Vox Populi: Lula lidera 1º turno de 2018 em todos os cenários

Pesquisa Vox Populi/CartaCapital divulgada hoje (5) aponta que, se a eleição presidencial de 2018 fosse hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria o candidato mais votado no primeiro turno nos três cenários pesquisados.

Além de Lula, todas as simulações incluem como candidatos Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Jair Bolsonaro (PSC) – o que muda em cada uma delas é o representante do PSDB. A margem de erro é sempre de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo.

No primeiro cenário, Lula aparece com 28% dos votos, seguido por Aécio Neves (PSDB), com 18%. Na sequência estão Marina (15%), Ciro Gomes (6%) e Bolsonaro (7%). Brancos e nulos somam 20%, e outros 7% não sabem ou não responderam.

Na simulação na qual o candidato tucano é Geraldo Alckmin, o resultado não leva o PSDB para o segundo turno. Enquanto Lula tem 29% das intenções de voto e Marina aparece com 18%, Alckmin acumula apenas 11%, o que lhe rende o terceiro lugar, seguido por Bolsonaro (7%) e Ciro Gomes (6%). Brancos e nulos somam 21%, e 8% não sabem ou não responderam.

O cenário com José Serra (PSDB) também não favorece os tucanos, e novamente o líder Lula (29%) enfrentaria Marina (19%) no segundo turno. Serra viria na sequência, com 13% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro (7%) e Ciro Gomes (6%). O índice de brancos e nulos se mantém alto (20%), e 7% não sabem ou não responderam.

Rejeição e simpatia

A pesquisa Vox Populi, que ouviu 1.500 pessoas em 97 municípios do País, também mediu o grau de rejeição e de simpatia aos partidos (PT, PSDB e PMDB).

O levantamento realizado entre os dias 29 de julho e 1º de agosto aponta que, ao mesmo tempo em que o PT é o partido que mais desperta a simpatia do eleitorado (12%, contra 4% do PSDB), é também o mais rejeitado: 27% dos entrevistados afirmam recusar o PT.

De acordo com o levantamento, 75% dos entrevistados afirmaram não ter simpatia por nenhum partido.

Retrocessos

Entre as “medidas amargas” prometidas pelo presidente interino está a imposição de uma idade mínima para a aposentadoria, que extinguiria as formas atuais de obter o benefício (o fator previdenciário e a fórmula 85/95). Conseguir apoio popular para a mudança, no entanto, não será fácil.

De acordo com a pesquisa, 82% dos brasileiros consideram que elevar a idade para a aposentadoria “é uma medida ruim e vai prejudicar as pessoas”. O número é cinco pontos percentuais maior ao verificado em pesquisa semelhante realizada no início de junho.

Para 11%, o aumento da idade para a aposentadoria é “uma medida necessária, que vai prejudicar muita gente” (eram 16% em junho) e para 3% é uma “medida necessária, que vai prejudicar pouca gente”. Outros 4% não sabem ou não quiseram responder.

Outra medida impopular seria o aumento da jornada de trabalho, sugerida a Temer por empresários no início de julho. Perguntados sobre a possibilidade de a jornada ir das atuais 44 horas semanais para 60 horas, 86% dos entrevistados se disseram contra a medida, contra 8% favoráveis (6% não responderam).

Em linha antagônica à preservação de direitos, 38% dos entrevistados disseram avaliar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) como uma legislação “atrasada e prejudicial ao Brasil”, enquanto 36% classificam a lei como “necessária, e uma proteção aos trabalhadores”.

Outra medida defendida pelo governo Temer que não desfruta de apoio da população é o fim do monopólio da Petrobras no pré-sal. Para 51%, trata-se de uma medida “ruim, que vai prejudicar o Brasil”. Para 17%, a medida “é necessária e não vai prejudicar o Brasil”. Outros 31% não responderam.

Receita libera consulta ao terceiro lote de restituição

A Receita Federal abriu hoje (8) a consulta ao terceiro lote de restituição do Imposto de Renda, incluindo os anos de 2008 a 2015. A liberação do pagamento deverá ser feita no próximo dia 15.

A consulta pode ser feita pelo site da Receita Federal ou pelo ReceitaFone 146. Também é possível acessar as informações por meio de aplicativos para tablets ou smartphones.

Os valores de cada ano de exercício e as correções da taxa Selic podem ser consultados pela tabela abaixo: 

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Dia de abertura das Olimpíadas é marcado por protestos contra Temer

No dia de abertura dos jogos olímpicos, manifestantes se reúnem no Rio de Janeiro em ato convocado pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular. O protesto é contra o presidente interino Michel Temer e também tem como objetivo denunciar o golpe político no País.

“Esse golpe representa um retrocesso para o conjunto dos trabalhadores. É um golpe que coloca em xeque os direitos dos trabalhadores. É por isso que estamos aqui, junto com as frentes, nessa grande manifestação. Nenhum direito a menos”, escreveu Douglas Izzo, presidente da CUT-SP.

“Queremos denunciar, mundialmente, para toda a imprensa internacional, atletas e turistas, que estão no Rio para acompanhar os Jogos, que o que está acontecendo no Brasil é um golpe de Estado com aparência de legalidade”, disse Raimundo Bonfim, coordenador da Frente Brasil Popular.  

