A FUP anunciou uma paralisação geral no dia 10 de junho, contra as medidas anunciadas pelo governo interino de Michel Temer, como a privatização da Petrobras e a nova partilha dos recursos do pré-sal.
Essa será a primeira de grandes mobilizações, organizada pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Os petroleiros também protestam contra as medidas que representam um retrocesso em relação aos direitos trabalhistas.
Após novos vazamentos de áudios, o ministro interino da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, pediu demissão na noite de ontem (30). As conversas gravadas revelam que Silveira criticava a operação Lava Jato e instruía a defesa de Renan Calheiros, investigado no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.
“O Sr. Fabiano Martins Silveira, ao participar de reuniões escusas para aconselhar investigados na operação Lava Jato […] demonstrou não preencher os requisitos de conduta necessários para estar à frente de um órgão que zela pela transparência pública e pelo combate à corrupção”, escreveu o Unacon (Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle) em nota.
Funcionários fizeram um ato de protesto, no qual lavaram com água e sabão as escadarias da entrada do Ministério, pressionando pela saída de Silveira. Ele é o segundo ministro do governo interino de Michel Temer a deixar o cargo por conta de vazamento de gravações.
A CUT lançou uma nota na última quarta-feira (25) na qual diz não reconhecer o governo de Michel Temer. A Central criticou diversas medidas tomadas pelo governo interino, nas quais vê grandes retrocessos trabalhistas e sociais.
A CUT disse estar preparando as medidas para que seja realizada uma greve geral e destacou que não sairá das ruas, protestando junto com militantes, artistas, personalidades, partidos políticos e outros segmentos democrático-populares da sociedade.
Em diversos âmbitos, a CUT alerta para retrocessos que são prejudiciais à população, entre eles a terceirização irrestrita, precarização das condições de trabalho no serviço público, prevalência do negociado sobre o legislado.
Haverá também alteração nas políticas destinadas à agricultura familiar, privatização das empresas estatais, aumento da idade mínima para se aposentar, mudança das regras de reajuste do salário mínimo e desvinculação de destino obrigatório de parte dos recursos do PIB para a saúde e educação.
A presidente Dilma Rousseff, atualmente afastada do cargo, concedeu uma entrevista à Folha de S. Paulo, na qual voltou a criticar o processo de impeachment, que diz ser claramente um golpe. Dilma disse ainda que Michel Temer não tem legitimidade para governar pois não foi eleito pelo voto popular.
Ao jornal, Dilma alegou que o processo só foi aberto para tentar barrar as investigações da Operação Lava Jato. Ela também ressaltou que por trás de Temer, quem age é Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados afastado por acusações de corrupção. “Cada vez que a Lava Jato chegava perto do senhor Eduardo Cunha, ele tomava uma atitude contra o governo”, disse.
Dilma voltou a ressaltar que não há nenhum crime cometido por ela e que agora, com o vazamento de áudios, ficaram ainda mais claras as razões do golpe. “Elas não têm nada a ver com seis decretos ou com Plano Safra (medidas consideradas crimes de responsabilidade cometidos por Dilma)”, declarou.
Começou nesta segunda-feira (30) o prazo de inscrição para o Sisu (Sistema de Seleção Unificada). Por meio do programa é possível concorrer a uma vaga em uma instituição de ensino superior. Podem se inscrever no Sisu, para o segundo semestre, todos aqueles que prestaram o Enem no ano anterior.
No total, são 56.442 vagas disponíveis em 65 universidades públicas. Cada estudante deve escolher, na hora do cadastro, até duas opções de curso, por ordem de preferência. A nota de corte de cada curso é baseada na concorrência do curso e no total de vagas disponíveis.
O resultado final será divulgado no dia 6 de junho e o período de matrículas nas universidades vai de 10 a 14 de junho. As inscrições são feitas pelo site: http://sisu.mec.gov.br/
A exposição “Picasso: mão erudita, olho selvagem” chega ao Instituto Tomie Othake, em Pinheiros, São Paulo. A mostra reúne 116 obras, entre desenhos, pinturas e esculturas, que fazem parte do museu Picasso em Paris. Há também fotos e vídeos que retratam o processo de criação do artista espanhol.
A mostra faz uma retrospectiva cronológica do trabalho de Picasso, passando por todas as suas fases com obras importantes de cada período. As visitas acontecem de terça à domingo, das 11h às 20h. Às terças-feiras a entrada é gratuita e nos demais dias o ingresso custa R$ 12.
