Lula: ‘Nada diminui minha vontade. Vou pôr as canelas de fora e vou percorrer este país’

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse há pouco que bastaria ao Ministério Público ou ao juiz Sérgio Moro chamá-lo para prestar qualquer esclarecimento que o faria sem a necessidade de “pirotecnias”. Em rápido pronunciamento no Diretório Nacional do PT, Lula lembrou que já interrompeu férias para ir a Brasília depor a convite da Polícia Federal. E criticou a ação de hoje em nova fase da Lava Jato, em que foi conduzido à unidade da Polícia Federal sob forte aparato policial e, sobretudo, midiático.

“Vim dizer para vocês que eu vim ao mundo para viver a adversidade. Nunca na minha vida tive nada fácil. Foi tudo muito difícil. Eu, que pensava que poderia me aposentar e apenas ser cabo eleitoral, acho que só existe uma intenção deste comportamento da justiça, deste comportamento que foi colocado hoje pelo Ministério Público, que é muito grave, porque, já fui prestar vários depoimentos à Polícia Federal, ao Ministério Público.”

“Se vocês não sabem, no dia 5 de janeiro, eu estava de férias. Eu suspendi as férias para ir até Brasília prestar depoimento a convite da Polícia Federal. Portanto, se o juiz Moro ou o Ministério Público quisessem me ouvir, era só ter mandado um ofício para eu ir, como sempre fui, prestar esclarecimento, porque não devo e não temo.

“Lamentavelmente, estamos vivendo um processo onde a pirotecnia vale mais do que qualquer coisa. O que vale mais é o show midiático do que a apuração séria e responsável que deve ser feita pela Justiça e pelo Ministério Público. São instituições que eu não só valorizo como valorizei muito quando era presidente da República. Nunca se investiu tanto quanto eu nas instituições.”

“De qualquer forma, nada disso diminui a minha vontade. Pelo contrário, acenderam em mim a chama de que a luta continua, e que preciso voltar a correr este país. Não era necessário o jogo de hoje. Não era necessário o jogo da Globo de ontem, da revista IstoÉ. Tudo isso é para desgastar o nosso governo. Vou pôr as canelas de fora e vou percorrer este país. Lutei tanto para democratizar este país. Lutei tanto contra a ditadura e não vou aceitar essa ditadura midiática de hoje. E convido vocês a correrem o país comigo. Quaisquer cinco pessoas trataremos como se fossem cinco mil.”

‘Ato é político, alvo é projeto de sociedade que Lula representa’

Para o presidente estadual do PT de São Paulo, Emídio de Souza, a operação da Polícia Federal desencadeada hoje (4), que invadiu a residência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a sede do Instituto Lula, e levou o ex-presidente para depor coercitivamente, em local não divulgado, tem como objetivo causar constrangimento e humilhar a figura do ex-presidente e que o fato provoca indignação à militância. “Para ouvir o presidente Lula, ninguém precisava conduzi-lo coercitivamente”, afirmou Emídio, em entrevista à Rádio Brasil Atual nesta manhã.

“Ele já tinha se disposto a depor. A polícia já o ouviu em outras vezes. Não precisava de condução coercitiva, de ocupar o escritório e a casa dele, criar esse espetáculo deprimente, que a PF criou hoje”. O presidente do PT paulista afirma que a militância do partido e os movimentos sociais não se calarão frente ao que classificou como “barbaridade”.

Emídio de Souza orienta a militância a se encaminhar, nesse momento, para a sede do diretório nacional do PT, no centro de São Paulo, onde os dirigentes devem deliberar sobre o caso.

Ele lembrou que o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo sempre se posicionou contra a “espetacularização” em torno das ações policiais levadas a cabo pela operação Lava-Jato e agora, um dia após a sua saída, ocorrida ontem (3), “temos o maior espetáculo produzido até agora”.

Por fim, ele pede o povo brasileiro reflita sobre o significado “dessa operação, ridícula e patética, que a Polícia Federal montou hoje.”

Desconstrução

O presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, afirmou à Rádio Brasil Atual que a condução coercitiva de Lula, de seus familiares e de integrantes do Instituto Lula tem como alvo antecipar o processo que deveria ocorrer nas eleições de 2018.

“Hoje vemos uma grande armação. A ideia é destruir antecipadamente o embate acerca de um projeto social que o ex-presidente representa e que seria avaliado nas eleições. O ato da Polícia Federal é político.” 

