Dilma diz que Brasil vai voltar a crescer

A presidenta, Dilma Rousseff, reconheceu a crise econômica mas disse ter confiança que o país voltará a crescer, em discurso na inauguração da Ponte Anita Garibaldi, em Laguna, Santa Catarina.   “Estamos passando por dificuldades econômicas. Nós enfrentamos as dificuldades, porque só enfrentando é que se supera a dificuldade. É preciso humildade para reconhecer a dificuldade, mas também coragem para vencer a dificuldade. […] Podem ter certeza, o Brasil voltará a crescer e gerar empregos”.

Dilma  também exaltou o governo do PT no comando do país dizendo que, nos últimos 13 anos, o governo construiu “um país muito mais forte e capaz de enfrentar dificuldades, do que em algum momento do passado”. A presidenta afirmou ainda que não vai desistir diante do cenário adverso. “Tem gente que, diante da dificuldade, desiste, recua. Nós não somos esse tipo de gente. Nós enfrentamos dificuldade, porque só enfrentado que se supera”. 

Oposição raivosa e ‘entreguismo’ são alvo de ato pela Petrobras e por democracia

A importância da Petrobras, os riscos para os brasileiros da aprovação do projeto que tenta mudar as regras de participação da companhia nos royalties do pré-sal – PLS 131/2015, em tramitação no Senado – e a defesa da democracia foram os principais temas debatidos na última segunda (13), em ato público realizado na Câmara, com parlamentares, partidos políticos, entidades da sociedade civil e centrais sindicais. O evento também abordou a situação da própria estatal em meio à crise econômica e a falta de propostas da oposição, criticada por defender o impeachment da presidenta Dilma Rousseff sem fundamento jurídico e, ao mesmo tempo, “sem apresentar alternativas inovadoras para o país”.

Intitulado “Ato de defesa da Petrobras e pela Democracia”, o encontro teve a participação de parlamentares que integram a Frente Nacional em Defesa da Petrobras. Para o presidente da frente, deputado Davidson Magalhães (PCdoB-BA), a ideia é que este seja apenas o primeiro de vários movimentos a serem feitos pela sociedade daqui por diante de apoio à presidenta e, ao mesmo tempo, para impedir a votação, sem discussão prévia, do projeto que pretende mudar o sistema de partilha do pré-sal.

“Este ato é de defesa da economia nacional e, por conta disso, de defesa da Petrobras, diante do peso que tem a empresa para a economia nacional. O debate sobre o sistema de partilha passou mais de um ano no Congresso para que fosse amadurecido e votado. E agora, querem aprovar esse projeto com menos de três meses após ser apresentado”, criticou.

Magalhães acentuou que o regime de partilha nem sequer foi testado e consiste num modelo que prevalece nos principais países produtores do mundo e é considerado estratégico para os recursos voltados às áreas como educação e saúde. “A mudança no sistema, o fato de a Petrobras ser tirada dessa posição estratégica, significa enfraquecer a companhia e, ao mesmo tempo, o Brasil”, afirmou.

Conjuntura mundial

O presidente da frente destacou que a crítica feita nos últimos tempos pelo fato de a Petrobras se desfazer de ativos não se sustenta porque não é consequência de erros ou problemas observados por conta da Operação Lava Jato, mas uma movimentação do mercado internacional. “Isso acontece porque o preço do petróleo caiu no mercado internacional. É uma questão de conjuntura global e todas as empresas de petróleo estão fazendo isso.”

De acordo com o deputado, o momento de crise internacional, sobretudo no setor de petróleo e gás, é considerado o pior de todos para que o Congresso discuta mudanças no sistema de partilha do pré-sal. “Precisamos nos mobilizar em mais atos como este, aqui e nos estados, e nos concentrarmos para o dia 3 de agosto”, disse, lembrando que nessa data o Senado ficou de retomar a discussão sobre o projeto.

