Ações trabalhistas disparam durante a pandemia

De acordo com o Termômetro Covid-19 na Justiça do Trabalho desde o começo da pandemia no país, em março, já foram movidas 35.699 ações trabalhistas relacionadas à Covid-19. O valor total das causas ultrapassa R$ 1,99 bilhões, equivalente a uma média de R$ 55.715 por processo.

De acordo com o diretor-técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Fausto Augusto Junior, esse número de ações trabalhistas não se deve somente ao aumento do número de demissões durante a pandemia – e à falta de pagamentos dos direitos trabalhistas –, mas também pela confusão criada pelas Medidas Provisórias (MPs) 927 e 936, que alteram dispositivos da legislação trabalhista e correm no Congresso Nacional.

“Quando você mexe numa legislação que foi historicamente consolidada, isso já aconteceu na reforma trabalhista de 2017, você  coloca todo sistema de relação de trabalho em crise e de fato você  cria insegurança jurídica. Até a Justiça se pronunciar isso vai levar um tempo. Isso causa muita insegurança.”

Entre as alterações geradas por medidas provisórias estão a redução pela metade o pagamento da multa do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), bem como férias e 13º salário proporcionais, com base na MP 927, e a redução de jornada ou a suspensão dos contratos de trabalho em acordos sem a participação dos sindicatos, permitidas pela MP 936. O texto da medida prevê que o acordo individual só seja possível para trabalhadores com salários de até R$ 3.135 (três mínimos) ou acima de R$ 12.202,00. Mas, segundo o diretor do Dieese, esse tipo de acordo também está sendo aplicado para essa ampla faixa intermediária de rendimentos, para a qual é exigido o acompanhamento das entidades representativas. Daí a quantidade de ações trabalhistas.

“De um lado insegurança para que algumas empresas implementem essas medidas e outras que implementam e erram, e outras que implementam e se aproveitam, inclusive, dessa instabilidade jurídica para fazer o que eles acham que tem que fazer e segura a bronca no judiciário depois”, explica Junior.

Culpa do governo

O economista explica que, no caso das empresas que não agem de má-fé, os processos trabalhistas se devem a erros nas interpretações das medidas provisórias ou mesmo à falência dos empresários, que não têm dinheiro para o pagamento das demissões.

Problema gerado, segundo ele, “por culpa” do governo de Jair Bolsonaro que implementou um programa para financiar a folha de pagamento que não funcionou, uma vez que poucas empresas conseguiram acessar, e não previu nenhum tipo de auxílio para pequenas empresa.

“Na cabeça desse governo a única coisa que o patrão tem que fazer é mandar o cara embora e não pagar os direitos, quando na verdade num  momento como esse a política deveria ser manter o emprego”, aponta.

*Com informações da CUT

Democracia em risco

A democracia brasileira está em risco desde o impeachment da presidenta Dilma Rousseff que se deu de forma totalmente arbitrária.

Os  constantes ataques do presidente Bolsonaro ao STF (Supremo Tribunal Federal) e sua participação em atos antidemocráticos acenderam o alerta em toda a sociedade brasileira.

Na última semana artistas, intelectuais e formadores de opinião defenderam nas redes sociais a democracia  e o debate tomou conta do país.

O presidente da CUT Estadual, Douglas Izzo, escreveu um artigo em que coloca claramente os desdobramentos do jogo político. Leia o artigo abaixo!

Bolsonaro avança sobre a democracia

Há pouco mais de um mês escrevi um texto abordando a falta de ação do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) no combate à pandemia do novo coronavírus, pois ao invés de se preocupar em cuidar das pessoas, o presidente segue mais preocupado em fazer disputas políticas.

Os desdobramentos desse jogo político e as ações desencadeadas a partir do avanço das investigações sobre os esquemas de financiamento e produção de fake news, que chegou a importantes nomes conhecidos pela defesa intransigente do bolsonarismo, demonstram que essas ações podem ser mesmo uma estratégia de Bolsonaro e seus apoiadores.

Promovem atos antidemocráticos, exibindo cartazes e faixas com pedidos de fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) e até de intervenção militar, mas com Bolsonaro no poder!

Cabe lembrar que, no final de maio, em uma live, o deputado Eduardo Bolsonaro disse que uma ‘ruptura institucional’ era uma questão de tempo – fala que entra para uma série de declarações antidemocráticas feitas pelo filho 03 do presidente desde as eleições de 2018.

