O governo recuou e empurrou a votação da reforma da previdência para o início do próximo ano. A verdade é que os deputados sabem que essa votação não é simpática aos eleitores e que correm o risco de perder votos. Portanto, Temer estava com dificuldade de convencer os deputados a votarem com o governo.
Na prática, o governo está ganhando tempo para conseguir mais votos. E, sabendo disso, as centrais estão intensificando a pressão junto aos deputados para que votem contra a proposta.
Em reunião, em 14 de dezembro, as centrais sindicais (CUT, CTB, CSB, Força Sindical, NCST, UGT, CSP Conlutas, Intersindical, CGTB), reforçaram o consenso: se botar para votar, o Brasil vai parar!
“Estamos em estado de greve permanente! A jornada de lutas vai ser maior e a pressão nos deputados também. Temos que ir para os aeroportos, nas zonas eleitorais, nos bairros, na Câmara dos Deputados, estampar as carinhas deles nos postes, nas redes sociais e em cartazes dizendo que não vão se eleger se votarem a favor dessa proposta famigerada”, destacou Vagner Freitas, presidente da CUT.