Alta dos preços deixa cesta básica mais cara

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgou uma nova Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. O levantamento aponta que o custo dos alimentos da cesta básica aumentou no mês passado.

A cidade de São Paulo apresenta a cesta mais cara, de R$475,27. Para arcar com esse custo, o Dieese calculou que o trabalhador que recebe um salário mínimo gastou 118 horas e 49 minutos para poder comprar a cesta.  

Leite, arroz, feijão, café em pó e manteiga foram alimentos que tiveram uma alta nos preços. A coordenadora de Pesquisa de Preços do Dieese, Patrícia Costa, afirmou que o trabalhador é quem sofre mais com as despesas alimentares.

De acordo com o Dieese, para sustentar uma família de quatro pessoas, o salário mínimo deveria ter um valor quase cinco vezes maior do que o atual, o valor estimado pelo Dieese deveria ser de R$ 3.992,75. 

Comercialização de alimentos orgânicos cresce em São Paulo

O prefeito Fernando Haddad (PT) marcou presença na inauguração do Armazém do Campo, no último sábado (30). Trata-se de uma loja que venderá a produção de trabalhadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MTST); alimentos orgânicos, de pequenos produtores e da reforma agrária.

No evento, Haddad comentou a respeito da lei que sancionou no começo do ano e que torna obrigatório que toda a merenda escolar seja feita com produtos orgânicos. O prefeito ainda comparou a qualidade da merenda escolar da prefeitura com a do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

“Se você comparar e ver que por aí estão distribuindo merenda seca para as crianças, nós estamos na direção oposta e correta”, afirmou.  

Sindicato recebe audiência pública sobre direitos trabalhistas

Na próxima quinta-feira, dia 11, a partir das 13h, será realizada na sede do Sindicato uma audiência pública sobre direitos dos trabalhadores. O evento é organizado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, que tem como presidente o senador Paulo Paim (PT).  

Entre os principais temas de discussão estão previdência social, trabalho escravo, terceirização, o Plano de Auxílio aos Estados (PLP 257/2016) e a democracia.

A audiência será no auditório Domingos Galante, na sede do Sindicato (Rua Tamandaré 348, Liberdade, São Paulo).

Corte na Previdência prejudica beneficiários

O governo interino de Michel Temer pretende realizar inúmeras mudanças  na Previdência Social que prejudica trabalhadores e aposentados.  A  medida provisória 739, por exemplo,  que já está em vigor, prevê corte de benefícios de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez.

A decisão obriga a revisão da situação de todos os segurados com menos de 60 anos. A previsão é cortar entre 250 mil e 840 mil beneficiários de auxílio-doença e 150 mil aposentadorias por invalidez. A medida é considerada inconstitucional por sindicatos e especialistas e pode causar a volta prematura de pessoas doentes para seu local de trabalho.

Assista a matéria da TVT (TV dos Trabalhadores) com mais detalhes.

Palestras discutirão temas sobre ambiente de trabalho

O Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), sediará entre os dias 22 e 26 de agosto de 2016 o IV Congresso Internacional de Ciências do Trabalho, Meio Ambiente, Direito e Saúde: acidentes, adoecimentos e sofrimentos do mundo do trabalho.

Na quarta-feira (24), a partir das 9h, será realizada a palestra “O futuro do trabalho diante da precarização atual e migrações recentes”. A mediação será feita por Marilane Teixeira, economista e assessora do Sindicato.

Alex Ricardo Fonseca , diretor do Sindicato e membro da Confederação Nacional dos Químicos (CNQ-CUT) estará presente na mesa “Organização, gestão do trabalho e violência moral”, também no dia 24, a partir das 13h30.

A programação completa do evento e informações sobre as inscrições podem ser encontradas no link.

Governo quer analisar cotistas em concursos públicos

O Ministério do Planejamento do governo interino de Michel Temer (PMDB) pretende julgar os casos de candidatos que se declararem negros em concursos públicos. Por lei, devem ser reservadas nesses concursos 20% das vagas para aqueles que se autodeclararem pretos ou pardos.

As comissões responsáveis pelo julgamento deverão aprovar ou reprovar os candidatos que se utilizam da política de cotas.

O professor de direito da Universidade de São Paulo (USP), Floriano de Azevedo Marques, disse à Folha de S. Paulo que a norma cria “risco de racismo, ao criar um padrão de quem é negro, além de expor as pessoas ao constrangimento”.  

Funcionários resistem à privatização do metrô

O portal Fiquem Sabendo divulgou ontem (2) dados sobre os investimentos do metrô. Foi constatado que em um ano, desde o primeiro semestre de 2015 até o primeiro semestre deste ano, a empresa deixou de investir R$ 511,90 milhões para a construção das linhas e novas estações, o que representa queda de 29% no orçamento.

As informações foram obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação e comprovam que a empresa passa por um período de crise sob a administração do governador Geraldo Alckmin. Com um serviço de baixa qualidade, a população tem deixado o metrô em busca de outros transportes, como os ônibus, que ganham espaço em São Paulo.

Hoje (3) funcionários protestaram contra a sinalização de Alckmin de privatizar a maior parte do metrô e linhas da CPTM.  “O próprio governo sucateia os sistemas para oferecer a privatização como salvação. Mas ela só interessa aos empresários”, disse Alex Fernandes, secretário-geral do Sindicato dos Metroviários.