O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, lembrou que as mobilizações dos petroleiros, em conjunto com a sociedade civil, foram fundamentais para garantir a retirada da urgência do projeto e levar ao adiamento da votação. “Foi um trabalho intenso e conseguimos evitar que esse projeto entreguista fosse votado às pressas, sem o devido entendimento dos parlamentares e da sociedade sobre a gravidade que representa para o futuro do nosso país.”

Classe trabalhadora

O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou que a defesa da Petrobras e do pré-sal diz respeito a toda a classe trabalhadora, uma vez que “é fundamental para o Brasil continuar o processo de desenvolvimento com justiça social e distribuição de renda”. “A luta é de classe e ela continua. A defesa das conquistas, entre elas a Lei da Partilha, tem de ser feita com coragem e energia”, disse o dirigente.

Para o deputado Sibá Machado (AC), líder do PT na Câmara, o desafio, além de defender a democracia, é lutar para que as riquezas nacionais, como o petróleo do pré-sal, fiquem nas mãos dos brasileiros. “O que o Brasil ganharia com a entrega do pré-sal para as multinacionais?”, questionou.

Machado lembrou que em 1953, durante o processo de criação da Petrobras, os “entreguistas brasileiros”, sempre afinados com os interesses estrangeiros, posicionaram-se contra a estatal. “De forma subserviente, afirmavam naquela época que o Brasil não tinha petróleo e, se tivesse, teria de ser explorado pelos estrangeiros.”

“A Petrobras, mais de 60 anos depois, é uma das maiores empresas de petróleo do mundo, tem tecnologia exclusiva de exploração de águas ultraprofundas e, assim mesmo, tem gente querendo entregar o pré-sal para os estrangeiros”, disse o líder, referindo-se aos parlamentares do PSDB, em especial ao senador José Serra (PSDB-SP, autor do projeto).

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) repetiu declarações anteriores de que a proposta em tramitação no Senado “não se sustenta em pé”. Segundo ele, faltam argumentos consistentes para o projeto, “que representa um ataque à soberania do país e tem caráter entreguista”.

‘Oposição sem proposta’

Sobre a discussão em torno do pedido de impeachment da presidenta Dilma, o deputado Davidson Magalhães afirmou que a oposição o faz sem fundamentação jurídica. “É uma oposição que não tem propostas, que vota contra as matérias importantes para o país apenas para ser do contra. É preciso que a massa expressiva que votou na presidenta combata isso”, defendeu.

A deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) afirmou que “está em curso no Brasil um ataque brutal ao Estado democrático de direito”. Segundo ela, existe, em paralelo, um movimento que “tenta enfraquecer a economia nacional e dilapidar cada passo dado até aqui”.

“Estamos vivendo uma onda de ataques por meio de matérias que objetivam levar o país ao retrocesso, como é o caso da reforma política da forma como foi aprovada pela Câmara e da redução da maioridade penal”, afirmou a estudante de Ciências Sociais Giovana Coelho, representante da União Nacional dos Estudantes (UNE) no Distrito Federal. Para ela, o mesmo ocorre com o PLS 131.

“Estamos mobilizados e vamos às ruas sempre que necessário para impedir que isso aconteça. Queremos educação de boa qualidade, queremos a aprovação de propostas com responsabilidade e, mais que tudo, queremos que a democracia seja mantida neste país. Não aceitamos golpe”, avisou.

O ato, que contou com aproximadamente 400 pessoas, foi convocado pelo PT, PCdoB, PDT, CUT, CTB, Federação Única dos Petroleiros (FUP), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), Via Campesina, UNE, Ubes, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Movimento de Luta pela Terra (MLT) e Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras.

Dez setores da economia sinalizam interesse em aderir ao PPE

 Aproximadamente dez setores da economia já pediram informações ao governo federal para aderir ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), lançado pelo Executivo no início do mês, com o objetivo conter demissões no momento de queda de atividade econômica. Começou ontem (14) a funcionar, de modo efetivo, o conselho interministerial para implantação do PPE, instalado com a presença de representantes de cinco ministérios que estão à frente do programa – Trabalho e Emprego, Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Secretaria-Geral da Presidência da República.

