Metrô perde recursos para empresa privada

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem priorizado a empresa privada ViaQuatro com o repasse de verbas do transporte público. Dados do Balanço Estatal mostram que o governo deixou de repassar R$ 1,1 bilhão à Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) entre 2011 e 2015.

“Isso é uma decisão do governo que faz parte do contrato da Linha 4. O governo subsidia a empresa privada, o que não faz com a estatal”, afirma Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente do Sindicato dos Metroviários.

O relatório da administração do metrô de 2013 mostra também que a Via Quatro, além de ser prioritária na distribuição da verba, recebe uma quantidade maior que o metrô – embora este seja maior em extensão de linhas e atenda uma demanda maior de passageiros.  Isso acaba prejudicando a qualidade do serviço prestado à população.  Altino de Melo alega que a crise financeira sofrida pela companhia é fabricada pelo governo do estado.  

Combate ao racismo é tema de intercâmbio sindical

Dois dirigentes do Sindicato dos Químicos de São Paulo – Walmir de Morais e Andrea da Silva – participaram do intercâmbio sindical de combate ao racismo realizado nos dias 25 e 26 de abril, na sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), em São Bernardo do Campo (SP). Dentre os temas debatidos: desigualdade salarial, trabalho mais precário e rotatividade.

A atividade foi promovida pelo United Steelworkers (USW), que representa mais de 700 mil trabalhadores metalúrgicos do setor siderúrgico nos Estados Unidos e Canadá, com apoio da Secretaria de Igualdade Racial da CNM/CUT.

 

Michel Temer foi testemunha de defesa do torturador Brilhante Ustra

O nome do torturador veio a tona no dia 17 quando o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC/RJ) fez uma homenagem durante o voto que ajudaria a dar prosseguimento ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Senado. Mas o que pouca gente sabe é que Bolsonaro não é ou foi o único a defender o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Morto há um ano, o coronel que violentava prisioneiras e determinava a violação de seu corpo com o uso de animais roedores foi defendido também, na figura de testemunha de defesa, por Michel Temer. O atual vice-presidente, sobre quem recai a pecha de traidor da presidenta por defender sua destituição, foi arrolado para testemunhar a favor de Ustra ao lado de Paulo Maluf e do ex-presidente da CBF, José Maria Marin – que foi preso nos EUA por envolvimento em recebimento de propina. A notícia foi divulgada pelo jornalista Daniel Mazola, na Tribuna da Imprensa Online de dois de abril de 2014. O texto é reprodução do original. Leia abaixo.

 

Localizamos o elo desses proeminentes canalhas! Onde estariam elencados, lado a lado, os nomes de José Maria Marin, presidente da CBF, do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo e último governador de São Paulo durante a ditadura militar; Paulo Salim Maluf, notório político da Arena, duas vezes prefeito de São Paulo e atual deputado federal pelo Estado; e Michel Temer, ex-titular da pasta de Segurança Pública do Estado de São Paulo, seis vezes deputado federal pelo PMDB e atual vice-presidente da República?    

Os três proeminentes nomes da política nacional constam arrolados como testemunhas de defesa do coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra. O caso tramita na 9a vara criminal da Justiça Federal de São Paulo, e refere-se à denúncia pelo sequestro de Edgar de Aquino Duarte, apresentada pelo Ministério Público em outubro de 2012. Edgar ficou preso ilegalmente tanto nas dependências do Destacamento de Operações Internas do II Exército (Doi-Codi) quanto no Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops-SP), até meados de 1973.

Em 2008, o Coronel Ustra foi declarado como “torturador” em inédita decisão expedida pela 23a Vara Civil, e confirmada em 2012 pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Ustra foi responsabilizado pelas torturas cometidas no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) que comandou entre setembro de 1970 e janeiro de 1974.         

Segundo consta no acompanhamento processual do site da Justiça Federal de São Paulo, as testemunhas de defesa de Ustra no caso de Edgar de Aquino Duarte já teriam sido ouvidas, e uma nova audiência de instrução e julgamento está marcada hoje, 2 de Abril, às 14h. O que teriam dito nos autos as proeminentes figuras arroladas em defesa de Ustra?

Em tempo: realizou-se no dia 31 de março, um ato de repúdio (ou escracho) em frente à casa do judicialmente declarado torturador      

DITADURA NUNCA MAIS             
Cerca de mil 1500 pessoas participam da manifestação ontem no centro do Rio de Janeiro. A maior parte do tempo ficaram concentrados nas imediações do Clube Militar, desde as 17h. A manifestação, claro, foi contra o Golpe Militar-Civil-Empresarial apoiado pela CIA, que completa 50 anos. No mesmo momento muitos Professores da Rede Estadual e Municipal de Ensino do Rio, também fizeram uma marcha em defesa da Educação Pública.    

Entre os milhares que participaram do ato, estavam estudantes, professores, trabalhadores, partidos políticos, centrais sindicais, movimentos estudantis, e representantes de diversas entidades. Grupos anarquistas também participaram, além de inúmeras pessoas contrárias à “página infeliz da nossa história”, como cantou Chico Buarque no samba “Vai passar”.              

