Ontem (8) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que analisa o assassinato de jovens no País entregou o seu relatório final no Senado. A Comissão criticou ataques aos direitos humanos no que diz respeito à ação da polícia.
Quando policiais alegam autos de resistência (atirar em defesa própria), incentivam uma cultura de culpabilização da vítima. A falta de apuração dos crimes e diversidade de depoimentos, fora os relatos dos policias, também contribuem para um aumento da impunidade.
Dados do Mapa da Violência mostram que 30 mil jovens entre 15 e 29 anos foram assassinados no Brasil em 2012. Quase 80% eram negros e 90%, do sexo masculino. “Quando se tem uma CPI desse porte é dizer um não ao extermínio da juventude negra, pobre e periférica. A gente não quer esse país mais”, declarou Débora Maria da Silva, coordenadora do Movimento Mães de Maio.