CUT organiza manifestação contra “vagão rosa”

O coletivo das mulheres da CUT-SP, em parceria com a Marcha Mundial das Mulheres, organiza um apitaço na Praça da República nesta quarta-feira (dia 16), a partir das 17h, contra o “vagão rosa”.

A atividade é em repúdio ao Projeto de Lei nº175/2013, do deputado Jorge Caruso (PMDB), que obriga empresas de transporte urbano a reservar espaços exclusivos para as mulheres, com ao menos um vagão dos trens ou metrôs. O projeto foi aprovada no último dia 3 e espera ser sancionada pelo governador Geraldo Alckimin.

Segundo a CUT  esta medida, é um  retrocesso, pois restringe o espaço das mulheres num serviço público e não diminui o assédio sofrido pelas mulheres.  A preocupação também é que o assédio aumente, pois com a lotação do vagão exclusivo, as mulheres estarão “no lugar errado” se ocuparem outros espaços. É importante ressaltar que as mulheres representam 60% dos usuários do metrô nos horários de pico.

Copa é bem avaliada por estrangeiros

A Copa do Mundo no Brasil surpreendeu positivamente a maioria dos estrangeiros que vieram ao país acompanhar o evento. Segundo pesquisa realizada pelo Datafolha 92 % dos visitantes elogiaram tanto o conforto quanto a segurança nos estádios da Copa.

A hospitalidade brasileira também foi destaque na pesquisa: 95% dos entrevistados avaliaram esse ponto como bom ou ótimo. A grande maioria dos estrangeiros buscou informações sobre o país antes de viajar e se surpreendeu positivamente com o que viveu nos quase 30 dias da Copa.

A organização da Copa foi avaliada como ótima/boa para 83% dos entrevistados e 51% achou a organização em torno do Mundial melhor do que o esperado. A segurança foi aprovada por 60%. Para 42% dos visitantes o que o país tem de melhor são a hospitalidade, amabilidade e simpatia. 

Depois de alguns dias no país, questionados se morariam no Brasil, 69% disseram que sim.

Copa injeta R$ 30 bilhões na economia

Segundo dados da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) a Copa do Mundo injetou cerca de R$ 30 bilhões na economia. O resultado equivale a 0,6% do PIB nacional. O evento também gerou cerca de 1 milhão de vagas, equivalente a mais de 15% dos 4,8 milhões de vagas criadas no governo Dilma Rousseff. 

Cartel de trens: provas produzidas na Suíça serão válidas

Para os promotores que acompanham e investigam o esquema de propina no Cartel dos trens em São Paulo, ligado ao governo do PSDB,  todas as provas produzidas na Suíça têm validade no processo instaurado para investigar o caso.

O Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Robson Marinho, ex-Chefe da Casa Civil do Governo Covas é acusado de ter recebido R$ 2,7 milhões de propina da empresa francesa Alston no esquema de licitações fraudulentas da CPTM e do Metrô. O conselheiro está com US$ 3,059 milhões bloqueados na Suíça.

A declaração dos promotores feita na semana passada foi estimulada por um pedido da defesa de Robson Marinho para que um mecanismo jurídico suíço fosse ignorado e favorecesse Marinho. Os promotores foram taxativos e ponderaram que a utilização das provas está prevista nas convenções europeias e na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.

PSDB paulista envolvido em doações irregulares

O PSDB paulista recebeu doações à campanha eleitoral de prefeitos e vereadores de 2012 intermediadas pelo Secretário de Habitação do governador Alckmin, Marcos Rodrigues Penido. As doações foram realizadas pela empresa Tejofran, acusada de participar do esquema de cartel de licitações fraudulentas ocorridas nos governos tucanos de Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.

As doações, de R$ 25 mil cada, são investigadas por agentes federais e estão descritas em emails trocados entre uma diretora da Tejofran e o Secretário de Habitação. Penido era diretor executivo da CDHU e a empresa mantinha um contrato dentro de um consórcio com a companhia. Logo após as eleições de 2012, o consórcio conseguiu em aditivo contratual no valor de R$ 3 milhões. 

Na eleição de 2012, o ex-governador José Serra era o candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo. Diretores da Tejofran ocuparam cargos de alto escalão nos governos de Serra e Alckmin e o dono da empresa, foi padrinho de casamento do filho de Mario Covas.

Vagão rosa deve ser vetado

A Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros Sobre Trilhos espera que o governador Geraldo Alckmin vete o Projeto de Lei 175/2013, aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo.


Segundo informações da Associação, 7 milhões de pessoas circulam diariamente nos trens e metrôs paulistas. Desse total, mais de 50% (4 milhões) são mulheres. Portanto, não seria possível garantir a fluidez do transporte a essas usuárias, pois tecnicamente, o embarque das mulheres em um único vagão, principalmente nos horário de pico, seria totalmente inviável.


A medida já se mostrou ineficiente em outras cidades onde foi adotada. Na maioria dos casos, os homens acabam utilizando o vagão pela necessidade de mobilidade rápida, uma vez que o projeto não prevê nenhuma punição nesses casos.


Para o sindicato dos metroviários a iniciativa não protege a mulher e promove a segregação. A CUT também tem a mesma posição e está agendando um ato nesta quarta-feira, dia 16, a partir das 17 h, na Praça da República, contra a adoção do “vagão rosa”. 

Idec recebe 178 reclamações de falta de água em 15 dias

Durante os primeiros 15 dias da campanha “Tô sem água”, o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) recebeu 178 reclamações de falta de água na Grande São Paulo – uma média de 11,8 por dia. A entidade afirma que, embora a Sabesp negue que áreas não estejam sendo abastecidas, o racionamento já é efetivo em alguns locais.

