Centrais sindicais marcam ato unificado

Amanhã (19), as centrais sindicais CUT, CSB, CTB, Força Sindical, UGT e Nova Central estarão juntas em um ato na avenida Paulista, em frente ao Banco Central, às 10h, contra o desemprego e a taxa de juros. Será o primeiro ato que reunirá as principais centrais do País, que reconhecem a necessidade de lutar pela manutenção dos direitos dos trabalhadores. 

Na semana seguinte ao ato, no dia 26 de julho, haverá uma reunião no bairro da Liberdade para a elaboração de um manifesto em defesa dos direitos sociais e trabalhistas. Na ocasião, estarão presentes representantes das 27 unidades da federação. 

 

Ramo Químico perdeu quase 86 mil postos de trabalho

A direção da executiva da CNQ, CUT, reunida em São Paulo desde o dia 5 de junho, debruçou-se sobre este tema e aprovou alguns encaminhamentos rumo à proposta da CUT de realizar uma campanha salarial unificada das categorias com data-base neste segundo semestre.

“Será um momento difícil para as campanhas salariais porque estamos saindo de um período de mais de dez anos com facilidade de conquista de ganho real nos salários e agora teremos dificuldade até de repor a inflação, gerando perdas salariais. O objetivo da unificação das campanhas salariais é fazer também um enfrentamento à ofensiva do governo contra os direitos dos trabalhadores, como terceirização, aumento da idade para aposentadoria, além do reajuste salarial”, explica o diretor da CNQ-CUT, Carlos Itaparica, do Sindiquímica Bahia.

Retração no Ramo

Na breve análise setorial do ramo químico, apresentada pela economista Rosângela Vieira, da Subseção Dieese da CNQ/Fetquim, alguns dados se destacam para entendermos o número crescente de demissões.

Na cadeia da indústria química, de maio de 2015 a abril de 2016 houve um desempenho negativo nos índices que medem a demanda do mercado local. As vendas internas caíram em torno de 7% e o índice de utilização de máquinas e equipamentos também está em queda.

Analisando por setor, segundo os dados do IBGE, somente os produtos de limpeza e o setor Papel e Celulose tiveram alta na produção, os demais foram negativos: químicos inorgânicos   (- 6,7%); adubos e fertilizantes (- 6,5%); químicos orgânicos (-1,1%), tintas e vernizes (-7,8%), plásticos (-12,5%), cosméticos (-3,4%); borracha (-10,4%), e vidros (-6,6%).

“O Setor Papel e Celulose é analisado de maneira conjunta, contudo a fabricação de produtos de papel tem obtido resultados negativos, já a fabricação de celulose apresentou crescimento de 14,1% no acumulado dos últimos 12 meses com utilização da capacidade produtiva de 86,7%, tal resultado foi impactado por conta das exportações. Na fabricação de  produtos de limpeza e polimento a alta ficou em 5,4%, com uma movimentação de trabalhadores também positiva (abertura de postos de trabalho) ”, observou Rosângela.

Demissões

No Ramo Químico, os dados do Ministério do Trabalho e Emprego apontam fechamento de cerca de 13 mil postos de trabalho de janeiro a maio deste ano. Se considerarmos o período de janeiro de 2015 a maio de 2016 (últimos 17 meses), o Ramo Químico perdeu quase 86 mil postos de trabalho.

“Queda na produtividade, reflete no desemprego. Houve queda de postos em todos os setores, exceto farmacêuticos, higiene pessoal e produtos de limpeza. No setor Plásticos, 4.100 postos de trabalho foram fechados este ano”, destacou.

Nenhum Direito a Menos!

A presidenta da CNQ e diretora do Sindicato dos Químicos, Lucineide Varjão, e o Secretário Geral Itamar Sanches, que participaram da reunião da CUT que deliberou pela unidade dos ramos nas campanhas salariais, colocaram os próximos passos dessa decisão: a realização de um ato de lançamento do manifesto das campanhas salariais unificadas no próximo dia 28/7, em frente à sede da Fiesp, em São Paulo; e um encontro da classe trabalhadora ainda sem data e local definido.

Para organizar o ramo químico, a direção executiva deliberou por realizar uma reunião dos técnicos do DIEESE dos sindicatos do ramo que tem subseção e, na sequência, reunião dos os sindicatos no próximo dia 20, em São Paulo. Nosso objetivo central é discutir as campanhas salariais do ramo no segundo semestre; o encontro da classe trabalhadora que a CUT está chamando e outras estratégias para nossa campanha.

Pesquisa aponta que brasileiros desejam se aposentar aos 60 anos

Uma pesquisa realizada pelo DataFolha apontou que em média, os brasileiros desejam se aposentar pouco antes de completarem 60 anos de idade. 

