Reajuste de 39% no gás pode inflacionar preços

O reajuste de 39% do gás natural (GNP) nas refinarias da Petrobras a partir do dia 1° de maio, vai ter um efeito cascata com impactos nos índices de inflação. Isto porque diferente do gás de botijão (GLP), o gás natural é utilizado industrialmente, e o aumento em seu preço encarece a produção.

A técnica do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/Subseção da CUT) explica que esse tipo de combustível é mais utilizado pela indústria (43%), e para a geração de energia elétrica (38%). Segundo ela, ainda que não atinja as famílias diretamente, já que o número de residências que usam o gás encanado é pequeno, haverá impacto grande na economia e na inflação, já que é  um insumo importante para as indústrias.

GLP X GNP

Os reajustes do gás de botijão (GLP) foram menores até agora, mas constantes. Em 12 meses, o GLP já teve um reajuste de 20.01%. O último reajuste, em março foi de 4,98%.

Adriana Marcolino ressalta que esses constantes reajustes  são consequência da política de preços da Petrobras – a PPI (Política de Paridade de Importação) – que faz com que o preço praticado no Brasil acompanhe a variação do dólar e do mercado internacional.

Auxílio emergencial insuficiente pode gerar caos social

Economistas alertam que o país pode viver um caos social com o valor do auxílio emergencial menor e o aumento dos preços dos alimentos.

A nova rodada do benefício começou a ser paga na semana passada. Mas desta vez os valores são bem menores.  São quatro parcelas que variam de R$ 150 a R$ 375 – R$ 150 (pessoas sozinhas) e R$ 250 (demais famílias) até R$ 375 (mães solo).

O valor do benefício de 2021 é infinitamente menor ao concedido em 2020 – R$ 600 e R$1.200 (mães solo) e essa diminuição impacta no quadro social e econômico do país.

“O  programa de transferência de renda, ao invés de ser reajustado, diminuiu. Isso vai na contramão das medidas fundamentais para melhorar a situação do país”, ressalta o pesquisador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Francisco Menezes.

De acordo com o pesquisador se nada for feito vai aumentar o número de brasileiros passando fome no país e viveremos um caos social jamais visto na história.  Menezes lembra ainda que a economia também vai sofrer muito, já que os programas de transferência de renda são altamente impulsionadores do crescimento econômico

Além do valor menor, o benefício de 2021 também atingirá menos pessoas –  22,6 milhões de brasileiros, que  foram contemplados em 2020 não serão neste ano. Só receberão o benefício famílias com renda total de até três salários mínimos por mês (R$ 3.300), desde que cada pessoa da casa não tenha renda acima de meio salário mínimo equivalente a R$ 550 reais. Não serão abertos novos cadastros.

Setor farmacêutico assina acordo que garante reajuste de 6,94% e direitos

O setor farmacêutico garantiu um reajuste de 6,94% em todas as faixas salariais, até o teto de R$ 8.800.  O acordo coletivo da categoria, que foi assinado nesta  segunda-feira (12) numa reunião de zoom, também garante todas as cláusulas sociais até 2023.

A expectativa inicial era de um reajuste de cerca de 6,5%, mas devido a alta da inflação no mês de março (0,86%), o índice acumulado para os últimos doze meses, referente a data-base da categoria (1º de abril), fechou em 6,94%, ligeiramente acima do esperado.

Os novos pisos da categoria passam para R$ 1.719,37 (empresas até 100 trabalhadores) e R$ 1.930,98 (nas empresas maiores).  Os trabalhadores que ganham acima do teto de R$ 8.800, receberão um reajuste fixo de R$ 610,72.

No vale-alimentação o reajuste foi de mais de 10%. Nas empresas com até 100 trabalhadores a correção será de 10,5% e o vale passa a ser de R$ 266. Nas empresas maiores a correção será  de 10,6% e o vale passa a ser de R$ 400.

PL fura-fila da vacina privilegia ricos

O Projeto de Lei 948/2021, aprovado pela Câmara dos Deputados esta semana, causou indignação em todos que defendem um processo de vacinação democrático, justo e rápido para todos.

