Justiça reconhece que o Sindicato representa trabalhadores da Fundação Butantan

A Justiça do Trabalho reconheceu que o Sindicato dos Químicos é o legítimo representante dos trabalhadores da Fundação Butantan.

Essa briga começou em abril, quando a Fundação decidiu unilateralmente que o Senalba (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional do Estado de São Paulo) passaria a representar os seus cerca de 1.500 funcionários e firmou acordo coletivo com este outro sindicato, com o claro objetivo de rebaixar direitos.

Os trabalhadores entraram em greve no dia 7 de maio, e o Sindicato dos Químicos entrou com uma ação de Dissídio Coletivo demonstrando que a principal atividade da Fundação é produzir soros e vacinas e que, portanto, seus trabalhadores devem ser representados pelo Sindicato dos Químicos. Na ocasião, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) reconheceu a representação do nosso Sindicato e mandou que a Fundação voltasse a cumprir o acordo coletivo, inclusive pagando todos os dias da greve e garantindo a estabilidade por 90 dias. 

Mas como a Fundação não cumpriu a determinação da Justiça, em agosto o Sindicato ingressou com uma Ação de Cumprimento, denunciando todas as irregularidades e pedindo a execução urgente da decisão do TRT. O juiz acatou o pedido do Sindicato e deu 5 dias para a Fundação pagar tudo, inclusive estipulando uma multa de R$ 500,00 por trabalhador, por dia, caso o acordo não fosse cumprido.

Finalmente, os trabalhadores conseguiram receber seus direitos – diferenças salariais, horas extras, adicional noturno, dias parados, etc. “A Fundação tinha rebaixado até salários, pois vinha seguindo a convenção do Senalba. Mas, na Justiça, garantimos que o Sindicato dos Químicos é, de fato, o legítimo representante dos trabalhadores”, comemora Elaine Blefari, diretora do Sindicato.

Movimentos protestam contra nomeação de Alckmin para prêmio

Movimentos sindicais e sociais realizaram na tarde de ontem (13) um protesto para entregar ao governador Geraldo Alckmin o prêmio Falta D’Água. Organizado pelo Coletivo de Luta pela Água e pelo Fórum dos Movimentos Sociais, com apoio da CUT, a manifestação foi um ato de ironia à nomeação do tucano para receber o Prêmio Lúcio Costa de Mobilidade, Saneamento e Habitação 2015, em Brasília.  

Segundo Edson Aparecido da Silva, coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental (FNSA) e do Coletivo de Luta pela Água, a tendência é de que o racionamento de água se intensifique. “Não teremos volume morto como em 2014 e, novamente, quem mais vai se prejudicar são as pessoas que moram na periferia, nas regiões mais afastadas, porque não têm como armazenar água. É um quadro desolador”, diz.

Douglas Izzo, presidente da CUT/SP diz que os movimentos sociais e sindicais filiados à CUT estão “organizando o povo de São Paulo para denunciar esse desgoverno estadual que não consegue dar respostas concretas para nenhum dos problemas do nosso estado”, referindo-se à crise hídrica e ao fechamento de escolas. 

Sabesp decreta sigilo de 15 anos sobre documentos

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) decretou sigilo de 15 anos sobre documentos da rede de água e esgoto de São Paulo. A empresa alega que a divulgação dos dados pode “implicar em possíveis usos inadequados, manipulação e danos nos sistemas de abastecimento de água ou esgotamento sanitário”.

 
O decreto do sigilo foi comunicado em 30 de maio no Diário Oficial pela diretoria da estatal, sob o respaldo de um trecho de outro decreto, do governador Geraldo Alckmin, que permite tornar secretos dados públicos que possam vir a “pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população”.
 
Apesar disso, veio à tona ontem (13) pelo portal IG, que teve negado seu pedido de acesso à informação. Segundo a reportagem, o sigilo é para não divulgar nomes de estabelecimentos considerados ‘pontos prioritários’ no abastecimento de água em São Paulo, como hospitais e presídios.
 
Em resposta, a Sabesp ainda declarou que “o uso de tais informações para planejamento de ações terroristas é uma hipótese remota, porém não pode ser descartada”.

12º Concut é marcado por discurso da presidenta Dilma

Aconteceu ontem (13) a abertura do 12º Congresso Nacional da CUT (Concut). A ocasião foi marcada por um discurso da presidenta Dilma, e contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica.

 
Dilma declarou que não há fatos jurídicos ou materiais que sustentem um pedido de  impeachmentcontra ela, criticou a oposição e declarou que as ameaças são pelo que ela representa. “O golpe que os inconformados querem fazer, como sempre em nosso país, é contra o povo. Mas podem ter certeza, não vão conseguir”, disse.
 
Pediu, ainda, o apoio dos trabalhadores para defender a democracia e a estabilidade política, que, segundo ela, darão base para as melhorias econômicas do País.  

12º Concut começa hoje

Começa hoje o 12º Concut (Congresso Nacional da CUT). Com o tema “Educação, Trabalho e Democracia”, o congresso acontece até o dia 16 de outubro, no Palácio de Convenções do Anhembi, zona norte de São Paulo. Na ocasião, será definida a nova Executiva Nacional da CUT.

 
O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva e José Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai, estarão presentes na abertura do evento, à noite, em um ato pela democracia.
 
