VI Plenária Nacional da CNQ-CUT acontece em novembro

Será realizada nos dias 10,11 e 12 de novembro a VI Plenária Nacional da CNQ-CUT. Com o tema Organização e Fortalecimento, o encontro será em Cabreúva, no interior de São Paulo. Lá, diretores delegados se reunirão para debater temas como conjuntura internacional, nacional e setorial, desafios para o crescimento da CNQ-CUT e temas ligados a gênero, juventude e o plano de lutas e ações.

 
Os convidados para a mesa de debate são Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobrás, Paulo Pimenta, deputado federal da Frente Parlamentar do Setor Químico e Roni Anderson Barbosa, secretário de comunicação da CUT.   

Dados do Ministério do Trabalho apontam crescimento no mercado

O ministério do Trabalho e Previdência Social divulgou sexta-feira passada (23) dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). O resultado da pesquisa mostra que o número de empregados no País em setembro foi de 40,5 milhões, maior número para o mês depois dos anos de 2013 e 2014.  

 
Esse dado mostra um crescimento dos empregos ao longo dos meses, fruto da política de formalização de empregos implementada pelo Governo Federal. Desde 2007, o número de trabalhadores formais ultrapassou o de trabalhadores informais, representando 56% dos empregos no País. Em 2013, estimava-se 46% de trabalhadores formais e 55% informais no Brasil.  

População continua com protestos contra o fechamento de escolas

O governo do estado de São Paulo anunciou que ‘disponibilizará’ 94 escolas da rede pública, que serão fechadas. A medida implica a transferência de alunos e professores para nova unidades escolares. O governador Geraldo Alckmin propõe que os alunos do ensino médio, anos iniciais (1º ao 5º) e anos finais (6º ao 9º) sejam divididos por prédios de acordo com a respectiva série.

 
Pais, alunos e professores continuam protestando contra a nova medida educacional. De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), mais de 3.390 classes foram fechadas desde o começo do ano.
 
Hoje acontece uma manifestação em frente à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, na Praça da República. A partir das 14h a Apeoesp estará em uma audiência pública sobre o Plano Estadual de Educação, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.  
 
A Secretaria de Educação informa que ainda não foi divulgada a lista com as escolas que serão fechadas, pois os diretores de ensino serão comunicados primeiramente. A população se reunirá na quinta-feira (29) para o Grito em Defesa da Escola Pública de Qualidade no Estado de São Paulo, às 17h, no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. 

Comando Nacional dos Bancários orienta a aceitação de proposta salarial

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ofereceu uma nova proposta aos bancários, que prevê um reajuste de 10% para os salários, PLR e piso e um ajuste de 14% para vale refeição e alimentação. Além disso, os banqueiros concordaram em não descontar os dias de greve. O abono seria de 63% dos dias parados para quem tem jornada de seis horas e de 72% dos dias para quem faz jornada de oito horas.

 
A orientação do Comando Nacional dos Bancários é de que os sindicatos aceitem a proposta, que repõe a inflação.
 
Haverá uma assembleia hoje (26) na base do Sindicato dos Bancários, no Centro Trasmontano (Rua Tabatinguera, 294, Sé), às 17h. 

Químicos aprovam reajuste de mais de 10%

Em Assembleia na última sexta-feira (23), os químicos aprovaram a proposta de reajuste de cerca de  10,07%, que é a estimativa do INPC. A negociação garante a reposição da inflação no período, que será oficialmente anunciada no dia 6 de novembro.

Além do reajuste, todas as cláusulas sociais foram renovadas por mais dois anos. No entanto, a PLR se mantém congelada. A categoria julgou que a proposta é boa, principalmente ao considerar o andamento de outras negociações que acontecem no segundo semestre.

Com data-base em 1º de novembro, o reajuste é válido para todas as faixas salariais da categoria até o teto de R$ 7.929,13.

Como ficam os salários (se a inflação se confirmar em 10%)

Reajuste de 10% para todas as faixas salariais até o teto de R$ 7.929,13.

Piso salarial para empresas com até 49 empregados: R$ 1.351

Piso salarial para empresas com mais de 49 empregados: R$ 1.385

PLR para empresas com até 49 empregados: R$ 930

PLR para empresas com mais de 49 empregados: R$ 1.030

Renovação de todas as cláusulas sociais por mais dois anos

Ato em defesa das escolas públicas

Estudantes, pais e professores participarão de um ato na próxima quinta-feira  (29) em defesa da escola pública e contra a nova medida escolar prevista para o ano que vem pelo governo de Geraldo Alckmin.  

 
A concentração será às  15h  no vão livro do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista. Primeiro haverá uma reunião de educadores e, em seguida, às 17 horas, o   Grito em Defesa da Escola Pública de Qualidade no Estado de São Paulo.
 
Os educadores e estudantes manifestam contra a ação do governo que está fechando escolas públicas, com o intuito de unir no mesmo prédio alunos de mesmo ano escolar. Eles alertam para o fato de que pode haver superlotação de salas de aula, o que levaria a uma queda na qualidade de ensino.
 
O Sindicato dos Professores aponta que desde o começo do ano, 3.390 classes foram fechadas. Hoje, a rede estadual comporta 3,8 milhões de alunos e 5.108 escolas.

