Pesquisa prevê falta de mão de obra em 2030

Até 2030 a carência de mão de obra deve chegar a 40,9 milhões de pessoas, conforme estudo do Boston Consulting Group (BCG) divulgado pelo jornal Valor Econômico.  Em 2020 a previsão é de um déficit de 8,5 milhões de trabalhadores mas, em dez anos, esse número será cinco vezes maior. 

O estudo analisou a oferta e a demanda de mão de obra em 25 países, que englobam 65% da população global e mais de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Com restrições no mercado de trabalho, o Brasil está ao lado de países como Alemanha (país cujo déficit deve ser de 2,4 milhões de trabalhadores até 2020 e de 10 milhões até 2030), Polônia, Rússia e Japão, nos quais a oferta de mão de obra já registra contração e deve continuar caindo até 2020, com uma piora desse quadro até 2030.

Centrais desejam debater decreto que aumenta participação popular

Favoráveis ao Decreto 8.243/14 – responsável por instituir a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e ampliar a participação popular efetiva nas esferas do poder público –, lideranças da CUT e outros representantes do movimento sindical estão em Brasília para cobrar que a nova lei seja debatida em audiências públicas espalhadas por todo o país. Ao assinar o decreto, a presidenta Dilma Rousseff institucionalizou espaços populares (fóruns, conselhos e outros locais de debate) como política de Estado – ou seja, independente de quem estiver no poder, a sociedade civil terá participação garantida em ambientes de discussão sobre a administração do país.

“A Política Nacional de Participação Social representa o avanço da democracia e, portanto, deve ser discutido de maneira democrática. Apesar de termos conquistado na Constituição de 1988 o conceito de cidadania, o país ainda está acostumado a dar voz somente a um grupo seleto de eleitos. Isso precisa mudar. Se os parlamentares não têm medo da população na hora de pedir voto, por que têm medo que participemos do cotidiano da nação? Quem disse que não temos capacidade para contribuir para que esse país cresça com justiça social e cidadania? A melhor forma de ouvirmos o que as pessoas têm a dizer é por meio da abertura do diálogo e por isso defendemos as audiências públicas”, argumentou Maria de Godói Faria, secretária-Geral Adjunta da CUT.

Alckmin corre contra o relógio para aprovar reajuste de funcionários

O Governador Geraldo Alckmin enviou essa semana à Assembleia Legislativa três projetos de reajuste aos funcionários públicos das carreiras dos policiais militares e civis, dos funcionários da Secretaria da Fazenda e da Secretaria de Planejamento e Gestão.

Pela legislação eleitoral em vigor, os agentes públicos estão proibidos de conceder aumento aos funcionários 180 dias antes das eleições. Pelo calendário eleitoral, o governador deveria ter enviado esses projetos até 8 de abril, mas não o fez, desrespeitando a data-base dos funcionários, que seria em março. Os projetos enviados não preveem reajustes, apenas correções da inflação do período, não atendendo portanto as reivindicações das categorias. Uma forte campanha de mobilização está em curso promovida pelos policias militares, que cobram do governador melhores salários e condições de trabalho.

De acordo com a Constituição Estadual, os trabalhos da Assembleia não podem ser interrompidos enquanto não acontecer a votação da LDO ( Lei de Diretrizes Orçamentárias) para o próximo ano. Como essa votação ainda não aconteceu, o recesso parlamentar que começaria dia 1º de julho está adiado até que os deputados votem a Lei. O envio de projetos de aumentos nesse período pode ser considerado uma manobra política do Governo, já que toda a tramitação acontecerá em regime de urgência, deixando pouco prazo para discussão da matéria.

Os projetos que foram encaminhados à Assembleia deverão ser votados pelos deputados e sancionados pelo governador até dia 5 de julho, quando começa oficialmente a campanha eleitoral.

CUT e movimentos sociais cobram solução para crise da água em São Paulo

Nesta quarta-feira (2), às 15h30, acontece uma reunião entre o secretário de Recursos Hídricos do Estado, Mauro Arce, e representantes de movimentos sociais para discutir a crise da água no estado de São Paulo. Durante o encontro será entregue um documento ao secretário que além de cobrar medidas do governo estadual, apresenta propostas que possam auxiliar no enfrentamento da crise.

 
“O estado mais rico do Brasil está refém da chuva porque o governo tucano não investiu em obras, não aumentou a oferta hídrica e fez ouvidos de mercador para as propostas e estudos apresentados há mais de dez anos”, declarou Adi dos Santos Lima, presidente da CUT São Paulo, afirmando ainda que os transtornos gerados pela crise podem prejudicar também a oferta de empregos, na medida que a falta de água afeta a produção industrial. 
 
