24 razões para você ir às ruas no #24JForaBolsonaro

No próximo sábado (24) serão realizados centenas de atos em todo o país e no exterior pelo impeachment de Bolsonaro. Os organizadores avaliam que serão as maiores mobilizações pelo ‘Fora Bolsonaro’ já realizadas até agora.

Motivos para pedir a destituição do pior presidente da história do Brasil não faltam. Desde que assumiu a presidência da República, ele afundou a economia, aumentou o desemprego, colocou o Brasil de volta ao mapa da fome, atacou a democracia e retirou direitos trabalhistas, dentre tantas outras maldades.

Cansado de tantos desmandos o povo decidiu sair às ruas para pedir pelo ‘Fora Bolsonaro’ e, se você ainda tem dúvidas, o Portal CUT listou 24 razões para você protestar.

01 – Governo genocida e negacionista

Já são quase 550 mil mortos desde que a pandemia do novo coronavírus chegou e até agora Bolsonaro defende um tal tratamento precoce com a prescrição de remédios ineficazes.

Para piorar a situação, enquanto países de todo o mundo começavam a imunizar as suas populações, Bolsonaro demorou em iniciar a compra de vacinas, defendendo a “imunidade de rebanho” e atrasando propositalmente  a imunização dos brasileiros.

02 – A volta da inflação

Nos últimos 12 meses, o índice da inflação no país chegou a 8,35%. O trabalhador perdeu o poder de compra e as famílias brasileiras se endividaram.

03- Alta nos preços dos alimentos

O brasileiro trocou a carne e o frango pelo ovo, e não está conseguindo comer proteínas em quantidade suficiente, como recomendam os médicos.

Os preços do arroz, do óleo de cozinha, entre outros alimentos, dispararam deixando o prato do brasileiro mais magro. Em 2020 tudo ficou mais caro. A carne suína subiu 29,5%; o frango (17,1%); a carne bovina (16,2%); e o ovo (11,4%).

04- Aumentos dos combustíveis, gás de cozinha e contas de luz

Nos últimos 12 meses a alta chegou a 43,92%. O botijão de gás já subiu 57% durante o governo Bolsonaro e chega a R$ 125 em alguns locais.

As contas de luz também dispararam. Somente no mês passado, o governo reajustou a bandeira vermelha, a mais cara cobrada sobre a conta, em 20%.

05 – O Brasil de volta ao Mapa da Fome

O Brasil havia saído do Mapa da Fome, em 2014, no governo Dilma Rousseff (PT). Com Bolsonaro, quase 50 milhões de brasileiros passam fome ou não comem o suficiente. Entre 2018 e 2020, 7,5 milhões de brasileiros passaram ao menos um dia inteiro sem se alimentar. Quase um quarto dos brasileiros (23,5%) passou por insegurança alimentar moderada (dificuldade e restrição no acesso a alimentos – não faz as 3 refeições por dia), entre 2018 e 2020, o que significa ao todo 49,6 milhões de pessoas.

06 – Desemprego recorde

A Taxa de desemprego bate recorde, vai a 14,7% e atinge 14,8 milhões de trabalhadores. A taxa de subutilização, de 29,7%, atingiu 33,3 milhões de pessoas . A informalidade chegou a 39,8% da população ocupada, ou 34,2 milhões de trabalhadores informais, fazendo bicos para sobreviver. A taxa de desalentados pessoas que desistiram de procurar emprego depois de muito tentar, atingiu 6 milhões de trabalhadores no trimestre encerrado em abril.

07 – Corte no auxílio emergencial

Bolsonaro reduziu a quantidade de pessoas com direito ao auxílio emergencial e também o valor do benefício. Passaram a receber apenas pessoas que moram sozinhas (R$ 150 por mês), as mulheres chefes de família (R$ 375 por mês) e as famílias com mais de duas pessoas (R$ 250 a cada mês). Antes, graças a luta da dos movimentos sociais e ao Congresso Nacional, valores eram de R$ 600 e R$ 1.200 (para mães solo).

