Petroleiros seguem em busca de reivindicações

Petroleiros continuam com a greve, que já está em seu 13º dia. A categoria ainda não aceitou a proposta oferecida pela Petrobras na quarta-feira (11).  O reajuste salarial oferecido foi de 9,53% e segundo a empresa, é definitivo. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) quer uma reunião com o diretor da estatal para organizar algumas pendências da negociação.

Os principais pontos são a igualdade de direitos para trabalhadores da Fafen, fábrica de fertilizantes localizada na região de Curitiba e comprada pela Vale há dois anos, a não punição aos grevistas e o não desconto dos dias paralisados.

A respeito da Pauta pelo Brasil, principal reivindicação dos petroleiros, a Petrobras se comprometeu a criar um grupo com representantes da FUP para elaborar um relatório.  

Eduardo Cunha é denunciado a órgão de direitos humanos

O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB) foi denunciado à Organização dos Estados Americanos (OEA), órgão internacional de defesa dos direitos humanos, pela associação Artemis.

 
A principal queixa da organização que luta pelos direitos das mulheres é contra o projeto de lei 5.069/2013 de autoria do deputado e que visa proibir as mulheres de realizarem o aborto de maneira legal em casos de estupro. Cunha e os 11 deputados que assinaram o projeto são acusados de “grave violação aos direitos humanos das mulheres”.
 
As mulheres brasileiras têm se mobilizado em protestos contra o deputado nos últimos dias. Ontem ocorreu um grande ato na Avenida Paulista; a pauta é a mesma, contra a criminalização do aborto, pelo direito das mulheres. Hoje, dia 13, ocorreram novas manifestações em todo o País.  

Dia E deve tirar dúvidas de pais sobre reforma escolar

A Secretaria Estadual da Educação promete explicar amanhã (14) as mudanças que vem promovendo no ensino de São Paulo. As escolas permanecerão abertas no sábado, intitulado ‘Dia E’ para receber pais que estão com  dúvidas sobre a reforma escolar proposta pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

 
Nesse dia será divulgada a lista com os 311 mil nomes de alunos e as respectivas escolas para onde serão transferidos.  Até agora, já subiu para sete o número de escolas que estão sendo ocupadas por alunos, que protestam contra o fechamento das mesmas.
 
As reuniões estão previstas em todas as unidades escolares do Estado, entretanto, há algumas controvérsias. Alguns professores da rede estadual da região do ABCD paulista afirmam que foram impedidos de participar das reuniões.  “É uma manobra para fragmentar e desmobilizar os pais, já que há muitos questionamentos em aberto. Além disso, eles temem a onda de ocupações nas escolas”, afirma Alexandre Ferraz, da Apeoesp Santo André.  

Lista de Furnas, uma ‘confissão de crime’, continua blindada

O jornalista Joaquim de Carvalho, do Diário do Centro do Mundo, foi a campo com a missão de comprovar a veracidade da lista com o nome de políticos (entre eles Geraldo Alckmin, José Serra, Aécio Neves, Eduardo Cunha, Roberto Jefferson) e respectivos valores recebidos na campanha eleitoral de 2002 do caixa dois de empresas que prestaram serviços à estatal Furnas. A empresa é um colosso com 17 usinas hidrelétricas, duas termelétricas, três parques eólicos que garantem o abastecimento de energia a mais de 60% das moradias do país. Até hoje os políticos não foram investigados.

A Lista de Furnas era na verdade uma confissão de crime, diz Carvalho, em entrevista a Oswaldo Luiz Colibri Vitta, na Rádio Brasil Atual. “Havia um diretor da estatal, que trabalhou 35 anos na companhia. Quando houve a troca de governo, saindo FHC, iniciando Lula, o diretor Dimas Toledo elaborou a lista com os nomes de 156 políticos, todos eles da base parlamentar do governo FHC, para quem ele tinha dado recursos durante a campanha de 2002. E relacionou também 101 empresas. E depois assinou. E você se indaga? Por que um cara vai assinar uma confissão de crime? Porque ele na verdade usou para pressionar o Aécio Neves (eleito governador de Minas), para que fosse mantido na direção de Furnas. E isso acabou acontecendo. O Dimas Toledo foi mantido. E o pai do Aécio foi também mantido no conselho de administração”, relata o repórter.

O documento, sigiloso, foi divulgado por um lobista em 2005. Na ocasião, a imprensa corporativa estava empenhada na cobertura do chamado “mensalão do PT”. E deu à Lista de Furnas, assim como às denúncias do mensalão mineiro, a versão de que se tratavam de documentos falsos. “Depois foi verificado que era tudo autêntico. Só que a imprensa sempre escondeu. Não deu”, diz o jornalista. “Um deputado, o Roberto Jeferson, quando acusou o tal do mensalão, a imprensa toda deu crédito. Ele diz, na Lista de Furnas, quando foi chamado, ‘sim, recebi exatamente esses valores’, conta como foi, onde foi entregue, detalhes. Outro deputado do PMDB de Minas, presidente da Assembleia Legislativa, disse assim: “Mas como assim é falsa? Esses valores eu recebi, em tal lugar, assim, assim, assim’.”