Violência contra Lula afronta o país e o estado de direito

A violência praticada hoje (4/3) contra o ex-presidente Lula e sua família, contra o Instituto Lula, a ex-deputada Clara Ant e outros cidadãos ligados ao ex-presidente, é uma agressão ao estado de direito que atinge toda sociedade brasileira. A ação da chamada Força Tarefa da Lava Jato é arbitrária, ilegal e injustificável, além de constituir grave afronta ao Supremo Tribunal Federal.

1) Nada justifica um mandado de condução coercitiva contra um ex-presidente que colabora com a Justiça, espontaneamente ou sempre que convidado. Nos últimos meses, Lula prestou informações e depoimentos em quatro inquéritos, inclusive no âmbito da Operação Lava Jato. Dezenas de testemunhas foram ouvidas sobre estes fatos alegados pela Força tarefa, em depoimentos previamente marcados. Por que o ex-presidente Lula foi submetido ao constrangimento da condução coercitiva?

2) Nada justifica a quebra do sigilo bancário e fiscal do Instituto Lula e da empresa LILS Palestras. A Lava Jato já recebeu da Receita Federal, oficialmente, todas as informações referentes a estas contas, que foram objeto de minuciosa autuação fiscal no ano passado.

3) Nada justifica a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Lula, pois este sigilo já foi quebrado, compartilhado com o Ministério Público Federal e vazado ilegalmente para a imprensa, este sim um crime que não mereceu a devida atenção do Ministério Público.

4) Nada justifica a invasão do Instituto Lula e da empresa LILS, a pretexto de obter informações sobre palestras do ex-presidente Lula, contratadas por 40 empresas do Brasil e de outros países, entre as quais a INFOGLOBO, que edita as publicações da Família Marinho (http://www.institutolula.org/as-palestras-de-lula-a-violaca…). Todas as informações referentes a estas palestras foram prestadas à Procuradoria da República do Distrito Federal e compartilhadas com a Lava Jato. Também neste caso, o Ministério Público nada fez em relação ao vazamento ilegal de informações sigilosas para a imprensa.

5) Nada justifica levar o ex-presidente Lula a depor sobre um apartamento no Guarujá que não é nunca foi dele e sobre um sítio de amigos em Atibaia, onde ele passa seus dias de descanso. Além de esclarecer a situação do apartamento em nota pública – na qual chegou a expor sua declaração de bens – e em informações prestadas por escrito ao Ministério Público de São Paulo, o ex-presidente prestou esclarecimentos sobre o sítio de Atibaia em ação perante o Supremo Tribunal Federal, que também é de conhecimento público.

6) A defesa do ex-presidente Lula peticionou ao STF para que decida o conflito de atribuições entre o Ministério Público de São Paulo e o Ministério Público Federal (Força Tarefa), para apontar a quem cabe investigar os fatos, que são os mesmos. Solicitou também medida liminar suspendendo os procedimentos paralelos até que se decida a competência conforme a lei. Ao precipitar-se em ações invasivas e coercitivas nesta manhã, antes de uma decisão sobre estes pedidos, a chamada Força Tarefa cometeu grave afronta à mais alta Corte do País, afronta que se estende a todas as instituições republicanas.

7) O único resultado da violência desencadeada hoje pela Força Tarefa é submeter o ex-presidente a um constrangimento público. Não é a credibilidade de Lula, mas da Operação Lava Jato que fica comprometida, quando seus dirigentes voltam-se para um alvo político sob os mais frágeis pretextos.

O Instituto Lula reafirma que Lula jamais ocultou patrimônio ou recebeu vantagem indevida, antes, durante ou depois de governar o País. Jamais se envolveu direta ou indiretamente em qualquer ilegalidade, sejam as investigadas no âmbito da Lava Jato, sejam quaisquer outras.

A violência praticada nesta manhã – injusta, injustificável, arbitrária e ilegal – será repudiada por todos os democratas, por todos os que têm fé nas instituições e do estado de direito, no Brasil e ao redor do mundo, pois Lula é uma personalidade internacional que dignifica o País, símbolo da paz, do combate à fome e da inclusão social.

É uma violência contra a cidadania e contra o povo brasileiro, que reconhece em Lula o líder que uniu o Brasil e promoveu a maior ascensão social de nossa história.

CUT fará vigília em todo o país em defesa do Lula e contra o golpe

O maior líder popular da história do Brasil foi constrangido a depor coercitivamente pela Polícia Federal, mesmo não tendo uma única prova de que cometeu qualquer ato ilícito.

