Bolsonaro entrega só 6% dos 14 mil respiradores prometidos

As redes de saúde receberam até ontem (18) apenas 823 respiradores dos 14.100 prometidos pelo governo Bolsonaro. A previsão era entregar 2.600 até maio e o restante em 90 dias.

A quantidade de respiradores na rede pública é insuficiente para atender à demanda durante a pandemia e os aparelhos são fundamentais para a recuperação da grande maioria dos pacientes gravemente afetados pelo novo coronavirus.

Diante da gravidade do problema, alguns estados estão tentando comprar o equipamento por conta própria.

Brasil é o terceiro país do mundo com mais casos de coronavírus  

O Brasil já é o terceiro país do mundo com mais casos de Covid-19: são 254.220 casos e 16.792 óbitos.

O país com mais mortes é os Estados Unidos, com 89.567 óbitos, seguido do Reino Unido, com 34.716. Mas em número de casos, o Brasil já ultrapassou o Reino Unido.

São Paulo é o estado com maior número de pessoas contaminadas, com 63.066 casos e 4.823 mortes pela doença, de acordo com a secretaria de Saúde estadual. Em todo o estado, 69,8% dos leitos de UTI estão ocupados, 89,3% são da Grande São Paulo.

Mesmo sendo o epicentro da crise, o governador João Doria tem descartado a  necessidade do lockdown, mas concorda com a sugestão do prefeito Bruno Covas  de antecipar feriados  para incentivar as pessoas a ficarem em casa.

Nesta segunda-feira (18), a Câmara Municipal de São Paulo aprovou em sessão extraordinária virtual o projeto de lei que permite a antecipação de feriados municipais na cidade por meio de decreto para conter a circulação de pessoas pelas ruas da cidade.

Os feriados de Corpus Christi (11 de junho) e da Consciência Negra (20 de novembro) foram antecipados para esta quarta e quinta (21). Na sexta-feira (22), será declarado ponto facultativo na cidade de São Paulo.

Doria encaminhou a Assembleia Legislativa do Estado projeto para antecipar o feriado estadual de 9 de julho para a próxima segunda-feira (25). O PL será votado nesta terça.

O objetivo da prefeitura e do governo do Estado é manter um maior número de pessoas em casa nos próximos seis dias e com isso tentar diminuir o contágio que cresce de forma acelerada no Estado de São Paulo.

 

Trabalhadores do setor farmacêutico têm seguro de vida garantido na Convenção Coletiva

Com a assinatura da Convenção Coletiva do setor farmacêutico também foi renovado o seguro de vida oferecido para a categoria.

Todos os trabalhadores do setor têm garantido o seguro por morte no valor de R$ 15.000,  de invalidez total, parcial ou permanente, por acidente, também no valor de R$ 15.ooo e uma assistência funeral familiar no valor de R$ 5.000.  A seguradora responsável é a Tokio e a apólice foi renovada em 1º de abril.

Em caso de sinistro acionar a Central de atendimento Brasil 0800 707 50 50 informando Estipulante Fetquim CNPJ 08.374.677/0001-00 e Sub Estipulante Sindicato dos Químicos de São Paulo.

Em caso de dúvidas, procure o Sindicato pelo WhatsApp 9-6314-5629.

Brasil tem 33,9 milhões de pessoas com 60 anos ou mais que estão no grupo de risco

O Brasil tem 33,9 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que significa que 16,2% da população do país estão no grupo de risco de contrair a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

Do total de idosos brasileiros, quase 8 milhões trabalham em locais onde ficam mais expostos a riscos do que os mais jovens e 24,9% contribuem com 50% ou mais de sua renda nas despesas da família.

Esse contingente de brasileiros é ignorado pelo presidente Jair Bolsonaro que defende que apenas os mais velhos fiquem em quarentena, sem levar em conta qualquer estudo sobre as necessidades ou como vivem as pessoas com 60 anos ou mais e suas famílias no país.

Para Bolsonaro, o isolamento social, única maneira de conter a disseminação da doença, que atinge de forma mais grave principalmente os idosos, nunca deveria ter sido adotado por governadores de estados mais atingidos pela doença, apesar das recomendações de cientistas e da Organização Mundial da Saúde (OMS), porque isso prejudica a economia.