Grande parte da população é contra a medida defendida por Michel Temer de estabelecer uma idade mínima de aposentadoria. A proposta não leva em consideração que o brasileiro entra muito cedo no mercado de trabalho e também é injusta ao igualar a idade para homens e mulheres, sendo que as mulheres, em geral,  têm  jornada dupla ou tripla, devido aos afazeres de casa.

De acordo com a pesquisa, 59% dos entrevistados acreditam que os brasileiros se aposentam mais tarde do que deveriam e 41% defendem que as idades de aposentadoria para homens e mulheres devem ser diferentes.  

Mulheres e idosos poderão descer fora do ponto de ônibus

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), sancionou no último sábado (16) a lei que permite que mulheres e idosos possam descer fora do ponto de ônibus entre as 22h e 5h. A medida garante uma maior proteção para que esses passageiros possam desembarcar em lugares mais seguros em um horário de menor movimento nas ruas. A lei deverá entrar em vigor dentro de 60 dias. 

Frente Povo Sem Medo organiza ato por democracia e direitos

A Frente Povo Sem Medo anunciou um protesto no próximo dia 31, no Largo da Batata, em São Paulo. O movimento critica projetos de Michel Temer como a reforma da previdência e a privatização de empresas estatais, além da mudança na partilha do pré-sal.

“Estamos diante da ameaça de uma regressão social grave, com desmonte de direitos trabalhistas conquistados pelo povo, além da entrega de patrimônio público. O golpe é duplo: um presidente que não foi eleito, aplicando um programa que não foi e jamais seria”, diz um comunicado lançado nas redes sociais.

O objetivo da Frente é organizar diversos atos contra o governo interino, denunciando medidas de retrocesso e unificar os movimentos sociais de esquerda.

Alianças de Temer ameaçam questões ambientais

Em almoço organizado pela Frente Parlamentar da Agropecuária na última terça-feira (12), Michel Temer sinalizou uma aproximação com setores conservadores da bancada do Congresso Nacional e se propôs a analisar alguns pedidos que ameaçam o meio ambiente, mas que são favoráveis ao agronegócio.

Entre os projetos a serem considerados estão a concessão de compra de terras por estrangeiros e mudanças nas regras de licenciamento ambiental e demarcação de terras indígenas. Temer foi o primeiro presidente a se reunir com a Frente da Agropecuária e tem fortalecido os laços com o setor após ter recebido uma carta de apoio do grupo. 

Economista diz que Temer não pratica contenção de gastos

Em entrevista ao jornal El País, o economista Gil Castello Branco diz que desde que assumiu, Michel Temer tem elevado as dívidas do País, na contramão de seu discurso de ajuste fiscal. Para Branco, o que o presidente interino tem feito é ceder às pressões políticas.

O economista criticou medidas como a renegociação das dívidas dos estados e a liberação de verbas para o Rio de Janeiro. Ele também citou que segundo pesquisas de opinião, houve uma mudança na expectativa do mercado financeiro em relação a Temer, com queda no percentual dos que acreditavam que ele faria uma grande reforma no País.   

CUT defende campanhas salariais unificadas

A CUT vem orientando seus sindicato filiados a promoverem campanhas salariais unificadas no segundo semestre com o objetivo de fortalecer o movimento e garantir os direitos dos trabalhadores, além da reposição integral da inflação com ganho real nos salários.

A Central também prepara um grande ato para o lançamento da campanha unificada em 28 de julho e não descarta deliberar sobre uma greve geral, ainda sem data prevista.  

Químicos realizam Encontro Racial

O Encontro Racial da categoria será realizado no dia 23 de julho, a partir das 8h30, na subsede da Lapa (Rua John Harrison, 175), com a participação de dois palestrantes do Museu Afro Brasil.  Os temas abordados serão:  a história do negro no Brasil; o negro e o mercado de trabalho e a exclusão social e o negro.   

Surto de caxumba em São Paulo

Os casos de caxumba cresceram muito este ano na Capital e no Estado. Na Capital, até o dia 2 de julho foram diagnosticados 684 casos. No Estado, até o dia 16 de junho foram 842 casos – resultado maior do que o ano de 2015 inteiro.

De acordo com a coordenadora do Centro de Controle de Doenças da Covisa, Rosa Nakazaki, o aumento de infectados se deve a não aplicação da segunda dose da vacina. Desde 2012 está sendo aplicada uma primeira dose da tríplice viral e uma segunda dose da tetraviral com intervalo mínimo de 30 dias entre a primeira dose e a segunda.  Porém, grande parte das pessoas esquece de tomar a segunda dose.