Mulheres protestam contra machismo e golpe

Mulheres se reúnem hoje (26) na Praça Ramos, em frente ao Teatro Municipal, a partir das 18h, em um protesto contra o golpe e contra o machismo. O evento é organizado pela Marcha Mundial das Mulheres e a Sempreviva Organização Feminista (SOF).

Maria Fernanda Marcelino, militante da Marcha, explica que o protesto é contra a tentativa de tirar a presidenta  Dilma Rousseff  do poder e em  repudio as declarações dirigidas à presidenta nos últimos dias, apenas pelo fato de ela ser mulher.

A militante também critica a ação da mídia “golpista e machista” em meio ao cenário político. “Esse ato vai contra a mídia, que impõe um padrão de comportamento, que está interessada no poder econômico e nos interesses políticos mais obscuros”, declarou.

O vice-presidente Michel Temer, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), também são alvos da manifestação de hoje.  

Advogados entram com pedido de cassação de Bolsonaro

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro entrou ontem (25) na Procuradoria-Geral da República e na Corregedoria da Câmara dos Deputados com um pedido de cassação do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

Os advogados entendem que o deputado Bolsonaro cometeu crime de apologia à tortura, quando dedicou o seu voto a favor do impeachment ao militar Carlos Alberto Brilhante Ustra, chefe do Destacamento de Operações de Informações/Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi) de São Paulo e acusado pela prática de tortura.

“Houve (por parte de Bolsonaro) apologia a uma figura que cometeu tortura e também desrespeitou a imagem da própria presidenta”, escreveu em nota Felipe Santa Cruz, presidente da OAB-RJ.

O Ministério Público julgará o pedido e se acatá-lo, Bolsonaro terá 15 dias para a sua defesa. Caso as provas e acusações contra ele sejam suficientes, seu mandato será cassado. O deputado também corre o risco de cumprir pena de três a seis meses, além de pagar uma multa. 

Diminui número de trens em circulação no metrô

A Folha de S. Paulo apurou que o número de trens em circulação no metrô de São Paulo caiu 10% em cinco anos. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, e a comparação foi feita entre 2011 a 2016, durante a gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Em janeiro desse ano, o número de trens em circulação era de 127, comparado com 141 em 2011. O número mais baixo foi registrado em 2014, com 117 trens. As linhas administradas pela empresa estão entre as mais usadas na cidade; verde, azul, vermelha e lilás.

A diminuição na operação prejudica a qualidade do serviço, principalmente nos horários de pico. Com menos trens disponíveis, a população é obrigada a esperar mais e tem que enfrentar a superlotação.

Há alguns meses também foi denunciado que o metrô, por falta de verba, estaria retirando trens de circulação para fazer a reposição de peças em outros vagões.  

Rui Falcão e Lula discursam para partidos políticos

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o ex-presidente Lula participaram hoje (25) de manhã do evento “Democracia e Justiça Social”, organizado pela Aliança Progressista, que une partidos do mundo todo.

Rui reforçou aos partidos internacionais que o impeachment que segue contra a presidenta Dilma representa um golpe contra a democracia no País. Ele acredita que o processo é fruto da aliança entre a direita, o grande capital e a mídia e disse que o partido lutará contra o retrocesso.

“Estão gestando um Estado de exceção no interior do Estado Democrático de Direito”, disse. Rui declarou que o vice-presidente Michel Temer tem agido como um traidor e chamou de “túnel para o passado” o programa “Uma Ponte para o Futuro”.

Economistas, políticos e militantes criticam o documento lançado por Temer, que prevê fortes mudanças sociais no Brasil, como reforma da previdência, das leis trabalhistas e redução do papel do Estado, com a diminuição de programas como Bolsa Família.  

Falta de chuva relembra crise hídrica

O mês de abril não teve um grande índice de chuva, o que causa certa preocupação em relação ao nível dos reservatórios de água em São Paulo. Atualmente, o nível de água é maior em comparação com o mesmo período do ano passado, mas bem menor do que em 2013, antes do início da crise hídrica.

A falta de chuvas, agravada pelo pronunciamento da Sabesp de cortar as sobretaxas por consumo excessivo e o bônus por racionamento, além da declaração do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de que a crise estaria resolvida, preocupam organizações. “A gente sabia que era impossível dizer isso que o Alckmin disse porque o período seco do ano nem tinha começado”, disse Edson Aparecido, coordenador do Coletivo de Luta pela Água.

A Aliança pela Água também fez críticas à administração hídrica, em um texto publicado em seu site. “A declaração feita pelo governador Geraldo Alckmin de que a “crise da água está superada em São Paulo” é prematura, mostra visão equivocada sobre segurança hídrica, induz o aumento do consumo e, consequentemente, diminui a já frágil resiliência da Grande São Paulo para enfrentar novas crises”, diz um trecho da nota.   

