CUT lança calendário de mobilizações contra reformas e privatizações

Na quarta-feira (30), terceiro dia de Congresso Extraordinário, a CUT definiu um calendário de lutas contra as reformas Trabalhista e Previdenciária e contra a entrega das empresas públicas.

A próxima ação será o lançamento, no dia 7 de setembro, de uma campanha que terá a missão de colher mais de 1,3 milhão de assinaturas para enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei de iniciativa popular que revogue a nefasta reforma trabalhista de Temer.

A partir da data – que marca também o Grito dos Excluídos – a CUT irá disponibilizar kits para coletas de assinaturas, com a organização de comitês e ações de mobilização pelos sindicatos de base, em parceria com os parceiros da central nos movimento sociais. As outras centrais sindicais também serão chamadas a engrossar a campanha.

No dia de 14 de setembro, a CUT também ajuda a organizar um dia nacional de lutas, ao lado do movimento Brasil Metalúrgico em defesa dos empregos na indústria e das estatais. A manifestação já recebeu a adesão da Federação Nacional dos Urbanitários, que destacam,em sua ação contra as privatizações, a defesa da Eletrobrás como patrimônio nacional.

No dia 3 de outubro, aniversário da Petrobrás, será a vez de o Rio de Janeiro promover uma grande manifestação contra a entrega da empresa e de outros patrimônios públicos. Outras manifestações nos estados nessa data poderão ampliar sua visibilidade.

Para se contrapor à entrada em vigor da Reforma Trabalhista em 11 de novembro, os movimentos sindical e sociais preparam uma caravana a Brasília na primeira quinzena do mês.

Além desses pontos, a Central vai manter o enfrentamento ao golpe, apoiando ações em defesa de democracia e do direito de Lula disputar as eleições.

“Temos um tempo bastante curto para definir qual Brasil desejamos. Ao combate às reformas incorporamos o repúdio ao pacote de privatizações proposto pelo golpista Michel Temer, que quer entregar de bandeja o patrimônio brasileiro a quem financiou o golpe. Além disso, estaremos nas ruas para dizer que eleição sem Lula é fraude e representa o segundo tempo do golpe”, apontou o diretor executivo da CUT Júlio Turra.  

Estratégia 

Pela manhã, os delegados e delegadas da CUT discutiram a estratégia de lutas em torno do mote “se a Reforma for colocada para votar o Brasil vai parar”. Para a secretária de Formação da CUT, Rosane Bertotti, a Central precisa fortalecer a discussão sobre o papel do Estado como indutor do desenvolvimento.

“É importante debater  o papel do estado, do serviço e políticas públicas, como educação, seguridade social, agricultura familiar, a Reforma Agrária, entre outras”, disse.

Outras discussões importantes foram às resoluções que constroem a organização da luta da CUT, como a questão de fortalecimento da juventude ampliando a organização da classe trabalhadora com a presença de mais jovens dentro da CUT.

Combate ao racismo

Ao final deste terceiro dia de Congresso, a Secretaria de Combate ao Racismo da CUT relançou a campanha contra discriminação no mundo do trabalho. Durante a apresentação que contou com uma mística cultural, a secretária Maria Júlia Nogueira alertou para a discriminação racial nesses espaços e na desigualdade salarial entre brancos e negros.

“A chamada liberdade da abolição não assegurou ao povo negro condições de inclusão na sociedade brasileira de forma digna, muito pelo contrário, foi relegado às periferias das cidades, das relações formais de trabalho, ou seja, jogado à margem da sociedade que estava sendo construída”, destaca.

O ato também pediu a liberdade de Rafael Braga, condenado a 11 anos e três meses de prisão. Ele teria sido flagrado durante uma manifestação com 0,6g de maconha, 9,3g de cocaína e um rojão, itens sobre os quais nega a posse.

Doria deixa cães e gatos sem comida

O Centro de Controle de  Zoonoses (CCZ), de Santana, zona norte da capital paulista, ficou um mês sem receber alimentação. O prefeito  João Doria (PSDB), atrasou a licitação e os  trabalhadores e voluntários que atuam no local tiveram que fazer vaquinha para comprar a alimentação dos cães e gatos. A situação ocorreu por cerca de um mês e pôs em risco a vida de 108 gatos e 152 cães.