E para ampliar a visibilidade midiática e despertar a revolta e a indignação de quem defende as instituições constitucionais e a democracia, Bolsonaro marca presença em manifestações, ainda que contrariando os princípios democráticos do cargo e as recomendações das autoridades sanitárias em manter o distanciamento social devido à pandemia da Covid-19.

Diante desse cenário, assistimos no último domingo de maio (31) cenas de uma batalha na avenida Paulista, em São Paulo, não vistas desde as manifestações de junho de 2013. Torcedores de times rivais como São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, entre outros, se uniram em uma manifestação pacífica, em frente ao Masp,  em defesa da democracia, contra o fascismo e o governo Bolsonaro.

Com a chegada da Tropa de Choque da Polícia Militar (PM), teve início um confronto com manifestantes do ato pró-democracia. Já em outro ponto da mesma avenida, em frente à Fiesp, grupos bolsonaristas que estavam lá para um ato antidemocrático e já tinham começado a dispersar voltaram a se concentrar sem serem incomodados pelos policiais.

Embora a PM seja subordinada ao governador tucano João Doria e as justificativas de que a corporação foi ao local para separar os dois grupos, ficou explícito que a polícia foi lá para proteger os bolsonaristas que, inclusive, atacavam o governo paulista. O governador está perdendo o controle sobre sua PM e isso é grave!

Em seu blog no portal UOL, o jornalista Ricardo Kotscho também observa que, neste caso, a PM tomou um lado que “não é segredo para ninguém nos órgãos de segurança que, desde a campanha eleitoral, policiais militares de todos os estados formam a base de apoio mais fiel a Bolsonaro”.

Também no portal UOL, outro jornalista e colunista, Leonardo Sakamoto, ao escrever sobre a manifestação do grupo bolsonarista em Brasília que foi para frente do STF com tochas acesas, analisa que a ação faz parte de uma estratégia para criar impacto midiático.

Já na Folha de S. Paulo, o repórter Igor Gielow, avalia em seu texto que essa confusão na Paulista é “tudo que Bolsonaro queria neste momento”, e mostra que o artigo 142 da Constituição, apontado pelo presidente como alternativa de um golpe, incita ainda mais os grupos bolsonaristas radicais a se voltar contra as instituições, tendo como foco principal agora o STF.

Dessa forma, notamos que, a cada dia, as ações promovidas pelos apoiadores do presidente e até mesmo por seu governo caminham para reforçar a tese bolsonaristas e assim justificar um golpe contra a nossa democracia.

Paralelamente, existem mais de 30 pedidos de impeachment de Bolsonaro na mesa do presidente da Câmara dos Deputados que julga não ser o momento de pautar nenhum deles. Tem ainda o inquérito que apura se houve ou não interferência do presidente da República na Polícia Federal.

O fato é que está na hora de dar um basta nessas ameaças de Bolsonaro, seus aliados e seguidores fanáticos. Não adianta, a cada polêmica ou fato novo provocado pela ação antidemocrática deles, as entidades soltarem notas de repúdio.

O povo espera uma ação concreta para o afastamento, não só de Bolsonaro, mas de seu vice, diante dos constantes ataques deste governo ao Estado Democrático de Direto, às instituições democráticas e aos vários crimes de responsabilidade apontados nos pedidos de impeachment.

Douglas Izzo, presidente da CUT Estadual

 

13 vezes em que o governo Bolsonaro atacou os trabalhadores

Somente no primeiro ano de governo, Bolsonaro apresentou uma série de medidas e normas jurídicas que prejudicam os trabalhadores. Algumas foram barradas e outras aprovadas na Câmara e no Senado, mas somente o fato de apresentá-las ao Congresso Nacional demonstra o total desprezo pela classe trabalhadora.

O levantamento foi feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). Confira a lista completa!

01) extinção e “esquartejamento” do Ministério do Trabalho e Emprego (Lei 13.844/19);

02) as novas regras para acesso aos benefícios previdenciários, com mudanças na carência e na perda de qualidade de segurado e retorno (Lei 13.846/19);

03) MP 889/19 – novas regras de saque do FGTS

Criou o saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. A nova modalidade de saque permite saque de parte do saldo do FGTS no mês do aniversário do contribuinte. Em contrapartida, caso o trabalhador seja demitido sem justa causa, não terá acesso ao resgate.

