A bancada de oposição formada por deputados do PT, PCdoB e por parte do PSB e Rede conseguiu adiar as leituras do relatório da reforma trabalhista no Senado. As novas datas previstas de leituras são os dias 13 e 21 de junho. Com isso, a votação na CCJ (Comissão de Consituição e Justiça e Cidadania) está prevista para o dia 28 de junho e a partir daí o projeto estaria pronto para ser votado em plenário. Mas a oposição já garantiu que não aceitará a votação em plenário no dia 28 de junho.
Autor: Soraia
20 de junho: Dia Nacional de Mobilização rumo à greve geral
O dia 20 de junho foi definido como “Dia Nacional de Mobilização” contra as reformas trabalhista e previdenciária. O dia é um “esquenta” para a greve geral que está marcada para o dia 30 de junho.
O secretário-geral nacional da CUT, Sérgio Nobre diz que a greve tem por objetivo recolocar “o Brasil nos trilhos”: “A mobilização dos trabalhadores definirá o rumo do País. Se Temer fica ou não à frente desse governo ilegítimo ou, se ele caindo, teremos escolha democrática com participação do povo”, explica.
De acordo com Nobre, o objetivo é transformar junho num mês de resistência. “Percebemos que o sistema político está tentando operar com ou sem Temer e, por isso, temos de fazer a luta pelo Fora Temer, contra as reformas e por Diretas Já “, disse Sérgio Nobre.
Prefeitura distribui remédios prestes a vencer
O prefeito de São Paulo, João Dória, anunciou, em fevereiro, que empresas farmacêuticas doariam remédios para o sistema de saúde da capital. Mas ele esqueceu de anunciar que os medicamentos estavam próximos da data do vencimento.
Em matéria para a CBN, a jornalista Alana Ambrósio apurou que os medicamentos doados pelas empresas tinham um valor total de R$ 35 milhões, caso fossem comprados pela prefeitura. No entanto, como contrapartida, o Governo do Estado de São Paulo isentou essas empresas do ICMS por três meses, ou seja, R$ 66 milhões de impostos deixaram de ser arrecadados.
Outro custo assumido pela prefeitura é em relação ao descarte dos medicamentos vencidos. A incineração desses materiais custa, em média, 20 reais o quilo. O edital diz que as empresas podem fazer doações de medicamentos com vencimento acima de seis meses, enquanto a venda para hospitais privados e farmácias exige que os produtos tenham validade acima de um ano.
A reportagem encontrou nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) medicamentos de uso contínuo com a validade muito próxima de vencimento, como o Omeoprazol, remédio de uso contínuo para o estômago, que tem vencimento para julho. Ou ainda o antibiótico Claritromicina, que vence ainda em junho. Após a data de validade, as empresas farmacêuticas não garantem mais a eficácia dos medicamentos.
Precarização do emprego é a maior em 25 anos, aponta FGV
Rede Brasil Atual – Estudo dos economistas Bruno Ottoni e Tiago Barreira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta a atual recessão econômica no Brasil como a mais “destruidora de emprego” nos últimos 25 anos. Em matéria publicada no jornal Folha de S.Paulo, a pesquisa mostra que o desemprego atual supera a desocupaçãodurante crises dos anos 1990.
O estudo mostra que o percentual médio da força de trabalho que se declarou ocupada recuou para 86%. “Além dos 14 milhões de desempregados, há um contingente de 10 milhões de pessoas ocupadas de forma precária ou temporária. A crise política e econômica tem resultado em uma persistência do desemprego, tornando um problema estrutural”, afirma o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, em comentário à Rádio Brasil Atual, neta terça (6).
Clemente explica que a atual crise política aprofunda o problema de desemprego e diz que o governo Temer ainda não chegou no limite da recessão. “A crise política agrava o momento. Achávamos que tínhamos chegado ao fundo do poço da crise econômica, mas estamos abrindo o alçapão e continuaremos descendo, no ponto de vista da atividade econômica.”
Segundo o diretor técnico do Dieese, a saída para a economia é investir na capacidade produtiva, o que a insegurança política, porém, não permite. “É necessário ter uma dinâmica positiva, as empresas e o governo precisam investir, mas a crise política não gera esse movimento e torna a situação insegura, já que os empresários retalham investimentos e o governo corta gastos. Sem a superação da crise política, a economia não retomará”, afirma.
