Confira a lista das empresas da base química que devem para a Previdência

Recente levantamento produzido pela subseção do Dieese da  CNQ/Fetquim revelou que somente as empresas dos setores químico, farmacêutico e plástico do estado de São Paulo, tinham dívidas com a previdência de R$ 5,380 bilhões. Ou seja, enquanto o governo propõe medidas que dificultam o acesso aos benefícios previdenciários e reduzem seu valor, ignora as dívidas previdenciárias das empresas.  O levantamento foi realizado a partir dos dados disponibilizados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

A partir desse levantamento inicial, a subseção do Dieese do nosso Sindicato apurou qual o total dívida previdenciária das empresas da base e concluiu que 29,6%, ou R$ 1,595 bilhão, são de empresas localizadas em algum município da base do Sindicato. Desse total, 71,9% são dívidas de empresas do setor plástico; 21,9%, do setor químico e 6,2%, do setor farmacêutico (TABELA 1).

TABELA 1

Dívida previdenciária das empresas do ramo Químico da base do Sindicato dos Químicos de São Paulor

Municípios

Plástico

Part.

Químico

Part.

Farmacêutico

Part.

São Paulo

1.031.619.546,04

90,0%

328.026.344,68

93,8%

98.696.772,29

99,8%

Taboão da Serra

56.202.979,17

4,9%

6.651.006,35

1,9%

187.073,44

0,2%

Embu das Artes

11.731.164,79

1,0%

14.389.966,32

4,1%

 

0,0%

Embu Guaçu

2.523.456,82

0,2%

331.396,24

0,1%

 

0,0%

Caieiras

44.041.255,29

3,8%

428.721,31

0,1%

 

0,0%

Total

1.146.118.402,11

100,0%

349.827.434,90

100,0%

98.883.845,73

100,0%

Fonte: Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Dados extraídos em 22/02/2018.Elaboração: Subseção do DIEESE/STI Químicas e Plásticas de São Paulo

 

Nos municípios da base do Sindicato, 1.167 empresas possuem débitos previdenciários inscritos em dívida ativa, sendo que 71,2% das empresas são do setor plástico, 26,4% do setor químico e 2,4% do setor farmacêutico. Na Tabela 2 é possível verificar que as maiores dívidas previdenciárias das devedoras na base do Sindicato estão concentradas em 17 empresas, que representam 35,9% (R$ 573 milhões) do débito total (R$ 1,595 bilhão) das empresas dos 5 municípios. Entre as 17 empresas com as maiores dívidas, 11 são do setor plástico e a maioria é do município de São Paulo, como a Norseman Industrial S.A., cuja dívida chega a R$ 90 milhões.

TABELA 2

Dívida previdenciária das empresas do ramo Químico da base do Sindicato dos Químicos de São Paulo

Empresa

Dívida em R$

Setor

Município

Norseman Industrial S.A

90.012.220,95

Plástico

São Paulo

Plásticos Mueller S/A Ind E Com

77.456.175,66

Plástico

São Paulo

Laboratório Climax Sa

63.099.163,82

Farmacêutico

São Paulo

Gfg Cosmeticos Ltda

49.563.399,49

Químico

São Paulo

Mega Plast S/A Industria De Plásticos

48.622.244,16

Plástico

São Paulo

Química Industrial Paulista S A

29.055.790,47

Químico

São Paulo

Industria de Plasticos Caria Eireli

28.995.313,13

Plástico

São Paulo

Unipac Embalagens Ltda

27.325.048,86

Plástico

São Paulo

Allpac Ltda.

22.769.220,55

Plástico

São Paulo

Industrias Reunidas de Plástico Ltda

21.827.907,76

Plástico

São Paulo

Laboratório Sardalina Ltda

19.306.891,33

Químico

São Paulo

Plastunion Industria de Plásticos Limitada

19.213.773,18

Plástico

Caieiras

Plasmotec Plasticos Industriais Ltda

17.312.041,92

Plástico

São Paulo

Industria Plástica Ramos S A

16.255.867,97

Plástico

São Paulo

Tecmax Ind Com Exp Imp de Plásticos Ltda

15.732.447,32

Plástico

Taboão da Serra

Aquatec Química S/A

13.899.191,71

Químico

São Paulo

Artex Industria de Tintas Ltda. – Em Recuperação Judicial

12.591.565,58

Químico

São Paulo

Total

573.038.263,86

Fonte: Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Dados extraídos em 22/02/2018. Elaboração: Subseção do DIEESE/STI Químicas e Plásticas de São Paulo

