Povo sem Medo quer debate com a sociedade

A Frente Povo Sem Medo lançou em 14 de agosto  a  plataforma virtual “Vamos! Sem medo de mudar o Brasil”, uma iniciativa inédita de debate social e democrático para que a sociedade brasileira tenha a oportunidade de ouvir, formular e discutir propostas para o Brasil.

Serão realizados diversos encontros em locais públicos, transmitidos online pelo site vamosmudar.org.br que permitirá a participação de internautas.

O primeiro debate está previsto para 26 de agosto, em São Paulo. Mas já há outros previstos para grandes capitais do País.

A iniciativa da Frente Povo Sem Medo conta com o apoio da CUT e de outras centrais sindicais e movimentos sociais. 

Reforma política ignora mulheres

O relatório final da Reforma Política, que deve ser votado hoje (15) na Câmara dos Deputados, não diz nada sobre a necessidade de aumentar a representação das mulheres no Parlamento.

Deputadas denunciam que o modelo eleitoral chamado distritão (que concentra o voto naqueles candidatos com grandes recursos para fazer campanha), aprovado em destaque na semana passada, deve contribuir para a exclusão. “Somos a maioria da população, mas temos apenas 10% da representação, aqui. Está claro que esse modelo exclui as mulheres do parlamento”, diz a deputada federal Luiza Ferreira (PPS).

A deputada federal Maria do Rosário (PT) defende que, no momento em que o texto da reforma for levado ao plenário da Câmara, seja colocada em votação a PEC 134/15 (Proposta de Emenda à Constituição)  que reserva percentual mínimo de representação para mulheres.

Rádio Químicos está no ar

O Sindicato agora tem uma rádio própria, a Rádio Químicos SP, com uma seleção de músicas de qualidade e notícias sobre a categoria, política e economia. A Rádio Químicos SP está disponível para celulares IOS e Android. Para acessá-la, baixe o aplicativo pelo site https://goo.gl/nk6D5I (IOS) ou pelo site https://goo.gl/VHo43f (Android).

 

Químicos preparam campanha salarial

Com data-base em 1º de novembro, o setor químico começa a organizar a Campanha Salarial 2017. Hoje (5) de setembro, a Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico) realizou um seminário de preparação para as negociações, que neste ano acontecem numa conjuntura totalmente adversa.

Com a Lei 13.467/2017 (Lei da Reforma Trabalhista) aprovada, mudanças importantes começam a valer em novembro, mês em que ocorrem as negociações com a bancada patronal. “Nosso objetivo é minimizar os estragos promovidos pelo governo Temer, organizar a representação nos locais de trabalho e garantir direitos”, explica Osvaldo Bezerra, coordenador geral do Sindicato.

Durante o seminário a assessoria técnica do Dieese apresentou dados da conjuntura eocnômica e de outras negociações coletivas e o departamento jurídico da Fetquim alertou sobre algumas cláusulas da Convenção Coletiva que precisam ser adequadas.

Na próxima semana, todos os sindicatos que integram a Fetquim devem realizar assembleias em suas bases para definir a pauta indicativa de reivindicações.

 

 

Atendimentos estão centralizados na sede

O Sindicato informa que desde o dia 1º de agosto o atendimento aos associados é realizado exclusivamente na sede da entidade (Rua Tamandaré, 348 – Liberdade).

Infelizmente, as mudanças na legislação trabalhista e o fim do imposto sindical afetam diretamente a receita da entidade, que precisa passar por uma reestruturação financeira para continuar fazendo um bom trabalho ao lado da categoria.

Com a centralização dos atendimentos, o Sindicato conseguirá manter serviços de qualidade com custos de manutenção reduzidos e, como parte da nova estratégia, investirá ainda mais em ações nas fábricas para que a diretoria do Sindicato se aproxime cada vez mais dos trabalhadores.

Para mais informações, acesse o site www.quimicosp.org.br, a página no Facebook sindicatoquimicosp ou ligue para (11) 3209-3811. 

Rádio Químicos está no ar

O Sindicato agora tem uma rádio própria, a Rádio Químicos SP, com uma seleção de músicas de qualidade e notícias sobre a categoria, política e economia. A Rádio Químicos SP está disponível para celulares IOS e Android. Para acessá-la, baixe o aplicativo pelo site https://goo.gl/nk6D5I (IOS) ou pelo site https://goo.gl/VHo43f (Android).

 

Colônias reabrem em setembro

As colônias de Caraguatatuba e Solemar e o Clube de Campo, que estavam fechados para obras de manutenção, retomam suas atividades a partir de 1º de setembro, com valores reajustados. Confira a nova tabela de preços no site www.quimicosp.org.br.     

 

Para a CUT, aumento de impostos é imoral

Diante da notícia de que o governo Temer pretende criar uma nova alíquosta de Imposto de Renda, a Central Única dos Trabalhadores divulgou nota, assinada pelo seu presidente, Vagner Freitas, afirmando que a proposta é imoral e inadimissível. A central defende a atualização da atual tabela pela inflação e afirma que Temer quer criar uma nova faixa para ampliar a arrecadação e utilizar em troca de favores para se manter no cargo a qualquer preço. Confira abaixo:

Com a desculpa de que precisava cobrir o rombo nos cofres, o governo Temer congelou os gastos públicos por 20 anos, inviabilizando serviços em áreas como saúde e educação. Na época, prometeu, em rede nacional, “colocar as contas do País em dia” e não aumentar tributos.