A reunião contou com a presença dos ministros do Trabalho, Manoel Dias, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, além de técnicos de todas as pastas envolvidas na implantação do PPE. Ficou definido que as empresas interessadas em aderir ao programa têm até a quarta-feira da próxima semana (22) para se inscrever.

O comitê trocou informações da área técnica e ficou de apresentar detalhes e levantamentos conclusivos sobre o que foi tratado hoje numa nova reunião – a ser realizada na próxima sexta-feira (17). Os ministros que participaram do encontro, no entanto, evitaram adiantar quaisquer medidas. O ministro Manoel Dias, não quis, porém, divulgar os setores interessados. Vai esperar pela oficialização.

Redução de despesas

De acordo com Dias, foi feita uma projeção de atendimento, por meio da iniciativa, à proteção do emprego de 50 mil trabalhadores, o que deverá implicar em custo de R$ 100 milhões. “Esses mesmos trabalhadores, se tivessem sido demitidos, representariam para o país um custo de R$ 168 milhões. É, portanto, uma medida que reduz despesa pública, além de manter emprego, nosso principal objetivo”, acentuou.

O PPE foi lançado por meio da Medida Provisória 680, de 6 de julho, pela presidenta Dilma Rousseff. Permite a redução da jornada de trabalho em até 30%, com diminuição proporcional nos rendimentos e complementação de 50% da perda salarial pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), limitada a 65% do maior benefício do seguro-desemprego. O prazo máximo para a empresa permanecer no PPE é de 12 meses.

A medida, de caráter emergencial e temporário, foi indicada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e negociada com centrais sindicais e entidades empresariais, como forma de permitir que as empresas possam ter tempo para sua recuperação. “O PPE  estimula a manutenção, evita a rotatividade e preserva os investimentos feitos em qualificação”, disse o ministro.

Rossetto destacou que o ponto mais benéfico para o programa é o fato de que, durante o período de adesão das empresas, não poderão ser feitas demissões. Além disso, mesmo terminado o programa no prazo mínimo de um terço da sua vigência, as empresas beneficiadas ainda não poderão demitir – o que, segundo ele, configura numa proteção para os trabalhadores.Dez setores da economia sinalizam interesse em aderir ao PPE

 Aproximadamente dez setores da economia já pediram informações ao governo federal para aderir ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), lançado pelo Executivo no início do mês, com o objetivo conter demissões no momento de queda de atividade econômica. Começou ontem (14) a funcionar, de modo efetivo, o conselho interministerial para implantação do PPE, instalado com a presença de representantes de cinco ministérios que estão à frente do programa – Trabalho e Emprego, Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Secretaria-Geral da Presidência da República.

A reunião contou com a presença dos ministros do Trabalho, Manoel Dias, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, além de técnicos de todas as pastas envolvidas na implantação do PPE. Ficou definido que as empresas interessadas em aderir ao programa têm até a quarta-feira da próxima semana (22) para se inscrever.

O comitê trocou informações da área técnica e ficou de apresentar detalhes e levantamentos conclusivos sobre o que foi tratado hoje numa nova reunião – a ser realizada na próxima sexta-feira (17). Os ministros que participaram do encontro, no entanto, evitaram adiantar quaisquer medidas. O ministro Manoel Dias, não quis, porém, divulgar os setores interessados. Vai esperar pela oficialização.

Redução de despesas

De acordo com Dias, foi feita uma projeção de atendimento, por meio da iniciativa, à proteção do emprego de 50 mil trabalhadores, o que deverá implicar em custo de R$ 100 milhões. “Esses mesmos trabalhadores, se tivessem sido demitidos, representariam para o país um custo de R$ 168 milhões. É, portanto, uma medida que reduz despesa pública, além de manter emprego, nosso principal objetivo”, acentuou.

