PEC contra trabalho escravo será votada hoje

A Proposta de Emenda Constitucional 57A/1999, referente ao trabalho escravo, irá à votação no Senado hoje, 27, às 14h. O projeto estabelece a expropriação de propriedades rurais ou urbanas onde se constate a utilização de trabalho escravo, destinando as terras à reforma agrária e a usos sociais, como programas de habitação popular.

Em oposição à bancada ruralista, que tenta atrasar a votação, a CUT pressiona o plenário para uma aprovação imediata da PEC – sem modificações – e exige que o Código Penal, que já tipifica o trabalho escravo como crime, seja resguardado e colocado em prática. Homologar a PEC é primordial na busca pela dignidade de todos os trabalhadores brasileiros.

Cresce permanência de brasileiro em emprego

Segundo estudo do Dieese, o tempo médio de permanência do trabalhador brasileiro em um mesmo emprego alcançou três anos e um mês, no primeiro trimestre, melhor marca registrada desde 2002, quando o índice passou a ser medido.

Airton dos Santos, coordenador técnico do Dieese, aponta a valorização do trababalhador qualificado e a atuação das organizações sindicais como as principais causas para o fenômeno. O pesquisador também verificou, nos dados recolhidos, aumentos salariais na maioria das categorias, assim como ampliação de direitos.

O crescimento econômico do país favorece as negociações sindicais. Então a gente tem sindicatos mais fortes, mais organizados, e com força para reivindicar essas demandadas não só de aumento salarial, mas também de garantia  do emprego”, afirma Wellington Messias Damasceno, da Comissão de Juventude dos Metalúrgicos do ABC.

João Felício é eleito presidente da CSI

Na última sexta-feira (23), ao final do III Congresso da Confederação Sindical Internacional (CSI), confirmou-se a eleição de João Felício à presidência da instituição – por unanimidade no conselho, composto por 1500 delegados de 161 países.

Ex-presidente da CUT, e atual secretário de Relações Internacionais da Central, Felício será o primeiro latino-americano a comandar a CSI. Entre suas prioridades, está a consolidação de uma maior presença da entidade nos cinco continentes, revigorando a organização, a unidade e a mobilização do sindicalismo mundial.

A CSI tem regionais nos cinco continentes e quero ouvir todas antes da definição de qualquer política. Todas as centrais sindicais merecem tratamento igual, independente do seu tamanho ou linha política. Acredito que, com esta linha de atuação, mudando práticas, cultura e pensamento, vamos ajudar a construir uma entidade efetivamente mundial, mais próxima às necessidades da base, mais presente nas lutas dos trabalhadores”, declarou o dirigente.

CUT integrará comitê pelo Trabalho Decente em São Paulo

A partir de hoje, 26, a CUT passa a integrar o Comitê Gestor do Trabalho Decente, criado pela prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo – comandada pelo ex-presidente nacional da CUT, Artur Henrique.

Formado por representantes de entidades sindicais, empregadores e do poder público municipal, o comitê será responsável por elaborar, através de consenso, políticas públicas para geração de emprego, assim como estratégias para o desenvolvimento econômico e social de todas as regiões da cidade.

O que esperamos que aconteça é que as políticas definidas no Comitê sejam mais avançadas que os limites da própria legislação, o que resultará na elevação do patamar de negociações futuras”, afirma Rogério Giannini, secretário de Relações de Trabalho da CUT-SP e membro do comitê.

Gastos totais com a Copa equivalem a um mês de gastos com educação

Os gastos atualizados dos investimentos públicos (união, governos estaduais e municípios) com a Copa do Mundo totalizam, segundo previsões oficiais R$ 25,8 bilhões, nem 9% do total dos custos anuais das despesas com educação, que somam R$ 280 bilhões.

A maior parte dos gastos se refere a obras de mobilidade. As obras com vias públicas, transporte público e aeroportos, representam 60,1% dos investimentos. Sendo 33,6% (R$ 8,6 bilhões) com transporte terrestre e 26,5% (R$ 6,8 bilhões) com o transporte aéreo. Os portos somam 2,6% do total dos investimentos, enquanto a infraestrutura das telecomunicações consumiu 1,4%. Estes investimentos em infra-estrutura são benefícios para toda a população que ficam como legado após o fim do torneio.

Ainda segundo os dados oficiais do governo brasileiro, as obras da Copa do Mundo geraram um total de 3,6 milhões de empregos diretos.

Ibope aponta subida de Dilma em pesquisa

A Presidenta Dilma Roussef (PT) é a escolhida de 40% dos eleitores que participaram da pesquisa de intenções de voto em 140 municípios realizada entre 15 e 19 de maio pelo Instituto de Pesquisas Ibope, subindo de 37% para 40% seu desempenho.

Segundo o levantamento, foi na faixa do eleitorado com renda superior a 5 salários mínimos que Dilma se recuperou mais. Nesse grupo, a presidenta foi de 26% a 38% das intenções de voto, enquanto Aécio oscilou um ponto para baixo, de 26% para 25%.  

Entre quem ganha de 2 a 5 salários mínimos,  35%  dos eleitores pretendem votar na presidenta. Mas seu melhor desempenho é entre os mais pobres: 56% dos eleitores que ganham até 1 salário mínimo por mês declaram voto na petista.

Em um possível segundo turno entre Aécio e Dilma, a presidenta seria reeleita com 43% dos votos. Em outro cenário apontado pela pesquisa, se o candidato fosse Eduardo Campos, se reelegeria com 42% dos votos.

