Ingerência Tucana: gambiarra no Cantareira vai até outubro

O Governo do Estado iniciou hoje a distribuição da captação do volume morto do reservatório da Cantareira, para abastecer a região metropolitana de São Paulo, porém se não chover até outubro, as obras terão sido em vão.

As obras realizadas nos últimos dois meses bombeiam a água para o Cantareira mas especialistas deram o nome de “gambiarra” às obras que por conta da pressa, são extremamente mal feitas e imprevidentes diante das necessidades futuras.

Das  14 bombas instaladas, apenas 4 estão operando, mas este não é o principal problema. Quando a tão esperada chuva vier, toda a obra ficará submersa. Investimento de emergência que não resolve e poderá ser inútil em poucos meses.

Além disso, a origem da água que está sendo coletada do volume morto, não foi 100% aprovada pela Cetesb. Em seu relatório, a companhia afirma que a qualidade da água deve ser garantida pela Sabesp. 

Executiva Nacional da CUT discute quadro político-econômico brasileiro

A Executiva Nacional da CUT promoveu ontem (14), na sede da CUT – Rio de Janeiro, um debate sobre a conjuntura atual do país. A reunião contou com dirigentes da CUT no estado e de diversos sindicatos.

Convidado para o encontro, Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), apresentou uma análise sobre o cenário político-econômico nacional, concluindo que um dos nossos principais desafios é reposicionar o desenvolvimento industrial. “O Brasil nunca teve um crescimento continuado como agora. As políticas de inclusão adotadas pelo governo geram uma dinâmica favorável para o setor econômico”, destacou em seu diagnóstico. O economista enfatizou também que é necessário aumentar a capacidade produtiva das micro e pequenas empresas, responsáveis por gerar 60% das vagas no mercado de trabalho. Além disso, Clemente apontou que o Brasil oferece muitos empregos, porém, com salários ainda baixos – situação que só pode ser resolvida com investimento e uma nova estratégia para a indústria.

Para  Sérgio Nobre, secretário-geral nacional da CUT, as eleições deste ano devem definir o futuro do páis.  “O que está em jogo é a continuidade do projeto democrático-popular, de crescimento com desenvolvimento e distribuição de renda, que a oposição, com o auxílio da grande mídia, quer impedir a todo custo a continuidade. Querem impor o retorno das políticas neoliberais que fazem retornar a inflação, o desemprego, não promovem distribuição de renda e inibem o crescimento. Queremos continuar a ter geração de emprego e renda, aumentos de salários e ações que favoreçam a classe trabalhadora e toda a sociedade e promovam o desenvolvimento do País. Não vamos permitir o retrocesso e a atuação do movimento sindical é fundamental para impedir que isso ocorra”, salientou.

Conquista do movimento sindical, acordo garante trabalho decente durante a Copa

Hoje (15), será assinado, pela presidenta Dilma, o Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Copa do Mundo FIFA 2014, projeto elaborado pela CUT em conjunto com as demais centrais, o setor patronal e o governo federal, representado pela Secretaria Geral da Previdência. O documento garante que a maioria das pessoas contratadas durante o evento terão carteira assinada e os direitos trabalhistas assegurados. Segundo estimativas dos setores de gastronomia e hotelaria, 40 mil novos empregos serão gerados ao longo da Copa do Mundo.

O acordo é válido até o dia 31 de agosto, sua negociação foi iniciada há um ano e meio, e sua adesão é de livre escolha por parte das empresas, das quais deve partir a iniciativa de assinar o compromisso. “Essa é uma experiência que demonstra maturidade do movimento sindical brasileiro. Nossa preocupação era garantir que os empregos gerados pela Copa, muito provavelmente de curta duração, tivessem todos os direitos. É uma negociação inovadora em termos de Copa, já que em outros países-sede isso não aconteceu”, celebrou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Além das salvaguardas trabalhistas, constam no compromisso o combate ao trabalho infantil e à exploração sexual. As empresas que aderirem ao pacto deverão produzir material explicativo, e terão inserções em rádio sobre os temas. Comitês regionais, com a participação de representantes dos trabalhadores, dos empresários e do governo, fiscalizarão o cumprimento do acordo – a empresa que não respeitar as diretrizes do documento será incluída em uma espécie de “lista suja” e aquela que seguir o combinado receberá um selo de qualidade.

