Atos pelas diretas se espalham pelo Brasil

Além do ato em São Paulo (neste link), domingo (11) foi marcado por protestos em mais três capitais do Brasil: Salvador, Recife e Porto Alegre.

Em Salvador, o evento Bahia pelas Diretas reuniu mais de 100 mil pessoas. Os manifestantes acompanharam o show de mais de 20 artistas, dentre eles  Daniela Mercury e Margareth Menezes.

O ato em Recife reuniu milhares de pessoas no centro da cidade, com apresentação de trio elétrico e de diversos artistas locais, como Fred Zero Quatro e a Banda Rossi, dentre outros.

Em Porto Alegre, 30 mil pessoas se reuniram no Parque da Redenção. Também teve participação de músicos locais, como Bagre e Ernesto Fagundes.

Mulheres se reúnem em SP por eleições diretas e direitos

Milhares de pessoas participaram do ato “Mulheres Pelas Diretas e Por Direitos”, um ato-show organizado por movimentos de mulheres e organizações sociais no Largo do Arouche, no centro de São Paulo, ontem (11).

As atrações musicais foram Lurdez da Luz, Brisaflow, Tati Botelho, Preta Rara, Stefanie Roberta, Barbara Sweet, Luana Hansen e Aíla, Ana Cañas,  Flora Matos, As Bahias e A Cozinha Mineira e os coletivos Slam das Minas, Trans-Sarau.

O movimento, além de reivindicar a queda de Temer e eleições diretas, marca posição contra a retirada de direitos representados pelas reformas trabalhista e da Previdência. 

Prefeitura e Governo de São Paulo promovem ação truculenta na cracolândia

No último domingo (11), agentes da Força Tática e da Tropa de Choque da Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana realizaram uma operação na Praça Princesa Isabel, onde está parte da cracolândia. É a segunda vez em menos de um mês que a ação é repetida, sempre com truculência dos policiais. Os usuários, em protesto, atearam fogo aos barracos e pertences e o Corpo de Bombeiros teve de ser acionado.

A ação, sob comando do prefeito João Dória e do governador Geraldo Alckmin, sofreu diversas críticas pela violência utilizada contra os moradores de rua e pela falta de resultados concretos. A reportagem da Rede Brasil Atual mostra que seis horas após a  polícia deixar o local, ele já havia sido retomado por usuários de drogas e traficantes. Leia a matéria completa neste link.

Brasileiros estão pessimistas em relação às reformas do governo Temer

De acordo com a pesquisa CUT/Vox Populi os brasileiros estão inseguros com as reformas trabalhista e da Previdência proposta pelo governo Temer. 89% dos entrevistados temem não sustentar a família se a reforma trabalhista for aprovada.

A pesquisa também revela a insegurança dos brasileiros em relação aos planos para o futuro. 90% dos entrevistados alegam medo de fazer novos crediários para adquirir bens, como imóveis ou carros. Sobre a reforma da Previdência, 69% acreditam que não vão conseguir se aposentar, caso as novas regras sejam aprovadas, e 21% acham se vão se aposentar, mas com o benefício mínimo.

Os entrevistados também deram a opinião sobre as reformas: 68% dos brasileiros acreditam que a reforma trabalhista vai favorecer mais os patrões do que os empregados, e 92% dos entrevistados rejeitam as mudanças propostas pela reforma da Previdência.

Oposição consegue adiar votação da Reforma Trabalhista

A bancada de oposição formada por deputados do PT, PCdoB e por parte do PSB e Rede conseguiu adiar as leituras do relatório da reforma trabalhista no Senado.  As novas datas previstas de leituras são os dias 13 e 21 de junho. Com isso, a votação na CCJ (Comissão de Consituição  e Justiça e Cidadania) está prevista para o dia 28 de junho e a partir daí o projeto estaria pronto para ser votado em plenário.  Mas a oposição já garantiu que não aceitará a votação em plenário no dia 28 de junho.  