O PPE foi lançado por meio da Medida Provisória 680, de 6 de julho, pela presidenta Dilma Rousseff. Permite a redução da jornada de trabalho em até 30%, com diminuição proporcional nos rendimentos e complementação de 50% da perda salarial pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), limitada a 65% do maior benefício do seguro-desemprego. O prazo máximo para a empresa permanecer no PPE é de 12 meses.

A medida, de caráter emergencial e temporário, foi indicada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e negociada com centrais sindicais e entidades empresariais, como forma de permitir que as empresas possam ter tempo para sua recuperação. “O PPE  estimula a manutenção, evita a rotatividade e preserva os investimentos feitos em qualificação”, disse o ministro.

Rossetto destacou que o ponto mais benéfico para o programa é o fato de que, durante o período de adesão das empresas, não poderão ser feitas demissões. Além disso, mesmo terminado o programa no prazo mínimo de um terço da sua vigência, as empresas beneficiadas ainda não poderão demitir – o que, segundo ele, configura numa proteção para os trabalhadores.

Mais de 700 trabalhadores participam da Copa Sindquim

A VIII Copa Sindquim  foi oficialmente aberta no último domingo, dia 5 de julho, com a participação de 56 times da categoria e de mais de 700 trabalhadores. O torneio, que acontece nas quadras da Playball, na Pompéia, em São Paulo, este ano também contou com a torcida das famílias dos jogadores que prestigiaram o evento.  “É um momento de descontração e mais uma oportunidade para o Sindicato conhecer melhor os trabalhadores”, avalia Lutembergue Nunes Ferreguete, o Nunes, Secretário de Cultura e Lazer do Sindicato.

A próxima rodada dos jogos acontece no domingo, dia 18 de julho, já que na próxima semana teremos a emenda do feriado de 9 de julho.

Acompanhe os resultados dos jogos.

Acesse http://playballeventos.com.br/VIIIcopasindquim/Rodadas

Assembleia define delegados para o Concut

No dia 17 de julho (sexta-feira), às 19h, na sede do Sindicato (Rua Tamandaré, 348), serão eleitos os  trabalhadores que irão representar o Sindicato dos Químicos, como delegados, nas discussões do 14º  Cecut (Congresso Estadual da CUT SP) e do  12º Concut (Congresso Nacional da CUT). Os Congressos, que acontecem a cada quatro anos, definem o plano de lutas e elegem as novas diretorias.  O Cecut será realizado de 25 a 28 de agosto, em Águas de Lindóia, São Paulo e o  Concut será realizado de 13 a 16 de outubro, em São Paulo.  

Eleonora Menicucci pede providências contra produção, comercialização e uso de adesivos lesivos às mulheres

A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), Eleonora Menicucci, solicitou nesta quarta-feira (1º/07) ao Ministério Público Federal, à Advocacia Geral da União e ao Ministério da Justiça providências no sentido de investigar e responsabilizar quem produz, divulga e comercializa adesivos para carros lesivos aos direitos e garantias das mulheres e, em especial, da Presidenta da República.

A motivação foi o recebimento de dezenas de denúncias na SPM-PR da comercialização, em uma página de compras na internet, de material com a violenta deturpação da imagem da Presidenta Dilma Rousseff.

“Recebi as denúncias com muita indignação. É intolerável o material que violenta a imagem da Presidenta Dilma. Ele fere a Constituição ao desrespeitar a dignidade de uma cidadã brasileira e da instituição que ela representa, para a qual foi eleita e reeleita democraticamente”, destacou Eleonora.

A ministra solicitou que os órgãos adotem diligências para impedir a produção, veiculação, divulgação, comercialização e utilização do referido material, bem como a apuração de responsabilidades civis e penais dos autores.

“Esclareço que a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República tem como principal objetivo promover a igualdade entre homens e mulheres e combater todas as formas de preconceito e discriminação herdadas de uma sociedade patriarcal e excludente”, enfatizou Eleonora Menicucci.