08 – Fim da Política de Valorização do Salário Mínimo

Bolsonaro acaba com a Política de Valorização do Salário Mínimo, criada por Lula, em 2003.  Com o fim desta política, aposentados e pensionistas não terão mais aumento real. Neste ano, o piso nacional (R$ 1.100) ficou abaixo da inflação, com reajuste de 5,26%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior foi de 5,45%. O reajuste previsto para 2022 é de 4,3% sobre o valor atual, mais de duas vezes menor do que o INPC acumulado em 12 meses, que está em 9,22%.

09 – Corrupção no Ministério da Saúde

As denúncias de compra de vacinas Covaxin e Astrazeneca em que funcionários e militares que atuam no Ministério da Saúde pediram propina para negociar a compra, evidenciam os casos de corrupção no governo Bolsonaro, que inclusive foi alertado e nada fez.

10 – Rachadinhas da família Bolsonaro

Além do senador, Flávio Bolsonaro, acusado de promover a rachadinha em seu gabinete quando era deputado estadual do Rio de Janeiro, agora é o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, que é denunciado pela prática de pedir devolução de parte de salários dos seus assessores, quando era deputado federal. Gravações divulgadas pelo UOL, revelam que o presidente participava diretamente do esquema ilegal de rachadinha, de 1991 a 2018.

11- Reforma da Previdência

reforma da Previdência, em 2019, aumentou o tempo de contribuição; reduziu o valor a ser recebido; viúvas só receberão 60% do benefício e seus filhos 10% cada um; obrigou a uma idade mínima de 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens, e determinou que o teto do benefício seja pago somente após 40 anos de contribuição, além de diversas maldades.

12 – Destruição do Meio Ambiente

O desmatamento na Amazônia cresceu 70% no governo Bolsonaro, somente entre 2018 e 2019. Já em 2020, os focos de incêndio aumentaram 30% . Foi o maior número de focos de queimadas em uma década. Além do recorde de desmatamento, o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, está sendo investigado pela Polícia Federal, por favorecer madeireiros a exportar madeira ilegal da Amazônia, e só foi demitido após pressão de ambientalistas do Brasil e do mundo todo.

13 – Cortes no SUS e na Educação

O Orçamento da União de Bolsonaro para o ano que vem, apresentado e aprovado pelo Congresso Nacional, na semana passada, corta até R$ 36 bilhões dos recursos para a saúde. O Ministério da Educação teve R$ 2,7 bilhões bloqueados no orçamento deste ano, o equivalente a 30% do total bloqueado de todas as pastas.

14 – Carteira Verde e Amarela e o fim vale –refeição e alimentação

O governo não desiste de implantar a  Carteira Verde e Amarela que prevê a contratação de jovens de 19 a 29 anos e pessoas maiores de 55 anos, com menos direitos, como FGTS menor, entre outros benefícios. A medida pode fazer com que empresas troquem os trabalhadores que ganham melhores salários por outros com menor ganho. Outra medida do governo é acabar com a isenção tributária de empresas que pagam os vales refeição e alimentação, o que pode pôr fim ao benefício que atende 22,3 milhões de trabalhadores.

15 – Reforma Administrativa (PEC nº 32)

A reforma Administrativa acaba com a estabilidade do servidor público que ficará à mercê do governo de plantão, o que pode aumentar os casos de corrupção. A proposta do governo é o desmonte do serviço público para que, sem pressão da sociedade, o governo passe para a iniciativa privada tudo que hoje é gratuito, como a educação, a saúde, a previdência, a segurança, as estatais e os órgãos de controle que fiscalizam o próprio governo.

16 – Desmonte do INSS

A fila de espera dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) chega a quase 2 milhões, mas o governo Bolsonaro não repõe quase a metade dos servidores do órgão que se aposentaram nos últimos anos. Dez mil trabalhadores, entre servidores públicos e terceirizados, saíram porque pediram demissão ou se aposentaram e não foram substituídos porque não teve concurso público. O quadro de pessoal caiu de 33 mil para 23 mil nos últimos cinco anos. Em compensação, o governo contratou três mil militares (sua base de apoio) para o INSS.

17 – Privatização da Eletrobras

venda da Eletrobras deve prejudicar 99,7% da população brasileira que é consumidora de energia elétrica. A projeção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é de que as contas de luz subam entre 16% a 17% em todo o território nacional.