Alguns itens da MP não foram aprovados como o que acabava com a participação dos trabalhadores no conselho curador do FGTS. Por sugestão do relator foi incluído o fim do monopólio da Caixa na gestão do fundo para ser submetido ao mercado financeiro, o que acabou não ocorrendo. O governo tentou ainda mexer no fundo destinado a várias políticas públicas, como habitação e saneamento, entre outras.  A MP foi sancionada no dia 12 de dezembro e transformada na Lei 13.932/19

04) a Lei da Liberdade Econômica, que trouxe além da redução da burocracia, a flexibilização de regras trabalhistas, como dispensa de registro de ponto para empresas com até 20 empregados, dentre outros aspectos (Lei 13.874/19);

05) o Plano Plurianual (PPA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), com diretrizes para esvaziamento de políticas públicas para criar condições para privatizações dos serviços públicos e das empresas estatais e ausência ou extinção de política para ganho real do salário mínimo e sua manutenção.

06) a MP 905/19, que aprofunda a Reforma Trabalhista ao introduzir em normas temporárias para geração do 1º emprego para jovens, mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A MP foi retirada porque caducaria e a previsão de que o governo perderia a votação;

07) o PL 6.159/19, que desobriga empresas de adotarem política de cotas para pessoas com deficiência ou reabilitadas;

08) a PEC 133/19, Paralela da reforma da Previdência, que estende sua aplicação para os estados e municípios, dentre outros aspectos;

09) o PLP 245/19, que regulamenta a aposentadoria por periculosidade;

10 ) a Reforma Sindical, além da PEC 196/19, do deputado Marcelo Ramos (PL-AM), pode ser enviada proposta do governo, por meio do Gaet (Grupo de Altos Estudos do Trabalho), no âmbito do Ministério da Economia;

11) o Plano Mais Brasil, que compreende as PEC 188/19, que trata do novo marco institucional da ordem fiscal e o Conselho Fiscal da República, fortalecimento da Federação; 187/19, que trata da desvinculação dos fundos públicos; 186/2019, chamada de PEC Emergencial; a Reforma Administrativa (aguarda envio de proposta pelo governo); Reforma Tributária (aguarda envio de proposta pelo governo); e privatizações (aguarda envio de proposta pelo governo);

12) a PEC 438/18, que cria gatilhos para redução de jornada e de salário dos servidores públicos em caso de descumprimentos da “regra de ouro”. Já aprovada pela CCJ da Câmara; e

13) a PEC 182/19, que autoriza a redução de jornada com redução de salário do servidor público.

Bolsonaro veta 8,6 bi que seriam usados no combate a pandemia

Bolsonaro vetou o repasse de R$ 8,6 bilhões de um fundo do Banco Central que foi aprovado pelo Congresso Nacional com o objetivo de ser repassado aos estados e municípios para o combate à pandemia de coronavírus.

O veto foi publicado no Diário Oficial de quarta (3). A justificativa do governo é que a verba deve ser utilizada para financiar a dívida pública.

O economista Guilherme Mello, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) critica a ação e diz que o o veto “não faz o menor sentido”. Como a Emenda Constitucional 10, chamada PEC do Orçamento de Guerra, promulgada pelo Congresso no início do mês, “acabou” com a meta fiscal, não deveria haver preocupação com aumento do déficit primário de 2020.

Mas, principalmente, o veto “não faz o menor sentido durante uma pandemia, quando a prioridade deveria ser o combate à doença e o reforço aos gastos em saúde, assistenciais, e uma série de outros gastos”.

*Com informações da Rede Brasil Atual 

Bolsonaro é culpado por mortes e agravamento da crise, diz CUT

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) divulgou nesta quinta (4) uma resolução em que responsabiliza o governo Bolsonaro pelas mortes no país e pelo agravamento da crise social.

No documento a  Central reforça a luta pelo fim desse governo: “Em defesa da vida, do emprego, da renda, dos direitos e da democracia, ‘fora, Bolsonaro’, dizem os dirigentes da Central no documento, que também apoia iniciativas contra o racismo no Brasil e nos Estados Unidos e incentiva campanhas de solidariedade às vitimas da Covid-19 em todo o país.

A Executiva decidiu, ainda, que todas as ações que estão sendo construídas com as demais centrais e movimentos sociais, frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e organizações da sociedade civil, que culminarão com um pedido de impeachment de Bolsonaro, serão realizadas, por enquanto, sem ações de rua, mantendo, portanto, o isolamento social, única proteção contra o novo coronavírus, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para a  CUT, Bolsonaro e o seu governo, em especial o ministro da Economia Paulo Guedes, são os principais responsável pelas mortes dos brasileiros e pelo agravamento da crise econômica e social no país.