Esse descaso do governo levou o Dieese (Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas) a fazer um estudo para mostrar que o fim da quarentena tem de levar em consideração a ciência e também a realidade do país que tem milhões de idosos ainda trabalhando e ajudando a família com parte dos seus recursos.

“Uma reflexão geral sobre esse estudo nos mostra que a sociedade tem o dever de proteger os idosos, principalmente nesse momento de pandemia”, diz a economista Patrícia Pelatieri, diretora técnica adjunta do Dieese.

A pesquisa do Dieese mostra, por exemplo, que do total de brasileiros com 60 anos ou mais, 22,9% trabalham, 83,2% moram com alguma pessoa e 21,9% moram com um parente que ainda frequenta a escola, o que indica que a obsessão de Bolsonaro pela volta ao trabalho, com poucas restrições, é um risco tanto para os idosos quanto para seus familiares.

“Qualquer medida relacionada a mudanças nas restrições às atividades econômicas tem que levar em conta que 7,5 milhões de pessoas com 60 anos ou mais estão trabalhando e uma parte atua em locais mais expostos do que os com menos de 60 anos”, afirma Patrícia Pelatieri.

A economista ressalta, ainda, o fato do total de idosos que vive com outras pessoas, portanto, mesmo que não trabalhem podem ser contaminadas pelos familiares que sairão para trabalhar. De acordo com Patrícia, somente 8,16% dos idosos vivem sozinhos no Brasil.

Confira aqui a íntegra do estudo do Dieese.

55% dos brasileiros desaprovam Bolsonaro

O governo Bolsonaro está em queda livre. A avaliação negativa do governo subiu de 28% para 43,4% entre fevereiro do ano passado e maio deste ano.  O resultando é a soma dos 32,3% dos que avaliam a gestão como péssima mais os 11,1% que consideram a administração ruim.

A reprovação dos brasileiros ao desempenho pessoal de Bolsonaro também subiu para 55,4%.

Em janeiro, 47% dos brasileiros reprovavam o desempenho pessoal de Bolsonaro e 47,8% aprovavam.

Os dados são de pesquisa do Instituto de pesquisas MDA, contratada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), feita entre os dias 7 e 10 de maio, divulgados nesta terça-feira (12). Confira aqui a íntegra da pesquisa.

Isolamento sem exceção

A pesquisa mostrou ainda que 67,3% dos entrevistados consideram que todos devem aderir ao isolamento, independentemente de ser ou não de grupo de risco. Outros 29,3% disseram que só deve valer para esse grupo, e 2,6% declararam ser contra a medida.

O que esperam do futuro

68,1% dos entrevistados acham que o mercado de trabalho vai piorar. Só 15,1% acham que pode melhorar.

Quanto à renda, 46,7% acham que vai diminuir e 41,6%, que se manterá. No item saúde, 52,3% acreditam em piora e apenas 23,3% falam em melhora.

Metodologia da pesquisa

A CNT/MDA fez 2.002 entrevistas por telefone, em 492 municípios de 25 das 27 unidades da federação. A margem de erro é de 2,2 pontos.

*Com informações da CUT

 

 

 

Violência contra a mulher cresce na pandemia

Os atendimentos da Política Militar a mulheres vítimas de violência aumentaram 44,9% no Estado de São Paulo durante a pandemia de Covid-19.

O relatório do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública) informa que o total de socorros prestados passou de 6.775 para 9.817, na comparação entre março de 2019 e março de 2020. A quantidade de feminicídios também subiu no estado, de 13 para 19 casos (46,2%).

A análise foi realizada em seis estados: São Paulo, Acre, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Pará. Todos os estados apresentaram crescimento, mas em São Paulo o aumento foi muito acima dos outros estados.

O estudo observa que o isolamento social e o medo de denunciar o parceiro dificultam a ocorrência e que, portanto, os índices devem ser ainda maiores.

