CUT defende a adoção de medidas estruturais para a indústria

Na última sexta-feira (24), dirigentes nacionais da CUT e de cinco confederações cutistas entregaram um documento ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, no qual defendem a adoção de medidas estruturais para estimular a produção nacional. Os trabalhadores reivindicam, entre outras coisas, a criação de mecanismos que prevejam a exigência de contrapartidas sociais para desonerações fiscais, empréstimos e licitações públicas. “O Estado tem de ser o indutor do crescimento da indústria e tem de adotar medidas que prevejam proteção aos trabalhadores. Se a política de desoneração da indústria for permanente, as contrapartidas trabalhistas e sociais também têm de ser”, afirmou Vagner Freitas, presidente da CUT.

Na avaliação da Central e das cinco confederações do MSI – metalúrgicos, têxteis, químicos, trabalhadores na alimentação e na construção –, a implementação do Plano Brasil Maior foi necessária para tornar a indústria nacional competitiva, porém seus resultados ainda são insuficientes, “muito em função do prolongado período de desestruturação do parque produtivo nacional, materializado em sua crescente defasagem tecnológica, além da desnacionalização de suas cadeias produtivas, ‘reprimarização’ das exportações, aumento das importações e desadensamento produtivo”.

Plebiscito vai ouvir a população sobre reforma política

Durante a Semana da Pátria, entre os dias 01 e 07 de setembro, será realizado o Plebiscito Popular por uma Constituinte Soberana do Sistema Político. A iniciativa de movimentos sociais, que conta com total engajamento da CUT,  visa consultar a população sobre a realização de uma reforma política – através de uma única pergunta: “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?”

 
Em todo o Brasil, urnas serão espalhadas e qualquer pessoa poderá responder à questão. O objetivo da campanha é entender se o povo deseja ou não mudanças nas regras que definem o funcionamento do sistema político no Brasil.
 
Hoje,  no Congresso, as mulheres ocupam 9% das vagas, embora correspondam a mais da metade da população; 70% são fazendeiros e empresários, mesmo com  a maior parte da nação formada por trabalhadores e camponeses; apenas 8% são negros, ainda que 51% dos brasileiros se autodeclarem afrodescendentes; e, por fim, 3% das cadeiras são ocupadas por jovens, grupo que compõe 40% do eleitorado.
Para mudar essa realidade, porém, mais do que substituir os políticos eleitos, é necessário alterar os mecanismos que regem a política. Participe do Plebiscito, em setembro e ajude a mudar essa realidade! Para mais informações, acesse http://www.plebiscitoconstituinte.org.br/

Secretário de Alckmin não apresenta plano de enfrentamento à crise de água

O secretário de Recursos Hídricos do governo Geraldo Alckmin, em entrevista a Rádio Estadão, nesta quinta-feira (24),   não apresentou uma alternativa à crise de abastecimento que atinge São Paulo, apostando apenas na chegada das chuvas para solucionar o problema.

Questionado por jornalistas, não respondeu se a Sabesp e o governo tinham um “plano B” para enfrentar a crise. Disse que apostava no fim da estação seca com a chegada do mês de agosto e o provável aumento de chuvas. Comemorou o pequeno volume de chuvas do dia que ficou entre 8 e 10 milímetros, bem distante da média histórica de 120 milímetros do mês. 

O secretário de Alckmin  também reforçou a importante colaboração dos consumidores que têm economizado água. Sobre a possibilidade de racionamento de água, mais uma vez desconversou.

O secretário disse ainda ter “confiança que com a ajuda da população vamos atravessar esse momento”. Negando a possibilidade de uma sobretarifa para aumento do consumo, concluiu: “a cada dia em que a gente acorda, estamos mais próximo do dia que vai começar a chover”.