“Ao invés de implementar políticas que protejam o emprego e a renda dos trabalhadores, dos informais e precarizados, e também da população em situação de vulnerabilidade, o governo segue com a destruição e flexibilização dos direitos”, diz trecho da resolução que critica fortemente o discurso e pressão feitos por Bolsonaro pelo retorno rápido e sem sustentação cientifica das atividades econômicas.

A CUT  reforça ainda a necessidade de intensificar a pressão no Congresso Nacional para impedir a aprovação de medidas propostas pelo governo que prejudicam a classe trabalhadora, lembra que foi a pressão que impediu que algumas dessas medidas fossem aprovadas na votação da MP 936 na Câmara e que é preciso reforçar a pressão no Senado, e cita a luta durante o trâmite de outra MP, a 927, que também tem itens nefastos para os trabalhadores.

Nesta sexta-feira (5), Dia Internacional do Meio Ambiente, junto com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, A CUT vai denunciar os crimes da antipolítica ambiental do governo.

Leia a íntegra da resolução abaixo:

Em Defesa da Vida, do Emprego, Salários e a Democracia

Em meio ao recrudescimento da pandemia da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, o governo Bolsonaro aprofunda a sua política insana de boicote ao isolamento social, única maneira de proteger as vidas do povo brasileiro, provocando ainda mais mortes. O Brasil já ultrapassou os 31.000 mortos pela doença e está em segundo lugar em número de casos no mundo.

O isolamento social é a principal ação sanitária para a proteção da vida da classe trabalhadora e rechaçamos medidas de relaxamento sem base técnica e científica para atender a interesses de setores empresariais que colocam o lucro acima da vida. Tudo indica que, com a desastrosa atuação do governo na crise sanitária, que sequer nomeou uma equipe com qualificação técnica para o Ministério da Saúde, que segue nas mãos de militares, em breve estaremos em primeiro lugar em número de mortos.

Reafirmamos que o presidente Bolsonaro e o seu governo, em especial o ministro da Economia Paulo Guedes, são responsáveis pelas mortes dos brasileiros e pelo agravamento da crise econômica e social no país.

Ao invés de implementar políticas que protejam o emprego e a renda dos trabalhadores e das trabalhadoras, dos informais e precarizados, e também da população em situação de vulnerabilidade, o governo segue com a destruição e flexibilização dos direitos. Também não promove nenhuma medida eficiente que possibilite que as pequenas e microempresas possam atravessar a crise e manter o pagamento dos salários e os empregos, omissão que vai contribuir para aumentar o desemprego em números nunca vistos no país.

A defesa dos nossos direitos também passa pela intensificação da pressão sobre os parlamentares para impedir que eles votem medidas no Congresso Nacional que prejudiquem a classe trabalhadora.

A atuação da CUT na votação da Medida Provisória (MP) nº 936, foi decisiva para bloquear algumas dessas medidas e também para aprovar outras de interesse da classe trabalhadora.  Porém, ainda não foi suficiente, precisamos de uma ampla mobilização para alterar os dispositivos que não tivemos êxito na Câmara na votação essa semana no Senado Federal.

A mesma situação vamos enfrentar na votação da MP nº 927. O relator quer resgatar os principais pontos da MP 905, do Contrato Verde e Amarelo, que foi devolvida por pressão da CUT e das centrais.

A CUT entende que essas medidas provisórias representam o aprofundamento da reforma Trabalhista que promove a destruição dos direitos e da organização sindical.

Reafirmamos que nesse momento nossas instâncias e entidades filiadas, devem intensificar as lutas das categorias pela proteção da vida, do emprego e dos salários. Milhões de trabalhadores e trabalhadoras ainda estão na ativa e necessitam do acompanhamento e da ação dos nossos sindicatos para que tenham condições adequadas para exercer suas atividades sem riscos à saúde e a vida, bem como para deter tentativas patronais de retirar direitos.

Não bastasse a crise sanitária e econômica, o presidente Bolsonaro investe cada vez mais no agravamento da crise institucional, no apoio a manifestações inconstitucionais e ilegais, que atacam os poderes Legislativo e Judiciário, ameaçando nossa frágil democracia e o que resta do estado democrático de direito, sem que as instituições atacadas deem uma resposta à altura contra essas violentas arbitrariedades e ilegalidades.

