Aprovada revisão da vida toda do INSS

O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) deu o voto de minerva para que os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) possam pedir a revisão da vida toda de suas aposentadorias. O placar estava empatado em cinco a cinco em junho de 2021. Como são 11 ministros da Corte, Moraes deu o voto decisivo nesta sexta-feira (25).

Essa revisão permite aos aposentados que, antes de julho de 1994, já contribuíam com a Previdência, peçam que essas contribuições sejam incluídas no cálculo final da aposentadoria.

O motivo é que, em 1999, em função da inflação e da mudança de moeda do Cruzeiro para o Real, o governo decidiu quem já era segurado do INSS até 26 de novembro de 1999 teria sua média salarial calculada apenas sobre as 80% maiores contribuições realizadas a partir de julho de 1994.

Já para os trabalhadores que iniciassem suas contribuições a partir de 27 de novembro de 1999, a regra estabeleceu que a média salarial seria calculada com todos os salários de benefício. Essa mudança prejudicou os trabalhadores e trabalhadoras que tiveram ganhos maiores até 1994.

A advogada do escritório LBS Gabriela Rocha Gomes, especializada em Previdência e Direitos Civis, explica que em seu voto, o ministro Alexandre de Moraes delimitou que só poderão pedir a revisão da vida toda àqueles que se aposentaram antes da reforma da Previdência de 2019.

“Importante explicar também que existe um prazo de 10 anos para entrar com a ação e passa a ser contado a partir do primeiro dia do mês seguinte ao recebimento do benefício, de quem se aposentou antes da reforma da Previdência de 2019, ou se já tinha direito a se aposentar naquela data e o não fez”, diz a advogada.

Isto quer dizer que se o segurado teve o benefício concedido, por exemplo em julho de 2015, mas começou a receber somente em agosto, o prazo para ajuizar a ação pedindo a revisão será setembro de 2025.

A advogada explica ainda que o julgamento virtual tinha como previsão de encerramento o dia 08 de março deste ano, mas como o Ministro já juntou seu voto no primeiro dia do julgamento, a publicação da tese deve ocorrer somente no dia 09 de março, com aplicação do entendimento em todo o país, inclusive, para as ações que estavam suspensas.

Quem tem direito:

– Quem se se aposentou antes da reforma da Previdência, em 19 de novembro de 2019, ou já tinha direito a se aposentar na mesma época.

– Quem se aposentou em 2012 ou antes desta data não vai poder pedir a revisão porque já terá prescrito o prazo de 10 anos. Quem se aposentou de 2013 a 2019, antes de novembro, mês da reforma da Previdência, poderá pedir a revisão da vida toda porque o prazo não terá sido prescrito.

– Quem não tinha o tempo de contribuição ou idade para se aposentar até essa data, não tem direito a pedir à revisão da vida toda.

Quem pode receber

– Poderão pedir a revisão da vida toda aposentados por tempo de contribuição, por idade, aposentadoria especial, por invalidez, quem recebeu auxílio-doença ou pensão por morte.

Como será feito o novo cálculo

A conta será feita com base nas 80% das maiores contribuições, incluindo aquelas que foram realizadas antes de 1994.

Quando é vantajoso

Somente quem teve salários mais altos antes de 1994 será beneficiado com um valor maior no benefício. Por isso é importante verificar se suas contribuições ao INSS antes desse ano eram maiores do que as últimas contribuições.

Como pedir

É preciso procurar um advogado especialista em Previdência, para pedir a revisão da vida toda porque ela é uma tese judicial e somente poderá ser pedida com o ajuizamento de uma ação revisional. Portanto, pedidos dessa revisão feitos diretamente ao INSS serão negados por não haver previsão legal específica dessa modalidade.

A partir de quando

Após a publicação do resultado do julgamento, que deverá acontecer após o dia 9 de março, todos que ajuizaram ou que pretendem ajuizar a ação buscando a revisão da vida toda terão o entendimento do STF aplicado ao caso.

CUT e movimento sindical: Não à guerra na Ucrânia

A Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT Brasil), em nota divulgada nesta quinta-feira (24), data em que a Rússia invadiu a Ucrânia, dando início a uma guerra entre os dois países, pede paz e se solidariza com os trabalhadores e trabalhadoras afetados pelo conflito.

Confira a nota:

Não à guerra na Ucrânia!

