Novos ataques em Gaza reacendem o conflito entre palestinos e israelenses

A organização palestina do Hamas anunciou hoje (21) que três comandantes da organização foram mortos em um ataque da aviação aérea israelense em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza. Em comunicado, as brigadas Ezzedine Al Qassam identificaram os três homens como Mohammed Abou Chamala, Raëd Al Atar e Mohammed Barhoum, informa o site da EBC Notícias.

O ataque aéreo israelense ocorre um dia depois de outro que resultou na morte da mulher e de um filha do seu chefe, Mohammed Deif, que continua vivo, segundo informações divulgadas pelo movimento islâmico palestino.

Na madrugada de hoje, a aviação israelense fez pelo menos oito mortos, incluindo sete em um edifício que ficou completamente destruído, ao Sul da Faixa de Gaza, disse o porta-voz dos Serviços de Emergência palestinos, Achraf Al Qodra.

As tréguas respeitadas desde 11 de agosto entre o Hamas e Israel foram violadas na terça-feira, com o disparo de rockets a partir do enclave palestino, que levou os israelenses a reagir. Os ataques acabaram por interromper os contatos indiretos entre as duas partes que estavam sendo promovidos pelo governo do Cairo, que está intermediando um cessar-fogo prolongado. 

Desde o início do conflito em 8 de julho, já foram mortos 2.030 palestinos, com 10.300 feridos. Do lado israelense, desde o início da ofensiva, morreram 67 pessoas (64 soldados e três civis).

Sabesp quer ampliar uso do volume morto

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) solicitou uma autorização à Agência Nacional de Águas (ANA) e ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) para ampliar a retirada de água do volume morto – prática adotada desde o mês de maio. Segundo a empresa, a ampliação não é urgente, mas o pedido seria uma medida preventiva em caso de necessidade.

Hoje, o fornecimento de 9 milhões de pessoas depende do volume morto (água que fica abaixo do nível de bombeamento). Ainda assim, o total armazenado vem caindo a cada dia – entre a terça e a quarta-feira, o volume caiu de 12,7% para 12,6%; há um ano atrás, esse índice era de 49,7%.

Ministério da Educação pode dar apoio à USP

O Ministério da Educação está preocupado com a USP e está acompanhando “de perto” a situação da Universidade. O Ministro da Educação, Henrique Paim, em entrevista ao site EBC declarou que deve se reunir em breve com o Reitor da Universidade para tratar de um possível apoio do MEC à instituição.

“A universidade é referência para o Brasil, possui cooperação com o MEC, com o governo federal, e nós estamos acompanhando de perto essa questão. Vamos ter uma reunião em breve para discutir como o MEC pode apoiar”, disse. “A universidade tem autonomia. O que podemos fazer é debater os caminhos para que a USP possa se recuperar” declarou o Ministro.

A  reitoria propôs, através de uma “Carta Aberta”, uma série de medidas para combater a grave crise financeira que se instalou na Universidade. Funcionários, estudantes e professores da instituição estão em greve. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), o reitor propôs um programa de demissão voluntária com meta de 2,8 mil funcionários serem demitidos. O programa será focado nos servidores celetistas com idade entre 55 anos e 67 anos e pelo menos 20 anos de trabalho na USP. A proposta inclui ainda a diminuição da jornada de 40 horas para 30 horas semanais, com redução de salário.

Entre outras medidas, a reitoria propõe que tanto o Hospital Universitário do Campus Butantã, na capital paulista, quanto o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, em Bauru, sejam transferidos da USP para a Secretaria Estadual de Saúde, sendo que os servidores dos dois hospitais continuariam ligados à universidade.

Confronto

Mais uma vez a tropa de choque foi chamada na manhã desta quarta-feira (20) para atacar grevistas (funcionários, professores e estudantes) em frente à USP. Cerca de 150 manifestantes foram dispersados de duas portarias da USP pela tropa, que utilizou balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio. O confronto chegou até a estação Butantan do Metrô, que teve que ser fechada. Pessoas que circulavam pela estação foram atingidas pelos efeitos das bombas, provocando tumulto no local.