Cresce oferta de emprego no interior

O emprego segue crescendo no Brasil, porém, pela primeira vez, o interior superou as regiões metropolitanas do país no crescimento da oferta de vagas formais. Segundo a economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Patrícia Palatieri, em 2013, o interior registrou um crescimento de 12% em relação a 2012 – números que até podem ser maiores, pois os empregos públicos são desconsiderados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego. Entre os empregadores, quatro setores se destacaram no interior: indústria, construção, comércio e serviços – atestando um deslocamento do eixo nacional de desenvolvimento, deixando as capitais.

O Dieese considera a melhoria da qualidade de vida nas cidades interioranas como fator preponderante para esse movimento, incentivado, sobretudo, pelas políticas públicas do governo federal, como a valorização do salário mínimo, que ajudou a impulsionar o fenômeno. Da mesma forma, programas de infraestrutura – como Minha Casa, Minha Vida – criaram condições para o desenvolvimento da região. Os incentivos fiscais também são importantes para gerar a transferência de empresas.

Sob a ótica do trabalhador, uma melhor qualidade de vida no interior – distante de problemas ocasionados pelas grandes concentrações populacionais presentes nas metrópoles, como o trânsito – é um grande atrativo. “Não é à toa que a pauta das centrais sindicais inclui a redução de jornada. Justamente por conta do tempo que o trabalhador perde nos seus deslocamentos é que precisamos de uma jornada menor”, defende Palatieri.

Crise da água é culpa de Alckmin, afirmam movimentos sociais

Durante o seminário “A Crise da Água em São Paulo e seus Impactos ao Emprego, Meio Ambiente e à Energia”, realizado ontem (13), na Alesp, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e integrantes de movimentos sociais anunciaram a intenção de mobilizar denúncias contra o governo Geraldo Alckmin (PSDB) sobre a crise de abastecimento que atinge diversas cidades da Grande São Paulo. “Vamos nos reunir com os demais movimentos para organizar esse processo. Vamos convocar associações de bairro, igrejas, todos os que podem ser impactados por essa situação”, assegurou o presidente da CUT – SP, Adi dos Santos Lima.

O dirigente afirmou  ainda que a entidade questionará judicialmente a cobrança de multa sobre o consumo de água, proposta pelo governador tucano, por considerá-la inconstitucional. “A crise pode provocar o aumento do custo de vida e desemprego, principalmente na região de Campinas, Guarulhos e Jundiaí. A água é a base de todos os setores industriais. Sem ela, além dos problemas sociais diretos, corremos o risco das empresas buscarem lugares com melhor oferta de água”, disse o líder sindical.

Durante o evento, os movimentos participantes também defenderam que o problema é resultado da má administração do governo estadual e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo). Apesar de Alckmin refutar a ideia de racionamento, na prática, a medida já está sendo aplicada, inclusive na capital. “Nunca fomos informados oficialmente, mas por volta de 22 horas não tem mais água vinda da rede. E só volta pela manhã”, afirmou Jadir Bonancia, militante do MAB  (Movimento dos Atingidos por Barragens) e residente da Casa Verde. Na região de Paralheiros, que deveria ser abastecida pelo Sistema Cantareira (foco da crise), moradores estão furando poços para suprir a baixa oferta de água encanada.

O deputado estadual Marcos Martins (PT)  pretende instaurar uma CPI na Assembleia para investigar o caso. Já conta com 26 assinaturas de parlamentares, mas faltam 6 para que o pedido possa ser protocolado. 