O projeto, que está sendo chamado de fura-fila da vacina, propõe que o setor privado adquira vacinas diretamente com as fabricantes,  para imunizar os integrantes de organizações privadas.

Entidades que defendem o SUS, como a CUT e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS) vão pressionar os  senadores para que  barrem a proposta, que ainda depende de votação no Senado.

Para a CUT, o PL desorganiza ainda mais o Plano Nacional de Imunização e privilegia os mais ricos no acesso à vacina.

Centrais sindicais acionam STF por lockdown e auxílio de R$ 600

A CUT,  as demais centrais sindicais, confederações, federações, sindicatos, cientistas e diversas entidades que compõem o Conselho Nacional de Saúde (CNS) entraram com uma ação no Superior Tribunal Federal (STF), com o objetivo de obrigar o governo Bolsonaro a decretar um lockdown de 21 dias com  auxílio emergêncial digno, de no mínimo R$ 600, e o restabelecimento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEM) que, segundo o próprio Ministério da Economia, ajudou a preservar 10 milhões de empregos, com as medidas de redução proporcional de jornada de trabalho e de salário e de suspensão temporária do contrato de trabalho, mediante convenção ou acordo coletivo de trabalho, como originalmente previstos na Lei nº 14.020/2020.

De acordo com a secretária Nacional de Saúde do Trabalhador na CUT, Madalena Margarida da Silva, os autores  estão articulando esta ação há algumas semanas, baseados em alertas de especialistas, médicos, sanitaristas e documentos da FioCruz sobre a necessidade de fechar o país para conter a doença e salvar o SUS de um colapso total. Muitos hospitais já estão colapsando e há risco de falta de oxigênio em mais de mil cidades.

“Não tem vacina para todo mundo, as mortes e os casos da doença não param de crescer e se não pararmos o país agora vamos continuar a perder vidas para esta doença. Nós estamos pedindo ajuda da Justiça para exigir de Bolsonaro e de todos entes federativos um lockdown de 21 dias com um auxílio emergencial decente, proteção aos trabalhadores e  uma ajuda para as micro e pequenas empresas, que são as que mais empregam no país. Só assim é que vamos conseguir controlar esta doença no país e o SUS e salvar vidas”, afirmou a dirigente.

*Com informações da CUT

Pressão, medo do desemprego, perda de direitos: o outro lado da pandemia

Pressão por metas, medo constante do desemprego, direitos cada vez mais escassos. Tudo isso que já assolava os trabalhadores há anos foi agravado pela pandemia do novo coronavírus. O resultado é que o Brasil terá de administrar cada vez mais uma legião de adoecidos tanto pela forma de gestão das empresas como pela precarização do trabalho. O trabalhador adoece cada vez mais na pandemia.

Doutora em Sociologia pela Unicamp, Luci Praun afirma que a pressão por metas é parte do cotidiano de parcela significativa da classe trabalhadora. “A adoção desse dispositivo resulta dos processos de reorganização do trabalho realizados a partir dos anos 1980-90, baseados em modelos de gestão flexível”, diz. “Essa gestão flexível introduziu não somente a gestão por metas, mas, além de outros, um dispositivo que opera de forma diretamente articulada às metas, potencializando a pressão sobre os trabalhadores e trabalhadoras: as avaliações de desempenho individuais e coletivas.”

Autora do livro Reestruturação Produtiva, Saúde e Degradação do Trabalho, Praun explica que essas formas de pressão têm efetividade como parte de um contexto em que há profunda precarização do trabalho. “À pressão por metas soma-se à pressão exercida pelo desemprego crescente, pela perda constante de direitos, baixos salários, enfim, ao ambiente de incerteza e insegurança que perpassa o mundo do trabalho atualmente.”