Lula amplia vantagem na disputa presidencial, aponta pesquisa CUT/Vox
Pesquisa feita pela CUT/Vox Populi entre os dias 2 e 4 de junho mostra que o ex-presidente Lula continua imbatível e bateria todos os candidatos a presidente em 2018. Já o senador Aécio Neves (PSDB-MG) que, inconformado por ter sido derrotado por Dilma Rousseff (PT-RS) nas eleições de 2014, liderou um golpe contra o Brasil e os brasileiros em parceria com o então vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), ambos denunciados por corrupção, está politicamente liquidado, aparece com 0% de intenção de voto.
Confira aqui a pesquisa completa.
O governo do golpista Temer, aprovado por apenas 3% dos brasileiros, é considerado culpado pelo desemprego que atinge mais de 14,5 milhões de trabalhadores e pela recessão que atinge especialmente a classe trabalhadora e os mais pobres.
Para 52% dos entrevistados pela CUT/Vox Populi, a vida piorou com Temer na presidência; 38% dizem que nada mudou e apenas 9%, que melhorou. A renda dos trabalhadores também sofreu um baque com Temer. 56% dizem que a renda diminuiu, 39% que não mudou, 4% que aumentou e 1% não soube ou não quis responder.
Lula tem mais de 50% das intenções de votos
A solução para a maioria dos brasileiros é Lula. Se a eleição fosse hoje, Lula venceria o segundo turno do pleito com 52% das intenções de votos se o candidato tucano fosse Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que ficaria em segundo lugar, com 11% dos votos. Se o PSDB resolver apostar no discurso do novo ou da gestão marqueteira, Lula teria 51% dos votos no segundo turno e o prefeito João Doria, 13%. Lula também ganharia de Marina Silva (Rede) por 50% a 15%. Se o candidato for o Aécio, Lula sobe para 53% e Aécio teria 5%.
Intenção de voto espontânea
Lula também é imbatível nas consultas espontâneas sobre intenções de voto, quando o entrevistador não mostra nenhum nome na cartela.
O levantamento CUT/Vox Populi, aponta que 40% dos brasileiros votariam em Lula se a eleição fosse hoje – em abril o percentual era de 36%. Em segundo lugar, bem distante, vem Jair Bolsonaro (PSC) com 8% das intenções de voto – tinha 6% em abril. Já Marina Silva (Rede) e o juiz Sérgio Moro empatam em 2%.
Embolados em 5º lugar, com apenas 1% das intenções de voto aparecem Ciro Gomes (PDT), Joaquim Barbosa (sem partido), João Doria (PSDB), Fernando Henrique (PSDB) e Geraldo Alckmin (PSDB). Aécio Neves (PSDB) tem desidratou e surge com 0% de intenção de voto – em abril, antes da divulgação do grampo da JBS que envolve o senador em crime de pedido de propina, ele ainda tinha 3% das intenções de voto.
Se o candidato do PSDB for Alckmin ou Doria, Lula sobe para 45%. No cenário com Alckmin, o governador de São Paulo empata com Ciro em 4%, Bolsonaro sobe para 13% e Marina cai para 8%. Se a disputa for entre Lula e Doria, Bolsonaro cai para 12%, Marina sobe para 9%, Ciro para 5% e Doria atinge apenas 4% das intenções de voto.
Lula cresce
A pesquisa consolida a ascensão de Lula como favorito para o próximo pleito. No voto espontâneo, o ex-presidente tinha 31%, em dezembro, 36%, em abril, e agora atinge a marca dos 40%. Já num hipotético segundo turno contra Alckmin, a vantagem foi de 45% da preferência dos votos, em dezembro, para 51%, em abril, e agora 52%.
Lula é igualmente o preferido por idade, escolaridade, renda e gênero
Tem 48% das intenções de votos entre os jovens, 44% entre os adultos e o mesmo percentual (44%) entre os maduros. Quanto a escolaridade, 55% dos eleitores com ensino fundamental votam Lula, 40% ensino médio e 29% ensino superior. Quando separados por renda, o cenário se repete: votam em Lula 58% dos que ganham até 2 salários mínimo, 41% dos que ganham entre 2 e 5 mínimos e 27% dos que ganham mais de 5 salários mínimos.