A Central Única dos Trabalhadores – CUT Brasil sempre manteve e demonstrou solidariedade com vítimas e familiares de guerras e conflitos armados em todo o mundo. Em especial neste momento, a CUT Brasil se solidariza profundamente com trabalhadores e trabalhadoras afetados direta e indiretamente pelo conflito armado na Ucrânia.

Nesta guerra, como em qualquer outra, a classe trabalhadora é sempre a maior derrotada. Por isso, a CUT Brasil se junta ao movimento sindical internacional para condenar ações militares de quaisquer lados. Mantemo-nos firmes na defesa da paz, do direito à autodeterminação dos povos, da vida e dos direitos da classe trabalhadora. É importante neste momento que a solidariedade do movimento sindical internacional esteja com trabalhadores e trabalhadoras e não com governos e políticas que financiam e promovem ações militares unilaterais em várias regiões do mundo.

As diferenças políticas e as disputas internacionais entre Estados devem ser resolvidas pela via pacífica e negociada. A guerra, evidentemente, não é um instrumento para restabelecer a democracia e paz e transformou-se em uma parte estrutural e permanente da dominação global, assim como a força militar é usada para controlar povos e recursos estratégicos. Por isso defendemos um mundo onde a garantia dos direitos humanos e os cenários de paz sejam prioridade livre de violências e guerras.

Não à guerra na Ucrânia!

São Paulo, 24 de fevereiro de 2022

Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores – CUT Brasil

Farmacêuticos exigem reposição da inflação e ganho real

O setor farmacêutico aprovou a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2022 em assembleia virtual realizada no dia 24 de fevereiro.

Além da reposição integral da inflação – estimada em 10% para a data-base do setor – os trabalhadores reivindicam 5% de ganho real; portanto um reajuste de cerca de 15% no total.

A pauta também contempla piso de R$ 2.500, PLR mínima equivalente a dois pisos salarias, vale alimentação de R$ 700 e a renovação de todas as cláusulas sociais até 2023.

Em breve o Sindicato vai entregar a pauta para a bancada dos empresários.

Acompanhe as novidades da Campanha Salarial nas redes sociais do Sindicato.

Fotos: Jordana Mercado

Flávio Bolsonaro usou a Receita Federal a seu serviço

A Receita Federal mobilizou por quatro meses uma equipe de cinco servidores para apurar uma acusação feita pelo senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, de que teria tido seus dados fiscais acessados e repassados de forma ilegal ao Coaf, o que deu origem ao caso das “rachadinhas”.

Documentos inéditos obtidos pela Folha de S.Paulo mostram, pela primeira vez, a ação efetiva da máquina pública federal em decorrência da estratégia de Flávio.

O filho do presidente e seus advogados buscaram a ajuda de órgãos do governo federal para tentar reunir provas com o intuito de anular as investigações da suspeita de que ele comandou um esquema de desvio de parte do salário de assessores quando era deputado estadual, no Rio de Janeiro.

A Receita jamais confirmou a apuração. A partir de informações internas que indicavam a existência do caso, a Folha apurou o número do processo, 14044.720344/2020-99, e, a partir daí, entrou com pedido de Lei de Acesso à Informação.

As 181 páginas do processo mostram que de outubro de 2020 a fevereiro de 2021 a Receita deslocou dois auditores-fiscais e três analistas tributários para fazer a apuração, que foi objeto de requerimento apresentado por Flávio, por intermédio de quatro advogados —Luciana Pires, Renata Alves de Azevedo, Juliana Bierrenbach e Rodrigo Rocha—, ao então secretário especial da Receita, José Barroso Tostes Neto.

Na petição, datada de 25 de agosto de 2020, o filho do presidente requisitou apuração “com a máxima urgência” para identificação de “nome, CPF, qualificação e unidade de exercício/lotação” de auditores da Receita que desde 2015 acessaram seus dados fiscais, de sua mulher, Fernanda, e de empresas a eles relacionadas.

A tese era a de que servidores da Receita no Rio de Janeiro haviam vasculhado de forma ilegal os dados de Flávio e de familiares e, a partir daí, repassado informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão responsável pelo relatório de inteligência enviado ao Ministério Público do Rio e que deu origem à investigação das rachadinhas contra o filho do presidente e ex-assessores.