O ex-presidente Lula tem endereço fixo, se prontificou a dar todas as informações solicitadas e a única denúncia contra ele é a suposta delação feita pelo senador Delcídio Amaral.   

É o golpe que vem sendo construído pela direita há meses, sendo colocado em prática com a parceria dos grandes meios de comunicação do país, de parte da PF, do Ministério Público e da oposição ao projeto de governo democrático e popular que Lula implantou no Brasil em 2003.

Diante dos fatos a CUT está propondo uma vigília permanente nas diversas cidades do país numa demonstração de que o povo está unido em defesa de Lula.  

Março é o mês das mulheres no Sindicato

O Sindicato lançou um jornal especial para discutir a participação da mulher no mercado de trabalho. O boletim faz parte da programação especial do mês das mulheres. O site do Sindicato também está lilás, cor do Coletivo de Mulheres.

Dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher, as mulheres farão uma marcha organizada pela CUT-SP. E dia 13 de março (domingo), acontece um encontro de mulheres na sede do Sindicato para debater os tipos de violência que a mulher sofre no local de trabalho. 

Clique aqui para ler o Sindiluta Especial 

Copom mantém juros em 14,25%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em 14,25%, após reunião realizada ontem (2). A Selic é mantida nesse valor desde julho de 2015.

Também na quarta-feira, a CUT havia lançado um comunicado oficial em seu site, antes da reunião do Copom, na qual condena a atual taxa.  A Central defende a queda de juros e avalia que como está, eles não geram emprego e renda aos trabalhadores, não estimulam o comércio e nem as empresas do setor produtivo.

“Para a CUT é urgente a redução drástica da taxa de juros para que a economia saia o mais breve possível da recessão, volte a gerar emprego e renda, e retome de forma consistente o caminho do desenvolvimento com distribuição de renda. A política econômica precisa estar a serviço do povo brasileiro”, diz um trecho da nota. 

Prefeitura lança programa de incentivo à agricultura familiar

A prefeitura de São Paulo lançou ontem (2), em Parelheiros, um programa de incentivo à agricultura familiar, o “Agriculturas Paulistanas”. A ideia é desenvolver a produção local de alimentos orgânicos, preservando o meio ambiente e a saúde pessoal.

Será realizado um processo de mapeamento e de diagnóstico das propriedades rurais, que somam mais de 5 mil hectares na cidade e parte dessa produção será utilizada pela prefeitura no fornecimento de alimentos, como, por exemplo, para a merenda escolar. 

As famílias receberão o fertilizante orgânico, produzido pela central de compostagem na Lapa, e terão acesso ao empréstimo de maquinário e ferramentas. Também serão ministrados cursos de capacitação para auxiliá-los na produção. 

CUT abre na sexta-feira programação do mês da mulher

Nesta sexta-feira (4) será aberta oficialmente a programação da CUT São Paulo para o mês de março, em comemoração às mulheres. O mês das Mulheres é marcado por mobilizações e debates sobre as lutas e os direitos das mulheres no mercado de trabalho e na sociedade.

O tema desse ano, “Mulheres na política: em defesa da democracia, construindo uma sociedade justa e igualitária, sem violência e livre de preconceitos. Não ao retrocesso! ”, engloba todas as pautas de reivindicação.

A atividade de abertura será um sarau, realizado na sede da CUT, a partir das 18h, na Rua Caetano Pinto, 575 – Brás. Para participar do projeto é preciso fazer a inscrição através do link.     

Fevereiro fecha com superávit comercial

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou ontem (1º) dados referentes às ações comerciais, que mostram que em fevereiro, o Brasil registrou um superávit comercial de R$ 3,043 bilhões.  

Foi o melhor resultado para o mês em 27 anos, sendo que os principais destinos das exportações foram Argentina e México. As exportações acumularam US$ 13,348 bilhões, significando um aumento de 4,6% em relação a fevereiro do ano passado. A venda de produtos industrializados aumentou 9,6% no mês. 

