Brasil registra recordes econômicos em 2024

Em 2024, o Brasil voltou a ser considerado um país de classe média, com 50,1% dos domicílios nas classes C, B ou A, segundo a Tendências Consultoria. Esse é o maior percentual desde 2015. A recuperação econômica se refletiu em 3,6 milhões de empregos formais criados e na redução da taxa de desemprego para 6,1%, o menor nível histórico. A renda das classes C e B também aumentou, com destaque para a classe C, que teve um crescimento de 9,5%.
O PIB brasileiro superou as expectativas, com crescimento de 3,3% até setembro, e a projeção para 2024 foi revisada para 3,5%. A inflação caiu para 4,62%, e a valorização do salário mínimo também contribuiu para a recuperação da renda.
O país ainda enfrenta desafios devido à alta taxa de juros de 12,25%, considerada um obstáculo para o crescimento econômico.

Lula aprova novo salário mínimo de R$ 1.518

O reajuste de 7,5% no salário mínimo, assinado pelo presidente Lula em dezembro de 2024, promete um impacto positivo significativo na economia brasileira. O novo valor de R$1.518 teve aumento real de aproximadamente 2,5% e deve adicionar R$81,5 bilhões ao PIB nacional, segundo estudo do Dieese. Esse aumento, que beneficiará 59,9 milhões de brasileiros, gerará também R$45,9 bilhões em impostos sobre o consumo. Além de impulsionar a economia, o reajuste tem efeitos importantes na redução das desigualdades regionais e sociais, ampliando o poder de compra, especialmente das camadas mais pobres da população.

Projetos do interesse dos trabalhadores estão na pauta do Congresso Nacional

A agenda legislativa do Congresso Nacional para 2025 inclui uma série de propostas que podem impactar diretamente os direitos dos trabalhadores. Entre os projetos em discussão, destacam-se temas como a regulamentação do trabalho por aplicativos, a utilização de Inteligência Artificial, mudanças na jornada de trabalho, aposentadoria especial e a organização sindical.
O PLP 12/24, que regulamenta a relação de trabalho entre motoristas de aplicativo e empresas operadoras, aguarda aprovação no Congresso, visando melhorias nas condições de trabalho e inclusão previdenciária. Já a redução da jornada de trabalho, com propostas que destacam as 36 horas semanais, está ganhando destaque, com diversos projetos avançando no Senado e na Câmara.
No caso da aposentadoria especial, o PLP 42/23 busca estabelecer critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria a trabalhadores expostos a condições prejudiciais à saúde, garantindo uma aposentadoria mais justa e condizente com as condições de trabalho.
Além disso, a regulamentação do uso de Inteligência Artificial, que já foi discutida no Senado, promete proteger trabalhadores da área cultural e outras categorias afetadas pela automação. Outros projetos em tramitação abordam a organização sindical, propondo mudanças na forma de financiamento das entidades e nas contribuições sindicais, aspectos fundamentais para a manutenção da estrutura sindical no país.
Esses projetos, além de refletirem sobre a proteção dos direitos trabalhistas, também envolvem discussões sobre o futuro do trabalho no Brasil, com o impacto direto na vida e no bolso dos trabalhadores. Nosso Sindicato estará acompanhando e participando de perto dessas discussões, pois considera estes assuntos essenciais para garantir avanços significativos para a classe trabalhadora.

Denúncias de trabalho análogo à escravidão batem recorde em 2024

Em 2024, o Brasil registrou 3.959 denúncias de trabalho análogo à escravidão, marcando um aumento de 15% em relação ao ano anterior, o maior número desde a criação do Disque 100, em 2011. O número de resgates foi de 1.684 trabalhadores, um número inferior aos resgates de 2023 e 2022, mas que pode ser revisado até o fechamento do levantamento.
Além disso, o Disque 100 também registrou um aumento significativo nas denúncias de violações de direitos humanos, totalizando 657,2 mil ocorrências em 2024, o que representa um aumento de 22,6% em relação ao ano anterior.
Mudanças no Perfil do Agressor
Em 2024, o perfil do agressor mudou, com as mulheres se tornando as principais suspeitas, representando 283,1 mil denúncias, um aumento de 28,8% em relação ao ano anterior.
Principais Tipos de Violação
As violações mais recorrentes foram negligência (464,3 mil), tortura psíquica (389,3 mil) e riscos à saúde (368,7 mil), todas registrando aumentos significativos.
Como Denunciar
As denúncias podem ser feitas via Disque 100, WhatsApp, Telegram ou por videochamadas em Libras para pessoas com deficiência auditiva.