Mídia e empresas fazem pressão ideológica para estrangular sindicatos

O jornalista João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores, é categórico em definir o atual estágio do golpe no Brasil. Depois de, em tempo acelerado, aprovar o que ele chama de “lei de deforma trabalhista”, as forças que impulsionaram a deposição de Dilma Rousseff – sobretudo a mídia tradicional e corporações empresariais – o momento agora é de exercerem pressão ideológica, orgânica e financeira para estrangular a ação sindical.

Em entrevista nesta segunda-feira (26) a Marilu Cabañas, na Rádio Brasil Atual, Vargas Netto afirma que essa pressão envolve a criminalização da obtenção de recursos para os sindicatos e procura reduzir a base de contribuição dos trabalhadores ao número restrito de sindicalizados. “Quando se diz que o trabalhador individualmente tem de dar seu aval à contribuição é quase como se exigir que ele fosse sindicalizado – o que para na casa de 18% da massa de trabalhadores”, observa. “Então as entidades sindicais, hoje, estão lutando ferozmente para garantir recursos, realizando assembleias que coletivamente autorizem a contribuição da categoria.”

Segundo o especialista, a história demonstrou que a contribuição sindical foi um elemento estruturante da realidade sindical brasileira. “Com defeitos, com problemas, mas essencialmente positivo e relevante para a existência dos sindicatos”, diz. “As contribuições são decorrentes de ações coletivas, exceto a filiação ao sindicato. A mensalidade é individual, mas as outras contribuições têm de ter selo do coletivo, ou seja, aprovação em assembleias”, defende.

Questionado sobre o fato de os chamados sindicatos “pelegos” se beneficiarem de recurso sem lutar pelos trabalhadores, o consultor diz “resistir ao termo ‘pelego’, por considerar que assinala uma divisão lesiva à luta comum da classe. Mas ressalta: “Dito isto, os sindicatos que não lutam, que não negociam, que não exercem seu papel social, coletivo e trabalhista, não merecem ter existência. Essa é a verdade. Mas cabe às próprias categorias efetuar essa limpeza”.

Vargas Netto destaca que há hoje quatro eixos a serem absorvidos pelo movimento sindical: “O primeiro deles é estar junto com as categorias na resistência à lei celerada, na resistência à lei da deforma trabalhista. Segundo, forte sindicalização e ressindicalização, com os sindicatos oferecendo também serviços válidos para a categoria. Terceiro, a a luta por recursos validados coletivamente por assembleias de trabalhadores. E o quarto eixo: a tarefa de aproximação com partidos e candidatos futuros que defendam posições compatíveis com as posições combativas e unitárias do movimento sindical”.

Direito do Trabalho retrocedeu nos últimos anos, diz Anamatra

O presidente da Anamatra, a associação dos magistrados do Trabalho, Guilherme Feliciano, disse esperar uma relação de mais diálogo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), a partir da gestão iniciada ontem (26).   

 Em relação à anterior, ele afirmou que “houve muitas tensões entre a Anamatra e a presidência do TST, por razões diversas, e, principalmente, por diferentes visões de mundo, quanto ao Direito do Trabalho, à Justiça do Trabalho e aos próprios direitos e prerrogativas da magistratura”.

Feliciano se referia à presidência de Ives Gandra Martins Filho à frente do TST. Parte dos magistrados, inclusive no próprio tribunal, foi contrária a posições adotadas por Gandra, sempre favoráveis à “reforma” trabalhista. No último período, “o Direito do Trabalho retrocedeu a olhos vistos”, afirmou o presidente da associação. “O que a Anamatra espera para o próximo biênio é que o diálogo se intensifique e que as soluções compartilhadas se multipliquem.”

Já nesta terça-feira (27), o novo presidente do TST, João Batista Brito Pereira, participa, a convite, de reunião do Conselho de Representantes da Anamatra. Estarão presentes magistrados das 24 regiões. Ele também recebeu dirigentes de centrais sindicais.