Serviço:
Exposição “Picasso: mão erudita, olho selvagem”
Onde: Instituto Tomie Othake – Avenida Brigadeiro Faria Lima, 201
Pinheiros, São Paulo
Quando: De 22 de maio a 14 de agosto
De terça a domingo, das 11h às 20h
Quanto: Gratuito às terças-feiras
Nos demais dias, R$12 e R$6 (meia-entrada)
Para informações de compra de ingressos, acesse o link.
Com a escolha do governo interino de Michel Temer de nomear apenas homens para cargos de ministros do País, o Brasil pode cair 22 posições no ranking de igualdade de gênero do Fórum Econômico Mundial.
A organização estudou o impacto da ausência de mulheres nos cargos do governo e tal medida levaria o Brasil a cair 50 posições, ocupando o 139º lugar no sub-índice de empoderamento político. Foi constatado, ainda, que é muito raro que um país hoje em dia não tenha pelo menos uma mulher à frente de um ministério.
Saadia Zahidi, chefe de Iniciativas de Gênero e Emprego do Fórum, declarou à BBC Brasil que a ausência de mulheres nos cargos de poder é um reflexo da falta de políticas de incentivo à igualdade de oportunidades. “Estudos mostraram que mulheres tendem a defender investimentos em áreas diferentes do que homens, produzindo resultados mais democráticos na distribuição de recursos”, disse.
O Dieese e centrais sindicais se reuniram ontem (24) para um debate a respeito de medidas efetivas de combate ao desemprego. Clemente Ganz Lúcio, diretor da instituição, disse que a crise econômica não pode ser uma desculpa para ampliar a flexibilização.
Alertou ainda que a responsabilidade pela crise pode cair sobre o trabalhador, por baixa qualificação da mão de obra, ou sobre o movimento sindical, por resistir a mudanças nas leis trabalhistas.
Clemente citou o Compromisso pelo Desenvolvimento, um acordo entre centrais sindicais e associações empresariais para retomada da produção e da capacidade de investimento do Estado, além da ampliação do crédito para empresas e famílias. O diretor defendeu medidas que estimulem a retomada da dinâmica da economia e políticas de promoção e proteção ao emprego.
O Dieese aponta quase 1,9 milhão de empregos perdidos entre o quarto semestre de 2014 até o primeiro semestre de 2016. Houve também um aumento do desemprego entre trabalhadores com maior grau de escolaridade, sendo o total de desempregados com nível superior subiu de 6,7%, no quarto trimestre de 2013, para 8,1% no mesmo período de 2015.
A CUT se posicionou hoje (25) em nota contra as medidas econômicas anunciadas pelo governo interino de Michel Temer. A Central não reconhece o governo ilegítimo de Temer e sempre chamou atenção para medidas anunciadas que vão contra os direitos dos trabalhadores e representam retrocessos à sociedade.
Há uma proposta de um limite para os gastos públicos, o que inclui áreas como saúde, educação, moradia e agricultura familiar. Há também a revisão do regime de partilha do pré-sal e a privatização de estatais.
Uma das medidas mais preocupantes é a desvinculação dos benefícios da previdência do salário mínimo, o que se refletirá em uma redução do poder de compra dos aposentados, que poderão receber menos do que um salário mínimo por mês.
A CUT rejeita essas propostas e alerta a respeito dos retrocessos à frente. A Central disse que irá convocar todos os trabalhadores às ruas, em resistência e pela defesa dos direitos e da democracia.
(Foto: Eduardo Oliveira)
O Coletivo Racial do Sindicato realizou uma visita monitorada ao museu Afro Brasil no sábado (21), com a participação de um grupo de trabalhadores e dirigentes químicos.
A visita faz parte das atividades de formação do Sindicato. “O museu resgata a história da escravidão e a cultura do negro. Sem dúvida uma experiência muito produtiva para os companheiros que participaram da visita”, avalia Geraldo Guimarães, secretário de Formação do Sindicato.
Os dirigentes Walmir de Morais e Andréa de Cássia Silva que fazem parte do Coletivo Racial também acompanharam a visita.
O Museu fica no Parque do Ibirapuera (Av. Pedro Alvares Cabral – Portão 10). De terça a domingo, das 10 às 17 horas. Ingressos R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia entrada). Aos sábados é grátis.