Taxa de desemprego permanece estável em setembro

A taxa de desemprego para o mês de setembro ficou estável em relação ao mês passado, em 7,6%. O cálculo é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e leva em consideração as seis principais regiões metropolitanas do Brasil.

 
A estabilidade pode ser explicada pelo fato de que houve pouca movimentação no mercado de trabalho. O IBGE estima em 22,683 milhões o número de ocupados, e em 11,322 milhões de trabalhadores do mercado privado com carteira assinada. Nenhum dos resultados varia na comparação mensal deste ano.  

Juros e salários no Brasil

A despesa governamental com o pagamento dos juros da dívida pública equivale a qualquer outro tipo de despesa do Estado. Mas no Brasil, o atendimento da dívida pública alcançou enorme centralidade, a tal ponto de utilizar como indicador da qualidade das finanças públicas o conceito fiscal de superávit ou déficit primário.

Ao isolar do conjunto das despesas governamentais para somente o pagamento incomprimível do custo da dívida pública, introduz-se a diferenciação entre juros e a demais despesas consideradas menos importantes. Por conta disso, a contabilidade das contas governamentais realça o fato de o Estado fazer ou não economia com as despesas para garantir recursos orçamentários ao pagamento dos juros aos rentistas do dinheiro público.

Em geral, a variável fundamental na determinação do comportamento das despesas financeiras é a taxa básica de juros estabelecida pelo Banco Central. Como a trajetória dos juros, por definir o preço do dinheiro, impacta o conjunto dos preços da economia e motiva o crescimento ou não das atividades produtivas, cabe relacionar o seu comportamento no tempo com a situação do salário médio real dos trabalhadores.

Assim, percebe-se, por exemplo, que entre 2003 e 2014, a taxa de juros básica do Banco Central (Selic) foi, em média, de 6,8% acima da inflação anual. Para o mesmo período de tempo, o crescimento real do salário médio do trabalhador nas seis principais regiões metropolitanas foi de 1,3% ao ano.

Em síntese, para cada 1 ponto percentual de aumento real na taxa básica de juros do Banco Central, o salário médio real do trabalhador cresceu 0,19 pontos percentuais ao ano.

O mais grave ainda ocorreu no governo FHC. Entre 1995 e 2002, por exemplo, a Selic foi, em média, de 15,1% acima da inflação anual.

No mesmo período de tempo, o decréscimo real do salário médio do trabalhador nas seis principais regiões metropolitanas foi de -1,1% ao ano. Noutras palavras, a cada 1 ponto percentual de aumento real na taxa básica de juros do Banco Central, o salário médio real do trabalhador diminuiu -0,07 pontos percentuais ao ano.

O diferencial de tratamento entre os preços do dinheiro e do trabalho no Brasil revela preferências governamentais distintas. Ao mesmo tempo indica o poder do rentismo, capaz de encapsular o Banco Central na defesa de taxa de juros reais sempre positivas.

Noutras economias, o poder do rentismo também segue expressivo, porém não comparável com o Brasil. Nas economias ricas, a taxa de juros tem se mantido próxima de zero, com resultado real negativo, mesmo que sejam países com endividamento público muito maior que o brasileiro.

Por conta disso, o gasto público com o serviço do endividamento público tem sido muito menor do que o verificado no país. Os defensores dos juros altos defendem insistentemente que o governo deve sempre cortar os demais gastos públicos, sobretudo aqueles de investimentos e sociais, para que assim seja possível economizar mais recursos orçamentários para dar solvência ao rentismo. Até quando?

 

*Marcio Pochmann é professor do Instituto de Economia da Unicamp (SP) 

Bancários rejeitam proposta e lutam pela reposição integral da inflação

O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a nova  proposta de reajuste salarial de 8,75% oferecida ontem pela Federação Nacional dos Bancários (Fenaban). A categoria segue hoje em seu terceiro dia de negociação e reivindica um valor que cubra a inflação de 9,88%, além de reajustesno piso, PLR, vales e auxílios.  

Taxa de juros em 14,25% alimenta a recessão no País

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) considera um erro a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano – a maior desde 2006.  A história mostra que a alta taxa amplia a recessão econômica, aumenta o desemprego, torna a recuperação da atividade econômica mais distante e difícil e não é a solução para reduzir os índices inflacionários, como acreditam os analistas do Banco Central, que tomaram a decisão nesta quarta-feira, 21.

Os juros altos impedem o reequilíbrio das contas do governo, pois diminuem a receita de impostos e elevam os gastos com pagamentos de encargos da dívida pública, que esse ano pode alcançar mais de 9% do PIB, valor suficiente para manter o programa Bolsa Família por mais de uma década.

Para a CUT, a taxa de juros deve ser reduzida imediatamente para patamares próximos a média mundial.

A CUT defende mudanças urgentes na política econômica atual, que está aprofundando a crise via cortes de investimentos e direitos sociais para garantir o pagamento de juros ao setor financeiro.

A prioridade do governo tem de ser o crescimento econômico, a geração de emprego e renda e ampliação da inclusão social.

São Paulo, 21 de outubro de 2015.

Executiva Nacional da CUT