Flávio é taxativo no pedido, detalhando não querer acesso a parte dos acessos feitos, “mas a TODAS [escreve em maiúsculas] as pesquisas de seu nome, de sua esposa e de suas empresas, que tenham sido realizadas desde o ano de 2015”.

O senador afirma ainda que a averiguação deveria ser realizada não necessariamente pela Receita, mas “diretamente pelo Serpro”, a empresa estatal que detém os dados do Fisco. Esse pedido específico de apuração via Serpro não foi atendido, a investigação foi feita pela Receita.

Na petição, Flávio afirma ainda que a suposta violação da qual teria sido vítima representa um “imenso risco à estabilidade das mais diversas instituições do país”, entre elas a Presidência da República e a Assembleia Legislativa do Rio.

Pesquisa CNT/MDA: Lula lidera com 42,2%

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida presidencial com 42,2% das intenções de voto. Segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira (21), Lula praticamente repete resultado de dezembro (tinha 42,8%), assim como sua taxa de rejeição, de 40,5% segue a mais baixa entre os demais adversários.

Jair Bolsonaro (PL) aparece com 28%, sendo 2,4 pontos percentuais acima do resultado de dezembro (25,6%). Sua taxa de rejeição, que era de 59,2% em dezembro agora está em 55,4%. Apesar da queda de 3,8 pontos, Bolsonaro ainda ostenta o percentual mais elevado dos que respondem que não votariam nele de jeito nenhum.

A pesquisa CNT/MDA traz ainda ligeira alta do ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), de 4,9% para 6,7% em dois meses. Assim, Ciro passa à frente do ex-juiz Sergio Moro (Podemos), que recuou de 8,9% pra 6,4%, e está em quarto.

Por outro lado, o levantamento reforça o fracasso, até o momento, do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em sua tentativa de dar mais um salto em seu investimento na política. Isso porque Doria não consegue ir  além de 1,8% desde o ano passado e segue empacado, ao lado do deputado André Janones (Avante), que tem 1,5%.

Em um eventual segundo turno, Lula teria 53,2% contra 35,3% de Bolsonaro. Em votos válidos (descontados nulos, brancos e ausências), isso representaria 60,1% a 39,9% para Lula. Entretanto, considerada a margem de erro para mais ou para menos, fica aberta a possibilidade de não haver segundo turno, porque a soma de intenções de voto dos adversários está em 45,6%.

Vagas na Kiyoplas

A Kiyoplas está com várias vagas em aberto. A empresa fica na região Leste e pertence a nossa categoria.

Os interessados devem enviar currículo para o email  yan.moreira@kiyoplas.com.br.

Confira abaixo a lista completa de vagas e o perfil de cada uma delas:

AUXILIAR DE COLORISTA

Requisitos:

Escolaridade: Ensino Médio Completo  

Experiência: 06 meses

OPERADORA DE INJETORA

Requisitos:

Escolaridade: Ensino Médio Completo  

Curso Extracurricular: Curso de Operador de Injetora

Experiência: 06 meses

AUXILIAR DE PRODUÇÃO

Requisitos:

Escolaridade: Ensino Médio Completo  

Experiência: 06 meses

AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS

Requisitos:

Escolaridade: Ensino Médio Completo  

Experiência: 06 meses

Pauta da Campanha Salarial do setor farmacêutico será aprovada dia 24

O setor farmacêutico realiza uma assembleia virtual no dia 24 de fevereiro (quinta-feira), às 18 horas, para discutir e aprovar a pauta da Campanha Salarial 2022.

Para participar é preciso se cadastrar antecipadamente no link  https://us06web.zoom.us/meeting/register/tZ0oc-yurDgvH9Sxjoigmp86XPxjebyUQf9H

A negociação deste ano envolve as cláusulas econômicas e sociais.  Os sindicatos que negociam conjuntamente, sob o comando da Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico), já se reuniram para discutir uma pré-pauta e tiraram um indicativo que contempla a reposição integral da inflação, mais aumento real de 5%, piso salarial de R$2.500 e PLR de no mínimo dois pisos salariais, dentre outras importantes reivindicações.

A previsão de inflação acumulada nos 12 meses, referentes à data-base dos farmacêuticos (1º de abril), segundo o Banco Central, é de 10,27%.

Acompanhe diariamente nas nossas redes sociais, informações atualizadas da Campanha Salarial 2022.