Enganou os brasileiros. Está descumprindo a promessa.

Nesta terça-feira, Temer anunciou a criação de uma nova alíquota de imposto de renda para pessoa física, que pode variar de 30% a 35% para salários acima de R$ 20 mil, além da tributação de lucros e dividendos, entre outras medidas, com o objetivo de aumentar a receita em 2018.

Motivo alegado: as contas do País devem fechar o ano com um resultado primário negativo de R$139 bilhões – valor que pode subir se a arrecadação não aumentar. Como o País continua mergulhado em uma profunda crise, não há luz no fim do túnel.

A CUT sempre defendeu a ampliação do número de faixas de imposto de renda para quem ganha mais e também defende ampliação da faixa de renda isenta de tributação, o que beneficiaria os mais pobres.

Para a CUT, a tabela de imposto de renda deve ser atualizada anualmente pela inflação. Mas, Temer não atualizou a tabela em 2017,  nem mexeu na faixa de isenção, o que vem penalizando os trabalhadores com menores salários.  

Nesse sentido, a CUT entende que as medidas de Temer têm mais o caráter de desespero de um governo incompetente e sem rumo, frente ao cenário nacional desastroso na economia e nas contas públicas.Desastre esse provocado pelo próprio governo golpista.

Para a CUT, Temer quer ampliar gastos de forma imoral em troca de favores para se manter no cargo a qualquer preço.

Ampliar impostos para esse fim é inaceitável.

Toda ampliação de recurso deve ser utilizada para garantir o crescimento econômico, geração de emprego e renda. O governo Temer privilegia pagar juros para os banqueiros em detrimento da saúde,  educação, programa Bolsa Família,  crédito para o pequeno agricultor, entre outros programas, que beneficiam o conjunto dos brasileiros.

Vagner Freitas, presidente da CUT

 

11 anos da Lei Maria da Penha

O Instituto Maria da Penha lançou hoje (7) o  Relógio da Violência, que traz informações sobre os tipos de  agressão que as mulheres ainda sofrem. Após 11 anos da aprovação da lei (11.340/2006), a Lei Maria da Penha, que passou a qualificar como crime a violência doméstica e familiar contra a mulher, os números ainda assutam: a cada dois segundos uma mulher  é vítima de violência física ou verbal, no Brasil. Também a cada dois segundos, uma mulher é assediada – na rua, no trabalho ou no transporte público. A cada 23 segundos é vítima de espancamento ou tentativa de estrangulamento. E de dois em dois minutos, uma mulher é morta por arma de fogo. 

A iniciativa visa  informar as pessoas para que saibam caracterizar os diversos tipos de violência contra a mulher e, assim, denunciar as violações, ampliando o acesso à lei.

Sonegação e inandimplência equivalem a um terço do déficit da Previdência

O INSS deixou de arrecadar pelo menos R$ 30,4 bilhões em 2015 devido a sonegação ou inadimplência, de acordo com estudo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait). Esse valor representa pouco mais de um terço (35%) do chamado “deficit da Previdência”, que naquele ano foi de R$ 85 bilhões.

Os valores são relativos a contribuições previdenciárias do trabalhador retidas na hora do pagamento do salário, que variam de 8% a 11% da folha salarial. A arrecadação desse tipo foi de R$ 60,2 bilhões em 2015, mas deveria ter sido de R$ 90,6 bilhões, segundo o cálculo dos auditores com base nos dados de empregos formais do Ministério do Trabalho e Emprego. Ou seja, 33% do que deveria ter sido pago como contribuição previdenciária do trabalhador em 2015 não chegaram aos cofres da Previdência.

A chamada “ineficiência arrecadatória” tem crescido ao longo dos anos. Esse percentual, que inclui dívidas e sonegação, subiu de 22% em 2012 para 33% em 2015, segundo o Sinait. Nesses quatro anos, R$ 92 bilhões referentes a contribuições previdenciárias do trabalhador deixaram de ser arrecadados.

Entre os sonegadores, há duas fraudes mais comuns, segundo o presidente do Sinait, Carlos Silva. Em uma deles, empresários pagam contribuições menores do que a realmente devida. Isso é feito desconsiderando parte do salário do cálculo, como bonificações e outros auxílios.

Na outra fraude recorrente, grandes empresas transferem funcionários para subsidiárias optantes pelo Simples, onde as contribuições sobre a folha têm alíquotas menores, sem, na verdade, poder fazer isso.

Por fim, há ainda empresas que descontam a contribuição previdenciária do salário do trabalhador e não a repassam ao INSS – o que é crime de apropriação indébita. Silva destaca que a Receita normalmente fiscaliza grandes empresas, e muitos dos sonegadores são pequenos e médios empresários.

