadú, Criolo e outros.
O ato foi organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem grupos sindicais e movimentos de esquerda.

O ator Wagner Moura comandou a manifestação, chamando ao palco artistas e fazendo pronunciamentos.

Quando nossos netos perguntarem onde estávamos neste dia, diremos que estávamos na praia, ouvindo música boa e lutando pela democracia do nosso país, disse.

Além de clamarem por diretas e Fora Temer, os músicos “mandaram recado” por meio das canções escolhidas. Otto, Mart’nalia, Teresa Cristina e Mosquito cantaram, entre outras canções,”É”, de Gonzaguinha – “É! / A gente não tem cara de panaca / A gente não tem jeito de babaca”.

Caetano cantou músicas como “Podres Poderes” (“Enquanto os homens exercem seus podres poderes / Motos e fuscas avançam os sinais vermelhos / E perdem os verdes / Somos uns boçais”); “Divino Maravilhoso” (“É preciso estar atento e forte / Não temos tempo de temer a morte”).

E fizeram trocadilhos com as letras: Otto, Mart’nalia, Teresa Cristina e Mosquito cantaram “Madalena do Jucu”, de Martinho da Vila, invertendo o sentido do refrão e trocando Madalena por Temer. Ficou assim: “Eu vou falar pra todo mundo / Vou falar pra todo mundo / Que eu não quero você”.

Os artistas também se manifestaram contra reformas propostas pelo governo.

O ato estava marcado para às 11h e seu início foi marcada por falas de parlamentares da oposição e representantes de movimentos de esquerda.

O deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ), um dos autores de pedidos de impeachment de Temer, pediu união de esquerda e direita para pressionar pela renúncia e contra eleições indiretas.

“Não é razoável que um Congresso que elegeu como seu presidente da Câmara o Eduardo Cunha escolha no nosso lugar. Nosso desafio é unir o país”, disse.

Guilherme Boulos, um dos coordenadores do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), também classificou o ato como histórico.

“No dia 27 de novembro de 1983 houve o primeiro grande ato que deu início ao movimento Diretas-Já, que derrotou a ditadura militar. Em 28 de maio de 2017 tem início um novo grande movimento nacional. É sinal de que a democracia política nunca é estável se não há democracia econômica e social”, disse.

Pelo PSOL, falou o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ), pelo PC do B, a deputada federal Jandira Feghali e pelo PT, Washington Quaquá, presidente do partido no Rio. Os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também estavam presentes.

O público do ato misturava militantes de centrais sindicais, com bandeiras de CUT e sindicatos, jovens e famílias.