A pesquisa CUT/Vox foi realizada em 118 municípios do Brasil de todos os Estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior. Foram entrevistadas 2000 pessoas com mais de 16 anos.
A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.
Brasileiros querem cassação de Temer e Diretas já
A rejeição ao governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) tem aumentado dia após dia. Pesquisa realizada pelo Instituto Vox Populi apurou que 85% dos brasileiros querem que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) casse Temer por irregularidades cometidas durante a campanha presidencial. Em abril, o índice era de 78%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 4 de junho. O TSE inicia o julgamento da chapa Dilma-Temer hoje (6).
Em caso de cassação ou renúncia, 89% querem eleições diretas para escolher o substituto de Temer.
A pesquisa, realizada em 118 municípios do Brasil de todos os Estados e do Distrito Federal, em capitais e regiões metropolitanas, atesta que a avaliação negativa de Temer é unânime em todas as regiões do Brasil independentemente da classe social, idade e gênero.
Centrais definem nova Greve Geral em 30 de junho
A CUT e as demais centrais sindicais se reuniram na manhã desta segunda-feira (5) e definiram uma nova Greve Geral em 30 de junho. A data será referendada pelas categorias em plenárias e assembleias.
A preparação começa imediatamente e o esquenta, com participação de todos os estados, está marcado para o próximo dia 20, com panfletagem e diálogo com a população pela manhã, e atos durante a tarde.
A expectativa diante do agravamento da crise no governo do ilegítimo Michel Temer (PMDB) é de que o movimento supere a Greve Geral do dia 28 de abril, aponta o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
“Primeiro as categorias devem referendar o dia 30. E o dia 20 será a preparação para o dia da Greve Geral, uma grande mobilização nacional com protestos, ações em todas as capitais, assembleia nas portas de fábrica, paralisação de lojas, bancos, comércios, enfim, uma grande manifestação criando condições para a Greve Geral do dia 30”, afirma.
Além da luta contra as reformas trabalhista e previdenciária, Nobre ressalta que as mobilizações ganham o ‘Fora Temer’ como ingrediente importante ao lado da bandeira por Diretas Já. O dirigente indica, contudo, que a agenda pode mudar de acordo com a conjuntura política.
“Se o Congresso Nacional, mesmo com tudo que temos feito, resolver antecipar a votação das reformas, também anteciparemos as mobilizações. Não vamos permitir que votem contra a vontade do povo brasileiro”, diz.
*Com informações da CUT
CUT denunciará Temer em conferência da OIT
A CUT e as demais centrais sindicais brasileiras protestarão no próximo dia 12 durante a Conferência Internacional do Trabalho da OIT (Organização Internacional do Trabalho) contra os ataques do ilegítimo Michel Temer (PMDB) aos direitos trabalhistas e à organização sindical.
A manifestação acontece em Genebra, onde ocorre atividade, na Place des Nations, às 18h (horário local).
Além de participar dessa mobilização, a Central também divulgará um documento escrito em quatro línguas em que aponta a relação entre as reformas e a violação de 13 Convenções da OIT, como as normas 87, 98 e 154, atingidas por propostas como a prevalência do negociado sobre o legislado e o ataque à organização sindical.
Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, a mobilização internacional é uma forma de driblar a blindagem no Brasil.
“Qualquer veículo de comunicação sério, que tenha compromisso com a população, deveria tratar as reformas como ela são, um ataque frontal às condições dignas de trabalho e renda e é isso que iremos denunciar na OIT. Qualquer reforma tem de ser debatida pela sociedade e só pode ser proposta por um governo legitimamente eleito pelo voto direto. Discutir as reformas Trabalhista e da Previdência no Brasil hoje é a falar do golpe de Estado contra o país, contra a democracia e contra a classe trabalhadora” falou Vagner.
Para o secretário de Relações Internacionais, Antônio Lisboa, a Central entende como fundamental pautar o debate sobre os direitos trabalhistas no Brasil em instâncias internacionais.
