Instituições alegam reorganização escolar do ensino público

A Rede Escola Pública e Universidade divulgou uma pesquisa em que avalia que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) pode estar realizando uma reorganização escolar silenciosa este ano, ao contrário do que havia prometido no ano passado.

Segundo a instituição, neste ano foram feitas 70 mil matrículas a mais do que no ano passado na rede estadual de ensino. Entretanto, foi apurado que 2.800 salas foram fechadas em todo o estado de São Paulo, causando uma superlotação de salas.  

Mara Cristina de Almeida, dirigente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) diz que forma fechadas cerca de 100 salas de aula na região de Caieiras, Franco da Rocha, Mairiporã e Francisco Morato. “Outras escolas estão sob ameaça de fechamento há anos, mas continuam abertas por pressão da comunidade. Mesmo assim, vão deixando de fazer novas matrículas para as séries iniciais, num sinal de processo de fechamento futuro”, explica.

Na quarta-feira (6) alunos secundaristas fizeram um protesto contra a reorganização escolar e pela investigação do caso da merenda escolar. A polícia militar estava no ato e repreendeu os manifestantes.    

Mulheres apoiam Dilma durante evento em Brasília

A presidenta Dilma Rouseff se reuniu ontem (7) com mulheres da CUT e de outras centrais, com representantes de movimentos sociais, populares e feministas, durante discurso no Palácio do Planalto.

A presidenta destacou que diante das tentativas de impeachment, ela é uma representante da democracia no País. “Não está escrito na nossa Constituição que o presidente eleito pode sofrer impeachment porque o país passa por dificuldades na economia ou porque cidadãos não gostam dele por qualquer razão. Num sistema presidencialista é necessário ter base judicial e política para tirar o presidente”, disse.    

Dilma também ressaltou que tem um compromisso com a democracia, com a retomada da economia, com a geração de novos empregos e com a inclusão social. Junéia Batista, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Nacional, lembrou que o governo contribuiu para que muitas mulheres tivessem suas vidas transformadas.

Ela também faz uma crítica ao tratamento que a mídia está dando à presidenta. “Não nos calaremos ante as desqualificações diárias feitas por esta mídia parcial, antiética, machista e misógina”, lembrou contando o caso da capa da IstoÉ da última semana e os ataques constantes da Rede Globo contra a presidenta”, afirmou. 

Opositores de Dilma são ameaça aos direitos dos trabalhadores

A oposição que está planejando um golpe, pedindo o impeachment da presidenta Dilma Rouseff, já tem uma lista de mudanças que pretende fazer no País. Entretanto, essa lista tem como alvo principal os direitos trabalhistas, sociais e estatais.

Entre esses projetos estão: idade mínima de aposentadoria, fim da política de valorização do salário mínimo, terceirização dos trabalhadores e ampliação de privatizações. Todos as propostas retiram direitos dos trabalhadores e os colocam em situação vulnerável.

“A questão que está colocada não é defender um governo. Sempre cobramos, e vamos continuar cobrando, mudanças no rumo da atual política econômica. Porém, não podemos permitir que esses que querem passar por cima da Constituição imponham, à revelia da vontade expressa nas urnas, um programa de governo que traz graves e inúmeros prejuízos para o trabalhador brasileiro”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.  

Alckmin alega crise e prejudica metroviários

O governador Geraldo Alckmin (PSDB), deixou de repassar à Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), em 2015, R$ 66,1 milhões referentes ao valor das gratuidades de passagens. No ano passado, a dívida do governo chegou a R$ 1,38 bilhão.

Com o corte, o metrô aumentou seu déficit para R$ 73,9 milhões. Ontem (6) durante audiência pública sobre os escândalos do metrô, a Frente Parlamentar em Defesa do Metrô foi pressionada por trabalhadores. Eles pediram a revogação do decreto 61.061/2015, que impede o repasse do valor referente às gratuidades de passagem ao metrô.

Alegando motivos de crise, o governador Alckmin tem prejudicado trabalhadores com a falta de recursos para a empresa. No mês passado, foram feitas denúncias de trens que estavam saindo de circulação para que suas peças pudessem servir para reparos em outros vagões. Carlos Gianazzi (Psol), deputado estadual e membro da frente parlamentar, acredita que situação é um reflexo de “incapacidade administrativa” do governo Alckmin.  

Professores lutam por pagamento de bônus e reajuste salarial

Professores da rede pública estão lutando por um reajuste salarial, pois não há nenhum aumento para a categoria desde 2014. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) havia decidido que os professores não receberiam este ano o bônus por desempenho. Ao invés disso, o dinheiro seria investido em um reajuste de 2,5% para a categoria, que recusou a proposta.

Após intensa manifestação da classe, o governador voltou atrás e disse que pagará o bônus. Entretanto, a medida não será para todos os professores. Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), afirmou que os professores não aceitarão mais um ano sem reajuste.

Em pesquisa feita pela Secretaria de Educação, 93% dos professores declararam que preferem o bônus ao aumento salarial de 2,5%. A presidenta da Apeoesp ressalta que apesar do bônus que deve ser pago, não se pode descartar um reajuste salarial que cubra a inflação desde julho de 2014. Bebel não descartou a possibilidade e uma greve este ano. 