O discurso de posse foi conciliador, mas com ênfase na autonomia do Judiciário. “A unidade com independência pressupõe que, para a realização dos nossos propósitos, deveremos preservar e garantir a independência de cada juiz e juízo, com luz no bem comum, na celeridade, na estabilidade e na efetividade das nossas decisões”, afirmou Brito Pereira. “”Gostaria de realçar, para logo, que a nova administração do tribunal não sonha com unanimidade, conquanto desejável, mas com a unidade.”

No ano passado, segundo ele, foram ajuizados 2.635.933 ações e julgadas 2.811.616. “Somente em 2017, o Tribunal Superior do Trabalho, que já possuía um resíduo (em 31 de dezembro do ano anterior) de 209.916 recursos pendentes de julgamento, recebeu 197.680 recursos e julgou 225.320.”

O novo presidente já adiantou como prioridade a adaptação da normas do Judiciário à Lei 13.467, de “reforma” da legislação trabalhista. Mas lembrou que, em caso de conflito entre lei e Constituição, prevalece a Constituição.

Faltou trabalho para 26 milhões de brasileiros

Faltou trabalho para 26,4 milhões de brasileiros em 2017, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) trimestral, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (23).

Desse total, 12,3 milhões estavam desempregados e 6,5 milhões subocupados – pessoas que trabalharam menos de 40 horas por semana porque foram as únicas oportunidades no mercado de trabalho que encontraram.

A mesma pesquisa mostra que 4,3 milhões de trabalhadores estão desestimulados a procurar emprego. Precisam de trabalho, mas não procuraram nos últimos 30 dias porque desanimaram devido à falta de oportunidades no mercado.

Segundo o IBGE, este é o maior contingente de desalentados já registrado desde 2012, quando começou a série histórica feita do Instituto. No primeiro trimestre de 2012, esse número correspondia a 1,9 milhão de pessoas.

Os trabalhadores que não procuraram emprego nos últimos 30 dias não entram na estimativa do IBGE. Portanto, a taxa de desocupação é ainda 

Trabalhadores do setor farmacêutico definem pauta de reivindicações dia 3

Os trabalhadores do setor farmacêutico se reúnem em assembleia no próximo dia 3 de março, sábado, às 10h, no Sindicato (Rua Tamandaré, 348 – Liberdade) para definir a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2018.

Durante o encontro, a categoria deve fazer uma avaliação da atual conjuntura política e econômica e também da performance do setor farmacêutico, que passa ileso pela crise.

Ao contrário de outros setores que sofrem os reflexos da crise política e financeira instalada no País, o setor farmacêutico continua crescendo. Seu faturamento atingiu R$ 95,57 bilhões em 2017, um crescimento de 9,6% em relação a 2016, quando o faturamento foi de R$ 87,22 bilhões.

 No segmento de genéricos o crescimento foi ainda mais expressivo. No ano, as vendas chegaram a R$ 25,67 bilhões, computando crescimento de 10,8% na comparação com 2016 (R$ 23,16 bilhões).

A inflação acumulada nos 12 meses referentes à data-base dos farmacêuticos (de abril a março) está estimada em 2,05%, segundo o INPC/IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). “Nossa luta será pela reposição da inflação com ganho real e pela manutenção de todos os direitos”, afirma Adir Teixeira, secretário de Organização do Sindicato.Com a nova legislação trabalhista em vigor desde novembro, o sindicalista lembra que a manutenção de todos os direitos da convenção coletiva da categoria é muito importante. “Vamos exigir que as homologações permaneçam no Sindicato e que o nosso acordo seja respeitado”, diz Teixeira.

 

95% dos desempregados são das classes C,D e E

Quase 60% dos desempregados perderam seus empregos durante o governo Temer; 95% dos  desempregados há mais de um ano são das classes C/D/E; 54% têm até o ensino médio e 58% têm filhos menores de 18 anos. A maioria é do sexo feminino (59%) e tem média de idade de 34 anos. Essas são as principais conclusões de uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), divulgada ontem (20).

Entre os que foram demitidos, a maioria alega causas externas, principalmente ligadas à crise econômica, como redução de custos por parte da empresa para lidar com os efeitos da crise (35%), redução da mão de obra ociosa (12%) e o fechamento da empresa (11%).