Segundo um balanço parcial da campanha, a falta de água ocorre diariamente em 76% dos casos relatados; em 14% dos casos, o racionamento é realizado mais de uma vez por semana; em 4%, mais de uma vez por dia; em 2%, uma vez por mês; e em 1%, mais de uma vez por mês. Sobre as regiões mais afetadadas, a zona oeste da capital concentra 30% das reclamações, seguida pelas zonas norte (26%), leste (18%), sul (17%) e cidades da Grande São Paulo (8%).

Mais informações sobre a campanha podem ser encontradas em http://www.idec.org.br/especial/to-sem-agua

Dados confirmam o sucesso econômico da Copa

Do ponto de vista econômico e de negócios, a Copa do Mundo no Brasil foi um sucesso, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), encomendada pelo Ministério do Turismo – de acordo com dados do levantamento, o evento deve somar cerca de R$ 30 bilhões à economia brasileira. Os cálculos do estudo também indicam a produção de 1 milhão de empregos no país, 15% dos 4,8 milhões de empregos formais criados durante o governo Dilma Rousseff, sendo 710 mil vagas fixas e 200 mil temporárias, todas com carteira assinada.

Além desses números, a Apex-Brasil confia na geração de R$ 6 bilhões de dólares em exportações em 12 meses; já o Sebrae apontou que 43.910 micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais devem faturar mais de R$ 500 milhões adicionais em decorrência do evento. Outro relatório de turismo, produzido pela Visa, revela que as compras em algumas cidades-sede aumentaram muito mais de 100% nos gastos de turistas, em comparação com o ano passado – 851% em Natal; 963% em Cuiabá; 167% em Curitiba; e 409% em Manaus. Em São Paulo, segundo a São Paulo Turismo (SPTuris), a Copa atraiu 495.859 turistas, gerando uma movimentação financeira de R$ 1 bilhão na cidade. Sobre o futuro do turismo no país, o ministro do Turismo, Vinícius Lages, afirmou que a expectativa é de “ampliar em 20% o número de visitantes estrangeiros com o resultado dessa superexposição”.

Presidente da CUT defende sindicatos livres e reforma política

Na última sexta-feira (11), o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, participou do seminário “Direito Sindical e Democracia – II”, em Curitiba. Ao longo de seu pronunciamento, o dirigente defendeu a realização das reformas sindical e política, assim como o fim do imposto sindical, enfatizando a importância de “Liberdade e autonomia sindical, ratificação da convenção 87 da OIT, um sindicalismo autêntico construído a partir da organização do local de trabalho e por vontade do trabalhador”.

Sobre a reforma política, Freitas reforçou o convite para que todos participem do Plebiscito Popular pela Reforma Política – organizado por movimentos sociais –, que busca defender uma maior representatividade da sociedade no poder político brasileiro. “Não é verdade que o parlamento represente a sociedade brasileira, porque só é eleito quem tem condição financeira. Você pode não ter nenhuma capacidade ou viés de interesse social e público, mas se tiver R$ 5 milhões você se elege deputado federal. Tanto faz o seu interesse, inclusive se for pessoal ou carreirista e sem nada a ver com o interesse da sociedade. Há uma quantidade ínfima de mulheres. Negros e negras não existem, índios e índias não existem. Existe apenas uma casta, branca, que regula as relações sociais”, afirmou o presidente da Central.

Cantareira se aproxima do colapso

O volume útil do Sistema Cantareira deve chegar a zero antes do final da Copa do Mundo. A constatação é de um estudo do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).

O Cantareira abastece grande parte da região metropolitana de São Paulo,  inclusive a capital, além das regiões de Campinas e Piracicaba, e, com o volume zerado, se não chover, essas cidades passarão a ser abastecidas apenas com o volume morto, que não deve suportar mais que 100 dias de abastecimento.

De acordo com o pesquisador da Unicamp e consultor do consórcio, Antônio Carlos Zuffo, dos quatro reservatórios que compõem o sistema, dois (o Jaguari e o Jacareí) já estão captando o volume morto, que é lançado nos outros dois reservatórios (Cachoeira e Atibainha) para mantê-los com volume positivo. “Mas, em no máximo 10 dias, os reservatórios que ainda não recorreram ao volume morto só terão esse recurso, ou seja, a água que normalmente é utilizada para o abastecimento já terá se esgotado”, adverte o pesquisador, que prevê risco de desabastecimento. Para o especialista, desde o fim do ano passado o governo do Estado deveria ter implementado um sistema de rodízio ou racionamento para evitar o esgotamento do recurso.

O verão mais quente e seco foi a explicação encontrada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para justificar a crise da água. Mas a verdade é que há 11 anos o governo vem sendo alertado sobre a necessidade de obras no Sistema Cantareira. De acordo com o presidente do Conselho Mundial da Água e professor de Engenharia Civil e Ambiental da Escola Politécnica (Poli) da USP, Benedito Braga, o problema é muito antigo. “A USP trabalhou para o Comitê do Alto Tietê em um plano de recursos hídricos em 2003 e lá já se falava das obras que precisavam ser realizadas para garantir segurança hídrica na região metropolitana de São Paulo. E o que é que foi feito?” Para Braga, “a infraestrutura não acompanhou o crescimento da demanda. Não só pelo crescimento demográfico, mas também pela melhoria do padrão de vida da população, que agora usa mais água, mais energia e gera mais resíduo sólido”.

Outro estudo, realizado em dezembro de 2009 pela Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP), confirmou a “necessidade de contar com regras operativas que evitem o colapso de abastecimento das regiões envolvidas”. Descaso, falta de investimentos em infraestrutura e as perdas do sistema, que segundo a própria Sabesp representam aproximadamente 25% de todo o volume de água que circula nos canos, são as reais causas desse desabastecimento anunciado que deve afetar a cidade de São Paulo nos próximos dias.