Pesquisa Vox Populi apura que 81% dos brasileiros não aprovam a reforma trabalhista

Uma pesquisa feita pelo Vox Populi, a pedido da CUT,  apurou que 81% dos brasileiros desaprovam a nova Lei Trabalhista que entra em vigor no próximo sábado, dia 11 de novembro. Apenas 6% aprovam as mudanças, 5% não aprovam nem desaprovam e 8% não sabem ou não responderam. A pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 31 de outubro.

Para 67% dos entrevistados, a nova Lei só é boa para os patrões. Para 1%, é boa para os trabalhadores. Outros 6% disseram que é boa para ambos; 15% não tiveram dúvidas em dizer que não é boa para ninguém; e 11% não souberam ou não quiseram responder.

Os percentuais mais negativos ficaram com o Sudeste (76%); Centro-Oeste/Norte, com 68%; e, Nordeste, com 65%, onde a maioria dos entrevistados acredita que as mudanças na CLT são boas somente para os patrões. No Sul, 44% respondeu que os patrões são os mais beneficiados com as mudanças.

A nova rodada da pesquisa CUT-VOX foi realizada em 118 municípios. Foram entrevistados 2000 brasileiros com mais de 16 anos de idade, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior, em todos os segmentos sociais e econômicos.

A margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

Químicos garantem direitos e INPC integral

Os trabalhadores do setor químico assinaram em 7 de novembro o acordo coletivo de 2017 com a bancada patronal.  O acordo garante a atual Convenção Coletiva integralmente por um ano e com isso protege a categoria da nova legislação trabalhista que entra em vigor em 11 de novembro. 

Além dos direitos garantidos, os trabalhadores do setor químico conquistaram a reposição integral da inflação dos últimos doze meses.

A inflação divulgada pelo INPC/IBGE, em 10 de novembro, fechou em 1,83% 

 

Fique por dentro:

Reajuste Salarial

INPC integral (1,83%) até o teto

 

Piso salarial  

Para empresas  com até 49 trabalhadores o salário passou de R$ 1.469,53 para R$ 1.496,42  

Para empresas com mais de 50 trabalhadores o salário  passou de  R$ 1506,40  para  R$ 1.535,00 (reajuste fixo de 1,9%)

 

PLR

Para empresas até 49 trabalhadores a PLR mínima passou de R$ 930,00 para R$ 947,02

Para empresas com mais de 50 trabalhadores a PLR passou de  R$ 1.030,00 para R$ 1.048,85

 

Teto para Reajuste

O Teto Salarial passou de R$ 7.929,13 para R$ 8.200,00, ficando 3,42% maior.

Portanto, até R$ 8.200,00 o reajuste é de 1,83%. Acima desse valor o reajuste é fixo de R$ 150,06

 

Manutenção da atual Convenção Coletiva por 12 meses

 

Instauração de comissão para discutir impactos da nova legislação trabalhista 

10 de novembro: Dia Nacional de Paralisação e Luta

No dia 11 de novembro entra em vigor a Reforma Trabalhista, um dos maiores ataques aos direitos da classe trabalhadora. Um dia antes, 10, a CUT e demais centrais sindicais realizam o Dia Nacional de Paralisação, contra os retrocessos promovidos pelo governo ilegítimo de Michel Temer. 

Na data, serão realizadas diversas manifestações em todos os estados, mostrando à população as mazelas que o governo já trouxe à vida do trabalhador e o que ainda mais pode ser aprovado, como a Reforma da Previdência, que dificultará o acesso à aposentadoria. 

Em São Paulo, a concentração começa na Praça da Sé, às 9h30. De lá, os trabalhadores seguem em caminhada até a avenida Paulista. 

Presidente do TST erra ao dizer que o que gera emprego é retirar direitos, diz Vagner

Sem investimentos em máquinas, ciência, tecnologia e educação o país não voltará a crescer, muito menos gerar emprego decente e renda.

Esta foi uma das afirmações que o presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas, fez em seu  blog nesta segunda (6), em texto que critica entrevista sobre reforma Trabalhista dada pelo presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Ives Gandra da Silva Martins Filho, à Folha de S Paulo. Entre outras coisas Gandra afirmou que “é preciso flexibilizar direitos sociais para haver emprego”. 

Para o presidente da CUT, o que gera emprego, não é flexibilização, é crescimento econômico.

Vagner aproveitou para convocar os trabalhadores para o Dia Nacional de Mobilização em defesa dos direitos, pelo arquivamento da portaria do trabalho escravo e contra o desmonte da Previdência e da Legislação Trabalhista, que será realizado nesta sexta, dia 10.