Sob vaias, Alckmin inaugura promessa de 2011 na Barra Funda

O governador Geraldo Alckmin lançou na terça-feira (19) na estação Barra Funda do Metrô o programa “Cartão Bom”,  anunciado em 2011, mas com funcionamento previsto só a partir de 30 de agosto.

Alckmin foi até a estação para vistoriar as obras e lançar o programa, mas foi recebido com vaias pelos presentes. O candidato tucano à reeleição também recebeu xingamentos e críticas ao seu governo.

Uma passageira que estava perto do tucano tentou conversar com ele sobre a falta de água em sua casa. Segundo ela, já existe racionamento onde vive. Alckmin, no entanto, não parou para falar com a jovem. Os transeuntes gritavam “Estou com sede” e “Está faltando água”, referindo-se à crise de abastecimento que afeta a cidade. 

 

Vereadores de São Paulo iniciam hoje CPI da Sabesp

A partir de hoje (20), uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito)  investigará o fornecimento de água na capital paulista realizado pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo). “Na cidade toda, temos falta: na Vila Madalena, Parque Edu Chaves, no Itaim Paulista, na Brasilândia. Só não existe grave crise hídrica para quem não quer ver”, justificou o vereador Laércio Benko (PHS), que apresentou a proposta de CPI. De acordo com ele, não serão apuradas as razões da falta de água, mas sim o cumprimento dos contratos firmados entre a companhia e a prefeitura. “O principal objetivo é fornecer água, o que não está ocorrendo”, afirmou.

Apesar das negativas do governador Geraldo Alckmin quanto à possibilidade de racionamento na cidade, o Ministério Público Federal cobra que a medida seja adotada para evitar um colapso do sistema de abastecimento. A CPI terá 120 dias para concluir os trabalhos.

De 2003 a 2013, país criou 20 milhões de empregos formais

Segundo levantamento da Rede Brasil Atual, considerando o resultado de 2013 da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Brasil alcançou a marca de 20,264 milhões de empregos formais criados a partir de 2003, com média aproximada de 1,8 milhão por ano.

Entre 2003 e 2010, durante o governo Lula, foram geradas 15,384 milhões vagas (média de 1,9 milhão por ano), enquanto nos três primeiros anos da gestão Dilma, os números foram de 4,880 milhões (média de 1,6 milhão por ano). Como comparação, de 1995 a 2002, na presidência de Fernando Henrique Cardoso, a média foi de 627 mil por ano.

Químicos decidem antecipar Campanha Salarial

Durante o seminário promovido pela Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico de São Paulo), no dia 13 de agosto, em Cajamar, os dirigentes dos cinco sindicatos que negociam conjuntamente discutiram a conjuntura política e econômica e avaliaram a importância de antecipar as negociações com a bancada patronal para o mês de setembro.

Com data-base em 1º de novembro, há alguns anos, os químicos vêm tentando puxar as negociações para o mês de setembro, com o objetivo de negociar juntamente com outras categorias fortes, como bancários e metalúrgicos. “A princípio só estamos antecipando as negociações. Mas o objetivo da categoria é, a partir do próximo ano, tentar antecipar data-base para o mês de setembro, fortalecendo a luta por melhores salários e garantindo a reposição das perdas dois meses antes”, afirma Osvaldo Bezerra, o Pipoka, coordenador-geral do Sindicato.

As negociações deste ano envolvem as cláusulas econômicas e as sociais. Para definir as bandeiras de luta e o índice de aumento real a ser reivindicado, o Sindicato está chamando os trabalhadores para uma assembleia no dia 29 de agosto, sexta-feira, às 19h, na sede da entidade (Rua Tamandaré, 348 – Liberdade).

Durante o seminário de avaliação da Fetquim, o Dieese apresentou uma estimativa de inflação para novembro em torno de 7% e lembrou que nos últimos dez anos a categoria conquistou mais de 20% de aumento real. “Queremos continuar garantindo um bom índice de aumento real. Além disso, vamos retomar negociações importantes, como a licença-maternidade de 180 dias, a redução da jornada e a luta contra as terceirizações, dentre outras importantes bandeiras”, diz Pipoka.