18 – Privatização do saneamento

Bolsonaro sancionou a lei que estabeleceu um novo marco regulatório para o saneamento básico do país, o  que facilita a privatização do setor. Para especialistas, as consequências para a população serão tarifas mais caras, menos investimento em tratamento de esgotos, mais desperdício de água e aumento de doenças decorrentes da falta de saneamento básico.

19 – Ataques à democracia

Bolsonaro vem, com frequência, afirmando que as eleições de 2018 teriam sido fraudadas. Entretanto, em nenhum momento apresenta provas. Ele questiona a validade das urnas eletrônicas em contraponto à segurança do sistema atestada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que lacra urnas e realiza uma série de conferências abertas à sociedade civil.

Em outubro de 2019, Bolsonaro publicou em suas redes sociais um vídeo em que se comparava a um leão cercada por hienas representadas por partidos políticos de oposição, a CUT, a CNBB e o Supremo Tribunal Federal (STF). Antes, em outubro de 2018, seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, disse que bastaria um cabo e um soldado para fechar o Supremo.

20 – Militarização do governo

Além da contratação de três mil militares para o INSS, o governo de Jair Bolsonaro é o que mais tem representantes das Forças Armadas em cargos públicos. Até o ano passado eram 6.157 militares (+ 108% entre 2016 e 2020), segundo o  estudo A Militarização da Administração Pública no Brasil: Projeto de Nação ou Projeto de Poder?, do cientista político William Nozaki, que trata da presença dos militares no governo Bolsonaro. As Forças Armadas são também o grupo com maior presença na esplanada ministerial: até o final de 2020 esse segmento ocupou 10 ministérios.

21- Defesa do voto impresso

Bolsonaro usa a defesa do voto impresso como estratégia para se manter no poder, dizendo que as urnas eletrônicas não são confiáveis e auditáveis. Uma mentira porque urnas eletrônicas são passíveis de auditoria. Ainda assim, ele quer que a partir da eleição presidencial de 2022, os números que cada eleitor digita na urna eletrônica sejam impressos e que os papéis sejam depositados de forma automática numa urna de acrílico, para que em caso de denúncia de fraude, os votos possam apurados manualmente. Sem comprovar que as urnas eletrônicas são passíveis de fraude, Bolsonaro ameaça a democracia, dizendo que as eleições presidenciais do próximo ano podem não ser realizadas e que se este tipo de votação for mantida ele sai da disputa eleitoral, atiçando assim seus seguidores contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

22 – Ataques à cultura

A lista de ataques ao setor cultural é gigantesca. Usando o fundamentalismo religioso e o discurso moral como justificativa, ele acabou com o Ministério da Cultura; mentiu ao dizer que Lei Rouanet transferia recursos do governo federal diretamente para os artistas, quando, na verdade, o programa concede isenção fiscal para empresas que patrocinem projetos culturais.

Em seu primeiro ano de governo cortou orçamento e deixou de investir mais de R$ 700 milhões no setor de audiovisual. Suspendeu um edital da Agência Nacional do Cinema (Ancine) para séries que seriam exibidas na TV pública, com temáticas raciais e LGBTs. Fez a  Caixa Cultural, o Banco do Brasil e a Petrobras cancelarem  e censurarem eventos, além de suspender pagamentos (Petrobras) de obras que abordam a questão de gênero ou o autoritarismo.

23 – Ataques racistas  

O presidente Jair Bolsonaro  perguntou, no último dia 8 deste mês,  a um apoiador como estava a “criação de baratas ” ao apontar para o cabelo do rapaz, sugerindo que o  homem tomasse ivermectina, para acabar com possíveis vermes.

Bolsonaro em resposta à cantora Preta Gil, em 2011, disse que “ educou bem” os seus filhos e por isso, eles jamais namorariam uma mulher preta.

