Mulheres serão as mais prejudicadas com a reforma da previdência

Se a PEC 287 (Proposta de Emenda Constitucional) for aprovada, as mulheres serão muito penalizadas. A aposentadoria por tempo de contribuição será extinta e a idade mínima para as mulheres se aposentarem passará a ser de 65 anos, como os homens. O tempo mínimo de contribuição também será alterado, passando de 15 anos, para 25 anos. “A PEC ignora completamente a realidade do mercado de trabalho, com mulheres ainda ganhando menos e mais sujeitas a demissões. Também não leva em conta a dupla jornada que todas as mulheres têm por conta da responsabilidade do lar e dos filhos”, salienta Celia Alves dos Passos, secretária da Mulher do Sindicato.  

Segundo informações do Anuário Estatístico da Previdência Social, em 2015, dos 28,2 milhões de aposentados e pensionistas, 57% eram mulheres. Entre 2001 e 2015, o público feminino aumentou de 10,4 milhões para 16,4 milhões no total de aposentadas e pensionistas, o que corresponde a um crescimento de 57,8%.

No entanto, em razão da dificuldade que a maioria delas tem para alcançar o tempo mínimo exigido pela lei para se aposentar por tempo de contribuição, a aposentadoria por idade tem sido a modalidade de aposentadoria mais comum entre as trabalhadoras.

Além disso, apesar de haver maior proporção de mulheres aposentadas, os benefícios pagos a elas são, em média, inferiores. Em dezembro de 2015, enquanto o valor médio dos benefícios pagos aos homens foi de R$ 1.260,41, o das mulheres foi de apenas R$ 954,78 (32% menos do que o ganho dos homens).

Vídeo inspirado no futebol explica reforma trabalhista

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC lançou um vídeo animado em que explica o projeto da reforma trabalhista proposto por  Temer e o que “está em jogo”, caso a reforma seja aprovada. O vídeo foi inspirado numa partida de futebol e, didaticamente,  mostra o que o trabalhador perde a cada ataque do governo e dos patrões. 

Assista o vídeo abaixo:

 

Sindicato promove debate sobre o desmonte da previdência

O Sindicato vai promover um debate sobre a reforma da previdência, proposta pelo governo Temer, no dia 1º de abril (sábado), das 13h às 16h, na subsede da Lapa, Rua John Harrison, 175.

O encontro contará com as participações de Valmir Prascidelli, deputado federal (PT/SP), membro da CCJC (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) e da Ctasp (Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público), e de Francisco Chagas, ex-deputado federal (PT/SP) e ex-dirigente do Sindicato dos Químicos de São Paulo.

Assembleia define rumos da Campanha Salarial 2017

Dia 1º de abril os trabalhadores do setor farmacêutico se reúnem para avaliar as negociações com a bancada patronal 

As negociações com a bancada patronal já foram agendadas. Nos dias 28 e 30 de março os sindicatos que negociam conjuntamente vão se sentar com os patrões para discutir as reivindicações deste ano.

Os farmacêuticos estão lutando pela reposição da inflação, mais 5% de aumento real em todas as faixas salariais, e por uma PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de dois pisos reajustados.

A inflação acumulada nos 12 meses referentes à data-base dos farmacêuticos (de abril a abril) está estimada em 4,66%, segundo o INPC/IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que revisou novamente a estimativa para baixo. Portanto, o reajuste total pleiteado é de cerca de 9,66%. 

O setor é um dos poucos que passa ileso pela crise econômica e que continua apresentando crescimento de vendas e saldo positivo de empregos, tendo registrado em 2016 um faturamento R$ 87,1 bilhões, um crescimento de 15,4% em relação ao ano anterior.

A negociação do setor farmacêutico é coordenada pela Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico) e reúne seis sindicatos – São Paulo, ABC, Campinas, Osasco, Jundiaí e região e São José dos Campos –, que representam 180 mil trabalhadores.   

 

Fique por dentro da pauta

·        Reposição da inflação e 5% de aumento real para todas as faixas salariais.

·        PLR correspondente a dois pisos salariais.

 

Agende-se

No próximo dia 1º de abril, sábado, às 10h, os trabalhadores do setor farmacêutico têm um importante compromisso: debater os rumos da Campanha Salarial 2017. O encontro será realizado na subsede da Lapa (Rua John Harrison, 175). Haverá transporte para facilitar a locomoção dos trabalhadores. Informe-se com o diretor da sua região. 

Câmara se prepara para votar terceirização. Centrais vão a Brasília

O destaque na pauta de amanhã (21) da Câmara dos Deputados é o Projeto de Lei 4.302, de 1998, que permite a terceirização de todas as atividades das empresas. É considerado pelas centrais sindicais pior que o PL 4.330, aprovado anteriormente e agora em tramitação no Senado (PLC 30) – com dificuldade em aprovar esse texto, o governo passou a priorizar o projeto de 1998, apresentado em 19 de março daquele ano. Os sindicalistas se mobilizam para estar em peso nesta terça em Brasília. A CUT fala em “ocupar” o Congresso.