A apresentadora e defensora dos animais Luisa Mell denunciou o caso nas redes sociais e disse que tentou entrar para averiguar a situação mas foi impedida. 

Manifestantes protestam em defesa das terras Guarani

Manifestantes protestaram ontem (30), na avenida Paulista, e seguiram em passeata até a casa do presidente Michel Temer (PMDB), em alto de Pinheiros, pela revogação da Portaria 683, assinada pelo ministro da Justiça, Torquato Jardim, que anula a criação da reserva indígena no Pico do Jaraguá, na zona noroeste da capital.  A portaria reduz os 521 hectares das terras indígenas para três. De acordo com o texto publicado no Diário Oficial da União, a extensão da reserva é um “erro administrativo e foi demarcada sem a participação do estado de São Paulo na definição conjunta das formas de uso da área”.

O líder indígena Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul, Eliseu Lopes, veio a São Paulo para se somar à luta dos guaranis paulistas. “Enfrentamos muita violência, despejo e todo o tipo de ataques. Temos a segunda maior população Guarani e nossa luta é por espaço, temos um território muito pequeno para mais de 40 mil indígenas. Agora, viemos aqui para dar apoio para nossos parentes que estão na mesma situação”, disse.

Lula diz que Temer está destruindo o País

Em caravana pelo nordeste o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, discursou em ato político  em Crato no Ceará, ontem (30).  Para o ex-presidente, depois do impeachment de Dilma, estão destruindo o País: “ vão vender a Petrobras e abrir o pré-sal. O Brasil virou o importador de gasolina. Eles querem vender a Eletrobras; o País investiu R$ 400 bilhões e querem vender (a empresa) por R$ 20 bilhões”, afirmou. 

Lula recebeu  o título de doutor honoris causa da Universidade Regional do Cariri e  foi homenageado com dois títulos de cidadão, dos prefeitos de Crato e Salitre, outra cidade da região. O ex-presidente recebeu também uma estátua de Padre Cícero da Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras do Estado do Ceará (Fetraece).

O ex-presidente disse que ainda não sabe se será candidato novamente. “Não sei ainda. Mas eu gosto do Brasil. Ninguém pode cair no desespero, deixar de sonhar ou perder a esperança. E eu tenho vontade de lutar como se fosse um menino de 18 anos. Nós não vamos permitir esse retrocesso”, concluiu.  

 

*Com informações da Rede Brasil Atual 

Desemprego cai, mas informalidade aumenta

O desemprego no País fechou o trimestre de maio a julho em 12,8%, em média, com 13,3 milhões de desempregados, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa caiu em relação ao trimestre anterior (13,6%), mas subiu em relação ao mesmo trimestre do ano passado (11,6%).

Segundo o insittuto, o desemprego caiu puxado pela geração de vagas de trabalho sem carteira assinada.  O mesmo  trimestre registrou 33,3 milhões de pessoas com carteira assinada.  Em relação mesmo trimestre de 2016, a queda foi de 2,9%.

Plataforma Vamos! Pretende discutir saídas para o Brasil

A Frente Povo Sem Medo lançou neste sábado (26)  a plataforma Vamos! que pretende discutir saídas para o Brasil, a partir da construção de um projeto coletivo de aprofundamento da democracia. “Não é possível pensar hoje uma saída popular para o País sem que isso passe decididamente pela revogação de todas as medidas tomadas pelo governo golpista de Michel Temer”, afirmou o  coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos. 

Nos próximos dois meses, o Vamos!  vai promover debates  em cinco cidades do País para discutir os seguintes eixos temáticos: democratização da economia (Rio de Janeiro), democratização do poder e da política (Porto Alegre), democratização das comunicações e da cultura (Fortaleza), democratização dos territórios e meio ambiente (Belém); e um programa negro, feminista e LGBT (Belo Horizonte). Além das discussões ao vivo, abertas a todos, o Vamos! também recebe colaborações para cada um dos eixos pela  internet. 

