Coletivos alertam que crise hídrica não acabou

Coletivos contra a falta de água em São Paulo voltaram a criticar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e propõem novas medidas para pressioná-lo, além da Sabesp e da Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp).

Reunidos na Aliança pela Água, os coletivos se preocupam com a falta de água em São Paulo e com o fim de medidas que incentivam a economia do bem, como o bônus por redução de consumo e a multa pelo consumo excessivo. “O cancelamento dessas medidas transmite às pessoas a errônea sensação de que podemos voltar a consumir água como antes. A mudança de hábitos em relação à água deve ser permanente e é função do estado e de suas agências estimular esse novo comportamento”, diz a Aliança.

A Folha de S. Paulo divulgou hoje (29) matéria em que diz que a seca dos reservatórios de água neste mês foi alta. Segundo o jornal, em abril o Sistema Cantareira, um dos mais importantes, recebeu apenas 3,9mm de chuva, batendo o recorde histórico para o mês, de 7,6mm. 

Dilma aprova uso de nome social em órgãos públicos

A presidenta Dilma Rousseff assinou ontem (28) um decreto que permite que travestis e transexuais adotem nomes sociais em órgãos do Poder Público Federal.  A mudança poderá ser feita em crachás e formulários, mas ainda não vale para o documento de identidade, que precisa da aprovação de uma lei.

Segundo Rogério Sottili, secretário especial de Direitos Humanos, os órgãos que passarão a aceitar a lei são ministérios, autarquias, empresas estatais, instituições de ensino e o Sistema Único de Saúde (SUS).

A escolha de um nome social é feita de acordo com a identificação de gênero de uma pessoa, e pode ser diferente do que consta na certidão de nascimento. “Este é um instrumento de cidadania, de reconhecimento do outro. É tirar da invisibilidade pessoas que querem ser reconhecidas com a identidade que ela escolheu para viver o resto da vida”, declarou Sottili.   

O decreto também proíbe o uso de expressões pejorativas e discriminatórias no tratamento a travestis e transexuais.  

Alunos secundaristas e de Etecs protestam pela educação

Em protesto contra o desvio da merenda escolar, alunos de Escolas Técnicas do Estado de São Paulo (Etecs) ocuparam ontem a sede do Centro Paula Souza, que administra as unidades. Antes da ocupação, houve um ato na Avenida Paulista, que contou com a presença de alunos secundaristas.  

A polícia militar tentou barrar os estudantes com o uso de spray de pimenta. “Nós só estamos reivindicando nosso direito, que é ter merenda, e fomos atacados com truculência”, disse ao Estado de São Paulo a aluna Beatriz Calderon, da Escola Técnica Estadual São Paulo.

Os estudantes passaram a madrugada de hoje (29) no local e também querem a instalação de uma CPI para investigar o caso de desvio de verbas da merenda. Outra crítica feita pelos alunos é de que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) estaria realizando uma reorganização escolar silenciosa nas escolas públicas, o que foi denunciado pela Apeoesp.     

CUT reforça: Impeachment é golpe contra a classe trabalhadora

Quem são os golpistas
Impeachment sem crime é golpe! E os que estão tentando dar um golpe no Brasil e no povo brasileiro têm nome: Eduardo Cunha e Michel Temer do PMDB, políticos do PSDB e de partidos de oposição ao governo protegidos por Cunha, Temer e Sergio Moro, Rede Globo, Veja, e a grande imprensa, grandes empresários, especialmente os da turma de Paulo Skaf, parte do poder Judiciário e pessoas que incitam o ódio e a violência pregando intolerância, como os deputados Jair Bolsonaro e pastor Feliciano. É essa a cara do golpe!

Eduardo Cunha (PMDB-RJ): presidente da Câmara dos Deputados, envolvido em esquema de propina, compra de votos de deputados, contas ilegais na Suíça e enriquecimento ilícito, é o responsável pelo pedido e abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma. Ele, que é comprovadamente corrupto, acusa a presidenta de corrupção, mas em todas as investigações que foram feitas, nada consta contra ela.   

Michel Temer (PMDB-SP): vice-presidente da República que sonha em ser presidente do Brasil. Com o impeachment, ele assume a presidência e junto com Paulo Skaf da FIESP (Federação das Indústrias), quer implantar de imediato o projeto de interesse dos empresários, para que possam ganhar mais dinheiro à custa dos/as trabalhadores/as que terão seus salários diminuídos e serão terceirizados/as.             

Sergio Moro: juiz que está à frente da Operação Lava Jato, que investiga a Petrobras, está a serviço do PSDB, com apoio da Rede Globo, que deve milhões de reais em impostos para a Receita Federal. Vários políticos do PSDB são citados nas investigações, assim como DEM, PPS e Solidariedade, partidos que votaram a favor do impeachment da presidenta. O papel de Moro é esconder o PSDB e toda essa turma que aparece na lista da Odebrecht e que iniciou o esquema de corrupção na Petrobras em 1993, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

José Serra (PSDB-SP): envolvido no escândalo do metrô de São Paulo – o “Trensalão” – também é citado na lista da Odebrecht por ter recebido propina.   