“No último dia 6, quando nos encontramos com o Rodrigo Maia (DEM-RJ, presidente da Câmara dos Deputados), dissemos para ele que poderia entrar para a história como quem colocou fim a 70 anos de conquista da classe trabalhadora. E a resposta dele foi que conhecia a posição da CUT, respeitava, mas não concordava e iria votar na terça”, afirmou o secretário-geral da central, Sérgio Nobre. “Ou colocamos muitos trabalhadores na porta do Congresso ou veremos esses parlamentares rasgarem de vez a CLT.”

Nesta segunda-feira, durante evento em São Paulo, o presidente da Câmara se disse “confiante” para votar o PL 4.302 entre amanhã e quarta-feira. E também projetos de interesses do governo. “Em abril nós vamos aprovar a reforma trabalhista, a modernização das leis trabalhistas, o nome que seja”, afirmou, citando ainda a reforma da Previdência, para a qual espera definição no início de maio.

Em 19 de agosto de 2003, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu primeiro ano de mandato, enviou mensagem ao Congresso (389/03) solicitando a retirada do PL 4.302. Vários presidentes passaram pela Câmara desde então, inclusive do PT, partido de Lula, e a mensagem nunca foi lida. O projeto ficou esquecido até ser retomado, no final de 2016.

O relator foi o deputado Laércio Oliveira (SD-SE), vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Aprovado em 2000, o projeto foi para o Senado, onde foi relatado em 2002 por Edison Lobão (PMDB-MA). Como teve alterações, voltou para a Câmara.

Reforma

Em certa medida, o PL 4.302 influencia o projeto de reforma trabalhista (6.787) do governo, que trata também de trabalho temporário. Na semana passada, o relator da reforma, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN),declarou durante encontro com empresários do setor de serviços que, caso o 4.302 seja aprovado “talvez a gente não precise levar em consideração o que o governo nos mandou”. Entidades do setor dizem ter “fechado questão” em torno do projeto de 1998.

O movimento sindical desencadeou uma campanha contra o PL 4.330, que acabou aprovado na Câmara e seguindo para o Senado como PLC 30, agora sob relatoria de Paulo Paim (PT-RS). Com dificuldade para aprová-lo da forma como estava, o governo e sua base articularam a retomada de um projeto praticamente engavetado.

Em audiência pública realizada hoje pela Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa do Senado, para discutir a reforma trabalhista, o diretor de Assuntos Legislativos da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luiz Colussi, disse que o momento é de “desmonte” da Justiça do Trabalho e dos direitos sociais, e do próprio Estado democrático brasileiro. Não é uma minirreforma, como diz o governo, mas “uma ampla reforma, que permitirá uma livre negociação em pontos essenciais da regulação do trabalho e querem a desregulação total do mundo do trabalho”.

Com informações da CUT e da Agência Senado

Sorteio de vagas para feriado de 1º de Maio

O sorteio de vagas para o feriado do Dia do Trabalhador (1º de maio) nas colônias de Caraguatatuba, Solemar e no Clube de Campo de Arujá, será realizado no dia 2 de abril, domingo, às 10 horas, na sede do Sindicato (Rua Tamandaré, 348 – Liberdade). O período de estadia é entre os dias 29 de abril a 1º de maio.

Para participar, os sócios interessados devem retirar uma senha entre os dias 20 e 30 de março na subsede mais próxima. É preciso levar o RG, ou outro documento com foto, e a carteirinha de associado. Cada sócio receberá uma senha e as regras do sorteio.

No dia 2 de abril, o sócio deverá comparecer à sede do Sindicato com a sua senha, RG, ou outro documento com foto, e a carteirinha de associado. Se o sócio não puder comparecer no dia, ele pode ser representado por outra pessoa que deve estar com os documentos do associado. É importante lembrar que cada pessoa pode representar apenas um sócio. 

O portão será fechado às 10h para o início do sorteio, e o horário será rigorosamente respeitado. 

Para os outros períodos do ano, as reservas para o clube de campo e para as colônias podem ser feitas diretamente no Sindicato com antecedência mínima de 30 dias.

Para facilitar o atendimento aos associados, agora o Sindicato aceita cartão de débito no pagamento das reservas para o clube de campo e colônias de férias. A nova forma de pagamento está disponível em todas as subsedes.

Ministra do TST diz que reforma trabalhista trará precarização e não empregos

Em nova audiência pública da comissão especial da Câmara que trata da reforma trabalhista, hoje (16), a ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), afirmou que a proposta do governo trará precarização em vez de postos de trabalho. “Em lugar nenhum do mundo, as reformas geraram empregos; ao contrário, geraram a precarização de empregos”, disse a magistrada, para quem os argumentos do governo contêm “grandes inverdades”.