Leia o texto completo:

O que gera emprego é crescimento econômico

O presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Ives Gandra da Silva Martins Filho, ao falar sobre a nova Lei Trabalhista que acabou com direitos e legalizou o bico no Brasil, disse à Folha de S. Paulo desta segunda-feira (6) que “É preciso flexibilizar investimentos sociais para haver emprego”.

E, se colocando no lugar dos patrões, em primeira pessoa, foi além do que deveria ser o papel de um chefe do maior tribunal do trabalho do País: “Nunca vou conseguir combater desemprego só aumentando direito”

O que gera emprego, senhor ministro, não é flexibilização, é crescimento econômico. E a economia do Brasil só vai voltar de fato a crescer quando tiver aumento dos investimentos público e privado, e do consumo. E o que favorece isso, caso o senhor também não saiba, é o aumento do crédito, do gasto público e dos salários, jamais o contrário, como o senhor parece acreditar.  Sem investimentos em máquinas, ciência, tecnologia e educação o país não voltará a crescer, muito menos gerar emprego decente e renda.

O senhor não deve lembrar, mas apesar da crise de 2008, Lula e Dilma geraram 22 milhões de empregos com carteira assinada. Com Temer, apesar do desmonte trabalhista, estamos com uma taxa de desemprego 12,6% no trimestre encerrado em agosto deste ano.

E nos governos do PT, as conquistas foram além da geração de emprego. Os/as trabalhadores/as conquistaram aumento real de 77% no valor do salário mínimo e reajuste acima da inflação em 84,5% das negociações salariais para mais de 300 categorias profissionais.

Sabemos que o ministro representa o pensamento, os anseios e desejos do empresariado conservador, ganancioso e explorador de trabalhadores e trabalhadoras. Mas, não podemos aceitar a leviandade como ele usou seu cargo em detrimento do real papel da Justiça do Trabalho, que não é defender empresário e, sim, “conciliar e julgar as ações judiciais entre trabalhadores e empregadores e outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho”, como diz o site do TST. Não podemos esquecer, que o tribunais do trabalho também têm de mediar e julgar as reclamações trabalhistas que vão de não pagamento de dias trabalhados a uma série de direitos desrespeitados pelos empresários que Ives Gandra tanto defende.

A reforma Trabalhista de Temer, Lei nº 13467/2017, alterou 100 itens da CLT, todos em benefício dos empresários e prejudiciais à classe trabalhadora. Temer legalizou o bico e promoveu um retrocesso de mais de 70 anos nas relações de trabalho no Brasil.

Os impactos negativos atingem quem já está e quem entrar no mercado de trabalho a partir do dia 11 de novembro, quando a nova lei entra em vigor.

Os patrões poderão chamar os trabalhadores para

1) negociar jornada – a nova lei dispensa a obrigatoriedade do acordo coletivo para adotar um sistema de compensação de horas trabalhas a mais e dá ao patrão o direito de fazer um acordo verbal para, por exemplo, não pagar hora extra e compensar -;

2) negociar demissão, bastando para isso apenas chamar o empregado sozinho, sem apoio do sindicato, e assinar um acordo que tira do trabalhador 20% da multa do FGTS, metade do aviso prévio e ainda o impede de receber seguro desemprego, entre outras perdas;

3) eles, os patrões, poderão também decidir demitir em massa do mesmo jeito que decidem uma dispensa individual, sem precisar negociar com os sindicatos uma proposta melhor para os trabalhadores, como a reversão das demissões ou garantias de pagamentos adicionais.

Não vamos aceitar esse desmonte de braços cruzados. Na próxima sexta-feira dia 10, vamos ocupar as ruas com o Dia Nacional de Mobilização em defesa dos direitos, contra o desmonte da Previdência e da Legislação Trabalhista e pelo arquivamento da portaria do trabalho escravo.

Estamos fazendo uma Campanha Nacional pela Anulação da Reforma Trabalhista que já coletou milhares de assinaturas das 1,300 milhão necessárias para apresentarmos um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para anular a reforma.

Vamos denunciar na OIT e em todas as redes sociais e nos nossos sites o desmonte dos direitos trabalhistas e os deputados e senadores que votaram a favor dessas medidas criminosas contra os/as trabalhadores/as e o povo brasileiro.

Felizmente, a Justiça do Trabalho não se resume a Ives Gandra, centenas de desembargadores e juízes do Trabalho progressistas e comprometidos com os direitos da classe trabalhadora consideraram a Lei de Temer inconstitucional.

CUT convoca paralisação nacional

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) está convocando uma paralisação nacional para o dia 10 de novembro (sexta-feira) contra as reformas promovidas pelo governo Temer.