Brasil buscará apoio do Mercosul contra os ataques de Israel

Após emitir uma nota condenando “energicamente o uso desproporcional da força” por Israel em conflito na Faixa de Gaza, o Brasil vai pedir aos cinco países componentes do Mercosul (Mercado Comum do Sul) que apoiem sua posição. Compõem o Mercosul Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

O tema será debatido na 46ª Cúpula do Bloco, marcada para a próxima terça-feira (29), em Caracas, Venezuela. O Governo Dilma manifestou-se contra o massacre iniciado há 18 dias por Israel à Faixa de Gaza, que já matou mais de 800 pessoas e deixou mais de 5.200 feridos. Os mortos são em sua maioria  mulheres e crianças.

Entenda o caso

O conflito histórico entre a Palestina e Israel pela disputa das terras da Faixa de Gaza teve nova escalada de violência desde junho deste ano, quando três jovens judeus foram sequestrados e mortos na Cisjordânia. O grupo Hamas (considerado o mais violento grupo de resistência à Israel) não assumiu a autoria do crime, mas dias depois um jovem palestino foi morto por extremistas judeus.

Depois desses episódios, em 8 de julho, forças israelenses e o Hamas passaram a se atacar incessantemente por meio de bombardeios e foguetes. Dia 17 de julho, Israel promoveu uma operação terrestre que multiplicou o número de mortos. O Hamas jurou vingança e essa já é considerada a batalha mais sangrenta entre os dois povos nos últimos anos. A ONU e diversas nações estão empenhas em encontrar uma solução para o conflito e conseguir um cessar fogo de ambos os lados.

Novas denúncias contra Aécio e os aeroportos de sua família

Uma nova denúncia contra o candidato tucano Aécio Neves mostra que sua família tem pelo menos duas pistas de pouso construídas com recursos do Governo de Minas Gerais, quando o candidato à presidência era governador do Estado.

No município de Cláudio, onde a família de Aécio possui uma fazenda,  foi construído um aeroporto de R$ 14 milhões em seu último ano de mandato. Pelas novas denúncias, o terreno utilizado para a obra pertencia ao ex-prefeito Múcio Tolentino, irmão de Risoleta Neves.

Na década de 1980, o então prefeito Múcio utilizou o mesmo terreno para construir uma pista de pouso de terra batida, em uma parceria com o então governador, seu cunhado, Tancredo Neves. Para realizar a obra, a prefeitura comandada por Múcio deveria desapropriar o terreno, mas não o fez. O aeroporto que custou R$ 497,5 (em valores atuais) ao erário foi utilizado pela família Tolentino-Neves por 25 anos, o que para o Ministério Público foi apropriação de bem público.

Em 2008, quando Aécio decidiu fazer o aeroporto, declarou à Justiça urgência e conseguiu a liberação do terreno, pagando à seu tio-avô R$ 1 milhão de indenização. Para ter direito à esse pagamento, a Justiça determinou que a ação de improbidade em que é réu tenha um desfecho. O tio-avô pede ainda R$ 9 milhões ao Estado pela desapropriação do terreno do aeroporto.

O município de Montezuma onde a família de Aécio possui propriedades teve uma pista de pouso reformada quando Aécio era governador. A pista de pouso na cidade onde o pai de Aécio tem uma agropecuária custou R$ 309 mil aos cofres públicos. 

Dados do IBGE apontam estabilidade na taxa de desemprego

Conforme levantamento divulgado pelo IBGE, a taxa de desemprego, de maio para junho, ficou estável nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Rio de Janeiro  e São Paulo. A única queda registrada, de um ponto percentual, foi em Recife. Com exceção de Recife, foi a menor taxa para o mês na série histórica

Em comparação a junho de 2013, o índice registrou uma queda de 2,1 pontos no Rio de Janeiro e 1,5 ponto em São Paulo, mantendo-se estável em Belo Horizonte e Recife. Além disso, o número de desempregados caiu 24,3% em São Paulo e 40,3% no Rio de Janeiro.

Trabalhadores querem maior participação no Plano Brasil Maior

Durante a abertura do Seminário Nacional do Macrossetor  Indústria, organizado pela CUT, o secretário-geral da Central, Sérgio Nobre, defendeu uma maior participação dos trabalhadores nos Conselhos de Competitividade do Plano Brasil Maior – criado em 2011, o PBM foi uma resposta do governo Dilma ao movimento em defesa da produção nacional conduzido, entre outros, pela CUT. Ainda em sua fala, o dirigente assinalou a necessidade de criação de uma pauta consistente, unificada e articulada entre todos os setores envolvidos.