Ao mesmo tempo, aumenta a violência das polícias nas periferias, cujo alvo é a população negra, vítima do racismo estrutural sobre o qual se assenta o fosso da desigualdade, da discriminação e da violência social.

Nos solidarizamos com a família do menino João Pedro, assassinado dentro de casa, em São Gonçalo-RJ, mostrando que para o povo negro deste país nem mesmo o isolamento social é seguro.

Assistimos a mobilização e revolta popular em várias cidades norte-americanas contra o racismo, em resposta ao covarde assassinato de George Floyd por um policial branco. Não é mera coincidência que o recrudescimento das ações violentas e racistas das polícias no Brasil e nos EUA ocorram sob governos de extrema direita, autoritários e com traços neofascistas.

A CUT apoia as diversas iniciativas virtuais, simbólicas e presenciais de categorias e segmentos sociais que também defendem a democracia, protestam contra o governo Bolsonaro e exigem a sua saída, lutam contra o racismo, bem como ressaltamos a necessidade vital de respeito a todas as exigências de proteção dos participantes de manifestações presenciais em relação à pandemia. Em respeito à nossa estratégia da defesa da vida em primeiro lugar, a CUT vai manter e intensificar, prioritariamente, a participação e organização de mobilizações virtuais e nas redes sociais para pressionar governos e patrões.

Na defesa dos direitos, da vida e da democracia, a CUT está engajada nas campanhas “Fora Bolsonaro” porque ele e seu governo são a causa principal do sofrimento do nosso povo e da classe trabalhadora. As demais centrais também já estão realizando uma campanha “Fora Bolsonaro” e devemos intensificar os esforços para organizar conjuntamente e participar das atividades nos estados e ramos.

Nas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também está em curso a campanha “Fora Bolsonaro”, com Dia Nacional de Agitação e Propaganda no dia 5 de junho, quando também estaremos denunciando os crimes da antipolítica ambiental do governo, já que é também o Dia Internacional do Meio Ambiente.

No dia 13 de junho, estaremos engajados na organização de um grande ato virtual “FORA BOLSONARO” e é imprescindível o envolvimento das nossas instâncias e sindicatos para garantir a realização de um grande ato à altura da tarefa de por fim a este governo da morte e da destruição de empregos e direitos.

Coerente com a necessidade do fim imediato de todo o governo Bolsonaro, em defesa da vida, do emprego, da renda, dos direitos e da democracia, a Executiva Nacional da CUT aprovou e vem desenvolvendo esforços para construir uma ampla frente com as centrais sindicais, entidades dos movimentos sociais, frentes e organizações da sociedade civil para também entrar com um pedido de impeachment contra o presidente Bolsonaro.

Finalmente, ressaltamos a importância do movimento sindical cutista a promover e se engajar nas campanhas de solidariedade aos milhares de trabalhadores e trabalhadoras que estão sendo demitidos e às comunidades mais vulneráveis para que possam atravessar esses momentos de dificuldades impostos pela Covid-19 e pelo governo. Nossa atuação nesse campo além de importante para ajudar a garantir a vida das pessoas também é um poderoso instrumento de aproximação, reconexão e estreitamento de relações do movimento sindical cutista com os movimentos sociais e comunitários.

Fora Bolsonaro!

Fora o racismo!

Produção industrial cai 18,8% em abril

A produção industrial brasileira registrou queda de 18,8% no mês abril na comparação com março. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), essa é a queda mais intensa da indústria desde o início da série histórica, em 2002, e o segundo resultado negativo consecutivo, acumulando uma perda de 26,1% no período.  O número reflete os impactos do isolamento social iniciado em meados de março.

A maior queda foi na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, que despencou 88,5%.  No mês anterior, a atividade de veículos já tinha recuado 28,0%. Em dois meses de perdas, a atividade de veículos encolheu 91,7%.

Outras contribuições negativas  sobre o total da indústria foram de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-18,4%), metalurgia (-28,8%), máquinas e equipamentos (-30,8%), bebidas (-37,6%), produtos de borracha e de material plástico (-25,8%), produtos de minerais não-metálicos (-26,4%), produtos de metal (-26,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-33,8%), outros equipamentos de transporte (-76,3%), couro, artigos para viagem e calçados (-48,8%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-37,5%), produtos têxteis (-38,6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-26,0%), outros produtos químicos (-7,3%), produtos diversos (-30,6%) e móveis (-36,7%).