Circular às empresas sobre homologação da categoria Química, Plástica e Farmacêutica de São Paulo e Região

Informamos à todas as empresas localizadas nas bases de representação profissional deste sindicato, que a partir do mês de janeiro de 2012 os procedimentos para efetuar a homologação serão os seguintes:

1º O agendamento será feito exclusivamente através da apresentação dos documentos relacionados no parágrafo 2º desta circular;

2º Os documentos exigidos serão os seguintes:

Os documentos necessários para a assistência na homologação são os abaixo relacionados: 

  1. Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho – TRCT (anexo I) em cinco vias; (de acordo com portaria 1621 do MTE (14 de julho de 2010) e termo de homologação (anexo VII) em cinco vias;
  2. Xerox da Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, com as anotações atualizadas (inclusive se houver mais de uma Carteira em relação aquele contrato), nos itens: data da saída, contribuição sindical, férias, reajustes e aumentos salariais;
  3. Original e cópia da notificação de demissão, comprovante de aviso prévio ou pedido de demissão;
  4. Extrato para fins rescisórios da conta vinculada do empregado no FGTS, devidamente atualizado, e guias de depósito e de recolhimento das competências indicadas como não localizadas na conta vinculada;
  5. Guia de recolhimento rescisório do FGTS e da Contribuição Social, nas hipóteses do art. 18, da Lei 8.036, de 11/05/1990, e do art. 1º da Lei complementar nº 110, de 29/06/2001;
  6. Comunicação da Dispensa – CD e requerimento do Seguro Desemprego, nas rescisões  sem justa causa;
  7. Original e cópia do Atestado de Saúde Ocupacional demissional, ou periódico, durante o prazo de validade, atendidas as formalidades especificadas na Norma Regulamentadora – NR 7, aprovada pela Portaria nº 3.214, de 8/6/78 e alterações posteriores;
  8. Carta de preposto e instrumentos de mandato (deve ser pessoa habilitada a dar informações ou dirimir eventuais dúvidas  sobre a demissão);
  9. Prova bancária da quitação quando o pagamento for efetuado antes da assistência;
  10. O pagamento da rescisão deve ser em dinheiro, cheque administrativo ou visado (não cruzar o cheque), somente no ato da homologação, observados os prazos legais, ou ainda o comprovante original de depósito bancário efetuado em dinheiro, na conta do ex-empregado ou transferência eletrônica autenticada eletronicamente (não serão aceitos depósitos efetuados  em caixa expresso e relatório de pagamento efetuado).
  11. Quando o aviso prévio for trabalhado trazer os dois últimos cartões de ponto e os dois últimos holerites;
  12. Anexar à rescisão, em duas vias, demonstrativos de cálculos das médias de horas extras, adicionais noturno, insalubridade e periculosidade, quando houver, bem como o cálculo destas verbas na remuneração (veja exemplo – Clique Aqui).
  13. Duas cópias da Chave de Identificação da Caixa Econômica Federal, de todas as contas do empregado, ainda que seja pedido de demissão ou extrato do FGTS com a data de saída e código do afastamento “J”.
  14. Comprovantes de afastamento por Acidente de Trabalho ou auxílio-doença durante a vigência do contrato de trabalho, emitidos pelo INSS;
  15. Perfil Profissiográfico do empregado, abrangendo todas as atividades envolvidas nos termos da Instrução Normativa nº 49, de 03.05.01, DOU de 14.05.01.
  16. Caso o empregado tenha contribuído para outro sindicato, entrar em contato com o setor de homologações para esclarecimento da documentação adicional;
  17. Cópias (Xérox) para o sindicato dos seguintes documentos: Aviso prévio ou pedido de demissão, chave de movimentação do FGTS e exame médico demissional ou periódico;
  18. Trazer carimbo de assinatura da empresa.

IMPEDIMENTO:

·         Nos termos do art. 12, da IN 15/2010 e Convenção Coletiva, o sindicato está IMPEDIDO de homologar portadores de estabilidade, mesmo com o pagamento do período de carência;

·         A ausência de documentos necessários à homologação, conforme esta circular, impossibilitará a efetivação da mesma.

PRAZO:

Nos termos do art. 477, parágrafo 6º, da CLT, as parcelas constantes no instrumento de rescisão deverão ser pagas até o primeiro dia útil imediato ao termino do contrato, quando o aviso prévio for trabalhado, ou até o décimo dia, contado da notificação da demissão, quando o aviso prévio for indenizado.

3º As ressalvas realizadas ficarão pendentes de resolução ou de uma resposta formal ao ex-empregado, no prazo de até 15 dias, mediante a assinatura do respectivo Termo de Compromisso pelo preposto da empresa.

 

HORARIO DE AGENDAMENTO:

Segunda-feira à sexta-feira: das 9:00 hs às 16:00 hs

Sem mais para o momento, desde já agradecemos a compreensão.

São Paulo, 20 de agosto de 2012

 

LOURIVAL BATISTA PEREIRA

Diretor Jurídico