A pesquisa ouviu 2.002 eleitores em 140 municípios. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%  –  ou seja, há 95% de probabilidade de os números retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O levantamento foi custeado pelo próprio Ibope e registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-00120/2014. 

MP investiga Sabesp por ineficiência administrativa

O Ministério Público estadual abriu inquérito para apurar a responsabilidade da Sabesp em gastos de contenção de desperdício na rede de distribuição, entre 2008 e 2013.

O índice de perdas de água na rede da Sabesp caiu 8,5%, de 34,1% do volume produzido para 31,2%.  Apesar da redução, o índice que mede a quantidade de água desperdiçada entre a estação de tratamento e a caixa d’água dos imóveis ficou acima da meta de 30,5% estabelecida pela Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia).

Além do índice de perdas de água acima da meta, o promotor Marcelo Daneluzzi, do Patrimônio Público e Social, considerou indícios de irregularidades nos contratos entre a Sabesp e outras 13 empresas. A suspeita do promotor é de que tenha havido “direcionamento em favor dessas empresas”.  Para Daneluzzi, “a situação indica possível irregularidade administrativa, noticiando direcionamento contratual e absoluta falta de eficiência administrativa do programa”. Os investimentos da empresa foram de cerca de R$ 1,15 bilhão nessas obras.

A média nacional de desperdício efetivo é de 38,8%. Somente no ano passado foram perdidos 924,8 bilhões de litros, quantidade próxima da capacidade máxima do Cantareira: 981,6 bilhões.

Impedir terceirização ilegal está nas mãos do Supremo

Depois de perder uma batalha no Congresso Nacional e enfrentar a reação contrária de ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), empresários recorrem ao Supremo Tribunal Federal (STF) para liberar a terceirização da mão de obra para todas as atividades da economia brasileira. É mais uma estratégia de guerrilha dos que não poupam esforços para tirar direitos da classe trabalhadora.

O STF anunciou essa semana que vai julgar se a terceirização e a Súmula 331, que trata dessa forma de contratação de mão de obra em atividades fim (onde atualmente é proibida) e meio, pode ou não ser feita no Brasil. Ou seja, o STF vai decidir se é legal ou ilegal precarizar as condições de trabalho no País.

O tema, muito debatido no Tribunal do Trabalho, bateu às portas do Supremo por conta de um recurso da empresa Celulose Nipo Brasileira contra decisão da JT que a condenou por terceirização ilegal. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT),  a companhia terceirizava funcionários de empreiteiras para o florestamento e o reflorestamento. Como essa é sua principal atividade, o ato caracteriza, argumentou o MPT, terceirização ilegal.

Ao tratar deste recurso, os ministros do Supremo reconheceram a chamada ‘repercussão geral’.  Isso significa que, ao julgar o caso, a corte definirá se essa modalidade de contratação é válida ou não em nosso país. Enquanto o STF não julgar, os recursos sobre esse mesmo tema ficarão pendentes de solução definitiva – não podem ser julgados -, aprofundando a precarização das relações do trabalho.

A posição do TST nós já conhecemos. A maioria dos magistrados já se posicionou contra a liberação da terceirização para todas as atividades da economia. Para os juízes do trabalho, é aceitável a normatização do tema desde que as condições de trabalho não sejam precarizadas. Para alguns deles, permitir a terceirização generalizada, como prevê o projeto de Lei nº 4330 que está tramitando no Congresso Nacional, abriria possibilidade até mesmo empreendimentos sem trabalhadores, com todas as atividades terceirizadas, onde todos prestam serviço como pessoa jurídica.

O que podemos esperar dos ministros do STF que durante todos os meses em que a CUT se mobilizou e fez dezenas de manifestações para impedir a aprovação do 4330, não se posicionou?

A CUT continua mobilizada contra todas as formas de precarização das relações do trabalho e assim vai atuar perante o STF, na certeza de que o Supremo não contribua para aprofundar as desigualdades sociais e a retirada de direitos dos trabalhadores.

 

* O Sindicato dos Químicos de São Paulo está engajado na campanha contra a aprovação do PL 4.330 e inclusive lançou recentemente um vídeo para alertar a sociedade sobre o assunto. Para assistir acesse:  https://quimicosp.org.br/videos/luta-contra-a-terceirizacao-do-trabalhador/

 

Governo lança plano de combate à informalidade

No Brasil, 17,1 milhões de pessoas trabalham na informalidade, apesar da diminuição do desemprego e do crescimento do número de carteiras assinadas no país. Para resolver a situação, o Ministério do Trabalho e Emprego lançou o Plano Nacional de Combate à Informalidade dos Trabalhadores Empregados (PNCITE), que define regras de controle e fiscalização.

Dentre as principais medidas, o registro de funcionários das empresas deve ser considerado como contrapartida para a desoneração da folha de pagamento, para  concessão de linhas de financiamento e para a participação de licitações.

 

Taxa de desemprego é a menor para o mês de abril

Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo IBGE, o índice de desemprego manteve-se praticamente estável entre março e abril, caindo de 5% para 4,9%. Em comparação com abril de 2013, quando o índice apurado foi 5,8%, houve uma redução de 0,9%. A média de janeiro a abril, 5%, foi a menor já constatada pelo instituto para o período.

A manutenção do baixo número de desempregados deve-se, sobretudo, ao fato de menos pessoas estarem em busca de emprego no mercado de trabalho, e à estabilidade do número de brasileiros que compõem a população economicamente ativa (22,9 milhões).

O levantamento também registrou um crescimento de 2,2% do número de carteiras assinadas no país, em relação a abril de 2013. No total, 51% dos trabalhadores do setor privado possuem um emprego formal.