20 de junho: Dia Nacional de Mobilização rumo à greve geral

 

O dia 20 de junho foi definido como “Dia Nacional de Mobilização”  contra as reformas trabalhista e previdenciária. O dia é um “esquenta” para a greve geral que está marcada para o dia 30 de junho.  

O secretário-geral nacional da CUT, Sérgio Nobre diz que a greve tem por objetivo recolocar “o Brasil nos trilhos”: “A mobilização dos trabalhadores definirá o rumo do País. Se Temer fica ou não à frente desse governo ilegítimo ou, se ele caindo, teremos escolha democrática com participação do povo”, explica.

De acordo com Nobre, o objetivo é transformar junho num mês de resistência. “Percebemos que o sistema político está tentando operar com ou sem Temer e, por isso, temos de fazer a luta pelo Fora Temer, contra as reformas e por Diretas Já “, disse Sérgio Nobre.

Prefeitura distribui remédios prestes a vencer

O prefeito de São Paulo, João Dória, anunciou, em fevereiro,  que empresas farmacêuticas doariam remédios para o sistema de saúde da capital. Mas ele esqueceu de anunciar que os medicamentos estavam próximos da data do vencimento.

Em matéria para a CBN, a jornalista Alana Ambrósio apurou que os medicamentos doados pelas empresas tinham um valor total de R$ 35 milhões, caso fossem comprados pela prefeitura. No entanto, como contrapartida, o Governo do Estado de São Paulo isentou essas empresas do ICMS por três meses, ou seja,  R$ 66 milhões de impostos deixaram de ser arrecadados.

Outro custo assumido pela prefeitura é em relação ao descarte dos medicamentos vencidos. A incineração desses materiais custa, em média, 20 reais o quilo. O edital diz que as empresas podem fazer doações de medicamentos com vencimento acima de seis meses, enquanto a venda para hospitais privados e farmácias exige que os produtos tenham validade acima de um ano.

A reportagem encontrou nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) medicamentos de uso contínuo com a validade muito próxima de vencimento, como o Omeoprazol, remédio de uso contínuo para o estômago, que tem vencimento para julho. Ou ainda o antibiótico Claritromicina, que vence ainda em junho. Após a data de validade, as empresas farmacêuticas não garantem mais a eficácia dos medicamentos.

Precarização do emprego é a maior em 25 anos, aponta FGV

Rede Brasil Atual –  Estudo dos economistas Bruno Ottoni e Tiago Barreira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta a atual recessão econômica no Brasil como a mais “destruidora de emprego” nos últimos 25 anos. Em matéria publicada no jornal Folha de S.Paulo, a pesquisa mostra que o desemprego atual supera a desocupaçãodurante crises dos anos 1990.

O estudo mostra que o percentual médio da força de trabalho que se declarou ocupada recuou para 86%. “Além dos 14 milhões de desempregados, há um contingente de 10 milhões de pessoas ocupadas de forma precária ou temporária. A crise política e econômica tem resultado em uma persistência do desemprego, tornando um problema estrutural”, afirma o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, em comentário à Rádio Brasil Atual, neta terça (6).

Clemente explica que a atual crise política aprofunda o problema de desemprego e diz que o governo Temer ainda não chegou no limite da recessão. “A crise política agrava o momento. Achávamos que tínhamos chegado ao fundo do poço da crise econômica, mas estamos abrindo o alçapão e continuaremos descendo, no ponto de vista da atividade econômica.”

Segundo o diretor técnico do Dieese, a saída para a economia é  investir na capacidade produtiva, o que a insegurança política, porém, não permite. “É necessário ter uma dinâmica positiva, as empresas e o governo precisam investir, mas a crise política não gera esse movimento e torna a situação insegura, já que os empresários retalham investimentos e o governo corta gastos. Sem a superação da crise política, a economia não retomará”, afirma.

Lula amplia vantagem na disputa presidencial, aponta pesquisa CUT/Vox

Pesquisa feita pela CUT/Vox Populi entre os dias 2 e 4 de junho mostra que o ex-presidente Lula continua imbatível e bateria todos os candidatos a presidente em 2018. Já o senador Aécio Neves (PSDB-MG) que, inconformado por ter sido derrotado por Dilma Rousseff (PT-RS) nas eleições de 2014, liderou um golpe contra o Brasil e os brasileiros em parceria com o então vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), ambos denunciados por corrupção, está politicamente liquidado, aparece com 0% de intenção de voto.

