Gasolina sobe 34,4% só este ano

Pela sexta vez neste ano, a Petrobras decidiu aumentar o preço do diesel, e pela quinta vez o da gasolina. A partir de sexta-feira (19),com o novo reajuste nas refinarias em torno de 15%, o diesel ficará em R$ 2,58,o litro (aumento de R$0,34) e a gasolina chegará a R$ 2,48, o litro, com o reajuste em torno de 10% (aumento de R$ 0,23).

De janeiro de 2021 até agora, o acumulado de reajustes foi de 34,4% para a gasolina e 27,7% para o diesel. O último aumento ocorreu há dez dias, em 8 de fevereiro. Ainda não se sabe qual o percentual que deverá ser repassado ao consumidor no preço final na bomba dos postos de combustíveis, e nem se isto se refletirá também nos preços do GLP, gás de cozinha.

Desta vez, a desculpa pelo novo reajuste é a nevasca no Texas, nos Estados Unidos. O estado norte-americano paralisou a produção das refinarias locais, responsáveis pela produção de cerca de um milhão de barris por dia, o equivalente a um terço do volume produzido no Brasil.

Apesar das declarações do presidente  Bolsonaro isentando o governo federal de responsabilidade sobre os aumentos nos preços do gás, gasolina e diesel, a verdade é que a política de preços adotada pela Petrobras, de paridade com o mercado internacional, está onerando o preço final e pesando no bolso dos brasileiros.

 

 

Novas carreatas ocorrem dias 20 e 21, por vacina e pelo Fora Bolsonaro  

Na semana em que o Brasil supera a marca de 240 mil mortes por covid-19 e dias após o governo federal flexibilizar, ainda mais, o porte de armas, as Frentes Povo Sem medo e Brasil Popular convocam novas carreatas e bicicletadas por todo país no final de semana.

Em São Paulo, atos estão sendo convocados na capital, Região Metropolitana, interior e litoral nos dias 20 e 21 de fevereiro.

Os atos realizados por meio de veículos ou bicicletas foram a maneira encontrada para que as pessoas pudessem se manifestar sem colocar vidas em risco por ocasião da pandemia de covid-19. A orientação dos organizadores é que cada participante permaneça em seu veículo durante o trajeto e utilize máscaras e álcool gel.

Entre as bandeiras estão a urgência na aquisição e produção de vacinas que garantam a imunização de toda população, a volta do auxílio-emergencial no valor de R$ 600, o adiamento do retorno às aulas e o debate, pelo Congresso, sobre os mais de 60 pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro (ex-PSL).

As carreatas ganharam força neste início de ano, coincidindo com a queda na popularidade do presidente, que se mostra cada vez mais despreparado para o cargo. Somente 28% da população acham que Bolsonaro fez algo para combater o coronavírus, segundo a mais recente pesquisa Datafolha. O Brasil é o segundo país do mundo em número de mortes, perdendo somente para os Estados Unidos. Além disso, o presidente segue insistindo no uso de medicamentos ineficazes e em discursos conspiratórios de negação do vírus.

Os manifestantes da capital paulista terão quatro pontos de concentração para saídas no sábado, dia 20. A proposta é que as carreatas se encontrem durante o trajeto para finalizarem na Avenida Paulista. Previsto para iniciar às 14h, haverá partidas da Praça Charles Miller (Estacionamento do Pacaembu), na Avenida Vitor Manzini (Largo do Socorro), em frente ao Estádio do Corinthians (estacionamento do Itaquerão) e na Estrada do Sabão, 800, na Brasilândia.

Indústria farmacêutica cresce na pandemia

A indústria farmacêutica registrou crescimento de 12,13% em 2020 (R$ 126 bilhões). Em 2019 o crescimento registrado foi de 9,25%.

O aumento de vendas em unidades foi de 8,33% (R$4,7 bilhões). O dobro do que o registrado em 2019 (4,66%).  A capacidade instalada da indústria segue estável em 76,8%.

Foram gerados mais 1.337 postos de trabalho no estado de São Paulo. Até entre os propagandistas da indústria farmacêutica, uma das áreas dentro deste mercado afetadas pela crise, houve saldo positivo de 151 empregos.

Os dados são do Dieese e mostram que a indústria farmacêutica não foi afetada pela pandemia. “Mesmo com o dólar nas alturas e a dependência de insumos importados, o setor continua crescendo e melhorou sua performance durante a pandemia”, afirma Deusdete José das Virgens, diretor do Sindicato e coordenador de Finanças da Fetquim.

Farmacêuticos discutem pauta da Campanha Salarial 2021

Os Sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores Químicos (Fetquim) se reuniram vitualmente na última quinta-feira (18) para debater a Campanha Salarial 2021 do setor farmacêutico e definiram algumas bandeiras de luta.

A pré-pauta, que ainda deve ser discutida com os trabalhadores da base, contempla:  reposição da inflação mais ganho real de 3%, reajuste de 10% no piso salarial e PLR equivalente a dois pisos salariais.

Vale lembrar que as cláusulas sociais da Convenção Coletiva continuam em vigor até 2022.

Os dirigentes também apontaram a importância de reforçar a luta por vacina para todos, pela manutenção do SUS público e da farmácia popular. Também estão debatendo regras claras para definir uma ajuda de custo para os trabalhadores em home office durante a pandemia.

Fique ligado em nossas redes sociais e acompanhe a chamada para a assembleia virtual de aprovação da pauta.