Outra “inverdade”, segundo ela, seria dizer que a legislação é obsoleta. A juíza afirmou que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) já teve 75% dos artigos alterados, preservando direitos básicos. Delaíde também contestou a afirmação de que a prevalência de acordos coletivos sobre a legislação seria benéfica aos trabalhadores.

De acordo com a ministra, o “negociado sobre o legislado” já existe, mas para negociar benefícios adicionais. “A saída para a crise tem que ser encontrada na economia, não na precarização do trabalho”, afirmou, vendo um momento político pouco apropriado para discutir uma reforma dessa natureza.

Delaíde também fez referência a um ataque do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à Justiça do Trabalho, na semana passada, quando o deputado disse que esse ramo do Judiciário “nem deveria existir”. Ela citou artigo de outra ministra do TST, Kátia Magalhães Arruda, para quem o que não deveria existir seria “pobreza, discriminação, corrupção, intolerância, abuso de poder, autoridades que falam e agem contra os princípios e regras constitucionais”.

Parlamentares da base governista criticaram representantes da Justiça do Trabalho. O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), por exemplo, afirmou que os juízes e o Ministério Público do Trabalho “estão distantes do Brasil real”. Já José Carlos Aleluia (DEM-BA) disse que os juízes têm “posição política” e tentam “tapar o sol com a peneira”.

Patrus Ananias rebateu, dizendo que posições políticas todos têm. Uns, segundo ele, defendendo os interesses “do grande capital” e outros, das “classes trabalhadoras”.

O relator do Projeto de Lei 6.787, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), disse que é preciso dar “segurança jurídica” às relações trabalhistas. O parecer deverá ser votado até o início de maio.

Com informações da Agência Câmara

Reforma da Previdência: “Ou o pessoal vai pra rua ou o governo deita e rola”

Para o especialista em Previdência Remígio Todeschini, ex-secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, o momento é “importantíssimo” para trabalhadores, inclusive da classe média, garantirem seus direitos. Segundo ele, é importante que todos vão às ruas para barrar a reforma da Previdência. “Ou o pessoal vai à rua para poder evitar essa reforma, que é perversa para os trabalhadores, ou governo deita e rola em cima, com a diminuição dos nossos direitos”, diz em entrevista ao Seu Jornal, da TVT.

Ele explica os prejuízos causados por medidas como idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, e contribuição de 49 anos para aposentadoria integral. “Penaliza os trabalhadores a trabalharem praticamente até o final da vida”, afirma.

Leia a entrevista:

Como você avalia as manifestações que aconteceram em todo país? É um momento importante de luta contra esta reforma?

É um momento importantíssimo. Ou o pessoal vai à rua para poder evitar essa reforma que é perversa para os trabalhadores, ou governo deita e rola em cima com a diminuição dos nossos direitos. 

A idade mínima passa a ser 65 anos para homens e mulheres. O que isso significa? 

Essa questão penaliza os trabalhadores e trabalhadoras a trabalharem praticamente até o final da vida. Por exemplo, na grande São Paulo, fora o centro e os bairros onde vive a classe média, no meio da periferia, da classe trabalhadora, a expectativa de vida é de 65 anos. Em dez estados do Brasil, a expectativa também é de 65 anos. Então, é uma reforma que vem penalizar os mais pobres e parte da classe média também vai ser prejudicada, até porque precisa trabalhar 49 anos.

E o tempo mínimo de contribuição passa de 15 a 25 anos.

Essa é uma questão também muito perniciosa para os mais pobres e para aqueles que têm pouca qualificação, até porque 40% dos trabalhadores são informais, e até os 60% que estão na formalidade têm dificuldade em completar os 15 anos (de contribuição mínima). Os trabalhadores serão mais prejudicados ainda, com 25 anos. 

Para conseguir aposentadoria integral, o trabalhador vai ter que contribuir por 49 anos também.

Se eu começo a trabalhar com 20 anos e preciso de 49 anos de contribuição para poder ter a aposentadoria integral, eu me aposento de fato com 69 anos, sabendo que, no regime geral da Previdência no INSS, você só pode chegar até o teto de R$ 5.500. Então esse modelo favorece a privatização.

Quando as pessoas de famílias pobres vão para o mercado de trabalho, só 5% delas conseguem contribuir para a Previdência. Então é um divisor de águas que fere o princípio de solidariedade da Previdência Social, que deve atender principalmente as populações mais pobres.

Quando a gente fala em 49 anos para receber integralmente, são quase cinco décadas sem nenhuma interrupção. Não pode ficar desempregado, sem deixar de contribuir.