Exposição sobre os 100 anos da greve geral de 1917

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), inaugura hoje a exposição 1917-2017: 100 anos depois a luta continua! Nenhum direito a menos”, organizada pelo seu Centro de Documentação e Memória Sindical e pela Secretaria de Cultura, em parceria com o Arquivo Edgard Leuenroth, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

No ano de 1917, aconteceu no Brasil o que veio a ser classificado pelos historiadores como a primeira greve geral realizada no País. Trabalhadores insatisfeitos pela precária condição social a que estavam submetidos, utilizaram-se do instrumento da greve como resistência e arma para lutar e modificar a realidade vigente.

A exposição reproduz imagens do começo do século XX onde é possível ver as péssimas condições de trabalho, os interiores das fábricas, a exploração do trabalho infantil. Foi nesse contexto que ocorreu a greve geral de 1917, mostrada com reproduções de fotos de assembleias, da repressão policial e de páginas dos jornais da época, como A Plebe.

A exposição será aberta hoje, (28), com   15º Congresso Extraordinário.  A partir da segunda semana de setembro a exposição estará aberta ao público em geral, no horário das 9 às 18h, no saguão da sede da CUT (Rua Caetano Pinto, 575, Brás – São Paulo).

 

Congresso da CUT começa hoje

O Congresso Extraordinário da CUT começa hoje (28), dia em que também completa 34 anos, com o desafio de discutir os rumos da maior Central sindical da América Latina.

O evento também lembra o centenário da primeira greve geral no Brasil e os 100 anos da Revolução Russa e abriga uma exposição sobre a greve geral de 1917 organizada pelo Centro de Documentação e Memória Sindical e pela Secretaria de Cultura da CUT, em pareceria com o Arquivo Edgard Leuenroth, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

O Congresso extraordinário da CUT já teve etapas preparatórias em todas as regiões do País, indicando sugestões e proposições de trabalhadores para contribuir com as resoluções Central para o próximo período de atuação. 

Sorteio de vagas para o feriado de 12 de outubro

O sorteio de vagas para o feriado de Nossa Senhora da Aparecida  (12 de outubro), para as colônias de Caraguatatuba e Solemar e para o Clube de Campo de Arujá, será realizado no dia 24 de setembro, domingo, às 10h, no Sindicato (Rua Tamandaré, 348, – Liberdade).

Para participar, os sócios interessados devem retirar uma senha até o dia 22 de setembro, no Sindicato, ou por telefone.

No dia 24 de setembro, o sócio deverá comparecer à sede do Sindicato com a senha, o RG, ou outro documento com foto, e a carterinha de associado. Caso não possa comparecer no dia, ele poderá ser representado por outra pessoa, que deve estar com os documentos do associado. É importante lembrar que cada pessoa pode representar apenas um sócio.

O portão será fechado às 10h para o início do sorteio, e o horário será rigorosamente respeitado. O Sindicato está aceitando cartão de débito para pagamento das reservas.

Para os outros períodos do ano, as reservas do clube de campo e das colônias podem ser feitas diretamente no Sindicato, com antecedência mínima de 30 dias. 

Política recessiva de Temer vai deixar a vida mais cara, aponta Dieese


De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) o pacote de privatizações do ilegítimo Michel Temer (PMDB) tem como único objetivo arrecadar o máximo possível para fechar o rombo econômico.


A análise que o Dieese divulgou hoje (24) aponta que  a política adotada pelo governo Temer tem colocado o País numa espiral recessiva sem fim, com investimento e gasto privados travados pelos juros reais altos e expectativas pessimistas.

Sobre o programa de privatizações e concessões que o governo quer implementar o Dieese alerta que a conta ficará para o trabalhador, com prováveis reajustes nas tarifas de energia elétrica, gerando pressão inflacionária e falta de planejamento na estratégia nacional, devido a desnacionalização do sistema de energia.


O programa de privatizações do governo Temer envolve 57 projetos,  dentre eles principalmente a venda de parte da Eletrobrás (ficou de fora Itaipu porque é binacional e as usinas nucleares), além da concessão de 14 aeroportos (incluindo Congonhas em São Paulo), 16 portos e a desestatização de 2 rodovias, 4 projetos em Petróleo e gás, a Lotex (CEF) e a Casa da Moeda (responsável pela emissão de cédulas, moedas, passaportes, selos, dentre outros).