Sancionada lei que proíbe revista íntima em local de trabalho

A presidenta Dilma Rousseff sancionou na segunda-feira (18) uma lei que proíbe que empresas privadas e órgãos e entidades de administração públicas pratiquem a revista íntima de funcionárias e clientes do sexo feminino.

O descumprimento da lei acarreta em multa de R$ 20.000,00 ao empregador. O valor deverá ser revertido a órgãos de proteção à mulher. A lei já está em vigor e é uma conquista para a proteção e privacidade das mulheres em locais de trabalho.  

Dilma recebe apoio de mulheres no Planalto

A presidenta Dilma Rousseff recebeu na noite de ontem (19) o apoio de mulheres que foram até o seu encontro no Palácio do Planalto e pediam para vê-la. Além do processo de impeachment, Dilma tem sido alvo de ações machistas e que desrespeitam o seu passado de luta, como o elogio feito pelo deputado Jair Bolsonaro ao seu torturador na época da ditadura militar no Brasil.

Rosângela Lopes da Silva, professora, comenta sobre o impacto do episódio. “Quando o Bolsonaro chegou lá para defender um militar eu chorei, eu cheguei na minha casa chorando, porque eu sou mulher, eu sei o que a Dilma sofreu, eu sei o que ela sofre para governar este país. E eu queria vir aqui hoje para dizer para ela: ‘Dilma, se quando você estava torturada eles disseram para você que você está sozinha, nós estamos aqui hoje com você'”, disse.

No encontro, Dilma declarou que para ela, defender a democracia também está ligada à luta pela igualdade de gênero. “Tem um certo tratamento, que é uma tentativa de diminuir, de colocar a mulher como uma pessoa que não tem força para resistir à pressão. Acho que as mulheres desse país são mulheres fortes, que comprovaram isso ao longo da história e que hoje saem de casa, vão trabalhar, criar seus filhos, lutam todo dia. Elas não são frágeis, enfrentam dificuldades e nunca desistem”, disse.  

Farmacêuticos assinam acordo da Campanha Salarial

Foi assinado hoje (18) o acordo de reajuste salarial dos farmacêuticos para 2016. Com data-base em 1º de abril, a categoria aprovou em assembleia, no dia 8 de abril, um reajuste de 10%, com ganho real de 0,08%.  

O acordo deve injetar aproximadamente R$524 milhões na economia nos próximos 12 meses e beneficiará mais de 57 mil trabalhadores da indústria farmacêutica, que abrange a produção de farmoquímicos.   

Os números foram calculados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.  

CUT e movimentos sociais não retrocedem contra impeachment

O Vale do Anhangabaú, em São Paulo, reuniu 200 mil pessoas contrárias ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Depois da votação de ontem na Câmara, os movimentos sociais reafirmaram que a luta não acabou. A pressão agora é sobre o Senado, para onde seguirá a votação do processo.

As frentes Brasil Popular e Brasil Sem Medo lançaram uma nota na qual incentivam a população a continuar nas ruas. “A luta continua contra o golpe em defesa da democracia e nossos direitos arrancados na luta, em nome de um falso combate à corrupção e de um impeachment sem crime de responsabilidade (…) A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo desde já afirmam que não reconhecerão a legitimidade de um pretenso governo Temer, fruto de um golpe institucional”, diz um trecho.

As frentes também estão convocando atos e paralisações para os próximos dias, além de uma Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora no dia 1º de maio. O presidente da CUT/SP, Douglas Izzo, confirmou que a resposta dos movimentos sociais e sindical ao impeachment será uma greve geral.

Leia a seguir a nota na íntegra: 

Não aceitamos o golpe contra a democracia e nossos direitos!

Vamos derrotar o golpe nas ruas!

Este 17 de abril, data que lembramos o massacre de Eldorado dos Carajás, entrará mais uma vez para a história da nação brasileira agora como o dia da vergonha. Isso porque uma maioria circunstancial de uma Câmara de Deputados manchada pela corrupção ousou autorizar o impeachment fraudulento de uma presidente da República contra a qual não pesa qualquer crime de responsabilidade.