Comunicação Social

Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM

Presidência da República – PR

Adesivo machista contra Dilma é contra todas as mulheres

 

Desde o dia 30 de junho está circulando nas redes sociais uma imagem machista contra a presidenta Dilma Rousseff. O objetivo era protestar contra o aumento dos combustíveis, mas a imagem é extremamente ofensiva não só contra a presidenta, mas contra todas as mulheres.

O adesivo retrata a presidenta de pernas abertas e, colados na boca dos tanques de combustíveis, quando abastecidos, insinuam a inserção da bomba de gasolina nas partes íntimas da presidenta.

Para a secretária das mulheres trabalhadoras, Rosane Silva, isso é uma atitude machista. “Não se pode relacionar o protesto contra o aumento da gasolina com a violência sexual contra a mulher. Isso é um absurdo”, afirma Rosane.

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) irá denunciar o anúncio e exigir a apuração dos responsáveis.  “Seja qual for a mulher, nós não aceitaremos este tipo de violência”, finaliza Rosane.

 

Cunha manobra e aprova redução da maioridade penal

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), conseguiu reverter a decisão sobre a redução da maioridade penal na madurada desta quinta-feira (2). Na primeira votação o tema foi rejeitado, mas ele colocou o assunto em votação novamente e aprovou,  com 323 votos favoráveis e 155 contrários, a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes hediondos (estupro, sequestro e latrocínio).

A manobra indignou vários parlamentares que acusaram Cunha de golpista e antidemocrático.   As bancadas do PT, PDT, Psol, PSB e PCdoB lançaram mão de instrumentos de obstrução para impedir a votação da proposta e criticaram a nova votação. Os deputados deixaram claro que vão recorrer ao Judiciário, mais uma vez, contra a emenda. Para Alessandro Molon (PT-SP), que rebateu o presidente, “qualquer um que vença vossa excelência vence por, no máximo, uma noite”. Porque se encerra a sessão e vossa excelência passa a madrugada articulando a derrota da proposta vencedora”, acusou.

O que mais foi citado pelos deputados foi uma comparação com a mesma estratégia usada durante a votação da reforma política, quando numa noite o plenário votou contra o financiamento privado de campanhas e no dia seguinte, após articulação semelhante do grupo de Cunha, a votação foi revertida e o financiamento privado, aprovado.

*Com informações da Rede Brasil Atual

 

 

Dieese exalta redução do endividamento das famílias, mas alerta para juros altos

Em sua coluna para a Rádio Brasil Atual, o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, destacou ontem  (1º) a redução no percentual de endividamento das famílias brasileiras, fato que segundo ele ocorre pela primeira vez em quatro meses, mesmo com a economia do país desaquecida. “Ainda com condições adversas da economia, a população continua cumprindo com o pagamento de seus compromissos e houve um leve recuo”, aponta. “Este é um resultado importante porque mostra de alguma maneira que as famílias conseguem organizar seus orçamentos.”

O percentual de endividamento das famílias brasileiras passou de 62,4% em maio para 62% em junho. No mesmo mês do ano passado, a porcentagem atingiu 62,5%. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O diretor técnico enfatiza a necessidade de atenção aos juros quando for realizar um parcelamento ou solicitar um empréstimo. “É bom ficar atento para as taxas. Por exemplo, se estiver usando cartão de crédito, ele tem uma taxa de juros embutida de até 70%. Já no cheque especial, a taxa é um escândalo: até 300% ao ano.”

Clemente classifica as taxas de juros como “extorsivas”. “Os juros retiram boa parte da renda do trabalhador. Ele está fora do contexto internacional, onde as taxas são muito menores. Isso faz com que este endividamento das famílias fique mais comprometido, justamente pela capacidade que o sistema financeiro tem de retirar renda do trabalhador.”

Para reduzir o endividamento familiar, Clemente recorda a questão econômica do país. “Do ponto de vista macroeconômico, a manutenção de empregos é fundamental para que o comportamento de redução seja preservado. Por isso, nós insistimos na importância de termos crescimento econômico como condição para a produção de bem-estar e qualidade de vida”, diz.