Em São Paulo, a concentração será a partir das 9h30, na Praça da Sé e, de lá, os manifestantes seguirão em caminhada até a Avenida Paulista. Estão previstas manifestações e paralisações em todo o País, no dia que antecede a entrada em vigor da nova legislação trabalhista que retira inúmeros direitos dos trabalhadores.

Nesta data a CUT também deve encerrar a coleta de assinaturas para apresentar ao parlamento um Projeto de Lei de Iniciativa Popular que visa revogar a reforma.  O objetivo é reunir mais de 1,3 milhão de assinaturas e protocolar na Câmara Federal.  

Porque um projeto de lei

A reforma trabalhista proposta pelo governo de Michel Temer (PLC 38/2017) foi aprovada no Senado por 50 votos favoráveis, 26 contrários e uma abstenção. A matéria foi sancionada no dia 13 de julho como Lei 13.467/2017 e entra em vigor a partir do dia 11 de novembro de 2017.

O objetivo do Projeto de Lei de Iniciativa Popular é fazer com que essa medida se some a outras 11 leis revogadas por meio desse instrumento. A Constituição Federal permite que a sociedade apresente uma proposta à Câmara dos Deputados, desde que seja assinada por um número mínimo de cidadãos distribuídos por pelo menos cinco Estados brasileiros.
 

Químicos garantem direitos e reposição da inflação

As negociações deste ano foram bem complicadas. Os patrões chegaram à primeira rodada de negociações com uma lista de mais de 15 itens que queriam alterar para pior na nossa Convenção Coletiva, já pautados pela nova lei da reforma trabalhista, que entra em vigor em 11 de novembro.

Depois de muita negociação, numa segunda rodada, realizada em 27 de outubro, os químicos conseguiram garantir a renovação integral da Convenção Coletiva por mais um ano e um reajuste que garante a reposição da inflação, de acordo com o INPC/IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em todos os salários (até o teto de R$8.200) e na PLR (Participação nos Lucros e Resultados).   

Também ficou acertado incluir na Convenção o compromisso de instauração de uma comissão bipartite (patrões e trabalhadores) para, ao longo de 2018, discutir os impactos das mudanças previstas com a entrada em vigor da nova legislação trabalhista.

Categoria aprova

Os trabalhadores do setor compareceram em peso à assembleia realizada no dia 1º de novembro, véspera de feriado, e referendaram o resultado das negociações. “A Convenção Coletiva renovada é o nosso maior trunfo. É a certeza de que nossos direitos estão garantidos”, avalia Osvaldo Bezerra, coordenador geral do Sindicato. De acordo com o sindicalista, neste momento, esse é um importante avanço.

Por outro lado, o trabalhador espera avanços financeiros, mas com a inflação baixa o índice também fica achatado. “Já esperávamos por isso. A inflação está estagnada em função da recessão. Repusemos a perda real, mas em 12 anos é a primeira vez que não temos nenhum percentual de aumento real”, avalia Bezerra.

De acordo com o sindicalista, todos têm consciência da situação econômica e política do País e essa negociação mostrou maturidade entre patrões e trabalhadores.

Confira:

Reajuste salarial

INPC integral até o teto.

PLR mínima

Até 49 trabalhadores: atual R$ 930 (+ reajuste pelo INPC).

Acima 50 trabalhadores: atual R$1.030 (+ reajuste pelo INPC).

Teto para reajuste

 R$ 8.200 (antes era R$ 7.929,13, o reajuste foi de 3,4%).

Manutenção da atual Convenção Coletiva por 12 meses

Também foi fixado o compromisso de instauração de comissão bipartite para discussão dos impactos da nova legislação trabalhista.

 

* O INPC deve ser divulgado em 10 de novembro e a expectativa é que fique em torno de 1,85%.   

Fotos: Eduardo Oliveira

Dia 20 é feriado da Consciência Negra

O dia 20 de novembro é feriado em São Paulo e em outros municípios, como Embu, que também faz parte da nossa base sindical. Portanto, os trabalhadores dessas duas cidades têm o direito de folgar nesse dia e, caso os patrões queiram exigir jornada normal, o caso deve ser denunciado ao Sindicato.

Nas cidades de Embu-Guaçu, Caieiras e Taboão da Serra não é feriado.

Esse dia foi escolhido como o Dia da Consciência Negra e o feriado foi instituído no município de São Paulo em 2003, por ser a data da morte de Zumbi dos Palmares, importante líder da luta dos negros contra a escravidão que morreu em 1695 sem ver a abolição, que só aconteceu em 1888.