As forças econômicas, políticas conservadoras e reacionárias que alimentaram essa farsa têm o objetivo de liquidar direitos trabalhistas e sociais do povo brasileiro. São as entidades empresariais, políticos como Eduardo Cunha, réu no STF por crime de corrupção, partidos derrotados nas urnas como o PSDB, forças exteriores ao Brasil interessadas em pilhar nossas riquezas e privatizar empresas estatais como a Petrobras e entregar o Pré-sal às multinacionais. E fazem isso com a ajuda de uma mídia golpista, que tem como o centro de propaganda ideológica golpista a Rede Globo, e com a cobertura de uma operação jurídico-policial voltada para atacar determinados partidos e lideranças e não outros,

Por isso, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo conclamam os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, e as forças democráticas e progressistas, juristas, advogados, artistas, religiosos a não saírem das ruas e continuar o combate contra o golpe através de todas as formas de mobilização dentro e fora do País.

Faremos pressão agora sobre o Senado, instância que julgará o impeachment da presidente Dilma sob a condução do ministro Lewandowski do STF. A luta continua contra o golpe em defesa da democracia e nossos direitos arrancados na luta, em nome de um falso combate à corrupção e de um impeachment sem crime de responsabilidade.

A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo desde já afirmam que não reconhecerá legitimidade de um pretenso governo Temer, fruto de um golpe institucional, como pretende a maioria da Câmara ao aprovar a admissibilidade do impeachment golpista.

Não reconhecerão e lutarão contra tal governo ilegítimo, combaterá cada uma das medidas que dele vier a adotar contra nossos empregos e salários, programas sociais, direitos trabalhistas duramente conquistados e em defesa da democracia, da soberania nacional.

Não nos deixaremos intimidar pelo voto majoritário de uma Câmara recheada de corruptos comprovados, cujo chefe, Eduardo Cunha, é réu no STF e ainda assim comandou a farsa do impeachment de Dilma

Continuaremos na luta para reverter o golpe, agora em curso no Senado Federal e avançar à plena democracia em nosso País, o que passa por uma profunda reforma do sistema político atual, verdadeira forma de combater efetivamente a corrupção

Na história na República, em vários confrontos as forças do povo e da democracia sofreram revezes, mas logo em seguida, alcançaram a vitória. O mesmo se dará agora: venceremos o golpismo nas ruas!

Portanto, a nossa luta continuará com paralisações, atos, ocupações já nas próximas semanas e a realização de uma grande Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, no próximo 1º de maio.

A luta continua! Não ao retrocesso! Viva a democracia!

Não aceitamos o golpe contra a democracia e nossos direitos!

Este 17 de abril entrará para a história da nação brasileira como o dia da vergonha. Uma maioria circunstancial de uma Câmara de Deputados manchada pela corrupção ousou autorizar o impeachment de uma presidente da República contra a qual não pesa qualquer crime de responsabilidade!

As forças sociais e políticas que alimentaram essa farsa – entidades empresariais, políticos como Eduardo Cunha, réu no STF por crime de corrupção, partidos derrotados nas urnas como o PSDB, interesses exteriores ao Brasil interessados em pilhar nossas riquezas e privatizar empresas como a Petrobras e entregar o Pré-sal para as multinacionais – com a ajuda de uma mídia golpista como a Rede Globo e com a cobertura de uma operação jurídico-policial voltada para atacar determinados partidos e lideranças e não outros, tem o objetivo de liquidar direitos trabalhistas e sociais do povo brasileiro.

Por isso a CUT conclama os trabalhadores e trabalhadoras, os seus parceiros da Frente Brasil Popular e Frente Povo sem Medo, a não sairmos das ruas e continuarmos o combate contra o golpe através de todas as formas de mobilização e com pressão agora sobre o Senado, instância que julgará o impeachment da presidente Dilma sob a condução do ministro Lewandowski do STF.

A luta continua contra o golpe tramado para derrubar uma presidente eleita, contra a democracia e nossos direitos arrancados na luta, em nome de um falso combate à corrupção e de um impeachment sem crime de responsabilidade.

Empenhada em abrir uma saída positiva para a crise em que o país está mergulhado, a CUT desde já afirma que não reconhecerá legitimidade num eventual governo Temer que fosse fruto de um golpe institucional, como pretende a maioria da Câmara ao aprovar a admissibilidade do impeachment.

Não reconhecerá e lutará contra tal governo ilegítimo, combaterá cada uma das medidas que ele vier a adotar contra nossos empregos e salários, contra nossos direitos sociais e trabalhistas duramente conquistados e em defesa da democracia, da soberania popular e da soberania nacional.

Não nos deixaremos intimidar pelo voto majoritário de uma Câmara recheada de corruptos comprovados, cujo chefe, Eduardo Cunha, é réu no STF e ainda assim comandou a farsa do impeachment de Dilma, e continuaremos na luta até reverter o golpe em curso e restabelecer a plena democracia em nosso país, o que passa por uma profunda reforma do sistema político atual, verdadeira forma de combater efetivamente a corrupção.

A luta continua!

Central Única dos Trabalhadores