Trabalho em casa

Toda essa pressão somou-se, há mais de um ano, à pandemia do novo coronavírus e à necessidade de ficar em casa para evitar o contágio pela covid-19. Isso, além de aprofundar pressões já existentes, instituiu outras . E o trabalhador adoece mais na pandemia. “Um exemplo pode ser localizado na ampliação do uso do teletrabalho e do home office. Essas formas de organização do trabalho têm incorporado, em muitas situações, os chamados planos de trabalho”, ensina a socióloga. “Sob o pretexto de que o trabalho está sendo realizado à distância, sem o controle direto da chefia imediata, foi construído o falso argumento da necessidade de estabelecimento de metas a serem atingidas.”

Praun cita o aumento dos trabalhos por aplicativos, o chamado trabalho uberizado. “Ele articula não somente a avaliação de desempenho ao cumprimento de metas, mas diretamente a remuneração. Ganha-se na medida em que entrega-se o serviço, e a permanência neste tipo de trabalho também depende da avaliação realizada diretamente pelo consumidor.”

Saúde comprometida

Luci Praun integra o Grupo de Pesquisa Mundo do Trabalho e suas Metamorfoses, da Unicamp, e deixa claro: essas formas assumidas pelo trabalho têm repercutido negativamente na saúde dos trabalhadores. “É preciso salientar que as metas estão a serviço de ampliar a produtividade e a intensidade do trabalho. Menos trabalhadores fazendo muito mais atividades e tarefas que antes”, ensina. “Sendo assim, elas operam no sentido de retirar do trabalhador o máximo possível no menor espaço de tempo. Os resultados têm sido a formação de um contingente crescente de adoecidos, homens e mulheres esgotados e inseguros quanto ao futuro.”

A médica Maria Maeno, mestre e doutora em Saúde Pública, ressalta que o trabalho remoto representa um passo a mais a aprofundar a impossibilidade de desconexão. E isso pode piorar a situação em que o trabalhador adoece na pandemia. “O habitual contexto de insegurança e de medo de demissão se combinam ao do trabalho remoto e potencializam a invasão dos ‘tempos livres’ pelo trabalho. São ingredientes favoráveis para maiores possibilidades de pressão e adoecimento, com acometimento físico e psíquico”, avalia a médica. “E não se trata de um problema individual, mas de saúde pública que atinge os trabalhadores em escala crescente.”

Quadros agravados

Especialista em Saúde do Trabalhador, Maria Maeno ressalta um outro aspecto importante a ser considerado nesse contexto em que reinam medo da demissão, sobrecarga de trabalho e impossibilidade de desconexão. “As pessoas com doenças crônicas tendem a diminuir ou abandonar o acompanhamento clínico, o que contribui para o agravamento dos seus quadros”, afirma. “Relevante lembrar que segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2014), 57,4 milhões, que perfazem 40% da população adulta brasileira, tem pelo menos uma doença crônica não transmissível, como diabetes, hipertensão arterial, afecção da coluna e depressão. Essas doenças são responsáveis por 72% das causas de óbitos no Brasil.”

A médica explica que esse tipo de doenças têm origem multicausal. “Assim, o reconhecimento do peso da atividade laboral em seu desencadeamento ou agravamento, será ainda mais dificultado no trabalho remoto combinado eventualmente com regime de trabalho intermitente.”

Governo que atrapalha

As dificuldades decorrentes da pandemia do novo coronavírus em todo o mundo, no Brasil são agravadas pela postura negacionista do governo federal. Enquanto diversos países lançam pacotes bilionários de incentivo e apoio às pessoas e ao setor privado, o governo de Jair Bolsonaro reduziu a presença do Estado na economia e como provedor das políticas sociais. Assim, observa o Dieese em seu boletim de conjuntura de março passado, enquanto o trabalhador adoece na pandemia, a atuação do governo afasta qualquer perspectiva futura de recuperação do mercado de trabalho e de desenvolvimento nacional.

“A taxa de desocupação ficou em 13,9% no quarto trimestre de 2020 e, na média do ano, alcançou 13,5%, a maior desde 2012. Eram 13,4 milhões de pessoas procurando trabalho no país”, detalha o instituto. “O número de desalentados no quarto trimestre de 2020, pessoas que desistiram de procurar emprego por não acreditarem que vão encontrar uma vaga, alcançou 5,8 milhões de pessoas, alta de 16,1% em relação a 2019 e também o maior contingente da série anual da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).”