Abrangendo capital, região metropolitana de São Paulo e a região de Campinas, a escassez de água atinge cerca de 25 milhões de pessoas do estado – ou 62,5% da população paulista.

Partidos apresentam seus candidatos

Foi encerrado em 30 de junho o prazo para a realização das convenções partidárias para escolha dos candidatos que disputarão as eleições em outubro deste ano. O cenário da disputa já está desenhado, e os principais partidos definiram as suas chapas. 

O PTB escolheu São Paulo para realizar a sua convenção e decidiu apoiar a reeleição de Geraldo Alckmin ao Governo de São Paulo e a candidatura de Aécio Neves à Presidência da República.

O PSB da ex-Senadora Marina Silva, agora candidata à vice na chapa que disputará a presidência da república ao lado de Eduardo Campos, realizou sua convenção em Brasília no sábado, dia 28.

O PSDB já havia realizado sua convenção em 14 de junho, e terá como candidato o mineiro Aécio Neves. Seu vice será o Senador Aloysio Nunes, que foi citado no caso de pagamento de propina às empresas Siemens-Alston em licitações fraudulentas do Metrô. O Senador ficou fora do processo enviado ao Supremo Tribunal Federal para apurar o caso.

Já o PT não encontrou grandes dificuldades em montar a sua chapa. Realizou sua convenção em 18 de junho em Brasília e indicou a Presidenta Dilma Rousseff à reeleição, com o apoio do PMDB. Michel Temer é o candidato à vice- presidente.

Na noite de segunda-feira (30) foi anunciado o acordo entre PCdoB e PT. Na chapa que disputará a eleição para o Governo de São Paulo, Alexandre Padilha contará com o apoio de Nivaldo Santana, funcionário público e ex-Deputado Estadual como seu candidato à vice.

De acordo com o calendário oficial a campanha começa dia 6 de julho, quando será permitida propaganda eleitoral.

Barbosa: caso único de juiz que dá cartão vermelho para si mesmo

Na semana passada, o ministro e ainda presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, faltou ao julgamento dos recursos dos réus da Ação Penal 470, o chamado “mensalão”. Foi mais uma de suas decisões políticas, apesar do cargo que ocupa não ser adequado a tal politização. Sabia que suas sentenças monocráticas – que ele decidiu sozinho – de impedir ou revogar direito ao trabalho externo de réus como  Delúbio Soares, José Dirceu, João Paulo Cunha e outros, seriam modificadas. O próprio Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, representante da parte interessada na condenação, havia dado parecer favorável ao trabalho externo.

O resultado foi nove votos a favor do trabalho externo e apenas um contra. Até Gilmar Mendes, o ministro mais identificado com a oposição demotucana, votou a favor de respeitar os direitos dos apenados ao trabalho externo, conforme rege as leis e a jurisprudência.

Nesta terça feira (1), Joaquim Barbosa preside sua última sessão antes de se mudar para Miami. Vai deixar saudade? Em seus 12 anos como ministro do Supremo ele colecionou bate-bocas, discussões ríspidas, trocas de ameaças, ofensas e até um princípio de ‘barraco’.

Marco Aurélio Mello foi um dos ministros que tiveram acaloradas discussões com Barbosa no Supremo. Em 2004, Barbosa chegou a chamar o colega para “resolver a questão fora do tribunal”. Já em 2008, após declarar não ser um “negro submisso”, Marco Aurélio disse que o colega era complexado.

Eros Grau, aposentado do STF em 2010, também foi alvo do estilo agressivo de Barbosa, e chegou até a abandonar uma sessão. No ano de 2008, um episódio quase terminou em violência, após Eros autorizar a soltura de um preso, Barbosa teve de ser contido ao partir para cima do colega, proferindo ofensas como “burro” e “velho caquético”. Teve que ouvir como resposta um irônico: “Para quem batia na mulher, não seria nada estranho que batesse em um velho também”.

Em discussões ‘famosas’ com o ex-presidente Gilmar Mendes, acusou publicamente: “Vossa excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro” e completou: “Quando se dirigir a mim, não pense que está falando com seus capangas de Mato Grosso”. Em outra ocasião, ouviu: “Vossa Excelência tem complexo! Por isso que vive falando em República das Bananas!”.

O “rival” de maior destaque, foi Ricardo Lewandowski, com quem desde o início do processo do mensalão travou inúmeros debates, e contra quem, muitas vezes extrapolou para ofensas, como quando Barbosa, já no cargo de presidente do Supremo, acusou  Lewandowski de ‘fazer chicanas’. Após o fim do julgamento, Barbosa ainda revogou decisões de Lewandowski sobre o caso, causando desconforto entre os demais ministros do colegiado.