As maiores vítimas do desemprego no País são os trabalhadores das classes menos favorecidas, com empregos precários. “Nas crises econômicas todos os trabalhadores sofrem, mas os primeiros a serem atingidos são os que têm empregos precários, salários mais baixos e menor organização sindical”, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Segundo o IBGE, o Brasil tem atualmente 12,3 milhões de desempregados. A maioria (53%) acha que conseguirá empregos nos próximos 3 meses, de acordo com o estudo do SPC.

O futuro do emprego no Brasil em 2018, porém, divide a opinião dos entrevistados: 31% acreditam que o desemprego irá aumentar, 31% que irá continuar igual e 24% que irá diminuir.

No último emprego, 40% dos desempregados possuíam carteira assinada, 14% eram informais e 11% autônomos ou profissionais liberais. Já 8% dos desempregados estão em busca do 1º emprego.

A pesquisa foi realizada nas 27 capitais brasileiras, com 600 desempregados. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. O índice de confiança é de 95%.

Vitória dos trabalhadores: reforma da Previdência é adiada

Mais de 20 mil pessoas se reuniram no final da tarde de ontem (19), na avenida Paulista, para encerrar o dia nacional de mobilização contra a reforma da Previdência. Outros protestos e paralisações ocorreram durante todo o dia no Brasil inteiro.

Na Paulista o  clima era de comemoração já que a votação da reforma foi retirada da pauta.   Por outro lado, os movimentos sociais e sindicais garantiram que não vão vacilar e seguirão mobilizados. “Continuaremos em estado de greve, alertas e pressionando os deputados. Derrotamos a Globo, o presidente (Michel) Temer, o Moro e os bancos e isso é graças aos trabalhadores”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Para o sindicalista, Temer tentou uma cortina de fumaça ao decretar intervenção federal no Rio de Janeiro. “Foi mais uma manobra do golpista. Nós somos contra a intervenção, até porque não é função do Exército cuidar da segurança pública. Tem de ficar atento, porque pode estender isso para outros estados com o objetivo de fortalecer o golpe”, afirmou.

*Confira a reportagem completa no site da Rede Brasil Atual

Assembleia dia 23, no Sindicato

Dia 23, às 19 horas, tem assembleia na sede do Sindicato (Rua Tamandaré, 348 – Liberdade).  O encontro é para discutir formas de reagir e fortalecer a luta dos trabalhadores. 

Temer e os patrões estão tentando liquidar com os direitos dos trabalhadores e enfraquecer sindicatos. Primeiro o governo aprovou a  terceirização, depois a reforma trabalhista e agora quer liquidar com as aposentadorias dos trabalhadores. 

Essas reformas são devastadoras para o mercado de trabalho e para o empobrecimento geral dos brasileiros. 

A reforma trabalhista também alterou as regras relacionadas ao papel dos sindicatos e a sustentação de suas estruturas financeiras, com o objetivo de enfraquecer a representação dos trabalhadores. Dentre as mudanças, o governo propõe alterações no recolhimento da contribuição sindical. 

Os sindicatos têm estruturas (sede e colônias de férias), prestadores de serviços, atendimento jurídico e médicos do trabalho que geram um custo considerável.

Nenhum sindicato sobrevive sem dinheiro e é aí que o governo mostra a sua intenção. Ele quer acabar de vez com qualquer reação dos trabalhadores, liquidando com os sindicatos.

As reformas patrocinadas pelo governo e pela Fiesp, as novas formas de sustentação dos sindicatos e a estratégia de reação no movimento sindical serão os temas da assembleia da categoria. Participe! A assembleia será no dia 23 de fevereiro, às 19 horas, no Sindicato (Rua Tamandaré, 348 – Liberdade). 

 

 

Brasil inteiro unido contra a reforma da Previdência

Hoje, 19 de fevereiro, aconteceram atos e paralisações em todo o País, em defesa da Previdência.  Em São Paulo, os Químicos promoveram manifestações na avenida das Nações Unidas, em Santo Amaro, região que concentra muitas empresas da categoria.

Trabalhadores e sindicalistas seguraram o trânsito e caminharam numa das principais vias de acesso da região em protesto a reforma que liquida com a aposentadoria dos trabalhadores. 

Várias linhas de transportes pararam em São Paulo e algumas fábricas também paralisaram a produção.

Ainda hoje, a partir das 16 horas, os trabalhadores farão um grande ato na avenida Paulista, no Masp.  

Veja mais informações atualizadas sobre o dia de mobilização no site da CUT.