Geraldo Alckmin (PSDB-SP): também envolvido no escândalo do “Trensalão”, superfaturamento do Rodoanel e ladrão de merenda escolar, tentou fechar centenas de escolas no estado de São Paulo.

Aécio Neves (PSDB-MG): denunciado cinco vezes na Operação Lava Jato, por receber propina de Furnas, construiu um aeroporto para a família com dinheiro público.

 

O que está em jogo? Por que querem o golpe?
Os golpistas querem destruir a Carteira de Trabalho, acabando com direitos trabalhistas e sociais, aumentando a terceirização, diminuindo salários, gerando desemprego.

Direitos trabalhistas: querem acabar com o FGTS, 13º salário, férias remuneradas, licenças maternidade e paternidade, seguro-desemprego etc.

Aposentadoria: querem aumentar a idade mínima para aposentadoria, fazendo com que a pessoas trabalhe mais uns cinco anos além do que já está na lei.

Terceirização: querem terceirizar a atividade-fim, para reduzir salários e direitos. Assim os empresários aumentam seus lucros, com o trabalhador ganhando menos e trabalhando mais.

Salário mínimo: Nos últimos 14 anos, o SM teve aumento real de 77,18% acima da inflação. Os golpistas querem acabar com esta política criada por Lula.            

Minha Casa, Minha Vida: Desde 2009, o programa já entregou moradia para 10 milhões de pessoas. Dilma inaugurou no dia 30 de março a terceira fase do programa, que beneficiará mais de 25 milhões de pessoas. Os golpistas querem acabar com isso.

Bolsa Família: O mundo inteiro vê esse programa que tirou mais de 25 milhões de brasileiros da pobreza extrema como um modelo de combate à fome. Mas os golpistas são contra o Bolsa Família e o chamam de “bolsa esmola”.                   

Deputadas protestam na Câmara contra votação de comissões

A Câmara aprovou ontem (27) a criação de duas comissões permanentes: Defesa dos Direitos da Mulher e de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa. As comissões foram aprovadas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, mas a maioria dos deputados na plenária eram contra sua criação.

Durante a sessão, deputadas fizeram um protesto, com cartazes contra Eduardo Cunha e em defesa das mulheres. Elas são contrárias às atribuições dadas à Comissão da Mulher, como a defesa do nascituro, o que vai contra a legalização do aborto.

“Quem sabe das necessidades e dos interesses das mulheres somos nós mulheres. Não aceitamos que nenhum homem nos substitua para dizer quais são os nossos direitos”, declarou Luiza Erundina, deputada do PSOL-SP.  “Essa comissão compromete conquistas históricas. Ela retira prerrogativas, esvazia a Secretaria da Mulher e a Procuradoria da Mulher, que temos como ferramenta de luta das mulheres brasileiras”, completou.

A deputada Erika Kokay (PT-DF), também criticou a criação das comissões. Ela diz que o intuito não é debater temas que dizem respeito às mulheres, como a violência e a desigualdade salarial, mas apenas para cumprir funções executivas.  

Educação e saúde poderão ter retrocesso

Especialistas em educação analisaram o documento “Uma Ponte Para o Futuro”, lançado pelo PMDB, que representa o projeto de governo que pretendem implantar no País caso seja aprovado o processo de impeachment contra  a presidenta Dilma Rousseff.

O estudo aponta retrocessos nas áreas de educação e saúde. A ideia é que essas áreas sejam desvinculadas dos recursos orçamentários, e tornem-se cada vez mais privadas. O documento também defende que os royalties do petróleo não sejam mais investidos em políticas sociais e educação.

Em evento realizado ontem (27) na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) o professor Alexsandro Santos, assessor legislativo na Câmara Municipal de São Paulo, criticou as medidas. “Há uma pauta nesse programa que indica, para já, uma espécie de ProUni do ensino médio, abrindo parcerias com escolas privadas. Um retrocesso abissal porque entrega para a iniciativa privada a formação básica”, disse.  

Já Ariovaldo de Camargo, diretor da Apeoesp, lembrou que há planos de flexibilizar o compromisso de entidades com a educação. “Com modificações previstas em legislação, União, governadores e prefeitos deixarão de ter um percentual mínimo obrigatório para investir. Vão investir quanto quiserem. Vai nos restar brigar ainda mais”, disse.  

Estresse e pressão adoecem trabalhadores

Para marcar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, o Sindicato dos Químicos realizou hoje, 28, um debate com o pesquisador e ex-dirigente do Sindicato dos Químicos do ABC, Remigio Todeschini, que apresentou dados sobre as doenças que acometem o trabalhador químico. 