A Policia Militar atende os chamados por meio do número 190. Há também o Ligue 180 (específico para violência contra a mulher) que está  disponível 24 horas por dia, todos os dias, inclusive finais de semanas e feriados, e pode ser acionado de qualquer lugar do Brasil.

As informações também podem ser fornecidas por meio do aplicativo Proteja Brasil, disponível para download gratuito, em versão para os sistemas iOs e Android. Através do Ligue 180 é possível, ainda, se esclarecer dúvidas sobre a aplicação da Lei nº 11.340/2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, que prevê pena para cinco tipos de violência: moral, psicológica, patrimonial, física e sexual

Isolamento social permanece até dia 31 de maio

O governo de São Paulo prorrogou a medida de isolamento social até o dia 31 de maio, visto que essa é a forma mais eficiente de controlar as contaminações por coronavírus.

O Brasil já tem mais de 160 mil casos de Covid-19 e ultrapassou o alarmante número de mais de 11 mil mortos.  São Paulo é o epicentro da pandemia e números de ontem (10) confirmam 45.444 contaminados e 3.709 óbitos.

O Sindicato permanece com o atendimento à distância.  Em casa de dúvidas ou denúncias acesse o whatsApp 96314-5629.

 Panelaço hoje, às 20 horas, em defesa da vida

Hoje (8) tem ato virtual por “Fora, Bolsonaro”, chamado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Além de ações e lives na internet o dia todo, haverá um grande panelaço, às 20 horas em todo o país.

Seguindo as recomendações de saúde, a ideia é que ninguém saia de casa e que da sua janela, todos batam panelas para mostrar a indignação com este governo.

Com mais de 135 mil casos de infectados pela Covid-19 e quase 10 mil mortos pela doença, Bolsonaro ignora as medidas indicadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) deixando o povo exposto à pandemia.

Programação:

9h30 – Início da Plenária Taxar fortunas para salvar vidas

10h – Ação nas redes sociais por #ForaBolsonaro

Das 14 às 17h – Debates com temas variados nas redes de entidades e movimentos

19h – Debate Fora Bolsonaro com representantes das Frentes e outras representações sobre os rumos da campanha Fora Bolsonaro

20h – Ato nas Janelas: Luto pelo Brasil, Fora Bolsonaro (afixar um pano preto nas janelas em homenagem às vítimas da Covid).

Bolsonaro e patrões vão ao STF pedir por empresas

O Brasil está bem próximo de chegar a 10 mil mortos por coronavírus.  Os hospitais já não têm mais leitos e o governo Bolsonaro está preocupado com as empresas.

Bolsonaro e um grupo de empresários, junto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, foram ao Supremo Tribunal Federal (STF), ontem (7), para pedir o fim do isolamento social ao presidente do tribunal, Dias Toffoli.

Durante o encontro um empresário disse que se a quarentena não acabar “haverá morte de CNPJs”. No mesmo dia o país registrou 615 mortes de brasileiros em apenas 24 horas.

Bolsonaro por sua vez afirmou que a indústria está na UTI e que, se a quarentena não for relaxada, “depois da UTI vem o cemitério”.

O STF já havia decidido que estados e municípios têm poder para tomar as medidas necessárias para combater o coronavírus, sem precisar do aval do governo federal,  e Toffoli iniciou sua fala lembrando disso ao presidente e aos empresários.

Revista científica critica Bolsonaro

A revista The Lancet, uma das mais conceituadas revistas científicas do mundo, divulgou um editorial em que critica a postura equivocada do governo Bolsonaro em relação a pandemia por coronavírus.

Para a publicação, ou Bolsonaro muda seu comportamento ou deve ser o “próximo a ir embora”, pois suas ações e a crise política que elas provocam pioram um quadro já muito negativo. “Talvez a maior ameaça para a resposta do país à covid-19 seja seu presidente, Jair Bolsonaro”, diz o editorial.

O Brasil tem o maior número de infectados e mortos da América Latina, mas Bolsonaro ignora.  A Lancet reproduziu inclusive a frase do presidente quando questionado sobre o número de casos por jornalistas: “E daí? O que você quer que eu faça?”.

O editorial também salienta a dificuldade de se conter o vírus nas favelas e a vulnerabilidade da população indígena.