O repórter lembra que o pai de Aécio Neves, Aécio Ferreira da Cunha, foi durante décadas parlamentar por partidos de apoio à ditadura (Arena, PDS, depois PFL, DEM). “Era da Comissão de Energia da Câmara e ocupou durante 20 anos posição no conselho de Furnas.” O nome da família voltou à tona quando doleiro e delator premiado da Lava Jato Alberto Youssef mencionou que em determinado dia foi a uma empresa de Bauru que prestava serviços para Furnas, para cumprir uma missão: receber em cash R$ 4 milhões que seriam destinados ao então deputado José Janene (PP), morto em 2010. Ao chegar, recebu a informação de que “só” havia metade – a oura metade teria sido repassada a Aécio Neves.

Ouça a entrevista na Rádio Brasil Atual.

CNQ discute campanha salarial unificada

A VI Plenária da Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ-CUT), realizada nos dias 10, 11 e 12 de novembro,  discutiu a unificação das campanhas salariais do setor. A proposta será tratada no início do ano que vem por um grupo de trabalho da CNQ.    

 
“Essa é uma ideia antiga do ramo mas que nunca foi efetivamente discutida. Agora damos o primeiro passo para esse grande desafio” declarou Lucineide Varjão, presidenta da CNQ e diretora do Sindicato dos Químicos de São Paulo. Outra proposta da plenária foi a análise dos acordos e convenções do ramo químico para que seja feito um balanço dos avanços já conquistados. A ideia é incluir estes avanços  na pauta nacional unificada.
 
Lucineide destacou ainda o desejo de aproximação com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para discutir a importância do ramo químico para o desenvolvimento da indústria brasileira.   

Três escolas já são ocupadas por alunos em São Paulo

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) está cada vez mais pressionado pela população. Estudantes começaram a ocupar escolas em diversas regiões, como forma de protesto contra o fechamento das unidades. Até agora são três: Escola Estadual Cefam Diadema, no ABC, Escola Estadual Fernão Dias Paes, em Pinheiros, e Escola Estadual Salvador Allende, na zona leste.

 
Todas as unidades estão cercadas pela presença da polícia militar. Os alunos têm recebido apoio de movimentos sindicais e sociais e não pretendem dar o braço a torcer enquanto o governador não voltar atrás na decisão de fechar escolas públicas.
 
Segundo Carina Vitral, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), os protestos jáestão provocando mudanças. “O governo já voltou atrás e modificou (a reorganização). Desde a luta dos estudantes, dos professores, pais e mães, a gente já teve avanço, e acho que essa é a nossa perspectiva, de derrotar esse projeto” pontua. 

Educadores protestam em Brasília

Aconteceu ontem (11) em Brasília uma manifestação com mais de mil sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). As organizações conversaram com o ministro da Educação Aloizio Mercadante e com parlamentares, no Congresso Nacional.

 
A principal pauta de reivindicação é uma educação pública de qualidade, mas outros pontos também foram levados à mesa, como arquivamento de projetos sobre a terceirização (PLC 30) e combate ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 131/2015, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), e o Projeto de Lei (PL) 6.726, do deputado Mendonça Filho (DEM/PE), que visam modificar a atual Lei de Partilha do petróleo.
 
A CNTE também vai contra o PL867/2015, sobre o programa Escola Sem Partido. O projeto está sendo chamado de lei da mordaça porque visa proibir o ensino de política nas escolas.  

Polícia de Alckmin reprime estudantes e prende professor

Ontem (11), alunos que ocupavam a Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, em defesa da qualidade do ensino e contra as reformas propostas pelo governo Alckmin (PSDB) foram reprimidos pela polícia que usou gás de pimenta.

 
O professor e dirigente da Apeoesp (sindicato dos professores), José Roberto Guido, foi detido após discutir com um representante do Conselho Tutelar que tentava intimidar os alunos.
 
A prisão ocorreu quando três estudantes que participavam da ocupação pediram para deixar o prédio, mas foram interpelados pelo representante do Conselho Tutelar (não identificado), que quis anotar os números dos documentos pessoais do trio. Guido entrou na discussão em defesa dos alunos apontando que a ação tinha o claro objetivo de intimidar os estudantes.

13º salário injeta R$ 173 bilhões na economia

Segundo pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) o pagamento do 13º salário vai injetar R$ 173 bilhões na economia do país. O valor representa 2,9% do PIB.

A pesquisa mostra que 84,4 milhões de trabalhadores receberão, em média, R$ 1.924,00. Em relação ao ano anterior, o valor injetado na economia teve um aumento de 9,9%.

O 13º é pago, de acordo com a lei, em duas parcelas. A primeira até o dia 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro.