Maioria da população desaprova medida de reforma educacional em São Paulo

59% dos entrevistados pela pesquisa DataFolha reprovam o novo plano educacional proposto pelo governador Geraldo Alckmin. Seis em cada dez entrevistados acreditam que a mudança trará mais prejuízos do que benefícios aos estudantes das escolas públicas.

 
A reforma propõe que alunos de uma mesma série sejam alocados em um mesmo prédio, o que inclui o ensino básico – anos iniciais (1º ao 5º) e finais (6º ao 9º), fundamental e médio. As maiores críticas são de que isso levaria à uma precarização do ensino, com salas superlotadas. Outra preocupação é a distância que alguns alunos teriam de percorrer para estudar.
 
A gestão do governador declarou que a nova unidade estaria no máximo a 1,5 km de distância da antiga escola. Entretanto, uma pesquisa feita pela Folha de São Paulo descobriu casos na zona norte da capital em que estudantes precisarão percorrer 2,5km a pé ou 3,3km de carro. A Secretaria de Estado da Educação declarou que verificaria as distâncias.
 
Durante os últimos dias houveram diversos protestos que pressionam o governo do estado contra o fechamento de escolas.  A reorganização prevê o fechamento de 94 unidades e a transferência de 311 mil alunos em 2016.  

Paulistanos reprovam gestão de Alckmin em relação aos recursos hídricos

Quase metade dos paulistanos está descontente com a gestão do governador Geraldo Alckmin em relação à crise hídrica. Segundo dados da pesquisa DataFolha, 48% dos paulistanos consideram que o governador faz uma má administração dos recursos hídricos, além de criticarem a falta de água nas residências.

 
O resultado de descontentamento da população levou a uma piora de dez pontos percentuais em comparação com o último levantamento, feito em agosto de 2014. Naquele período, Alckmin concorria à reeleição em São Paulo. Também caiu o número de pessoas que consideram a gestão tucana como ótima ou boa, de 21% para 15%.
 
Alguns bairros da cidade, localizados em regiões mais altas e mais afastadas dos reservatórios, enfrentam medidas de racionamento, que chegam a 20 horas sem o abastecimento das casas. Entretanto, o governo não admite a falta de água, declarando que a medida é apenas uma redução da pressão dos encanamentos.
 
Outra crítica feita pela população é de que o governo só divulga informações que lhe convêm, segundo 84% dos entrevistados, maioria de jovens entre 16 a 24 anos. A Sabesp recebeu uma nota média de 5,1 em uma escala de zero a dez.

Regulamentação da publicidade infantil visa incentivar aleitamento materno

A presidenta Dilma Rousseff  assinou ontem (03), o decreto que regulamente a comercialização e publicidade de produtos direcionados às crianças de até três anos, como leites artificiais, papinhas e mamadeiras.  O objetivo é incentivar o aleitamento materno como principal fonte de alimentação dos bebês.

 
O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam que os bebês sejam amamentados por até dois anos ou mais e que o leite materno seja o único alimento da criança até o sexto mês de vida.
 
Com a nova regulamentação as embalagens terão que ser reformuladas. Está proibido o uso de fotos ou desenhos que induzam à compra e as embalagens devem conter orientação sobre a idade correta para o consumo. 

Balança tem melhor resultado no mês desde 2011

A balança comercial brasileira teve seu melhor resultado para o mês desde 2011, com um saldo de US$ 1,996 bilhão. O resultado foi o oitavo positivo, com US$ 16,049 bilhões das exportações e US$ 14,053 bilhões das importações.

O superávit do ano atingiu US$ 12,244 bilhões, ante déficit de US$ 1,921 bilhão no mesmo período no ano passado. As vendas de janeiro a outubro registraram US$ 160,545 bilhões. Os dados foram divulgados ontem (3) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Alguns dos principais destinos das vendas de produtos brasileiros são China (US$ 31,4 bilhões), Estados Unidos (US$ 20,3 bilhões) e Argentina (US$ 10,9 bilhões. Para importações, os principais países de origem são China (US$ 27,2 bilhões), Estados Unidos (US$ 22,9 bilhões) e Alemanha (US$ 8,9 bilhões).  

Petroleiros enfrentam resistências contra greve

Trabalhadores da Petrobrás têm enfrentado resistências contra a greve iniciada no domingo (1º).  Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), os trabalhadores em greve têm sido ameaçados com o uso de força policial dentro das unidades, com ligações telefônicas para suas casas, assédio via mensagens de celular e boletins de ocorrência em delegacias.

 
Tais medidas impedem o direito legítimo dos trabalhadores de aderirem à greve. A FUP orienta a todos os trabalhadores que registrem todo tipo de prática antisindical e que enviem relatos, fotos e vídeos para seus sindicatos.
 