Pauta de reivindicações a ser aprovada pela categoria

Reajuste: INPC + 3% de ganho real (8,95%)

Piso Salarial: reajuste de 10%

PLR:  dois pisos salariais

Nova cepa do coronavírus se espalha no Brasil

A nova cepa do coronavírus, identificada em Manaus, no Amazonas, se espalha pelo Brasil e pode explodir os casos da doença nos próximos dias com o desrespeito ao distanciamento social e festas clandestinas no carnaval. Além do Amazonas, a mutação do vírus chegou em São Paulo, Ceará, Espírito Santo, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima e Santa Catarina.

Com a nova variante do vírus, cientistas já temem uma 3ª onda da Covid-19 no país. Segundo autoridades de saúde, há registros também na Bahia e um caso registrado no Rio Grande do Sul. O levantamento foi divulgado pelo Ministério da Saúde, de acordo com o jornal O Globo.

Internações de crianças por Covid-19 crescem após volta às aulas

Os hospitais infantis Cândido Fontoura, Darcy Vargas e Menino Jesus, todos na capital paulista, registraram aumento significativo de internações de crianças com covid-19, logo em seguida à volta às aulas na rede particular de São Paulo. Na comparação entre os dias 2 e 9 de fevereiro, o Darcy Vargas teve aumento de 4 para 8 internações de crianças com covid-19. No Cândido Fontoura, o aumento foi de 7 para 12 internações. E no Menino Jesus, de 7 para 9. Ainda que seja baixo em comparação com o número de internações de adultos, é o maior número para crianças desde dezembro.

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) contabiliza 329 casos de covid-19, entre professores e outros trabalhadores da educação estadual, ocorrido em 186 escolas de São Paulo. Os dados mostram uma disparada da pandemia nas escolas, já que em 8 de fevereiro haviam sido detectados 209 casos em 96 unidades. Ao menos sete funcionários morreram em decorrência da doença em escolas de São Paulo, São José do Rio Preto, Leme, Praia Grande e Guapiara.

Bolsonaro está matando o programa Minha Casa Minha Vida   

Os investimentos no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) caíram de R$11,4 bilhões, em 2009, para R$ 2,54 bilhões, em 2020, no governo Bolsonaro.  Sem recursos, o maior programa habitacional da história do país, criado no governo Lula, está morrendo.

Os dados consolidados de 2020, foram conseguidos pelo jornal Brasil de Fato via Lei de Acesso à Informação (LAI).

Casa Verde e Amarela

Há sete meses, o governo Bolsonaro apresentou um substituto do MCMV, batizado de Casa Verde e Amarela, que, na avaliação da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), tem menos autonomia e menos democracia.

Com o programa Casa Verde e Amarela o governo planeja atender  1,6 milhão de famílias por meio de financiamento habitacional até 2024. Mas o Brasil possui hoje um déficit de 7,797 milhões de moradias, segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).

 

 

Prato do brasileiro fica 43,4% mais caro em 2020

A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) informou nesta quinta-feira (11) que o preço do prato feito no Brasil subiu 43,4% em 2020.

A combinação arroz, feijão e carne, mais tomate e batata, simplesmente disparou no ano da pandemia, com destaque para a aceleração no preço do arroz, com 83,7% de elevação.

Na venda de todos os produtos, o ano de 2020 foi positivo para o setor de supermercados, que acumulou alta de 9,36% nas vendas de janeiro a dezembro na comparação com o mesmo período de 2019. Os números são do Índice Nacional de Vendas da Abras.

O feijão subiu 35,4%; a batata, 71,5% e o tomate, 33,1%.

Já a carne teve variação de 12,0% (traseiro) a 28,2% (dianteiro). O frango ficou 15,9% mais caro em 2020.

Para efeito de comparação, a inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), fechou 2020 em 4,5%. Em janeiro, o índice perdeu ritmo, ficando em 0,25%.

Professores da rede municipal entram em greve

Os professores da rede municipal de educação da cidade de São Paulo entram em greve a partir de amanhã (10). Na rede estadual, os professores iniciaram greve na última segunda-feira (8).

Os professores reivindicam condições seguras para a volta às aulas presenciais e a manutenção do ensino remoto enquanto não houver efetivo controle da pandemia de covid-19. A decisão foi unânime, nas assembleias dos sindicatos de professores e de outros trabalhadores da educação na capital paulista.

42% dos brasileiros classificam Bolsonaro como ruim ou péssimo

Para 42% dos brasileiros o governo Bolsonaro é ruim ou péssimo. Em setembro de 2020 a reprovação do presidente era de 31%. Em janeiro já estava em 40% e agora subiu para 42%.  A informação é da rodada de fevereiro da pesquisa XP/Ipespe, divulgada nesta segunda-feira (8).

A alta na reprovação é impulsionada principalmente pelo grupo dos mais pobres (entre os que ganham até dois salários mínimos saltou de 39% para 45%) e pelas regiões Norte-Centro-Oeste (32% para 40%) e Nordeste (43% para 48%).

O levantamento mostra também que teve piora residual a avaliação da atuação de Bolsonaro no combate ao coronavírus. Oscilou de 52% para 53% os que a veem como ruim ou péssima – percentual que cresce desde outubro, quando o grupo correspondia a 47%.

Sobre a imunização, passou de 69% para 77% os que dizem que com certeza irão se vacinar.

Sobre o auxílio emergencial pago pelo governo, 53% acham que o governo deveria criar outro benefício semelhante por mais alguns meses e 17% acham que o Bolsa Família deveria ser ampliado. Quase a metade da população (49%), no entanto, acha que o governo não fará uma coisa nem outra.

Metodologia

Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 2, 3 e 4 de fevereiro.

A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

*Com informações da CUT