Outro ataque ocorreu em uma palestra no Rio de Janeiro, em 2017. Bolsonaro disse que foi a uma quilombola, em Eldorado Paulista. Aos presentes afirmou: “Olha, o afrodescendente mais leve lá pesava 7 arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais”. Por esta fala ele foi condenado pela Justiça a pagar R$ 50 mil para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

Em 2015, Bolsonaro afirmou a um jornal que imigrantes e refugiados vindos da África seriam a “escória do mundo”. Ele também disse que jamais “entraria em um avião pilotado por um cotista, nem aceitaria ser operado por um médico cotista”.

Além de ofender pretos e pretas, Bolsonaro ofendeu os indígenas, durante transmissão em suas redes sociais, dizer: “Com toda a certeza, o índio mudou. Está evoluindo. Cada vez mais o índio é um ser humano igual a nós”. O presidente também atacou a jornalista Thais Oyama, brasileira, descendente de japoneses, ao afirmar que “no Japão, ela morreria de fome com jornalismo”. Ele também ofendeu um homem de feição oriental, que não sabia falar o idioma português, fazendo gestos com os dedos insinuando sobre o tamanho do órgão genital.

Bolsonaro chamou o governador do Maranhão, Flavio Dino, de “paraíba”, de forma pejorativa. A lista de afirmações racistas e preconceituosas de Bolsonaro também é interminável…

24 – Misógino e homofóbico

O presidente é misógino e homofóbico. Bolsonaro costuma ofender jornalistas mulheres em suas entrevistas coletivas; disse que sua filha foi uma ‘fraquejada’ após ter quatro filhos; em 2014, disse à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) que não a estupraria porque ela era feia, dentre inúmeras outras aberrações.

 

Brasileiros trocam a carne por frango e ovos, devido ao preço

O consumo da carne no Brasil caiu 5% em 2020. É a maior queda desde 2008 e o 4º ano seguido de redução de consumo, segundo dados compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a pedido do Poder 360.

Em busca de proteínas mais baratas, que caibam no orçamento, os brasileiros estão trocando a carne bovina por ovos e frango, que também subiram de preço.

O consumo de ovos (251 unidades per capita) subiu 9% em 2020. O de frango subiu 7%, para 45 kg por pessoa. Os números são da Associação Brasileira da Proteína Animal (ABPA).
Em 2020 tudo ficou mais caro por causa do custo dos insumos, muitos deles importados, para a criação dos animais e alta demanda externa de países como a China. A carne suína subiu 29,5%; o frango (17,1%); a carne bovina (16,2%); e o ovo (11,4%).

O presidente da ABPA, Ricardo Santin, afirmou ao Poder360 que esse cenário permanecerá mesmo depois da pandemia: “Vai haver um ‘boom’ ainda maior no consumo de frango, suíno e de ovos”.
Na avaliação do especialista, a chegada da crise acelerou um rearranjo na participação dos diferentes tipos de proteína na cesta de compras da população. Segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o brasileiro consumirá neste ano a menor quantidade de carne vermelha por pessoa em 25 anos.

Com informações do Poder360

Governo Bolsonaro compra máscaras KN95 superfaturadas

19Máscaras do tipo KN95 adquiridas pelo ministério da Saúde  e distribuídas a profissionais na linha de frente de enfrentamento da Covid-19 custaram 29% mais ao governo brasileiro do que a uma empresa privada que as adquiriu na mesma época, do mesmo importador e do mesmo fornecedor. A denúncia foi feita pelo UOL.

O governo pagou US$ 66 milhões por 40 milhões de máscaras em abril do ano passado, quando poderia ter pago US$ 51,2 milhões, uma diferença de US$ 14,8 milhões, diz a reportagem.

De acordo com documentos obtidos pela reportagem, o governo pagou US$ 1,65 por máscara KN95, ou R$ 8,65, pela cotação no momento da compra, como revela o contrato assinado com a 356 Distribuidora, Importadora e Exportadora, representante no Brasil da empresa de Hong Kong Global Base Development HK Limited.

No mesmo mês, a mesma empresa importou 200 mil máscaras KN95 para um grupo privado, por US$ 1,28 cada, ou R$ 6,71.

Caso o mesmo preço tivesse sido ofertado pela 356 Distribuidora ao governo brasileiro, o país teria economizado US$ 0,37 (R$ 1,93) por máscara, ou US$ 14,8 milhões (R$ 77,5 milhões na cotação da época), se considerado o valor total da transação.