Na direção oposta,  o setor de perfumaria, sabões e produtos de limpeza avançou 1,3%, o setor de alimentos cresceu 3,3% e os  produtos  farmacêuticos avançaram 6,6%.

Bolsonaro e Guedes são antitrabalhador

O objetivo de Bolsonaro é implantar o neoliberalismo econômico no país, ou seja: menos investimentos do Estado, menos programas sociais, menos direitos trabalhistas e mais apoio aos empresários.

A reunião ministerial do dia 22 de abril, divulgada na imprensa com autorização do (STF) Supremo Tribunal Federal deixou ainda mais claro para quem este governo trabalha.

Durante a reunião o ministro da Economia,  Paulo Guedes, se referiu aos trabalhadores informais e desempregados de forma desrespeitosa.  Ele disse que  a pandemia da Covid-19 obrigará o governo a estender por dois ou mais três meses o auxílio emergencial, mas não deveria pagar o valor de R$ 600,00 e, sim, R$ 300,00 ou R$ 200,00. E justificou a redução do valor afirmando que isso era necessário para que a população pobre não achasse que estava tudo bem e não precisaria mais trabalhar.

Para Guedes, quem não tem renda porque a economia parou é vagabundo.

Chamar os brasileiros de vagabundos faz parte da norma deste governo que acredita que os brasileiros mais pobres vão querer receber de graça benefícios sociais e não trabalhar nunca mais, complementa a professora de economia da Unicamp, Marilane Teixeira.

Demonstra uma visão meritocrata de que os indivíduos têm condições de ascender socialmente, e se eles não têm condições melhores de inserção de renda e vida não é por falta de oportunidade, eles não lutaram e não fizerem por merecer, afirma a professora.

“Para Guedes, se o povo pobre não conseguiu estudar e lutar por um emprego melhor, o problema foi deles, é por desajuste de caráter e preguiça de trabalhar. Bolsonaro e Paulo Guedes são irresponsáveis ao levar o conceito de meritocracia num país como o Brasil de sociedade desigual com brutal concentração de renda”, diz a economista da Unicamp.

*Com informações da CUT

Produção industrial cai 18,8% em abril

A produção industrial brasileira registrou queda de 18,8% no mês abril na comparação com março. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), essa é a queda mais intensa da indústria desde o início da série histórica, em 2002, e o segundo resultado negativo consecutivo, acumulando uma perda de 26,1% no período.  O número reflete os impactos do isolamento social iniciado em meados de março.

A maior queda foi na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, que despencou 88,5%.  No mês anterior, a atividade de veículos já tinha recuado 28,0%. Em dois meses de perdas, a atividade de veículos encolheu 91,7%.

Outras contribuições negativas  sobre o total da indústria foram de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-18,4%), metalurgia (-28,8%), máquinas e equipamentos (-30,8%), bebidas (-37,6%), produtos de borracha e de material plástico (-25,8%), produtos de minerais não-metálicos (-26,4%), produtos de metal (-26,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-33,8%), outros equipamentos de transporte (-76,3%), couro, artigos para viagem e calçados (-48,8%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-37,5%), produtos têxteis (-38,6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-26,0%), outros produtos químicos (-7,3%), produtos diversos (-30,6%) e móveis (-36,7%).

Na direção oposta,  o setor de perfumaria, sabões e produtos de limpeza avançou 1,3%, o setor de alimentos cresceu 3,3% e os  produtos  farmacêuticos avançaram 6,6%.

Torcidas organizadas se unem contra Bolsonaro

Pela primeira vez na história as torcidas organizadas de futebol se uniram. Torcedores conhecidos pela rivalidade estavam juntos na avenida Paulista, no último domingo (31),   para exigir democracia e para repudiar a escalada fascista no país.

A manifestação foi puxada pela Gaviões da Fiel Torcida e Democracia Corintiana, mas as torcidas de times como São Paulo, Palmeiras e Santos também participaram do ato.

Em outras seis capitais brasileiras as manifestações se repetiram: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador e Vitória.

Juristas assinam manifesto contra Bolsonaro

Os principais jornais do país publicaram no domingo o manifesto intitulado “Basta!”, assinado por juristas.

Os juristas afirmam que “o Brasil, suas instituições, seu povo não podem continuar a ser agredidos por alguém que, ungido democraticamente ao cargo de presidente da República, exerce o nobre mandato que lhe foi conferido para arruinar com os alicerces de nosso sistema democrático.” Leia o manifesto na íntegra clicando aqui.