Bolsonaro corta mais de R$ 1 bi da educação

O governo de Jair Bolsonaro (PL) anunciou nesta quarta-feira (5) um bloqueio R$ 2,6 bi no Orçamento deste ano. Deste total, R$ 1,59 bilhão são cortes nos recursos destinados ao Ministério da Educação (MEC), o que pode inviabilizar o funcionamento de colégios e universidades federais, que podem fechar as portas por não ter dinheiro sequer para pagar as contas de água e de luz.

Somente para o ensino superior, foram bloqueados R$ 328,5 milhões em recursos destinados ao custeio de despesas e pagamento de funcionários. Somados aos outros cortes já feitos por Bolsonaro ao longo deste ano, o total sobe para R$ 763 milhões em recursos essenciais para a manutenção das instituições federais.

O bloqueio total dos recursos no Orçamento deste ano, que inclui vários ministérios, chega a R$ 10,5 bilhões.

O bloqueio dos R$ 2,6 bilhões foi formalizado no dia 30 de setembro, antevéspera do 1° turno das eleições, por meio de publicação do Decreto 11.216 no Diário Oficial da União (DOU), mas só ontem foi  divulgada a lista dos ministérios afetados.

Com o bloqueio anunciado pelo próprio MEC, nesta quarta, a educação passa a ser a pasta mais impactada, representando 1/3 dos bloqueios totais.

De acordo com dados da Instituição Fiscal Independente, órgão ligado ao Senado Federal, dos R$ 10,5 bi já bloqueados, R$ 2,39 bi atingem o MEC. Outros R$ 1,7 bi foram bloqueados dos recursos do Ministério de Ciência e Tecnologia; e R$ 800 milhões foram da Saúde.

Setor químico garante a reposição da inflação

A reposição da inflação e a garantia de todos os direitos para o setor Químico neste ano de 2022 já está garantida para os trabalhadores desde o ano passado. Prevendo as dificuldades que estariam por vir, por conta das constantes investidas do governo Bolsonaro contra o trabalhador, o Sindicato negociou a Campanha Salarial do ano passado, já atrelando a mesma condição para este ano. Sendo assim, os trabalhadores do setor químico receberão em 1º de novembro a inflação acumulada para a data-base (novembro a outubro). O Sindicato só aguarda os índices oficiais para divulgar o valor exato do reajuste.

Inflação

No mês de agosto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou em queda de (-031%). Os itens que mais influenciaram a retração da inflação foram: transportes (-3,24%), comunicação (-1,05) e alimentos (0,26%). Neste momento o acumulado dos últimos doze meses está em 8,83%, mas é preciso esperar a divulgação dos números de setembro e outubro para calcular o índice de reajuste do setor.

“Vamos vencer no segundo turno”, afirma Lula

O ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, vão disputar o segundo turno das eleições para a presidência da República no próximo dia 30 de outubro
Com 99,90% das urnas apuradas nos 26 estados e no Distrito Federal, o ex-presidente conquistou 48,41% dos votos (57.179.064) contra 43,22% do atual presidente (51.052.598).
“Vamos ganhar. O segundo turno é apenas uma prorrogação”, disse Lula ao agradecer os quase 60 milhões de votos, muitos deles no Nordeste, onde o petista teve 76% dos votos contra 27% de Bolsonaro. No Piauí, Lula conquistou 74,20% dos votos, na Bahia (69,69%), no Maranhão (68,75%), no Ceará (65,90%), em Pernambuco (65,27%), na Paraíba (64,21%), em Sergipe (63,82%), no Rio Grande do Norte (62,98%) e em Alagoas (56,50%).
Já Bolsonaro, atacou os institutos de pesquisa que indicavam possível vitória de Lula no primeiro turno e disse que “venceu mentiras”. Segundo ele, a disputa com Lula foi mais acirrada do que a expectativa.
Demais candidatos
A senadora Simone Tebet (MDB) ficou em terceiro, com 4,16% dos votos (4.913.855). Ele ultrapassou o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que terminou em quarto, com 3,05% (3.597.637). Depois vieram Soraya Thronicke (UB), com 0,51%, Felipe d´Avila (Novo), com 0,47%, Padre Kelmon (PTB, 0,07%), Léo Péricles (UP, 0,05%), Sofia Manzano (PCB, 0,04%), Vera (PSTU, 0,02%) e Eymael (DC, 0,01%).