Através do plano, foram criados mecanismos de discussão tripartite, envolvendo governo, trabalhadores e empresários; mesmo assim, segundo Leandro Horie, técnico da subseção do Dieese da CUT, a atuação dos trabalhadores é tímida e restrita a alguns setores nos quais já existe uma tradição de negociação tripartite. O analista também destacou que, em contrapartida, “a pauta empresarial tem sido atendida em grande parte”.

Bolsa família é usado como exemplo pela ONU

No estudo do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU divulgado essa semana, o programa Bolsa Família do Governo Federal foi citado como exemplo de política de diminuição da pobreza.

Para a ONU, programas como o Bolsa Família, do Brasil e Oportunidades, do México, são modelos em que todos ganham. O relatório aponta que desde 2008, esses programas têm suavizado os efeitos negativos da crise internacional sobre o poder de compra dos mais pobres, além de trazer  benefícios de longo prazo uma vez que as famílias, para receberem o benefício, precisam manter os filhos na escola.

A diminuição da desigualdade entre 2008 e 2009 promovida pelo Bolsa Família foi de 20 a 25%, ao custo de 0,3% do PIB nacional, segundo o relatório do IDH. O aumento do salário mínimo nos últimos anos foi outro destaque do relatório, por ter contribuído para aumentar os salários e a distribuição de renda.

Brasil freia a pobreza com suas políticas sociais, diz Pnud

Os investimentos do Brasil em políticas públicas e programas sociais freou o aumento da pobreza mesmo com as crises econômicas mundiais sofridas a partir de 2008. O dado está no Relatório de Desenvolvimento Humano de 2014, feito pelo Programa das  Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

A pesquisa mostra que o consumo das famílias mais pobres cresceu em 40% em relação à média da população. Isso se deve à politicas de valorização do salário mínimo e da política anticíclica, com o aumento de gastos públicos quando a economia está com crescimento baixo.

Para Andréa Bolzon, coordenadora do Atlas de Desenvolvimento Humano, essas práticas ajudam inclusive a manter os empregos formais.  “No mundo inteiro, existe a tendência de queda do emprego e aumento da informalidade. O Brasil é um dos poucos países a registrar aumento do emprego e diminuição do trabalho informal entre 2007 e 2010.”

Brasil melhora sua posição na medição do IDH

O Brasil melhorou seu desempenho no cálculo do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)  e subiu uma posição  –  de 80ª posição para a 79ª posição –  de 2012 para 2013.  Entre os BRICS (bloco das cinco principais economias emergentes)  o Brasil registrou o segundo melhor IDH (0,744), atrás da Rússia (57º lugar,  com nota 0,778). A China ficou na 91ª posição, a  África do Sul na 118ª e a Índia na 135 ª posição.  

De acordo com o representante da ONU no Brasil, “O Brasil é um dos países que mais evoluíram no desenvolvimento humano nos últimos 30 anos”. O país com maior desenvolvimento humano é a Noruega, com índice de 0,94. O ranking do IDH é medido de 0 a 1, grau máximo de desenvolvimento. Em 2013, o indicador abrangeu 187 países.

O estudo da ONU calcula também o Índice de Pobreza  Multidimensional, o IPM. Esse índice usa critérios mais abrangentes para avaliar o padrão de vida de um país e leva em conta indicadores de saúde (nutrição e mortalidade infantil), educação (anos de estudo e taxa de matrícula) e a qualidade do domicílio (gás de cozinha, banheiro, água, eletricidade, piso e bens duráveis). O IPM brasileiro caiu 22% em seis anos e a parcela da população brasileira com privação de bens caiu de 4% para 3,1%, entre 2006 e 2012.

A fatia da população próxima à pobreza multidimensional caiu de 11,2% para 7,4%. A proporção de pessoas em pobreza severa passou de 0,7% para 0,5% na mesma comparação.