Atos Fora Bolsonaro estão confirmados para sábado, 24  

Já tem mais de 120 atos pelo ‘Fora, Bolsonaro’ confirmados para o próximo sábado (24), em centenas de cidades do Brasil e no exterior.

A pauta do dia nacional de mobilização é pelo impeachment já, contra o desemprego e a fome; pelo auxílio de R$ 600 até o fim da pandemia; vacina já para todos e contra a reforma Administrativa e as privatizações.

De acordo com os dirigentes da CUT, a lista de atos vai aumentar ainda mais e o #24J vai ser muito maior do que os atos realizados nos dias 19 de junho e 3 de julho porque os sindicalistas e representantes dos movimentos populares estão em suas bases convocando o povo e falando sobre a importância de realizar uma grande manifestação para obrigar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) a pautar um dos 120 pedidos de impeachment que estão engavetados.

Dentre as muitas razões citadas pelas lideranças da Central para justificar o pedido de impeachment, três se destacam:

1- as denúncias contra o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) de cobrança de propina para a compra de vacinas contra a Covid-19, que resultou na morte de milhões de pessoas em decorrência da doença;

2 – a má gestão e a inoperância do governo no combate a pandemia,

3 – a falta de políticas efetivas contra a fome, a miséria e o desemprego,

Em São Paulo, a concentração será na avenida Paulista. Participe!

Reforma Tributária proposta pelo governo Bolsonaro pode acabar com vales alimentação e refeição

A proposta de Reforma tributária apresentada pela equipe do ministro Paulo Guedes contém um item que pode pôr fim aos vales alimentação e refeição de 22,3 milhões de trabalhadores. A ideia dos técnicos é acabar com os subsídios que 280 mil empresas recebem, de acordo com os números do  Ministério da Economia, para manter os vales.

De acordo com presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, a Central reagirá fortemente contra mais esse ataque ao trabalhador ocupando as ruas e o Congresso Nacional para pressionar os parlamentares a não aprovar tal medida.

“Vamos pressionar os deputados, os senadores e vamos ao Congresso Nacional. Também vamos denunciar isto nas ruas,  no sábado, dia 24, quando estaremos mobilizados pelo ‘Fora Bolsonaro’. Não podemos deixar isto acontecer de jeito nenhum”, disse Sergio Nobre.

Acabar com os vales refeição e alimentação é o mesmo que diminuir os salários, pois esses benefícios são considerados salários indiretos e fazem parte da renda do trabalhador.

Atualmente as empresas fornecem os vales aos trabalhadores e descontam esses valores do Imposto de Renda. Sem esses descontos, a incidência será em torno de 20%, o que poderá fazer muitas empresas desistirem de continuar pagando esses benefícios.

Farmacêuticas faturam alto com kit Covid que não funciona

A Hidroxicloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e vitamina D, remédios ineficazes no combate à Covid-19, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mas defendidos por  Bolsonaro, estão enriquecendo ainda mais as indústrias farmacêuticas. Sete grandes farmacêuticas registraram um lucro bilionário com a ajuda do presidente, árduo defensor do uso dessas substâncias inúteis para o que ele chama de tratamento precoce para a doença.

Um levantamento do jornal Folha de São Paulo, publicado nesta terça-feira (13) com base em documentos sigilosos enviados à CPI da Covid, mostra as farmacêuticas EMS, Farmoquímica, Momenta Farmacêutica, Abbott, Sandoz, Cristália e Supera Farma mais do que dobraram seus faturamentos com a venda desses remédios. De janeiro de 2020 (ano em que começou a pandemia) a maio de 2021, o lucro chegou a R$ 482 milhões contra R$ 180 milhões, em 2019.

Segundo o jornal, as farmacêuticas Apsen, Vitamedic e Brainfarma não enviaram dados fechados de seu faturamento para a comissão, então o valor total pode ter ultrapassado R$ 1 bilhão.

Já o desembolso dos brasileiros somente com a cloroquina cresceu 358%, durante a pandemia, de acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).