Confira aqui a pesquisa completa.

O governo do golpista Temer, aprovado por apenas 3% dos brasileiros, é considerado culpado pelo desemprego que atinge mais de 14,5 milhões de trabalhadores e pela recessão que atinge especialmente a classe trabalhadora e os mais pobres.

Para 52% dos entrevistados pela CUT/Vox Populi, a vida piorou com Temer na presidência; 38% dizem que nada mudou e apenas 9%, que melhorou. A renda dos trabalhadores também sofreu um baque com Temer. 56% dizem que a renda diminuiu, 39% que não mudou, 4% que aumentou e 1% não soube ou não quis responder.   

Lula tem mais de 50% das intenções de votos

A solução para a maioria dos brasileiros é Lula. Se a eleição fosse hoje, Lula venceria o segundo turno do pleito com 52% das intenções de votos se o candidato tucano fosse Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que ficaria em segundo lugar, com 11% dos votos. Se o PSDB resolver apostar no discurso do novo ou da gestão marqueteira, Lula teria 51% dos votos no segundo turno e o prefeito João Doria, 13%. Lula também ganharia de Marina Silva (Rede) por 50% a 15%. Se o candidato for o Aécio, Lula sobe para 53% e Aécio teria 5%.

Intenção de voto espontânea

Lula também é imbatível nas consultas espontâneas sobre intenções de voto, quando o entrevistador não mostra nenhum nome na cartela.

O levantamento CUT/Vox Populi, aponta que 40% dos brasileiros votariam em Lula se a eleição fosse hoje – em abril o percentual era de 36%. Em segundo lugar, bem distante, vem Jair Bolsonaro (PSC) com 8% das intenções de voto – tinha 6% em abril. Já Marina Silva (Rede) e o juiz Sérgio Moro empatam em 2%.

Embolados em 5º lugar, com apenas 1% das intenções de voto aparecem Ciro Gomes (PDT), Joaquim Barbosa (sem partido), João Doria (PSDB), Fernando Henrique (PSDB) e Geraldo Alckmin (PSDB). Aécio Neves (PSDB) tem desidratou e surge com 0% de intenção de voto – em abril, antes da divulgação do grampo da JBS que envolve o senador em crime de pedido de propina, ele ainda tinha 3% das intenções de voto.

Se o candidato do PSDB for Alckmin ou Doria, Lula sobe para 45%. No cenário com Alckmin, o governador de São Paulo empata com Ciro em 4%, Bolsonaro sobe para 13% e Marina cai para 8%. Se a disputa for entre Lula e Doria, Bolsonaro cai para 12%, Marina sobe para 9%, Ciro para 5% e Doria atinge apenas 4% das intenções de voto.

Lula cresce

A pesquisa consolida a ascensão de Lula como favorito para o próximo pleito. No voto espontâneo, o ex-presidente tinha 31%, em dezembro, 36%, em abril, e agora atinge a marca dos 40%. Já num hipotético segundo turno contra Alckmin, a vantagem foi de 45% da preferência dos votos, em dezembro, para 51%, em abril, e agora 52%.

Lula é igualmente o preferido por idade, escolaridade, renda e gênero

Tem 48% das intenções de votos entre os jovens, 44% entre os adultos e o mesmo percentual (44%) entre os maduros. Quanto a escolaridade, 55% dos eleitores com ensino fundamental votam Lula, 40% ensino médio e 29% ensino superior. Quando separados por renda, o cenário se repete: votam em Lula 58% dos que ganham até 2 salários mínimo, 41% dos que ganham entre 2 e 5 mínimos e 27% dos que ganham mais de 5 salários mínimos. 

A pesquisa CUT/Vox foi realizada em 118 municípios do Brasil de todos os Estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior. Foram entrevistadas 2000 pessoas com mais de 16 anos.

A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.