Greve da Educação é esquenta para a Greve Geral

Amanhã, dia 15 de maio, os professores das redes particular e pública – federal, estadual e municipal – param  contra o corte de verbas na educação e o sucateamento que o governo Bolsonaro vem proporcionando na área.

A paralisação deve ocorrer em todo o país e tem total apoio dos estudantes que já sofrem com o corte de verba nas merendas e nos transportes. O atual governo também cortou os investimentos em pesquisa e os programas de incentivo aos jovens estudantes, além disso, vem defendendo cortar os investimentos nas áreas de sociologia e filosofia, que não são consideradas prioritárias por ele.

Seu abono do PIS está em risco

O abono salarial do PIS/Pasep (Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) está na mira do governo.

Atualmente o bônus de um salário mínimo (R$ 998) é pago, anualmente, para todos os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos (R$ 1.996).

Pelo novo texto do governo, ele só será pago para quem ganha até um salário mínimo. “Na nossa categoria, há muitos trabalhadores ganhando em torno de R$ 1.600 e eles perderão o direito de receber o PIS, caso a reforma avance”, explica Renato Zulato, diretor do Sindicato

Sindicato promove aula pública sobre reforma da Previdência

O Sindicato promoveu uma aula pública sobre a reforma da Previdência em frente ao mercadão de São Miguel Paulista, no último sábado, dia 11. A iniciativa foi sucesso de público, e a coleta de assinaturas muito produtiva.

De acordo com o coordenador geral da entidade, Helio Rodrigues, é preciso ocupar os espaços públicos e explicar para a população o que realmente está em jogo caso essa reforma seja aprovada. “O governo só diz o que lhe convém. Quando explicamos, todo mundo entende. Só há um jeito de ganhar essa batalha: ir para as ruas”, defende.

Durante o evento, a assessora do Sindicato, Marilane Teixeira, explicou que a reforma proposta por Bolsonaro retira vários direitos dos trabalhadores e praticamente inviabiliza o acesso às aposentadorias, mas não acaba com as distorções. “A reforma tributária, sim, seria uma saída justa para acabar com as distorções”, diz Marilane.

Principais mudanças na Previdência

Idade mínima – 65 anos para homens e 62 para mulheres.

Tempo de contribuição – 40 anos para receber uma aposentadoria igual à média de todos os salários. O tempo mínimo para se aposentar passa a ser de 20 anos, mas com apenas 60% da média dos salários.

BPC (Benefício de Prestação Continuada) – O benefício (destinado a idosos em situação de miséria) será reduzido para R$ 400, podendo chegar a um salário mínimo somente quando o idoso tiver 70 anos de idade.

Salário menor que o mínimo – A reforma permite que as regras sejam alteradas a qualquer momento por lei complementar e facilita a aprovação de benefícios menores que o valor do salário mínimo (hoje proibida pela Constituição).

Capitalização – Pelo novo sistema, o trabalhador contribui individualmente para sua aposentadoria, numa espécie de conta poupança. Não há garantia futura do valor que será recebido e a conta ficará sujeita às oscilações do mercado.

 

Bolsonaro avisa que vai rever todas as NRs – Normas Regulamentadoras da Segurança do Trabalho

A informação que semana passada parecia absurda foi confirmada nesta segunda-feira (13/05) pelo presidente Jair Bolsonaro , por meio de sua conta no Twitter: o governo federal vai rever todas as Normas Regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho do país — conhecidas como NRs. A ideia é reduzir em 90% as normas vigentes.

Na semana passada, o secretário-especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou que as chamadas normas regulamentadoras (NRs) de segurança e saúde no trabalho iam passar por um “amplo processo de modernização”.

Marinho foi relator da reforma trabalhista, tentou se reeleger, não foi aprovado pelas urnas mas foi chamado por Bolsonaro para terminar “o serviço sujo” contra os trabalhadores.

Agora, sem previdência, sem auxílio-doença, e sem normas que protejam os trabalhadores.