Químicos, petroleiros, metalúrgicos e bancários são algumas das principais categorias com data-base no segundo semestre. No total, são mais de 900 mil trabalhadores. Na categoria química, sete sindicatos negociam conjuntamente – São Paulo; ABC; Campinas, Osasco e Vinhedo; Jundiaí e região; e São José dos Campos e região – e, juntos, somam 180 mil trabalhadores.

Desabastecimento já afetou 46% dos paulistanos, revela pesquisa

Pesquisa realizada pelo Datafolha divulgada no último sábado (16)  mostra que 46% dos paulistanos sofreram em casa com a interrupção no fornecimento de água nos últimos 30 dias (28 % afirmaram interrupção por cinco dias ou mais). O percentual aponta crescimento em relação ao levantamento anterior, de maio, quando o número foi de 35%. A pesquisa indica que a crise de escassez é conhecida por 99% da população do estado, sendo que 57% se dizem bem informados sobre o tema e 34% mais ou menos informados.

Em todo o estado de São Paulo, 28% dos entrevistados disseram que enfrentaram problemas com a falta de água. Em junho, foram 32%, variação dentro da margem de erro. Desde o início de 2014, quando a crise de escassez de água começou, os relatos de corte no fornecimento aumentam a cada mês. As interrupções ocorrem principalmente à noite.

A pesquisa fez 2.045 entrevistas, em 56 municípios do estado, entre 12 e 13 de agosto.

São Paulo e Rio de Janeiro entramem acordo pela água do Rio Jaguari

São Paulo e Rio de Janeiro chegaram a um acordo sobre os volumes de água que serão liberados nos mananciais que abastecem 15 milhões de pessoas entre os dois estados. Entre as medidas, está o aumento de 10 mil para 43 mil litros por segundo na vazão que a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) libera na usina hidrelétrica do Rio Jaguari, em São José dos Campos, para o Rio Paraíba a partir do dia 20 (quarta-feira).

A crise teve início no dia 6, quando a CESP reduziu em um terço o volume exigido pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) da vazão do Rio. A decisão foi amparada pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), órgão paulista, alegando que a prioridade da água seria para abastecimento humano. O Governo paulista alegou ainda que a medida seria uma ação contra o desabastecimento que atinge São Paulo. 

O ONS disse que a decisão da Cesp causaria o “esvaziamento” dos demais reservatórios da bacia, que enfrenta uma das piores estiagens da história, e provocaria “o colapso do abastecimento” de cidades paulistas, mineiras e fluminenses. A medida representa uma derrota para o governo paulista, que pretende fazer transposição de água do Jaguari para a Represa Atibainha, como uma forma de tentar recuperar o Sistema Cantareira.

O acordo foi patrocinado pelo Governo Federal. “Produzimos um acordo. Estamos assegurando as condições de abastecimento”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em entrevista ao Jornal Estadão, após reunião realizada durante toda a tarde desta segunda-feira com representantes dos governos federal e de Rio, São Paulo e Minas. Segundo ela, as decisões tomadas não teriam implicações sobre a geração de energia elétrica.

Justiça diz que crimes de cartel do Metrô de São Paulo não prescreveram

Para o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), os crimes de cartel e de fraude na licitação ocorridos em contratos da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) não estão prescritos. Embora o contrato entre as empresas envolvidas e o Metrô tenha sido assinado em 2005, o Ministério Público (MP) argumentou que pagamentos fundamentados no documento foram efetuados em 2013.

“Enquanto tais contratos ativos estiverem vigentes, ainda estarão, em tese, sendo perpetrados atos do mesmo ‘cartel’, sendo, dessa forma, crime de natureza permanente”, afirmou o desembargador-relator, Edison Brandão. Graças à decisão do TJ, executivos das empresas poderão ser processados criminalmente por formação de cartel e fraude à licitação – segundo o MP, as irregularidades abrangem contratos firmados com 12 empresas em cinco projetos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Os prejuízos aos cofres públicos são avaliados em R$ 834,8 milhões.