Entre as empresas que faturaram com o chamado Kit Covid somente a EMS obteve lucro de R$ 142 milhões com a venda desses medicamentos – um  crescimento de 709% em 2020 em relação a 2019. Tanto a EMS como a Aspen foram favorecidas por Bolsonaro que chegou a pedir num telefonema,  em abril do ano passado, ao primeiro-ministro da Índia, Narenda Modi, que ele ajudasse a enviar  ao Brasil a matéria-prima da hidroxicloroquina para o uso no tratamento da Covid.

Prepare o bolso: com a privatização da Eletrobras a conta de luz ficará mais cara

O governo Bolsonaro aprovou na Câmara e no Senado a Medida Provisória (MP) 1031/2021 que autoriza a privatização da Eletrobras e suas subsidiárias.  Com isso, a conta de luz dos brasileiros deve ficar ainda mais cara.

O reajuste de cerca de 25% nas tarifas de energia,  que deve impactar diretamente o bolso dos brasileiros, é apenas uma das consequências nefastas da privatização da maior estatal de energia elétrica da América Latina.

A Eletrobras foi criada em 1962 e tem metade do capital de Itaipu Binacional, localizada entre o Brasil e o Paraguai. Hoje, o governo controla 62% do sistema Eletrobras que é composto de várias empresas.

São 125 usinas com capacidade de 50.000 MW (91% hidráulica), 71.000 quilômetros de linhas de transmissão e 335 subestações de eletricidade. Com a privatização, o governo transfere as hidrelétricas brasileiras – Tucuruí, Belo Monte, Xingó, Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso e outras – para o controle da iniciativa privada.

O governo Bolsonaro usa o falso argumento de que a conta de luz será reduzida em cerca de 7% com a privatização.  Mas essa é mais uma mentira do atual governo que quer entregar todo o patrimônio público para a iniciativa privada.

Bolsonaro também aprovou medidas que permitem a Eletrobras cobrar mais caro pela energia das suas usinas.

Atualmente cerca de 20 hidrelétricas vendem sua energia ao preço de 65 reais por 1.000 kWh (R$ 65/MWh), enquanto as usinas privatizadas cobram acima de R$250 pela mesma quantidade de energia.  A privatização acaba com o preço mais barato e autoriza a recontratação da energia pelo preço de mercado.

O real interesse do governo é entregar o patrimônio público para a iniciativa privada.  A receita de Eletrobras hoje é de R$ 4,5 bilhões ao ano e com a privatização essa receita deve saltar para mais de R$ 20 bilhões, um lucro de R$ 16 bilhões que sairá do bolso dos trabalhadores.

Além do preço muito mais alto para o consumidor, a privatização causa queda na qualidade da energia, com aumento de probabilidade de apagões; onera as indústrias que ficam mais vulneráveis a falências; e consequentemente aumenta o desemprego, dentre outros fatores.

O tempo de concessão pra a iniciativa privada é de 30 anos, portanto, se privatização se concretizar, deve perdurar até 2.051.

Privatização está sendo contestada no STF

Mais uma vez o governo se utilizou de negociatas com deputados e senadores para aprovar medidas que afetam diretamente o povo brasileiro e beneficiam um pequeno grupo de apoiadores.

A boa notícia é que a MP de Bolsonaro foi aprovada às pressas e pode ser contestada juridicamente. “É mais um golpe de Bolsonaro. Não podemos aceitar isso. Em plena pandemia do novo coronavírus, com o brasileiro jogado a uma situação de fome, esse governo dá mais uma demonstração de irresponsabilidade e de que só serve aos interesses de um pequeno grupo que o apoia”, denuncia Hélio Rodrigues, coordenador-geral do Sindicato.

A MP de Bolsonaro está sendo contestada por partidos de oposição ao governo e por consumidores industriais, já que encarece também os insumos para a indústria.

Uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), já questiona a proposta de privatização no Supremo Tribunal Federal. Mas a   pressão do povo nas ruas e nas redes sociais é essencial para reverter esse processo.

 

Novos protestos contra o governo Bolsonaro já tem data: 24 de julho

Os movimentos sociais e as centrais sindicais brasileiras já definiram novas manifestações em defesa da democracia e pelo fim do governo Bolsonaro para o próximo dia 24 de julho.

