Doria deixa cães e gatos sem comida

O Centro de Controle de  Zoonoses (CCZ), de Santana, zona norte da capital paulista, ficou um mês sem receber alimentação. O prefeito  João Doria (PSDB), atrasou a licitação e os  trabalhadores e voluntários que atuam no local tiveram que fazer vaquinha para comprar a alimentação dos cães e gatos. A situação ocorreu por cerca de um mês e pôs em risco a vida de 108 gatos e 152 cães.

A apresentadora e defensora dos animais Luisa Mell denunciou o caso nas redes sociais e disse que tentou entrar para averiguar a situação mas foi impedida. 

Manifestantes protestam em defesa das terras Guarani

Manifestantes protestaram ontem (30), na avenida Paulista, e seguiram em passeata até a casa do presidente Michel Temer (PMDB), em alto de Pinheiros, pela revogação da Portaria 683, assinada pelo ministro da Justiça, Torquato Jardim, que anula a criação da reserva indígena no Pico do Jaraguá, na zona noroeste da capital.  A portaria reduz os 521 hectares das terras indígenas para três. De acordo com o texto publicado no Diário Oficial da União, a extensão da reserva é um “erro administrativo e foi demarcada sem a participação do estado de São Paulo na definição conjunta das formas de uso da área”.

O líder indígena Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul, Eliseu Lopes, veio a São Paulo para se somar à luta dos guaranis paulistas. “Enfrentamos muita violência, despejo e todo o tipo de ataques. Temos a segunda maior população Guarani e nossa luta é por espaço, temos um território muito pequeno para mais de 40 mil indígenas. Agora, viemos aqui para dar apoio para nossos parentes que estão na mesma situação”, disse.

Lula diz que Temer está destruindo o País

Em caravana pelo nordeste o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, discursou em ato político  em Crato no Ceará, ontem (30).  Para o ex-presidente, depois do impeachment de Dilma, estão destruindo o País: “ vão vender a Petrobras e abrir o pré-sal. O Brasil virou o importador de gasolina. Eles querem vender a Eletrobras; o País investiu R$ 400 bilhões e querem vender (a empresa) por R$ 20 bilhões”, afirmou. 

Lula recebeu  o título de doutor honoris causa da Universidade Regional do Cariri e  foi homenageado com dois títulos de cidadão, dos prefeitos de Crato e Salitre, outra cidade da região. O ex-presidente recebeu também uma estátua de Padre Cícero da Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras do Estado do Ceará (Fetraece).

O ex-presidente disse que ainda não sabe se será candidato novamente. “Não sei ainda. Mas eu gosto do Brasil. Ninguém pode cair no desespero, deixar de sonhar ou perder a esperança. E eu tenho vontade de lutar como se fosse um menino de 18 anos. Nós não vamos permitir esse retrocesso”, concluiu.  

 

*Com informações da Rede Brasil Atual 

Desemprego cai, mas informalidade aumenta

O desemprego no País fechou o trimestre de maio a julho em 12,8%, em média, com 13,3 milhões de desempregados, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa caiu em relação ao trimestre anterior (13,6%), mas subiu em relação ao mesmo trimestre do ano passado (11,6%).

Segundo o insittuto, o desemprego caiu puxado pela geração de vagas de trabalho sem carteira assinada.  O mesmo  trimestre registrou 33,3 milhões de pessoas com carteira assinada.  Em relação mesmo trimestre de 2016, a queda foi de 2,9%.

Plataforma Vamos! Pretende discutir saídas para o Brasil

A Frente Povo Sem Medo lançou neste sábado (26)  a plataforma Vamos! que pretende discutir saídas para o Brasil, a partir da construção de um projeto coletivo de aprofundamento da democracia. “Não é possível pensar hoje uma saída popular para o País sem que isso passe decididamente pela revogação de todas as medidas tomadas pelo governo golpista de Michel Temer”, afirmou o  coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos. 

Nos próximos dois meses, o Vamos!  vai promover debates  em cinco cidades do País para discutir os seguintes eixos temáticos: democratização da economia (Rio de Janeiro), democratização do poder e da política (Porto Alegre), democratização das comunicações e da cultura (Fortaleza), democratização dos territórios e meio ambiente (Belém); e um programa negro, feminista e LGBT (Belo Horizonte). Além das discussões ao vivo, abertas a todos, o Vamos! também recebe colaborações para cada um dos eixos pela  internet. 

Exposição sobre os 100 anos da greve geral de 1917

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), inaugura hoje a exposição 1917-2017: 100 anos depois a luta continua! Nenhum direito a menos”, organizada pelo seu Centro de Documentação e Memória Sindical e pela Secretaria de Cultura, em parceria com o Arquivo Edgard Leuenroth, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

No ano de 1917, aconteceu no Brasil o que veio a ser classificado pelos historiadores como a primeira greve geral realizada no País. Trabalhadores insatisfeitos pela precária condição social a que estavam submetidos, utilizaram-se do instrumento da greve como resistência e arma para lutar e modificar a realidade vigente.

A exposição reproduz imagens do começo do século XX onde é possível ver as péssimas condições de trabalho, os interiores das fábricas, a exploração do trabalho infantil. Foi nesse contexto que ocorreu a greve geral de 1917, mostrada com reproduções de fotos de assembleias, da repressão policial e de páginas dos jornais da época, como A Plebe.

A exposição será aberta hoje, (28), com   15º Congresso Extraordinário.  A partir da segunda semana de setembro a exposição estará aberta ao público em geral, no horário das 9 às 18h, no saguão da sede da CUT (Rua Caetano Pinto, 575, Brás – São Paulo).

 

Congresso da CUT começa hoje

O Congresso Extraordinário da CUT começa hoje (28), dia em que também completa 34 anos, com o desafio de discutir os rumos da maior Central sindical da América Latina.