O que será revisto

De acordo com o Ministério da Economia, a primeira norma a ser revista será a NR-12 – que trata da regulamentação de maquinário, abrangendo desde padarias até fornos siderúrgicos. A previsão do governo é de que essa alteração seja entregue em junho.

Rogério Marinho acrescentou, porém, que a “modernização” atingirá todas as NRs e outras regras.

Com as alterações, disse o secretário do Ministério da Economia, também devem ser uniformizados os procedimentos, para evitar diferenças na fiscalização entre os Estados. “Hoje, não há uniformização de procedimentos, não há nitidez nesse processo, não há clareza e não há transparência”, acrescentou ele.

Ministério Público do Trabalho

De acordo com o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) e coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho, Leonardo Osório, o governo tem o poder de acabar, de forma unilateral, apenas com as normas regulamentadoras que foram criadas apenas pelo próprio governo.

Osório explicou que as normas que foram criadas por meio de comissões tripartites, formadas por governo, os patrões e os empregados, poderiam ser revogadas somente de forma negociada entre as partes envolvidas. Segundo ele, esse mecanismo está garantido em uma convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil.

“As normas de segurança nunca deixaram de ser discutidas. O Ministério Público do Trabalho sempre discutiu as normas regulamentadora de acordo com postulação de empregados e empregadores. Há uma discussão contínua para modernização dessas normas. A NR-12, por exemplo, sofreu alterações no ano passado”, declarou ele.

De acordo com dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT), 4,73 milhões de acidentes de trabalho foram registrado no Brasil desde 2012, representando um acidente a cada 49 segundos, ao mesmo tempo em que foram registradas mais de 17 mil mortes no período. Nesse período, mais de R$ 83 bilhões foram gastos pela Previdência Social com benefícios acidentários.

Diante desses números, ele afirmou que vê com “preocupação” a intenção do governo de acabar com 90% das regras de fiscalização. “A gente entende que sempre é importante modernizar, mas as modernização adequada deve visar o respeito e proteção à saúde do trabalhador. Há uma necessidade em maior investimento em prevenção por parte das empresas”, concluiu.

 

 

A Hora é agora. Pressione ou morra trabalhando

A CUT criou uma plataforma para pressionar os deputados a votarem contra a reforma da Previdência de Bolsonaro.

Em 10 dias no ar, a plataforma já teve quase 100 mil visualizações e a maior pressão foi feita junto aos parlamentares indecisos pelo WhatsApp, em especial os deputados do Cidadania, antigo PPS, como Marcelo Calero (RJ), Arnaldo Jardim (SP) e Daniel Coelho(SP).

O parlamentar favorável à destruição da aposentadoria mais pressionado foi Tiririca (PR-SP), mais conhecido pela população por sua atuação como palhaço do que como deputado, que nas campanhas dizia que defenderia os interesses dos trabalhadores como ele.

É muito fácil acessar a plataforma . Basta clicar no link  Na Pressão, dar uma breve navegada e encaminhar seu recado para os deputados.

Veja abaixo a lista dos deputados e como pretendem votar:

A favor da reforma da Previdência

Alexandre Frota – PSL/SP

Arthur Oliveira Maia – DEM/BA

Beto Pereira – PSDB/MS

Bilac Pinto – DEM/MG

Capitão Alberto Neto – PRB/AM

Cleber Verde – PRB/MA

Daniel Freitas – PSL/SC

Daniel Trzeciak – PSDB/RS

Darci de Matos – PSD/SC

Darcísio Perondi – MDB/RS

Delegado Éder Mauro – PSD/PA

Felipe Francischini – PSL/PR

Fernando Rodolfo – PR/PE

Filipe Barros – PSL/PR

Giovani Cherini – PR/RS

Guilherme Mussi – PP/SP

Heitor Freire – PSL/CE

Jerônimo Goergen – PP/RS

João Marcelo Souza – MDB/MA

Marcelo Moraes – PTB/RS

Marcelo Ramos – PR/AM

Paulo Eduardo Martins – PSC/PR

Pedro Paulo – DEM/RJ

Reinhold Stephanes Junior – PSD/PR

Ronaldo Carletto – PP/BA

Samuel Moreira – PSDB/SP

Silvio Costa Filho – PRB/PE

Valtenir Pereira – MDB/MT

Augusto Coutinho – SOLIDARIEDADE/PE

Capitão Wagner – PROS/CE

Dr. Frederico – PATRI/MG

Léo Moraes – PODE/RO

Paulo Ganime – NOVO/RJ

Vinicius Poit – NOVO/SP

 

