Morre mais um trabalhador vítima de explosão na Braskem

Na madrugada desta segunda-feira (03), mais um  dos trabalhadores feridos na explosão ocorrida na Braskem em 22 de junho foi a óbito.

O acidente ocorreu quando trabalhadores terceirizados da empresa Tenenge realizavam a pintura do tanque de Tolueno (solvente), que explodiu, causando um grande incêndio.

É a segunda morte entre os três trabalhadores feridos em decorrência do incêndio. Duas outras pessoas se feriram durante a evacuação local.

O Sindicato dos Químicos do ABC está acompanhamento a investigação do acidente junto com o Ministério Público do Trabalho, da Superintendência do Trabalho e da CIPA para que medidas concretas sejam tomadas e os riscos de novos acidentes sejam eliminados.

Químicos abrigam refugiados afegãos na colônia de férias de Solemar

Os imigrantes afegãos que viviam de forma temporária no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, foram transferidos na sexta (30) para a colônia de férias do nosso Sindicato, em Solemar (Praia Grande). O presidente do Sindicato, Hélio Rodrigues, que também é vereador de São Paulo acompanhou todo o processo de negociação e esteve no local recebendo os refugiados.

De acordo com Rodrigues, o Sindicato foi acionado para abrigar os imigrantes afegãos a partir de uma conversa com o Ministério da Justiça. “Não poderíamos deixar de atender a esse pedido, trata-se de uma questão humanitária”, disse o presidente.

Foram transferidos para o local 128 afegãos, entre eles, 37 crianças. A colônia de férias tem 50 quartos equipados com seis camas, mini cozinha e banheiro. Os refugiados receberam roupa de cama, cobertores, toalhas e kits de higiene.

A princípio a prefeitura de Praia Grande não queria receber os afegãos, mas após tratativas com o Ministério da Justiça acabou cedendo e no sábado (1) enviou uma equipe de saúde para atender os refugiados e vacinar todos.

O Afeganistão vive uma grave crise política. O país está sob o comando dos radicais do Talibã, que tomaram o poder em 2021. O grupo é considerado terrorista e busca impor sua visão religiosa à população, ameaçando as mulheres e restringindo a ida de crianças à escola. Desde então, segundo dados do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), 3,5 milhões de afegãos estão fugindo do país em busca de refúgio em outras nações.

O Brasil tem sido o destino de parte desses refugiados, por conta de uma portaria que autoriza o visto temporário e a residência por razões humanitárias. Mas por conta do grande fluxo de chegada, muitos estavam aguardando locais para acolhimento. Diante disso, o governo do presidente Lula, em ação do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Justiça, articulou um alojamento temporário para os imigrantes.

Devido ao período de baixa temporada a colônia estava fechada e, a princípio, o acordo com o Sindicato é de alojamento temporário por um mês.

Os imigrantes já estão adaptados a nova rotina do  local, recebem quatro refeições ao dia – café da manhã, almoço, café da tarde e jantar; recebem visita da equipe de saúde do município e esta semana começa o trabalho de regularizar a documentação de todos.

O Sindicato dos Químicos, que esse ano completa 90 anos de existência, tem uma história de atuação humanitária reconhecida, tendo inclusive disponibilizado sua unidade da Lapa, no período da pandemia, para a prefeitura municipal de São Paulo, para utilização como Hospital de Campanha. “Não poderíamos ignorar um pedido desses. Trata-se de uma questão humanitária e faremos o melhor possível para atender. Estamos com toda a equipe de funcionários do Sindicato mobilizada para receber e abrigar os imigrantes afegãos da melhor forma possível e amenizar o sofrimento ao qual vinham sendo submetidos.” completou Hélio Rodrigues.

Fotos: Jordana Mercado e Soraia Nigro