Revisão das contribuições previdenciárias – da vida toda – volta ao STF

No próximo dia 25 de fevereiro será submetido ao plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF), a votação do tema “revisão da vida toda”. Essa revisão foi questionada juridicamente, em primeira instância, em 1999 e está em discussão no STF desde 2020.

Até o momento a decisão está empatada entre os Ministros do Supremo, 5 a 5,  falta somente o voto do Ministro Alexandre  de Moraes.  O julgamento deve terminar dia 9 de março.

A votação do tema no STF é importante para reconhecer todas as contribuições feitas. Muitos  aposentados não tiveram os períodos anteriores a 1994 reconhecidos nas aposentadorias concedidas a partir de 1999.

Muitos trabalhadores segurados sofreram com as várias crises econômicas e desemprego, tendo os seus salários rebaixados após 1999, e é importante que sejam reconhecidos os períodos de contribuições maiores anteriores limitados ao teto de recolhimento previdenciário.

Segundo vários advogados,  se esse direito da revisão da vida toda for  reconhecido pelo STF será preciso que o trabalhador acione juridicamente a Justiça Federal.

FUP: combustíveis sobem cinco vezes mais que inflação no governo Bolsonaro

Os combustíveis – gasolina, diesel e gás de cozinha – subiram cinco vezes mais do que a inflação oficial no governo de Jair Bolsonaro (PL), com impacto na vida de milhões de brasileiros que sofrem com a alta generalizada dos preços que esses reajustes provocam.

Desde janeiro de 2019, quando Bolsonaro assumiu o governo, a gasolina foi reajustada em 116%, o gás de cozinha em 100,1%, e o diesel em 95,5%. A inflação oficial do período, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 20,6%, de acordo com dados da Petrobras analisados pela subseção do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) da Federação Única dos Petroleiros (FUP), divulgados pelo jornal Estadão, nesta terça-feira (16).

Os preços dos combustíveis praticados pela Petrobras são atrelados à variação cambial.  É a chamada Política de Paridade de Importação (PPI), que reajusta os valores de acordo com o barril de petróleo a partir dos preços internacionais, cotados em dólar. A PPI foi implantada pelo ilegítimo governo de Michel Temer (MDB) e mantida por Bolsonaro.

Pressão 

De outubro de 2016, quando a PPI foi implementada, até 1º de fevereiro de 2022, o gás de cozinha na refinaria subiu 287,2%, a gasolina 117,2% e o diesel, 107,1%. A inflação acumulada no período foi de 29,8%.

Nos postos de combustíveis, os reajustes acumularam no período: 81,6% na gasolina, 88,1% no diesel e 84,8% no gás de cozinha, segundo o estudo.

O economista Cloviomar Cararine, da subseção do Dieese da FUP, disse ao jornal que os combustíveis no Brasil deverão permanecer como uma das principais fontes de pressão inflacionária este ano.

“Com as tensões na Ucrânia e ondas de frio nos países do Hemisfério Norte, que elevam o consumo de petróleo, os preços do óleo no mercado internacional deverão subir ainda mais, podendo superar US$ 100 por barril”.

Dinheiro esquecido em contas bancarias poderá ser resgatado

O Banco Central (BC) criou um canal exclusivo para as pessoas checarem se têm ou não dinheiro esquecido em contas bancárias. As consultas podem ser feitas a partir da próxima segunda-feira, 14, e os saques serão liberados a partir do dia 7 de março.

Para fazer a consulta é necessário criar uma conta no site Gov.br e esse cadastro pode ser nível prata ou ouro para solicitar o saque do dinheiro junto ao Banco Central.

Qual a diferença entre nível prata e ouro?

A quantidade de informação. Para o nível prata, a conta Gov.br deve ter o reconhecimento facial. Após isso, o sistema irá identificar a foto da base de dados da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou por meio do login com informações de um banco credenciado.

Para o nível ouro, além de todos os requisitos do nível prata, o reconhecimento facial também será confrontado com a base de dados da Justiça Eleitoral. Outra opção é realizar o login no Gov.br usando um certificado digital.

Os serviços podem ser acessados pelo computador, notebook, tablet ou celular.

Consulta dos valores

A partir da próxima segunda-feira (14/02), poderá ser feito somente com o CPF ou CNPJ no endereço valoresareceber.bcb.gov.br