De acordo com o Dieese, esses dados revelam piora em relação aos dois anos anteriores, em decorrência da paralisação de alguns setores, devido à pandemia de covid-19. “No ano passado, a população ocupada foi reduzida em 7,3 milhões de pessoas, chegando ao menor número da série anual desde 2012. O Brasil saiu, em 2019, de 93,4 milhões de ocupados – o maior contingente da série histórica ­ para 86,1 milhões, em 2020. Segundo os técnicos do IBGE, pela primeira vez na série histórica anual, menos de 50% da população em idade para trabalhar estava ocupada no país. Esse fato revela a gravidade do momento que o Brasil atravessa.”

E pode piorar

O instituto alerta: diante da retomada do auxílio emergencial em valores inferiores, a evolução do desemprego e as “trapalhadas” no processo de vacinação contra a covid-19, a situação da economia pode se agravar ainda mais. “Um dos fatores essenciais para o processo industrial é a solidez do mercado de massas, ou seja, a capacidade da população para consumir, articulada com políticas tecnológicas e de inovação. Nos últimos anos, o mercado interno tem sido sistematicamente afetado pelo desemprego, empobrecimento da população, precarização do trabalho, aprofundamento da desindustrialização etc. Todo esse processo, amplamente aprofundado com o governo de Jair Bolsonaro, afeta diretamente a produção industrial interna.”

Cresceu também o trágico número de famílias em situação de extrema pobreza, o maior desde 2014. São mais de 14 milhões ou cerca de 39,9 milhões de pessoas na miséria no Brasil. São famílias que sobrevivem com renda mensal de até R$ 89 por pessoa. “O país tem uma “bomba-relógio” social. Da parte do governo, não há plano ou estratégia para enfrentar uma crise dessa magnitude”, define o Dieese.

Assembleia define delegados que participarão dos congressos da CNQ e Fetquim

Os trabalhadores associados do Sindicato realizam uma assembleia virtual no próximo dia 9 de abril (sexta-feira), às 19 horas.  Para participar é preciso se cadastrar antecipadamente neste link.

Durante o encontro serão definidos os delegados que irão representar a categoria no IX Congresso da CNQ (Confederação Nacional dos Químicos), que será realizado nos dias 5 e 6 de maio de 2021;  e no V Congresso da Fetquim (Federação dos Trabalhadores Químicos), que será realizado nos dias 9 e 10 de junho.

 

Brasil registra 4,2 mil mortes em 24 horas

O Brasil registrou nesta terça-feira (6) mais de 4 mil mortes por Covid-19, em apenas 24 horas e, apesar da tragédia, o governo Bolsonaro, não decreta medidas para conter aglomerações, não pratica o distanciamento social  e nem garante vacinas para todos

Os números desta terça-feira  foram puxados pela alta de mortes em dez estados. Em São Paulo foram 1.389, o maior recorde até agora, Rio Grande do Sul 418, Goiás 366, Rio de janeiro 347, Paraná 280, Santa Catarina 224, Ceará 142, Bahia 122, Espírito Santo 110, Mato Grosso 107. Só nestes estados, o total de vítimas soma 3.505.

Com a explosão de mortes, o número total de vidas perdidas da pandemia chegou a 337.364, segundo o consórcio de imprensa.

19 milhões de brasileiros estão passando fome

Durante o primeiro ano da pandemia do novo coronavírus 116,8 milhões de brasileiros não se alimentaram de forma adequada, ou seja, tiveram algum grau de insegurança alimentar.  Deste total, 19 milhões de brasileiros não tiveram o que comer.

Os dados são do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), em dezembro do ano passado, em 2.180 domicílios nas cinco regiões do país.

Com o agravamento da crise sanitária e a alta do desemprego – que atinge mais de 14,3 milhões de pessoas – a situação deve piorar muito este ano.