Na madrugada de hoje (3), o representante dos petroleiros no Conselho de Administração da Petrobrás, Deyvid Bacelar, chegou a ser levado para uma delegacia, segundo ordens da presidência Geral da Refinaria Landulfo Alves, mas foi liberado posteriormente.   

Lançada a campanha Novembro Azul

Novembro também é mês de conscientização. Para chamar atenção dos homens para a prevenção e diagnóstico do câncer de próstata, foi lançada no último domingo (1º) a campanha Novembro Azul. O movimento mundial surgiu em 2003 na Austrália, em 17 de novembro, Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata.

 
É importante que os homens façam exames regularmente, pois, como explica o urologista Alfredo Canalini, a doença não apresenta sintomas na fase inicial. “Mais da metade dos tumores malignos de próstata aparece nos homens acima de 65 anos de idade”, destaca. Esse tipo de câncer é o mais comum entre os homens, sendo que no Brasil são feitos mais de 69 mil diagnósticos por ano.
 
Neste mês, médicos da Comissão de Comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) promoverão palestras para informar a população em geral. Canalini ressalta que o papel das mulheres também é importante na campanha, pois são quem conversam com os maridos e os levam ao médico. 

Casa Eliane de Grammont apoia mulheres vítimas de violência

O Brasil é um dos países que apresenta maior índice de violência contra a mulher. Nesse cenário, foi reinaugurada quinta-feira passada (29) a Casa Eliane de Grammont, construída na década de 90. O nome é uma homenagem à cantora Eliane de Grammont, que foi morta a tiros pelo seu ex-marido, o também cantor Lindomar Castilho, em 1981.

O evento contou com a presença da secretária de Mulheres Trabalhadoras da CUT, Junéia Martins, da secretária de Políticas para Mulheres do Governo Federal, Eleonora Meniccuci e Denise Mota Dau, da Prefeitura de São Paulo.

A Casa passou por uma ampliação, e é um espaço para dar atendimento psicológico e jurídico para mulheres vítimas de violência. Maura Secco, coordenadora da instalação, diz que o local auxilia e cuida, atualmente, de mais de 200 mulheres.

Outro benefício é que a Casa oferece palestras para conscientização sobre desigualdade de gênero. Para Jacira Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão, o local é um símbolo de política pública e de solidariedade à mulher.

A Casa Eliane de Grammont fica na Rua Dr. Bacelar, nº 20, Vila Clementino (zona sul de São Paulo).  

Alckmin aprova benefícios fiscais a grandes empresas

O governador Geraldo Alckmin anunciou novos benefícios a empresas. A Lei de Diretrizes Orçamentárias concede desonerações fiscais de R$ 15 bilhões em ICMS das empresas nesse ano, representando 11,3% da arrecadação total do tributo, ante 9,9% em 2014.

Apesar desse aumento, a medida vale apenas para as grandes empresas, excluindo microempresas e empresas de pequeno porte. O convênio do ICMS 117/2015 foi publicado no dia 9 de outubro e autoriza o parcelamento de débitos fiscais pelo estado.

“É uma opção que o governador Geraldo Alckmin fez de aumentar os seus gastos para garantir a rentabilidade das empresas e diminuir os gastos sociais que têm maior efeito multiplicador” diz o economista Guilherme Mello, da Unicamp.

Mello destaca que se esse dinheiro destinado para as isenções fiscais fossem para algum investimento social ou de infraestrutura, haveria maior dinamismo econômico. Também conclui que o efeito da medida é provisório, pois o gasto não gera empregos nem investimento.

Analistas afirmam que a renúncia do ICMS leva ao enfraquecimento dos estados. Neste ano foi criada na Câmara Federal uma Comissão Especial de Reforma Tributária para discutir uma alíquota unificada de ICMS para dar fim à guerra fiscal no País. Outros tributos a serem substituídos são a Cofins, o PIS, a Cide-Combustível e o salário-educação pelo Imposto sobre Valor Agregado (IVA).

Professores intensificam mobilizações contra fechamento de escolas

Professores da rede pública de ensino paulista aprovaram ontem (29) em assembleia, novas mobilizações contra o projeto de reorganização escolar, proposto pelo governador Geraldo Alckmin.

Está marcada para o dia 5 de novembro a ocupação das diretorias de ensino. No dia 10, professores realizarão um protesto no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Já no dia 14, haverá uma reunião com os pais dos alunos em cada escola, para que sejam esclarecidas dúvidas sobre a reforma educacional.

Os docentes decidiram que a greve continuará e pretendem intervir em reuniões nas quais os representantes do governo definirão a reorganização dos alunos. Também aprovaram o boicote ao Saresp, exame que avalia a qualidade do ensino.

O governo alega que 94 escolas serão fechadas, mas a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) diz que o número é maior. Com as mudanças, alunos e professores temem a superlotação de salas, queda na qualidade do ensino, distâncias da escola até em casa, demissões e redução de salários.