Magistrados, aliás, devem cumprir seu dever de julgar, usar seu saber jurídico para aplicar a lei, independentemente das turbas nas ruas, das pressões da mídia e de como votarão seus colegas. Então, por qual razão Barbosa fugiu ao dever de presidir a sessão que julgou o direito ao trabalho daqueles réus? Mesmo sendo voto vencido, seria uma oportunidade para ele, pelo menos, explicar e justificar suas decisões.

Talvez a resposta seja justamente suas decisões anteriores serem inexplicáveis e injustificáveis à luz do Direito, só encontrando explicação no exercício político de seu cargo. Logo, ou daria um voto pífio, evasivo, que não lhe traria holofotes, ou se embananava na hora de fundamentar melhor seu voto, com grande chance de produzir mais uma peça que entraria para o folclore dos meios jurídicos, pelos absurdos.

Semelhante a quando advogados recomendam o silêncio a seus clientes para não serem incriminados.

Além disso, havia sempre o risco de um deslize em caso de mais um eventual – e provável – bate-boca com os colegas de toga, deixando escapar intenções eleitorais por trás das sentenças extravagantes. Para quem almeja entrar na carreira política candidatando-se a algum cargo em 2018, melhor evitar deslizes nesta hora, já que atos arbitrários pararam de trazer dividendos em forma de popularidade.

Já que estamos em plena Copa do Mundo, cabem metáforas futebolísticas para sua ausência ao julgamento. Barbosa é caso único de juiz que deu cartão vermelho para si mesmo.

 

Aumento do pedágio começa a valer amanhã

O aumento do pedágio, de 5,29%,  anunciado pelo governo do Estado de São Paulo,  começa a valer amanhã, dia 1º de julho  As tarifas de ônibus intermunicipais também aumentaram 4,79%.

A tarifa do sistema Anchieta-Imigrantes passará de R$ 21,20 para R$ 22,00. A viagem entre São José do Preto e São Paulo, que conta com nove praças de pedágio, passará de R$ 141,20 para R$ 148,20. 

Mulheres realizam encontro regional

Como preparação para o encontro final, que acontece em novembro, a Secretaria da Mulher do Sindicato realizou no último domingo (29) o segundo encontro regional , em Embu das Artes.

Na atividade foram discutidos temas como o plebiscito da Reforma Política, as mulheres no mercado de trabalho, a violência contra a mulher e o assédio moral. Foi também divulgado os resultados da pesquisa feita com as mulheres da categoria.

É importante lembrar que para participar do encontro final, é preciso ter comparecido a pelo menos uma das atividades regionais. O último encontro regional será no dia 27 de julho (domingo), na Sede Central. 

Volume útil do Sistema Cantareira se aproxima do zero

Um estudo apresentado na última quinta-feira (26), pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), aponta que o volume útil do Sistema Cantareira chegará a zero entre os dias 7 e 8 de julho – após essa data, o sistema operaria unicamente com o chamado volume morto, suficiente para, no máximo, pouco mais de 100 dias de abastecimento.

Segundo Antônio Carlos Zuffo, pesquisador da Unicamp e consultor do PCJ, dois dos quatro reservatórios que compõem o sistema (Jaguari e Jacareí) já estão captando o volume morto, “porém, daqui a 10 dias, os reservatórios que ainda não recorreram diretamente à reserva só terão em sua capacidade água vinda deste recurso, ou seja, a água que em condições normais é utilizada para o abastecimento já terá se esgotado”. O pesquisador também afirmou que a crise é inegável e que “caminhamos a passos largos para o desabastecimento”.

Comissão discutirá projetos de interesse da classe trabalhadora

Na próxima quarta-feira (2), a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, presidida pelo deputado federal Vicente Cândido (PT-SP), iniciará os trabalhos de uma subcomissão voltada, especificamente, à análise de 180 projetos destinados à classe trabalhadora, levantados por estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), com apoio das centrais sindicais. A redução da jornada de trabalho, a manutenção da política de valorização do salário mínimo, a correção da tabela do Imposto de Renda, o fim do fator previdenciário e a igualdade de oportunidades para homens e mulheres estarão entre os projetos debatidos.

“Foi uma das maiores vitórias da classe trabalhadora neste último período. Um grupo de deputados ficará responsável pelo levantamento e acompanhamento dos projetos. Será uma grande oportunidade para garantirmos avanços concretos”, declarou Graça Costa, secretária de Relações do Trabalho da CUT, lembando, ainda, que o deputado federal Amauri Teixeira (PT-BA) também já indicou a criação de uma subcomissão semelhante dentro da Comissão de Seguridade Social e Família, presidida por ele.