Representantes da comissão de Direitos Humanos da OAB que estavam na manifestação, criticaram a forma como a Polícia Militar agiu durante o legítimo e necessário ato contra as comemorações do Golpe. “O diálogo com a PM hoje foi muito difícil. Alguns dos policiais se recusaram a informar quem estava no comando da operação. Todo tipo de informação que tentávamos obter se tornava inviável. Não conseguimos falar com os detidos e nem ver suas fisionomias. Isso é um absurdo”, afirmou Rodrigo Assef.             

De acordo com os manifestantes, os PMs estavam detendo pessoas sem qualquer tipo de acusação. A abordagem aos ativistas foi testemunhada por diversos jornalistas e manifestantes, que classificaram como arbitrária e extremamente truculenta. Por volta das 19h, bombas de gás lacrimogênio foram lançadas contra manifestantes que se aproximavam do Clube Militar. O ato foi acompanhado todo o tempo por policiais não identificados.              

Uma série de escudos que lembravam os utilizados pela repressão, formaram uma linha do tempo com os fatos ocorridos no período. Um dos escudos destacou o Ato Inconstitucional nº 5, responsável pelo fechamento do Congresso em 1968.       

A trilha sonora do ato foi: “Pra não dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré. 

 

Polícia militar ameaça alunos que protestam nas Etecs

Seguindo o exemplo de lutas e conquistas dos alunos secundaristas, estudantes de Escolas Técnicas Estaduais (Etecs), já ocupam quatro unidades, nos bairros Pirituba, Brasilândia, Vila Leopoldina e Jaraguá. Eles reivindicam  melhorias na infraestrutura das escolas e exigem a investigação do desvio de verbas da merenda escolar em São Paulo.

Ontem (2) a polícia militar entrou no Centro Paula de Souza, que coordena as outras unidades, para forçar a retirada dos alunos. Os manifestantes temeram a presença dos policias, portando escudos e cassetetes. “Nós temos apenas nossos corpos e nossos livros”, disse um aluno.

A secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps), Neuza Santana Alves, criticou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) pela falta de diálogo. “Quem está resistindo em dialogar é o governo do estado. A cada momento chegam mais policiais”, disse.

O juiz Luis Manuel Fonseca Pires, da Central de Mandados das Varas da Fazenda Pública e Acidentes do Trabalho da Comarca da capital, disse que não houve mandado judicial para o cumprimento de uma ordem de reintegração de posse e pediu a “imediata suspensão de qualquer ato por parte da Segurança Pública do Estado de São Paulo com o fim de ingressar no imóvel”.  

Indústria aponta crescimento de 1,4% em março

A indústria brasileira apresentou uma alta de 1,4% no mês de fevereiro para março, segundo dados divulgados hoje (3) pelo IBGE. O percentual ainda é baixo se comparado com o mesmo período em anos anteriores.

Houve alta nas quatro categorias econômicas e em 12 de 24 ramos pesquisados com destaque de 4,6% para o setor de produtos alimentícios. Os setores de máquinas e equipamentos (8,5%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,3%) também apresentaram bons resultados.

As atividades de produtos do fumo e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, apresentaram um crescimento de 17,4% e 2,7%, respectivamente, na comparação com março de 2015. 

Pesquisa mostra descontentamento com Temer e golpe

A Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada ontem (1º) constatou um aumento da rejeição de Michel Temer entre a população, bem como de uma tentativa de golpe. 62% dos entrevistados avaliaram Temer de forma negativa e 66% pensam que o golpe não é a melhor solução para o País. Para 61% dos entrevistados a melhor alternativa seria a convocação de novas eleições diretas.

Se o processo de impeachment for aprovado e Michel Temer assumir a presidência, 32% acreditam que o Brasil irá piorar. 29% acreditam em um aumento do desemprego e 34% acham que haverá alterações nos programas sociais. 32% acreditam os direitos trabalhistas irão piorar.

56% dos entrevistados classificaram como ruim ou péssimo o comportamento de deputados na votação do impeachment.    

Dia do Trabalhador reúne 100 mil no Anhangabaú

No Dia do Trabalhador, 1º de maio, 100 mil pessoas marcaram presença no evento que aconteceu no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Além de shows e atrações para crianças, houve um ato político, que contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff.

Dilma defendeu-se e lembrou que não há contra ela nenhuma acusação de corrupção. Assim, classificou como um golpe a tentativa de tirá-la do poder. Ela também criticou o deputado e presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A presidenta declarou que Cunha é o principal responsável pela desestabilização de seu governo e que ele teria acatado o pedido de impeachment depois que o PT não votou a seu favor contra um processo de cassação.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, também discurso no evento. Ele reforçou que haverá um dia nacional de paralisação, em defesa da democracia, no dia 10 de maio, véspera da votação do impeachment no Senado.

Ainda no evento, a presidenta Dilma anunciou algumas medidas que serão implantadas nos próximos dias. Confira:

– Autorização de um reajuste da Bolsa Família de 9 %     
– Correção de 5% na tabela do imposto de renda sobre pessoa física    
– Contrato de um mínimo de 25 mil moradias para o Minha Casa Minha Vida para os movimentos do campo e da cidade               
– Criação do Conselho Nacional de Trabalho com representação tripartíde (sociedade civil, governo e empresários)    
– Ampliação da licença paternalidade de funcionários públicos de 5 para 20 dias             
– Lançamento do Plano Safra da agricultura familiar e garantia de recursos para aquisição de alimentos e assistência técnica
– Prorrogação do programa Mais Médicos