Lula discursa em ato pela democracia e critica oposição

Cerca de cinco mil pessoas marcaram presença ontem (4) no ato em defesa da democracia que aconteceu na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, com a presença do ex-presidente Lula.

Na ocasião, Lula discursou a respeito do clima de intolerância que tomou conta do País, anulando o debate entre pessoas com pensamentos diferentes. O ex-presidente também sugeriu que os movimentos sindicais devem questionar de onde vêm os recursos que são utilizados pela Fiesp para patrocinar sua campanha pelo impeachment da presidenta Dilma Rouseff, analisar se provém de verba pública que deveria ser destinada ao Sistema S de educação.

Lula destacou a importância do governo se aproximar de movimentos como a CUT, e da necessidade de se investir em uma nova política econômica para o País. Ele também enfatizou que não haverá golpe e que só se pode chegar ao poder democraticamente. 

Professores questionam falta de recursos da Fiesp

Professores do Sistema S, que inclui escolas como Sesi e Senai não têm obtido avanços nas negociações da campanha salarial 2016. A Federação dos Professores de São Paulo (Fepesp) representa esses profissionais, em reuniões com patrões, que são representadas por Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiesp).

Segundo Celso Napolitano, presidente da Fepesp, não está havendo espaço para diálogo nas rodadas de negociações junto com os patrões, que tentam impor sua oferta sem conversa. A entidade que representa os professores chamou atenção para a contradição no discurso da Fiesp.

Os industriais alegam falta de recursos para pagar os trabalhadores, mas têm recursos suficientes para investirem em campanhas publicitárias contra o governo. O Sindicato dos Professores fez um levantamento de que os anúncios nos principais jornais do País, sobre o impeachment, no último dia 29 de março, custaram quase R$8 milhões.  

O Secretário Nacional de Comunicação da CUT, Roni Anderson Barbosa reforço que a Fiesp apoia o golpe porque seria favorável às empresas. “A Fiesp está investindo fortemente no golpe porque as empresas, no qual a entidade representa, têm interesses que são contrários aos dos trabalhadores. Elas [as empresas] querem flexibilizar as leis trabalhistas e retirar direitos dos trabalhadores que, segundo elas, são custos para o empresariado. O que eles querem é lucrar cada vez mais e explorar a mão de obra do trabalhador”, disse.

Alckmin diminui recursos das Etecs

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) reduziu a verba destinada à construção de novas Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e para a compra de equipamentos. O Centro Paula de Souza diz que no ano passado, a verba diminuiu 78,24%.

De acordo com um levantamento do Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária (Sigeo), o governador Alckmin deixou de investir R$140.832.098 na construção de novas unidades. O Centro Paula de Souza declarou que 5% do orçamento de 2015, equivalente a R$ 100.497.364,00, foi contingenciado pelo governo estadual, “que estabeleceu diretrizes e providências para redução e otimização de despesas do Poder Executivo no ano passado.”

No começo deste ano, o governador Gerald Alckmin publicou um decreto que prevê o congelamento de R$ 6,9 bilhões do orçamento, para diminuir despesas de governo. 

Lula participa de ato pela democracia no ABC

Nesta segunda-feira (4) o ex-presidente Lula estará presente em um ato em defesa da democracia, com concentração no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, a partir das 18h.

O ato está sendo organizado pela Frente ABC Contra o Golpe, e também é uma ocasião para lutar pelos direitos dos trabalhadores. Até personalidades que não apoiam o atual governo reconhecem que há uma tentativa de golpe pela oposição, uma vez que não há nenhum crime de responsabilidade contra Dilma.

Em todo o País estão sendo marcados eventos para debater a respeito do atual momento político e lutar contra uma tentativa de impeachment da presidenta Dilma. Confira a agenda contra o golpe aqui

Sociedade condena publicação semanal que fere a presidenta Dilma

A revista IstoÉ publicou uma edição semanal na qual traz em sua capa a presidenta Dilma Rouseff. A edição, entretanto, tem gerado grandes críticas de diversos veículos de comunicação e membros da sociedade, por entenderem que a capa fere a presidenta Dilma em um ato de misoginia, ou seja, de ódio à mulher.

A imagem da capa trata-se de uma foto da presidenta, na qual está de boca aberta, como se estivesse gritando, com a chamada “As explosões nervosas da presidente”. A revista escreveu ainda que Dilma não teria mais controle sobre suas emoções e “quebra móveis dentro do Palácio, grita com subordinados, xinga autoridades…”. O texto reforça o estereótipo de uma mulher histérica e compara Dilma à Maria I, a Louca, rainha de Portugal.

No sábado (2) a Advocacia Geral da União lançou uma nota na qual defende a abertura de inquérito para analisar crimes de ofensa praticados pela IstoÉ contra a presidenta Dilma. Hoje (4) a Secretaria da Mulher Trabalhadora CUT Rio também lançou uma nota em que repudia o comportamento da revista IstoÉ.