Copa do Mundo: menos de um mês para a festa começar


A Copa do Mundo deve movimentar cerca de R$ 64,5 bilhões a mais no PIB brasileiro neste ano de 2014. Mesmo com os principais investimentos concentrados nas cidades sede dos jogos, não se pode desconsiderar os reflexos positivos em todo o país. 


No Distrito Federal , os investimentos passam a casa dos R$ 9 bilhões. O governador do Distrito Federal,  Agnelo Queiroz, em reunião de balanço sobre as obras da  Copa do Mundo, a 30 dias da abertura do mundial, afirmou que o Estádio Mané Garrincha está pronto,mas reconheceu que ainda faltam ajustes.


O clima da Copa  já  está tomando conta do Brasil. Grandes indústrias investem em anúncios publicitários alusivos ao  mundial. O varejo faz promoções de televisões e o  comércio popular  reforça o estoque de adereços e objetos com as cores do Brasil, O setor hoteleiro também está otimista com a expectativa de receber 600 mil turistas nos próximos dias. 


Em São Paulo, a Arena Corinthians, conhecida como  Itaquerão, recebe os últimos retoques. No último dia 8 de maio, a presidenta Dilma Rousseff fez uma visita ao estádio que fica na zona leste de São Paulo e  recebe a abertura do mundial, no dia 12 de junho, com o jogo entre Brasil e Croácia.

Emprego formal e valorização do salário reduzem desigualdade

A formalização do mercado de trabalho e o aumento do salário dos trabalhadores são os fatores que mais contribuíram para redução da desigualdade social, entre 2002 e 2012, segundo dados apresentados pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República.

O trabalho foi responsável por 54,9% da diminuição da desigualdade no período, enquanto o programa Bolsa Família, o pagamento da Previdência acima do piso e a aposentadoria com base no salário mínimo colaboraram com 12,2%, 11,4% e 9,4%, respectivamente.

Já a valorização do salário, de acordo com analistas, aumenta a renda dos trabalhadores assalariados – detentores de uma renda intermediária –, complementando, assim, os êxitos alcançados através de programas de transferência de renda, direcionados à parcela mais carente da população.

Dengue registra crescimento mensal acima de 60% em São Paulo

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o número de casos de dengue cresceu 61,92% no estado, apenas no mês de abril – totalizando 54.423 registros ao longo do ano. Os registros da doença se concentram em oito municípios: Americana, Campinas, São Paulo, Jaú, Taubaté, Votuporanga, Santa Bárbara d’Oeste e Osasco.

A situação mais crítica encontra-se em Campinas, com 18.484 ocorrências, recorde histórico na cidade. Já o maior número de mortes, até o momento, foi apontado em Jaú, com sete óbitos. Na capital, quatro pessoas faleceram em decorrência da dengue, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. Os bairros mais afetados são Jaguaré e Tremembé, com 733 e 323 pessoas contaminadas, respectivamente, desde janeiro.

São Paulo pode ficar sem água durante a Copa

Com apenas 8% de sua capacidade, o nível do Sistema Cantareira que abastece o município de São Paulo chegou a mais baixa marca de toda a sua história no último dia 11 de maio.

Segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Nos últimos sete dias, o reservatório perdeu 1,2 pontos percentuais de sua capacidade. O sistema está ameaçado de secar durante a realização da Copa do Mundo, que receberá os jogos das oitavas de final no estádio Arena Corinthians (Itaquerão).

A saída encontrada pela Sabesp é a utilização do volume morto, um reservatório que abriga 400 milhões de metros cúbicos de água e que nunca foi usado. A Cetesb  tinha prazo para entregar um relatório de utilização do volume morto  até o dia  8 de maio.