Se eu começar com um salário mínimo e no final receber dez salários mínimos, eu vou fazer a média de todos esses 49 anos. Eu não vou chegar ao teto, porque a contribuição vai ser proporcional à minha contribuição.  Na atual regra, eu pego os últimos cinco anos para poder fazer esse cálculo.

Depois de ‘não’ geral a reformas e a Temer, movimentos esperam virar o jogo

Desta vez não havia helicópteros sobrevoando a Avenida Paulista, em São Paulo, diferentemente de movimentos pró-impeachment que contaram com extenso apoio midiático e mesmo logístico por parte de autoridades. Mas isso não impediu que a área fosse tomada por uma multidão, que no final do dia ecoava os protestos realizados durante toda esta quarta-feira (15) pelo país, contra as reformas da Previdência e trabalhista, e em repúdio ao governo Temer. Alheio às manifestações, o presidente chegou a dizer, durante evento em Brasília, que a sociedade, “pouco a pouco, vai entendendo” a necessidade de reformas.

Reformas que representam retrocesso e perda de direitos, afirmaram, durante o dia, representantes de centrais sindicais, movimentos populares e diversas entidades. O diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, por exemplo, disse durante debate que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, da Previdência, representa uma das maiores reformas de exclusão social desde a Constituição de 1988. Para ele, o dia nacional de paralisações abriu espaço para o debate público e maior percepção da população sobre a ameaça a seus direitos. Em São Paulo, algumas estimativas falaram em até 300 mil pessoas no início da noite na Avenida Paulista. No Rio de Janeiro, seriam pelo menos 100 mil na Candelária. Manifestações foram realizadas em todas as regiões, somando aproximadamente 300 mil, segundo balanços parciais dos organizadores.

O movimento de hoje foi “um marco”, na definição do coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos. “Até aqui, nas últimas manifestações e dias de luta, estavam vindo às ruas apenas os movimentos organizados. Hoje tivemos um salto de qualidade. Muita gente que não está necessariamente mobilizada veio às ruas. Começou a cair a ficha sobre o tamanho do ataque das reformas trabalhista e da Previdência. É o início de um novo momento.”

Avaliação semelhante fez o coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP) e da Frente Brasil Popular, Raimundo Bonfim. “Está caindo a ficha da população. No momento do impeachment a coisa era mais politizada, mais difícil de debater e de dialogar com a população. Nesse momento, é uma questão concreta, a população está fazendo as contas. Não é uma coisa que depende de filiação partidária, o prejuízo vai ser de todos os trabalhadores.”

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, o recado foi dado. “Não vamos aceitar as reformas da Previdência e trabalhista. É bom que deputados e senadores saibam que quem votar a favor será cobrado. Vamos visitar as casas deles, vamos denunciar insistentemente. Não vão acabar com os direitos dos trabalhadores.”

“O governo Temer vai ter de recuar com esse desmonte da aposentadoria, senão ele não vai ter sossego, porque se o Congresso não derrotar o povo derrota”, disse em Brasília o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides Veras dos Santos, que deverá ser eleito presidente da entidade na próxima sexta-feira (17).

Na capital federal, logo cedo, integrantes de vários movimentos ocuparam a sede do Ministério da Fazenda. À tarde, a manifestação tomou conta da Esplanada dos Ministérios, com pelo menos 10 mil pessoas.

A maior parte das capitais e muitas cidades do interior tiveram passeatas, protestos e atos contra as reformas de Temer. Diversas categorias profissionais, como bancáriosmetalúrgicos, químicos, eletricitários, trabalhadores nos Correios, servidores públicos, químicos, entre outras, fizeram paralisações. Em São Paulo, os ônibus urbanos só circularam depois das 8h. Os metroviários também aderiram ao protesto, e os trens circularam apenas parcialmente. Professores da rede estadual, em assembleia na Praça da República, aprovaram greve a partir do dia 28.

Enquanto isso, as reformas seguem em discussão no Congresso. Nesta quinta, estão marcadas novas reuniões das comissões especiais da Câmara que analisam a PEC 287 e o Projeto de Lei 6.787, de reforma trabalhista. Parte dos movimentos, como a CUT, defendem a rejeição integral das propostas. Uma parcela acha possível apresentar emendas. Hoje, em rede social, o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) afirmou que o governo Temer não tem legitimidade para propor reformas. “Derrubaram Dilma para impor uma reforma da Previdência que escraviza os brasileiros. Vamos apresentar emendas ao projeto original. Vamos fazer o possível para impedir que essa reforma seja aprovada.”

De acordo com o deputado Bohn Gass (PT-RS), a estratégia é “minar a proposta de todos os lados”. Foram apresentadas 146 emendas à PEC 287. Com representação minoritária no Congresso, as centrais sindicais e movimentos populares sabem que só permanecendo na rua é que haverá chance de barrar as “reformas” de Temer e aliados.