Com o índice de rejeição de Bolsonaro crescendo dia após dia ele ataca a democracia, insistindo com a teoria de que as eleições eletrônicas podem ser fraldadas. Diante de uma iminente derrota, ele já tenta desmoralizar o pleito.

Para 63% da população brasileira, Bolsonaro é incapaz de governar o país, segundo apurou o Instituto Datafolha. Em abril, antes das denúncias de corrupção no seu governo, a situação era ligeiramente melhor para o atual governo, quando 44% achavam Bolsonaro incapaz para o cargo que ocupa.

Bolsonaro segue como o presidente com a segunda pior avaliação num primeiro mandato. Ele só perde para Fernando Collor, que tinha 68% de ruim/péssimo.

O Datafolha também apurou que o ex-presidente Lula é o preferido dos eleitores para o pleito de 2022.  O petista aparece à frente nos dois cenários apresentados e vence com folga em um segundo turno eleitoral.

Em um possível segundo turno, Lula venceria Bolsonaro com facilidade: 58% a 31%. Ciro também derrotaria o atual presidente, por 50% a 34%.

Bolsonaro é, de longe, o mais rejeitado, com 59% dos eleitores afirmando que não votariam nele.

A pesquisa Datafolha, divulgada na última semana, foi realizada em 7 e 8 de julho. Foram ouvidas 2.074 pessoas de forma presencial. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Lula incentiva povo ir às ruas

O ex-presidente Lula também se manifestou favorável ao povo ir às ruas. Num encontro com profissionais do setor da cultura, no último domingo (11), o ex-presidente incentivou dizendo “continuem protestando, o grito de vocês é que pode salvar este país”.

Inflação dispara e passa de 8%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, fechou o mês de Junho em 0,53%. Embora tenha ficado 0,30 ponto percentual abaixo da taxa de maio (0,83%), a inflação acumula nos últimos 12 meses aponta uma alta de 8,35%.

Dos nove produtos e serviços pesquisados, oito contribuíram para o índice de em junho, a habitação (0,17%); seguido de alimentação/bebidas (0,99%); transportes (0,99%) e vestuário (0,05%).

Somente neste primeiro semestre do ano, a alta da inflação já é de 3,77%, portanto acima da meta do governo federal, de 3,75%. O teto para a inflação estimado pela equipe econômica é de até 5,25%.

Lula é líder nas urnas de 2022, diz Datafolha

Pesquisa do instituto Datafolha reforça, neste momento, a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas intenções de voto para a eleição presidencial de 2022. O petista aparece à frente nos dois cenários apresentados. E também surge com folga em um possível segundo turno.

No primeiro cenário, Lula tem 46%, ante 25% de Jair Bolsonaro (sem partido). Depois aparecem o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 8%, o governador paulista, João Doria (PSDB), com 5%, e o também ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM), com 4%. Votos em branco ou nulos somam 10%. Outros 2% disseram não saber qual candidato escolherão.

No segundo cenário, Doria é substituído pelo também tucano Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul. A situação quase não muda. Lula mantém os 46% e Bolsonaro continua com 25%. Ciro vai a 9%, Mandetta fica com 5% e Leite, com 3%. Os percentuais de votos em branco/nulos e de indecisos se repetem.

Em maio, segundo o Datafolha, Lula tinha 41% e o atual presidente, 23%.

Na pesquisa espontânea, Lula tem 26% e Bolsonaro, 19%. Ciro figura com 2%.

Segundo turno

Em possível segundo turno, Lula venceria Bolsonaro com facilidade: 58% a 31%. Ciro também derrotaria o atual presidente, por 50% a 34%.

Bolsonaro é, de longe, o mais rejeitado, com 59% dos eleitores afirmando que não votariam nele. Doria e Lula têm 37% e Ciro, 31%.

De acordo com o instituto, foram ouvidas 2.074 pessoas acima de 16 anos, na quarta e quinta-feira (7 e 8), em 146 cidades. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

Outras pesquisas divulgadas na última semana – CNT/MDA, Quaest/Genial e PoderData – também confirmam a preferência por Lula.

*Com informações da Folha de S. Paulo e da CUT