Indeciso

Alex Manente – CIDADANIA/SP

Greyce Elias – AVANTE/MG

Professor Israel Batista – PV/DF

 

Contra a reforma da Previdência

Alice Portugal – PCdoB/BA 

André Figueiredo – PDT/CE

Mauro Benevides Filho – PDT/CE

Aliel Machado – PSB/PR

Carlos Veras – PT/PE

Gleisi Hoffmann – PT/PR

Heitor Schuch – PSB/RS

Henrique Fontana – PT/RS

Joenia Wapichana – REDE/RR

Jorge Solla – PT/BA

Lídice da Mata – PSB/BA

Sâmia Bomfim – PSOL/SP

Inflação de abril é a maior para o mês desde 2016  

A inflação de abril fechou em  0,57% e ficou 0,18 ponto percentual abaixo da taxa de março (0,75%). A variação acumulada no ano foi de 2,09%. Essas duas variações são as maiores para um mês de abril desde 2016, informou nesta sexta-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foi a maior alta do IPCA para meses de abril desde 2016, quando a taxa ficou em 0,61%.

O acumulado dos últimos doze meses atingiu 4,94%, contra os 4,58% nos 12 meses imediatamente anteriores. Também registrando a maior variação acumulada em 12 meses desde janeiro de 2017, quando o IPCA acumulou alta de 5,35%.

Os vilões da inflação de abril foram os preços da gasolina e dos remédios, mas os aumentos nos preços dos alimentos também pesaram.

Pedidos de registro de agrotóxicos aumentam 82% no governo Bolsonaro

Se há um setor industrial animado com o governo de Jair  Bolsonaro  (PSL) é o dos agrotóxicos.  Até a conclusão desta reportagem, havia 2.906 petições aguardando análise para registro na fila da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anviss) .Desse total, 266 foram protocoladas do início de janeiro ao final de abril. O número é 80% maior que os 146 apresentadas do mesmo período de 2018.

O aumento no número de solicitações tem sido acompanhado pela velocidade de liberações de registro. Antes de completar 100 dias, o governo Bolsonaro já havia concedido 152 novos registros. Se seguir nesse ritmo, até o final do ano serão algo em torno de 555. No ano passado foram 450 registros.

A ministra ruralista do Meio Ambiente, Tereza Cristina (DEM-MS) – a “musa do veneno” –, nega que haja sob seu comando a aceleração de registros desses  produtos. No entanto, desde que tomou posse e praticamente assumiu o controle do setor de agrotóxicos, os registros dispararam.

O assunto foi tema de uma reportagem de Cida Oliveira, publicada em 2 de maio, na Rede Brasil Atual.  Confira a matéria completa no site da rede: https://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2019/05/Com-Bolsonaro%2C-pedidos-de-registro-de-agrotoxicos-aumentam-80

 

Centrais anunciam greve geral para o dia 14 de junho

As manifestações do dia 1º de Maio deste ano reuniram mais de 200 mil trabalhadores, no centro de São Paulo. O ato foi realizado pela CUT em conjunto com as demais centrais sindicais em defesa da aposentadoria dos brasileiros.
Durante o evento as centrais anunciaram a Greve Geral que já tem data marcada: dia 14 de junho. “Está aprovado! O Brasil irá parar em defesa do direito à aposentadoria dos brasileiros. A única forma de barrar essa reforma é fazer o enfrentamento nas ruas. É greve geral”, destacou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, que conduziu a votação junto aos trabalhadores.