Redução da fiscalização

Os valores desviados seriam ainda maiores se não fosse a ação de fiscalização e cobrança da Receita Federal, órgão responsável por evitar a sonegação e cobrar devedores. Essa fiscalização, porém, tem reduzido nos últimos dois anos. O valor cobrado caiu 19% desde 2014, segundo conta da Receita Federal que inclui a fiscalização previdenciária e a cobrança automática (cruzamento de dados). Em 2014, foram cobrados R$ 27,4 bilhões e, em 2016, essa cobrança foi de R$ 22,1 bilhões.

A Receita informa que a queda se deve à reivindicação de aumento salarial dos auditores fiscais. Durante o segundo semestre de 2015 e o início de 2016, eles reduziram as autuações como forma de pressionar o governo por aumento salarial. O órgão disse ainda que “os valores não lançados nesse período devem ser compensados com as autuações em 2017”.

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) afirma que a reivindicação dos auditores teve reflexo na redução da fiscalização, mas não explica sozinha a queda das cobranças. “Ano a ano, a Receita sofre com reduções expressivas no orçamento, falta de concursos para recomposição de quadros, redução gradativa no pessoal especializado e sobrecarga de trabalho”, diz Cláudio Damasceno, presidente do sindicato. No ano passado houve corte de R$ 433 milhões no orçamento da Receita. De acordo com dados do Sindicato, existem 9,7 mil auditores fiscais (para fiscalizar todos os desvios, não apenas previdenciários), enquanto o Ministério do Planejamento recomenda que sejam 20 mil auditores.

Enquanto as fiscalizações minguam, a inadimplência relacionada às contribuições previdenciárias é crescente no Brasil, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as contas da Previdência Social. “A inadimplência referente a essas contribuições apresentou tendência de elevação, saindo da faixa de 7% [em 2010] para alcançar 10,5% em 2016”, afirma o relatório final do TCU, publicado no dia 22 de junho.

Segundo a Receita informou ao TCU, dos R$ 313 bilhões declarados em 2016, R$ 32,78 bilhões não foram recolhidos por inadimplência (empresas que assumem a dívida mas não pagam). A Receita Federal informou à Repórter Brasil e também ao TCU que não tem projeções sobre a sonegação de contribuições previdenciárias.

No seu trabalho de fiscalização, a Receita tenta cobrar administrativamente os empresários inadimplentes, aplicando multas e juros. No caso dos sonegadores, nem sempre o órgão fiscalizador os identifica, já que eles usam recursos fraudulentos. A Receita informou que, nos casos em que descobre que há apropriação indébita das contribuições do trabalhador, encaminha denúncia ao Ministério Público Federal.

Após as cobranças administrativas da Receita, se o empresário continua sem pagar suas obrigações previdenciárias, o caso é enviado à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para que a empresa seja inscrita na dívida ativa da União. A PGFN, então, aciona a Justiça para cobrar os valores devidos acima de R$ 20 mil. A recuperação das dívidas, porém, é baixa. Em 2016, somente 0,9% delas foram recuperadas, segundo a Procuradoria.

As contribuições previdenciárias sonegadas são ainda maiores do que apontam os auditores fiscais do trabalho. O levantamento só leva em conta a contribuição previdenciária do trabalhador. Mas, além dela, existe a contribuição patronal e a contribuição sobre a comercialização de produtos agrícolas. Segundo relatório do TCU, a sonegação do regime rural chega a 70%.

O problema da sonegação e da inadimplência ganha atenção neste momento em que, sob o argumento do deficit, o Congresso discute a reforma da Previdência, que dificulta o acesso à aposentadoria e estabelece uma idade mínima para ter direito ao benefício.

Para o presidente da CPI da Previdência, senador Paulo Paim (PT-RS), a sonegação e a inadimplência mostram que a Previdência Social tem um problema de gestão – e não de reforma. “Temos que dar mais estrutura para a Receita e para os auditores fiscais, porque eles têm condições de recuperar recursos que foram desviados da Previdência, e dali para a frente, com uma fiscalização dura, resolvemos a questão”, analisa.

O presidente do TCU, ministro Raimundo Carreiro, é outro a defender publicamente um ‘choque de gestão’ na Previdência, classificando como “inadmissíveis” o aumento da inadimplência das contribuições previdenciárias, a ausência de estudos sobre sonegação e a recuperação de apenas 1% da dívida previdenciária.

O relatório do órgão denuncia ainda a chamada ‘cultura do inadimplemento’, gerado pela edição sucessiva de programas de refinanciamento da dívida, com redução de juros, multas e encargos, o que estimularia empresários a deixarem de pagar os tributos na esperança de fazê-lo com descontos no Refis seguinte.

Já na avaliação de Fernando de Hollanda Barbosa Filho, economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas), os valores relativos à inadimplência e à sonegação são altos e o governo deveria tomar medidas para reduzi-los. “Mas, mesmo se conseguíssemos zerar a inadimplência, continuaríamos precisando de uma reforma na Previdência, por conta do alto deficit e da sua perspectiva de aumento ao longo dos anos”, afirma.