Mesmo com o auxílio de R$ 600 pago no ano passado, 28% dos domicílios onde as pessoas haviam recebido o benefício, conviveram com insegurança alimentar grave (passaram fome)  ou moderada (comeram menos do que precisavam). Em outros 37,6%, as pessoas viveram insegurança alimentar de forma leve. Já entre os que não receberam o auxílio, 10,2% passaram por insegurança grave ou moderada, e a maior parte deles, 60,3% viveram em segurança alimentar.

Este ano, com o auxílio bem menor e chegando a bem menos gente, a tendência é a situação se agravar ainda mais.

A situação está crítica também nas ONGs que arrecadam alimentos. Com a crise afetando todas as camadas sociais da população, as doações também diminuíram.

Onde doar

O governo de São Paulo lançou a campanha: doe um quilo de alimento não perecível quando for se vacinar.

MTST criou o Cozinhas solidárias para combater a fome nas periferias durante a pandemia. As doações são feitas por meio de página de financiamento coletivo.

Coalizão Negra Por Direitos, em parceria com a Anistia Internacional, Oxfam Brasil, Redes da Maré, Ação Brasileira de Combate às Desigualdades, 342 Artes, Nossas – Rede de Ativismo, Instituto Ethos, Orgânico Solidário e Grupo Prerrô, mobilizam suas forças junto com coletivos para arrecadar fundos para ações emergenciais de enfrentamento à fome, à miséria e à violência na pandemia de Covid-19. Site e doações: https://www.temgentecomfome.com.br/

Mães de Favela: Ajuda mulheres que criam família sozinhas em comunidades carentes. As doações são feitas através do site: https://www.maesdafavela.com.br/

Adote uma família em Paraisópolis, em São Paulo, entrega  cestas básicas, marmitas, kits de higiene e máscaras. Para mais informações pelo site: www.novaparaisopolis.com.br/

Central Única das Favelas (Cufa)  distribui alimentos em áreas carentes por todo o país. O objetivo é ajudar mães que não tem como garantir comida em casa durante a pandemia do coronavírus. Quem quiser doar, basta acessar o link. https://www.cufa.org.br/

Nosso Sindicato também está nessa luta desde o começo da pandemia arrecadando e distribuindo cestas básicas. A partir da próxima semana o Sindicato terá postos itinerantes de arrecadação nas subsedes. Acompanhe nas nossas redes sociais informações atualizadas.

*Com informações da CUT    

Pesquisa XP aponta Lula na liderança nas próximas eleições

A pesquisa XP/Ipespe de intenções de voto para 2022, divulgada ontem (5) apresenta Lula tecnicamente empatado com Bolsonaro, no primeiro turno. Lula saltou de 17% das intensões de voto em maio de 2020, para 29% atualmente.  Já Bolsonaro ainda aparece com 28% das intenções.  Esta simulação foi estimulada, quando o eleitor escolhe o seu candidato dentre as opções apresentadas pelo entrevistador.

Já na simulação espontânea, quando o entrevistado responde o nome que quiser, Lula aparece com 21% das intenções de voto e Bolsonaro, com 24%. Ambos estão empatados tecnicamente também nesse índice, dentro da margem de erro. No entanto, o salto de Lula é relevante: saiu de 5% em 21 fevereiro de 2021 e foi para 17% em 11 de março, data da última pesquisa XP/Ipespe, chegando em abril a 21%. Bolsonaro, por sua vez, tinha 25% em março e está entre a queda e a estagnação.

O levantamento também aponta que a avaliação negativa (ruim/péssimo) do governo Jair Bolsonaro subiu três pontos percentuais e agora soma 48%, em comparação à última rodada da pesquisa divulgada em março passado.

Segundo a sondagem, 60% dos entrevistados passaram a desaprovar a maneira como Jair Bolsonaro administra o país, frente a 56% em março e em oposição a 33% que ainda afirmam aprovar a administração atual. Não souberam ou não responderam a essa questão 7% dos pesquisados.

O levantamento XP/Ipespe foi realizado entre os dias 29 e 31 de março