Como tradicionalmente acontece, em novembro, dia 18, o Coletivo Racial do Sindicato se reúne para sua atividade anual, cujo objetivo é discutir a situação do negro nas fábricas e traçar metas para ações no próximo ano. “Dados do último Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que 30% da categoria são formados por negros e nós sabemos que os negros ainda sofrem muito preconceito e, em geral, recebem os menores salários”, diz Wallmir de Moais, diretor do Sindicato e membro do coletivo.   

Prioridade das negociações é a garantia dos direitos

Hoje (27) ocorreu a segunda rodada de negociações com a bancada patronal e o diálogo não está nada fácil devido a conjuntura econômica e política do País.  “A iminência da mudança na legislação trabalhista, em 11 de novembro, deixa as negociações bastante vulneráveis e assegurar direitos passou a ser nossa maior prioridade neste momento”, explica Osvaldo Bezerra, coordenador-geral do Sindicato.

De acordo com o sindicalista, é na assembleia de 1º de novembro (quarta-feira) que a proposta deve ser analisada junto com os trabalhadores para que estes difinam os rumos da Campanha Salarial 2017.

A assembleia começa às 19 horas, no Sindicato (Rua Tamandaré, 348). Haverá transporte nas regiões.  Participe!

  

Não é reforma, é implosão, diz Lula sobre reforma da Previdência

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (27) que a proposta de reforma da Previdência que o governo pretende tocar depois de derrubada denúncia contra ele é um “crime contra o povo mais pobre desse País” e que as forças de oposição precisam “juntar forças” para evitar que essas e outras reformas prossigam. 

“O que estão fazendo não é reforma, é um desmonte, quase que uma implosão”, afirmou Lula durente entrevista a Rádio Itatiaia, em Montes Claros. O ex-presidente completa hoje 72 anos e está em Minas, em mais uma etapa da caravana Lula pelo Brasil.  

O ex-presidente afirmou ainda que os cortes nas aposentadorias deverão afetar fortemente a economia dos pequenos municípios. “Quando o trabalhador recebe, o comércio funciona, a cidade funciona. Quando o trabalhador não recebe, a cidade fica paralisada”, alertou.

Lula também classificou como “criminosas” as  articulações que salvaram Temer das duas denúncias na Câmara e que custaram mais de R$ 30 bilhões. Ressaltou ainda que  esses mesmos deputados que votaram pela permanência do presidente foram responsáveis pelo afastamento de Dilma “numa sacanagem ímpar na história do Brasil”. 

CUT convoca paralisação contra a Reforma Trabalhista para o dia 10 de novembro

A CUT está promovendo hoje  (27)  um Dia Nacional de Coleta de Assinaturas  que visa revogar a reforma trabalhista. O objetivo é reunir mais de 1,3 milhão de assinaturas para apresentar ao parlamento um Projeto de Lei de Iniciativa Popular contra os ataques de Temer. Após atingir a meta de assinaturas, o texto pode ser protocolado na Câmara Federal e segu a mesma trajetória de qualquer outro projeto de lei no Congresso Nacional, com votações dos deputados e dos senadores.

A Central também já anunciou um Dia Nacional de Paralisação em 10 de novembro, com marchja em São Paulo, saindo da Praça da Sé, às 9 horas, em direção à avenida Paulista.

Para o secretário de Comunicação da CUT, Roni Barbosa, as organizações sindicais têm o papel fundamental de fazer com que os ataques de Temer sejam discutidos dentro das famílias dos trabalhadores para que sejam realmente conhecidos.

“A coleta de assinaturas precisa ser abraçada por todos. Quem ainda não entrou no mercado de trabalho, quando o fizer, vai encontrar um cenário devastador, de baixos salários, condições indignas, jornadas abusivas. E quem já está vai sofrer achatamento dos ganhos e perda de conquistas como férias e 13º. Na prática, a reforma inviabiliza o projeto de justiça social e desenvolvimento que vinha sendo implementado na última década”, explicou Barbosa.

Porque um projeto de lei

A reforma trabalhista proposta pelo governo de Michel Temer (PLC 38/2017) foi aprovada no Senado por 50 votos favoráveis, 26 contrários e uma abstenção. A matéria foi sancionada no dia 13 de julho como Lei 13.467/2017 e entra em vigor a partir do dia 11 de novembro de 2017.

O objetivo do Projeto de Lei de Iniciativa Popular é fazer com que essa medida se some a outras 11 leis revogadas por meio desse instrumento. A Constituição Federal permite que a sociedade apresente uma proposta à Câmara dos Deputados, desde que seja assinada por um número mínimo de cidadãos distribuídos por pelo menos cinco Estados brasileiros.