O Congresso coloca em prática uma medida aprovada no encontro do ano passado, que é a igualdade de gênero. Assim, os 44 dirigentes da entidade estão divididos entre 22 homens e 22 mulheres.
 
O novo modelo de organização visa ampliar a participação dos trabalhadores nos debates e promover a indicação dos delegados que participarão do encontro nacional. 

Sindicato lança livro sobre a indústria farmacêutica

O Sindicato acaba de lançar o livro A Indústria Farmacêutica, que traça um perfil do segmento com importantes dados sobre produção e emprego. O livro é o primeiro da Coleção Estudos Setoriais, que em breve receberá volumes com o perfil dos segmentos químico, plástico e cosmético.

 
A indústria farmacêutica é uma das mais dinâmicas da economia brasileira. Na última década, cresceu em média 28% ao ano. De forma semelhante, o setor de genéricos se expandiu a uma taxa média de 44% ao ano. Trata-se ainda de um segmento altamente oligopolizado em que um número pequeno de indústrias controla a maior parte do mercado mundial.
 
O objetivo da publicação é tornar a análise setorial um tema acessível ao conjunto dos trabalhadores, mostrando como a indústria e as principais empresas se estruturam e traçando um perfil do emprego.
 
A publicação foi escrita por Marilane Teixeira – economista, pesquisadora da área de relações de trabalho e gênero, e assessora sindical – e por Victor Gnecco Pagani – sociólogo e assessor técnico do Dieese.
 
 

Sindicato realiza assembleia em porta da Avon

O Sindicato fez uma mobilização na porta da Avon nesta madrugada. O ato aconteceu em meio à Campanha Salarial da categoria, que reivindica direitos e está em diálogo com os patrões.

 
As portas da fábrica foram fechadas por algum tempo e houve uma assembleia na frente para mobilizar e informar os trabalhadores sobre a  Campanha Salarial e também sobre a campanha mundial da IndustriALL contra o trabalho precário.
 
O ato contou com a presença do companheiro Kemal Özkan, Secretário Geral Assistente da IndustriALL.   

Liberada consulta ao quinto lote do Imposto de Renda

A Receita Federal liberou ontem a consulta ao quinto lote de restituição do Imposto de Renda. É possível acessar pelo site da Receita, pelo Receitafone (146), a partir das 9h ou também por meio do aplicativo para tablets e smartphones.

 
O crédito bancário será no dia 15 de outubro. O dinheiro será depositado nas contas informadas na declaração de renda. Os contemplados que não receberem a restituição devem ir à uma agência do Banco do Brasil ou ligar em um dos telefones a seguir para receber o pagamento: 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos). 
 
Acesse o site da Receita aqui

Falta de água ainda preocupa São Paulo

A cidade de São Paulo teve algumas chuvas fortes nos últimos dias, mas apesar disso, os níveis dos reservatórios de água estão críticos. Mapeamento feito pela rede Aliança pela Água, por meio de aplicativo “Tá faltando água” aponta mais de 400 ocorrências de falta de água por dia em todo o estado.

 
Na última segunda-feira, houve debate na Assembleia Legislativa de São Paulo com a presença de movimentos sociais, sindicais, Ministérios Públicos Estadual e Federal e a Agência Nacional de Águas (ANA).
 
Marussia Whately, coordenadora da Aliança pela Água, diz que “a crise da água é crise de gestão”. Segundo ela, a recuperação do Cantareira deve demorar de três a cinco anos e afirma que a Sabesp tem como missão “vender água” e não está necessariamente preocupada com eventos climáticos externos.
 
De acordo com a ANA, deve ser assinada uma nova outorga para o sistema Cantareira, que prevê critérios mais rígidos de utilização do reservatório, evitando o seu esvaziamento. Alessandra Faccioli, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) do Ministério Público Estadual, diz que o órgão enviou na nova outorga recomendações para que seja garantida a mínima segurança hídrica.
 
O deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), diz que o governo de São Paulo ignorou os alertas de especialistas para minimizar os efeitos da crise hídrica. Ele faz parte da comissão especial da Câmara destinada a estudar e debater os efeitos da crise hídrica no país. 

Governo de São Paulo esconde documentos sobre transporte público

O governador Geraldo Alckmin é acusado de esconder arquivos relativos aos transportes públicos de São Paulo. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a medida de classificar diversos documentos relativos à Companhia do Metropolitano (Metrô), Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e ônibus intermunicipais da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) como “ultrassecreto”, foi tomada antes da eleição que garantia o novo mandato de Alckmin.

A medida, decretada no ano passado, garante que tais documentos só se tornem públicos em 2039, daqui a 25 anos. Mais de 157 documentos foram selecionados pelo governador tucano, incluindo relatos de obras, boletins de ocorrência da polícia e estudos de viabilidade de projetos.

 A Folha de S. Paulo ainda diz que a providência foi tomada após uma tentativa do jornal de ter acesso aos projetos básico e executivo do monotrilho da Linha 15-prata, na zona leste, e do monotrilho 17-ouro, ambos entregues com atraso segundo cronograma do próprio governo do estado.

Em resposta, Geraldo Alckmin justificou-se alegando que escondeu a documentação pelo “risco à segurança da população e de altas autoridades”, além de evitar que pessoas “mal-intencionadas” ou “inabilitadas” tivessem acesso ao conteúdo das pastas. Depois, em nova resposta, declarou que reavaliaria sua decisão e que desconhecia a classificação sobre os documentos.