Temer reduz fiscalizações contra trabalho escravo

As fiscalizações contra o trabalho escravo diminuíram 23,5% desde que o golpista Temer assumiu o poder. Em 2017, foram realizadas 88 fiscalizações no País, e em 2016, foram realizadas 115. É a menor atuação das equipes de erradicação desde 2004, quando foram feitas 78 fiscalizações.

Nos 175 estabelecimentos fiscalizados no ano passado foram resgatados 341 trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão.

Um auditor fiscal da Divisão de Fiscalização Para a Erradicação do Trabalho Escravo, em Brasília, que não quis ser identificado, disse à reportagem do Portal da CUT que esses números confirmam o desmonte do combate às políticas públicas de combate ao trabalho escravo implementadas pelos governos do PT. “As unidades regionais estão sucateadas, falta veículo, motoristas, material de escritório. Além disso, há mais de mil cargos de auditor vagos por falta de concurso público. Estamos falando de 30% de cargos vagos que não são recompostos”, denuncia o auditor. “Nunca tinha visto uma situação precária como essa em toda a minha vida profissional”.

*Com informações da CUT

Manifestações em defesa de Lula crescem no País

Com a  proximidade do julgamento de Lula em Porto Alegre, em 24 de janeiro, crescem as mobilizações em todo o País e também no exterior. 

Neste sábado (13), em várias cidades, estão programados atos, panfletagens e inauguração de Comitês, numa grande ação para informar a população sobre o que a perseguição a Lula representa para o povo brasileiro.

Em São Paulo, está marcado para a próxima quinta-feira (18), às 19 horas, o encontro “Artistas e Intelectuais com Lula”, na Casa de Portugal, em São Paulo. Na ocasião, as personalidades reafirmarão sua defesa à democracia e ao direito de Lula ser candidato.

Dia 24, data do julgameto haverá manifestações em todo o País. Em São Paulo, a concentração será na avenida Paulista, às 18 horas. 

Economia brasileira está no fundo do poço

O economista João Sicsú, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), diz que a economia brasileira está sem norte e no fundo do poço: “falta um norte para a economia. Estamos crescendo em qual direção?”, diz.  “A economia brasileira pode até crescer, mas não tem caminho apontado, um projeto organizado para crescer de forma repetida. E, mesmo crescendo 1% em 2017, e talvez mais em 2018, a economia estará muito do longe do patamar do final de 2014.”

O professor lembra que desde 2015 a economia declina e que, nessas condições, só se pode pensar em “melhoria da qualidade de vida” no momento em que o País recuperar o patamar de 2014.

Hoje o governo Michel Temer diz que o País voltará a crescer, mas não informa como. “Ele não aponta se será por investimento estrangeiro, com investimento dele próprio, pelo consumo da população, pelas exportações. Tem de ter um norte e essas são as variáveis a ser observadas”, alerta o professor.  

Na opinião do economista, o crescimento alardeado não passa alguns momentos de “suspiros que a economia está dando no fundo de um poço”. Além disso, é um filme já conhecido, inclusive considerando outros momentos e conjunturas da economia mundial.

Os problemas são ainda mais graves porque o País precisa também resolver problemas de miséria e desemprego, que caracterizam momentos de depressão como o atual e que não existiam em 2014. Hoje, há no País 12,6 milhões de pessoas desocupadas.  

*Com informações da Rede Brasil Atual 

Reajuste do salário mínimo fica abaixo do INPC pelo segundo ano consecutivo

O salário mínimo passou a R$ 954 em 1º de janeiro, o reajuste foi de 1,81% sobre os R$937 do ano passado.

O reajuste ficou abaixo do INPC de 2,07%, divulgado dia 10 e abaixo dos R$ 965 que o Congresso havia aprovado dentro da peça orçamentária para 2018. Aliás, o mesmo que já havia acontecido em 2017, quando o reajuste foi de 6,48% e o INPC, de 6,58%.

De 2003, no primeiro ano do governo Lula, até 2016, o salário mínimo acumulou aumento real de 77%. Começou a perder para a inflação exatamente nestes dois últimos anos, a partir da gestão Temer.

Aposentadorias

O reajuste das aposentadorias e pensões em 2018 deve ser de 2,07%, percentual do INPC no ano passado. É o menor índice a ser aplicado aos aposentados desde 1994. A oficialização do reajuste ainda não foi publicada no Diário Oficial.

Os beneficiários do INSS que o recebem mínimo tiveram a alteração, de R$ 937 para R$ 954, anunciada em dezembro. O valor também corresponde ao piso nacional para o mercado formal e serve de base para benefícios de prestação continuada e seguro-desemprego.