Quase 60% dos desempregados perderam seus empregos durante o governo Temer; 95% dos desempregados há mais de um ano são das classes C/D/E; 54% têm até o ensino médio e 58% têm filhos menores de 18 anos. A maioria é do sexo feminino (59%) e tem média de idade de 34 anos. Essas são as principais conclusões de uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), divulgada ontem (20).
Entre os que foram demitidos, a maioria alega causas externas, principalmente ligadas à crise econômica, como redução de custos por parte da empresa para lidar com os efeitos da crise (35%), redução da mão de obra ociosa (12%) e o fechamento da empresa (11%).
As maiores vítimas do desemprego no País são os trabalhadores das classes menos favorecidas, com empregos precários. “Nas crises econômicas todos os trabalhadores sofrem, mas os primeiros a serem atingidos são os que têm empregos precários, salários mais baixos e menor organização sindical”, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas.
Segundo o IBGE, o Brasil tem atualmente 12,3 milhões de desempregados. A maioria (53%) acha que conseguirá empregos nos próximos 3 meses, de acordo com o estudo do SPC.
O futuro do emprego no Brasil em 2018, porém, divide a opinião dos entrevistados: 31% acreditam que o desemprego irá aumentar, 31% que irá continuar igual e 24% que irá diminuir.
No último emprego, 40% dos desempregados possuíam carteira assinada, 14% eram informais e 11% autônomos ou profissionais liberais. Já 8% dos desempregados estão em busca do 1º emprego.
A pesquisa foi realizada nas 27 capitais brasileiras, com 600 desempregados. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. O índice de confiança é de 95%.