Seminário – Acontece amanhã, dia 13 de maio, na Assembléia Legislativa (no auditório Paulo Kobayashi, às 14hs) o seminário “A Crise da Água em São Paulo e seus Impactos ao Emprego, ao Meio Ambiente e à Energia”. Promovido pela CUT, movimentos sociais e pela bancada do PT na Assembleia, o objetivo é discutir os reflexos da falta de água para a população e também para a economia do país. O risco de desabastecimento ameaça cerca de 14 milhões de pessoas no estado mais rico do Brasil.

Crise da água em São Paulo é tema de seminário no dia 13, na Alesp

 

A Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), movimentos sociais e a bancada do PT na Assembleia Legislativa (Alesp) realizarão no dia 13 de maio (terça), na capital, o seminário “A Crise da Água em São Paulo e seus Impactos ao Emprego, Meio Ambiente e à Energia”, em evento das 14h às 17h no auditório Paulo Kobaiashi, na Av. Pedro Álvares Cabral nº 2001. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail juliana@cutsp.org.br
 
O objetivo é discutir os reflexos da falta de água para o conjunto da população e também sobre como a crise afeta o emprego e a economia, uma vez que a água é insumo vital para muitas empresas. O risco de desabastecimento ameaça cerca de 14 milhões de pessoas no estado mais rico do Brasil.
A mesa, coordenada pelo deputado João Paulo Rillo (PT), terá como expositores o ex-prefeito de Diadema, Mario Reali; o presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima; o coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Gilberto Cervinski e o coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), Eduardo Cardoso. 
 
A forte estiagem permanece e a situação se agrava a cada dia não só pela falta de chuvas, mas pelas quase duas décadas nas quais a gestão estadual do PSDB não investiu em obras, nem em planejamento ou planos de contingência para aproveitamento dos recursos hídricos.
 
“A CUT São Paulo defende outro modelo de gestão estadual por conta irresponsabilidade do governo Geraldo Alckmin com os serviços públicos, não só em relação à água. A classe trabalhadora vem sentindo na pele os problemas causados pela falta de investimento no transporte público. Falta prioridade em diversas políticas públicas”, aponta o presidente da CUT-SP. 
Saiba mais – Falta de investimento do PSDB gerou a crise da água em São Paulo, afirma especialista
Segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o volume do Sistema Cantareira chegou hoje a 9,6% e o governador Geraldo Alckmin continua descartando o racionamento. Entretanto, o tucano insiste em aplicar multa de 30% àqueles que ultrapassarem o limite de consumo, com cálculo a partir de uma média mensal realizada em 2013. A intenção é iniciar a cobrança já a partir de junho.
 
A proposta está em análise na Procuradoria Geral do Estado (PGE) e, partir de do parecer da entidade, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp) decidirá sem a medida entrará ou não em vigor.
 
“A multa não resolve porque atinge a população de menor poder aquisitivo”, critica o presidente estadual da Central, que também alerta para o comprometimento do meio ambiente e da qualidade de vida da população.
 
Além de deixar os cidadãos e cidadãs sob o risco de desabastecimento e de punir os consumidores com multa, outro anúncio do governo estadual do PSDB é para início do uso do volume morto de água, aquele abaixo do nível da captação das comportas, que passará a ser bombeado no próximo dia 15. A Sabesp prevê usar 200 bilhões de litros dos 400 bilhões da reserva estratégica.
 
“Usar o volume morto de água é raspar o fundo do tacho. Quando o tacho não tiver mais fundo, o governo estadual vai raspar o quê?”, questiona o dirigente.
 
SERVIÇO
Seminário “A Crise da Água em São Paulo e seus Impactos ao Emprego, Meio Ambiente e à Energia”
Dia/hora: 13 de maio de 2014, das 14h às 17h
Local: Assembleia Legislativa de São Paulo – Auditório Paulo Kobaiashi
Av. Pedro Álvares Cabral nº 2001 – São Paulo – SP
Inscrições: juliana@cutsp.org.br
Informações: (11) 2108-9242 com Juliana Cambuy