“A OIT é o principal instrumento de regulação internacional do trabalho e a CUT estará presente pela necessidade de fortalecer a OIT e denunciar as atrocidades que estão ocorrendo no Brasil contra a classe trabalhadora com a retirada de direitos trabalhistas e práticas antissindicais”, disse.
Além de Vagner e Lisboa, compõem a delegação da CUT a secretária-geral adjunta Maria Godói Faria, o secretário de relações internacionais adjunto, Ariovaldo Camargo, a secretária da Mulher Trabalhadora, Junéia Batista, também em nome da ISP (Internacional dos Serviços Públicos) e a secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos, Jandira Uehara. O ex-presidente da CUT, João Felício, representará a CSI (Confederação Sindical Internacional).
Mais de 100 mil em São Paulo pedem diretas já e enaltecem a importância das ruas
Mais de 100 mil pessoas compareceram ao ato SP pelas Diretas Já, no Largo da Batata, zona oeste da capital paulista. O ato convocado por artistas, ativistas da mídia independente e apoiado por movimentos sociais reuniu em um mesmo palco debate político, cidadania, música e poesia. Foram cerca de sete horas de shows com presenças de importantes nomes do cenário cultural brasileiro, como o músico Mano Brown, que encerrou a noite, os rappers Criolo e Rael, a atriz e poeta Elisa Lucinda, entre outros.
Os artistas que passaram pelo palco defenderam as pautas centrais: queda do presidente Michel Temer (PMDB) e convocação de eleições diretas. Também não faltaram críticas à agenda política de Temer, com suas propostas de reformas, como a trabalhista e da Previdência, que de acordo com os presentes “atacam direitos” e representam um retrocesso na cidadania brasileira.
“O que está acontecendo agora é algo extraordinariamente interessante em um sentido de consciência ampliada do que significa votar e o que significa neste momento pedir por diretas já. Estamos falando da verdadeira reforma política no Brasil”, disse o ator Osmar Prado. “O ato de hoje representa o quanto há uma insatisfação. Neste sentido os artistas podem colaborar falando, cantando e usando sua imagem à favor daquilo que eles acreditam”, ressaltou a atriz Mel Lisboa.
Mano Brown disse que a participação de artistas populares tem um peso importante no movimento pela democratização. “Os artistas têm acesso ao povo. Às vezes o artista comunica muito mais do que os políticos através da música. A classe artística tem muito tempo que está envolvida na política.”
“Muita juventude, muita gente bonita, muita gente acreditando que na ruas é possível mandar o governo Temer para onde ele deve ir: o arquivo morto da história”, disse a deputada federal Luiza Erundina (Psol-SP). Ela estava na praça, junto com os demais manifestantes que querem a volta da democracia e do direito de decidir. Ali no chão da praça também estavam outros políticos como os vereadores Eduardo Suplicy (PT) e Sâmia Bonfim (Psol), os deputados federais Paulo Teixeira (PT-SP) e Ivan Valente (Psol-SP) e o deputado estadual Carlos Gianazzi (Psol).
São Paulo será palco de show por Diretas Já
Neste domingo (4 de junho) acontece no Largo da Batata, em Pinheiros, o show pela saída de Temer e por eleições diretas. A atividade é organizada por ativistas, movimentos sociais e artistas. A iniciativa começou no Rio de Janeiro e o show atraiu cerca de 150 mil pessoas.
Estão confirmadas apresentações de Mano Brown, Criolo, Péricles, Emicida, Tulipa Ruiz, Simoninha, Otto, Maria Gadú, além de 30 blocos de carnaval.
A organização do ato SP pelas Diretas Já afirma que é contra as articulações dos políticos que agem nos bastidores e propõe a realização de eleição indireta para eleger o sucessor de Michel Temer. E ressaltam que “o Congresso Nacional, com inúmeros parlamentares envolvidos em casos de corrupção não tem condições morais de determinar como será o futuro do País.”
Serviço:
Show SP pelas Diretas Já
Quando: Domingo, 4 de junho, a partir das 11h
Onde: Largo da Batata, em Pinheiros – SP.