O evento também lembra o centenário da primeira greve geral no Brasil e os 100 anos da Revolução Russa e abriga uma exposição sobre a greve geral de 1917 organizada pelo Centro de Documentação e Memória Sindical e pela Secretaria de Cultura da CUT, em pareceria com o Arquivo Edgard Leuenroth, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

O Congresso extraordinário da CUT já teve etapas preparatórias em todas as regiões do País, indicando sugestões e proposições de trabalhadores para contribuir com as resoluções Central para o próximo período de atuação. 

Sorteio de vagas para o feriado de 12 de outubro

O sorteio de vagas para o feriado de Nossa Senhora da Aparecida  (12 de outubro), para as colônias de Caraguatatuba e Solemar e para o Clube de Campo de Arujá, será realizado no dia 24 de setembro, domingo, às 10h, no Sindicato (Rua Tamandaré, 348, – Liberdade).

Para participar, os sócios interessados devem retirar uma senha até o dia 22 de setembro, no Sindicato, ou por telefone.

No dia 24 de setembro, o sócio deverá comparecer à sede do Sindicato com a senha, o RG, ou outro documento com foto, e a carterinha de associado. Caso não possa comparecer no dia, ele poderá ser representado por outra pessoa, que deve estar com os documentos do associado. É importante lembrar que cada pessoa pode representar apenas um sócio.

O portão será fechado às 10h para o início do sorteio, e o horário será rigorosamente respeitado. O Sindicato está aceitando cartão de débito para pagamento das reservas.

Para os outros períodos do ano, as reservas do clube de campo e das colônias podem ser feitas diretamente no Sindicato, com antecedência mínima de 30 dias. 

Política recessiva de Temer vai deixar a vida mais cara, aponta Dieese


De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) o pacote de privatizações do ilegítimo Michel Temer (PMDB) tem como único objetivo arrecadar o máximo possível para fechar o rombo econômico.


A análise que o Dieese divulgou hoje (24) aponta que  a política adotada pelo governo Temer tem colocado o País numa espiral recessiva sem fim, com investimento e gasto privados travados pelos juros reais altos e expectativas pessimistas.

Sobre o programa de privatizações e concessões que o governo quer implementar o Dieese alerta que a conta ficará para o trabalhador, com prováveis reajustes nas tarifas de energia elétrica, gerando pressão inflacionária e falta de planejamento na estratégia nacional, devido a desnacionalização do sistema de energia.


O programa de privatizações do governo Temer envolve 57 projetos,  dentre eles principalmente a venda de parte da Eletrobrás (ficou de fora Itaipu porque é binacional e as usinas nucleares), além da concessão de 14 aeroportos (incluindo Congonhas em São Paulo), 16 portos e a desestatização de 2 rodovias, 4 projetos em Petróleo e gás, a Lotex (CEF) e a Casa da Moeda (responsável pela emissão de cédulas, moedas, passaportes, selos, dentre outros).


 

Para Maria Rita Kehl, fúria com perda de direitos deve aflorar a qualquer momento

Por que, mesmo diante de um cenário de desmonte de direitos, não há grandes mobilizações nas ruas? Em participação no Jornal Brasil Atual, na Rádio Brasil Atual, a psicanalista Maria Rita Kehl falou sobre o tema e também comentou as circunstâncias que levaram o País à atual situação.

Questionada pela jornalista Marilu Cabañas sobre a passividade da população perante diversas medidas do governo Temer, Kehl ponderou que talvez os brasileiros estejam “atônitos”. “Não sei se as pessoas estão passivas ou anestesiadas, a impressão que tenho na rua é que as pessoas estão furiosas com todas as perdas de direitos, com a crise econômica e as saídas impopulares do governo Temer. Mas estão um pouco sem opção por enquanto”, destaca. “Durante um tempo as pessoas ficam paralisadas, mas espero que isso não dure muito.”

A psicanalista ressalta o “cinismo das autoridades que estão no governo”, afirmando que o presidente Michel Temer tem uma “cara de pau permanente”, sempre com a expressão constrangida. Para ela, o PMDB foi um dos principais agentes do processo que levou ao atual cenário de crise política.

“Dilma estava sitiada pelo PMDB e não tem o jogo de cintura que o Lula tinha para negociar. Quem aceitou a aliança com o PMDB foi o Lula”, lembra, recordando que um grupo de intelectuais paulistas chegou a cobrar o líder petista a respeito da aliança com os peemedebistas.

“Ele (Lula) explicou, como um sindicalista negociador, que sem o PMDB até poderia se eleger, mas não governava, porque já tinham sitiado o Congresso. Entendeu que tinha que fazer a aliança, mas, com a grande habilidade que tem, conseguiu colocar o PMDB em suas mãos”, descreve, anotando que a ex-presidente Dilma Rousseff “foi vítima da própria base de apoio”. “O problema não foi o PSDB e os partidos mais à direita, foi o abandono do PMDB. Com o argumento da pedalada fiscal, Dilma, sem conseguir conchavar, caiu.”

Para ela, parte dos motivos que mina a possibilidade de haver grandes mobilizações populares se relaciona à falta de informação. “As grandes manifestações de rua têm a ver com questões claras para o povo. Não sei se as pessoas que leem jornal correndo ou que nem têm tempo de ler e acompanham o noticiário pela televisão, que é sempre meio oficial, têm clareza do que elas perdem diretamente com as privatizações. Não sei se têm clareza da importância de se ceder uma área da Amazônia para ruralistas.”

A falta de lideranças é outro fator que corrobora o quadro de desmobilização, aponta Kehl, citando o cerco sofrido pelo ex-presidente. “Com Lula acuado, quem é o grande líder para levar gente pra rua?”, questiona.