De acordo com Remigio diminuíram as mortes e a gravidade dos acidentes, mas descobriram-se mais doenças que antes não apareciam, até porque a pesquisa é mais esmerada e não fica nos limites impostos pela legislação.

Atualmente a LER (Lesão por Esforços Repetitivos) e os transtornos mentais são os problemas que mais acometem os trabalhadores.  “Essa tendência neoliberal de corte de direitos e pressão patronal só agrava o estresse e o sofrimento do trabalhador e a tendência é o quadro piorar ainda mais”, denuncia Remigio.

Os dados fazem parte do livro “De que adoecem os trabalhadores químicos”.  A publicação tem vários autores e foi organizada por Remígio Todeschini, pesquisador do Laboratório de Psicologia do Trabalho da Universidade de Brasília, ex-trabalhador químico que presidiu o Sindicato nos anos 90, foi dirigente da CUT e atualmente é diretor executivo do Instituto de Previdência de Santo André – IPSA.

O livro pode ser adquirido mediante pedido em diversas livrarias, mas o site de procura é o da LTR, a editora responsável pela publicação, e pode ser adquirido no link: http://www.ltreditora.com.br/de-que-adoecem-os-trabalhadores-quimicos.html 

Centrais sindicais internacionais demonstram apoio ao Brasil

Começou ontem (26) em São Paulo o 3º Congresso Internacional da CSA (Confederação Sindical das Américas).  O evento dura até sexta-feira e reúne mais de 500 delegados de toda a América Latina. É esperada a presença do ex-presidente Lula e de José Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai.   

A proposta é debater sobre o engajamento dos trabalhadores em defesa e manutenção dos direitos trabalhistas. A CUT fez um pedido para que organizações internacionais denunciem a tentativa de golpe que está sendo levada adiante no Brasil.           

“Estamos vendo uma tentativa de golpe de estado contra a presidenta eleita neste País e nós da CSA estamos juntos dos compatriotas para defender essa democracia. Não podemos permitir volta ao passado e sabemos que a vida do trabalhador será a mais afetada se instalarem marionetes no lugar do atual governo. Não vamos apoiar esse golpe”, afirmou Hassan Youssuf, presidente da CSA.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, agradeceu o apoio internacional e reforçou o compromisso da central na luta contra o golpe. Vagner criticou a ideia de que as leis de mercado sozinhas, regulam todo o sistema. “Além de retirar direitos, o capitalismo também resolveu que não quer mais conviver com a democracia”, disse. 

Novos trens do metrô não têm espaço para circular

O atraso nas obras do metrô está impactando diretamente na qualidade do serviço. Segundo o jornal Estado de São Paulo, 46 trens novos estarão fora de operação até o final do ano. Atualmente, quatro estações da linha amarela estão  inacabadas. As obras são responsabilidade do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Apesar dos novos trens já estarem sendo entregues, não há espaço para sua circulação, nem lugar para estacioná-los. A ViaQuatro, empresa responsável pela Linha4 – amarela, alega que o pátio de estacionamento será ampliado com o reinício das obras da linha. Os trabalhos estão parados desde julho de 2015, com previsão de retorno em junho deste ano. A previsão inicial de entrega é para 2018. 

Trens do monotrilho também estão parados, uma vez que as obras da linha prata não estão concluídas, mesmo com a redução de estações. O presidente do Sindicato dos Metroviários criticou a situação. “A garantia desses trens está correndo antes que eles sejam entregues à população”, disse ao jornal.  

CUT prepara 1º de Maio de luta e mobilização

A CUT-SP e a Frente Brasil Popular estarão nas ruas no próximo dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador, por melhores condições de trabalho e conquistas sociais.  O evento será realizado no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, a partir das 10h.

A abertura terá um momento inter-religioso, seguido por um discurso político. No local haverá atividades culturais, como shows e brincadeiras para crianças. O evento em si será uma grande assembleia dos trabalhadores, para debater assuntos importantes como os direitos trabalhistas e a defesa da democracia no País.

“Iremos alertar para o conjunto da classe trabalhadora e dos movimentos populares que o golpe em curso é a tentativa da direita de retornar ao poder para flexibilizar as leis trabalhistas e descontruir tudo aquilo que foi construído com muita luta”, declarou o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo.

Em nota, a CUT alerta para o cenário político do Brasil, no qual alguns setores tentam deslegitimar um governo eleito democraticamente com 54 milhões de votos. Também chama atenção para a ilegalidade o processo de impeachment, uma vez que não há crimes de responsabilidade contra a presidenta Dilma e para os retrocessos sociais que estão por trás do documento “Uma Ponte Para o Futuro”, do PMDB.