Mulheres ainda trabalham mais e recebem menos

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) feita entre os anos de 2004 e 2014, que mostra que as mulheres, apesar de serem maioria no mercado de trabalho, ainda ganham menos do que os homens, trabalhando mais horas.

No período analisado, a pesquisa mostra que a jornada de trabalho do homem caiu de 44 horas semanais para 41 horas, mas não houve um aumento da carga horária dedicada ao trabalho doméstico.

A mulher, no mesmo período, trabalhou por uma média de 35 horas e meia por semana, além do tempo de trabalho em casa. Mesmo com a dupla jornada, seu salário chega a ser 24% menor do que o dos homens.         

Junéia Batista, secretária Nacional da Mulher Trabalhadora, destacou que a CUT está lutando pela ratificação da Convenção 156 no País, uma recomendação da OIT sobre a Igualdade de Oportunidades e de tratamento para Trabalhadores e Trabalhadoras com Responsabilidades Familiares. “A CUT, junto com outras centrais, sempre defendeu o compartilhamento de responsabilidades familiares para que a mulher possa ter mais igualdade de oportunidade”, disse.  

Falhas no metrô crescem em quatro anos

Os problemas no metrô cresceram muito nos últimos anos. Em  2011 o metrô registrou 58 panes e em 2015, o número passou para 74. Os dados foram divulgados pelo portal Fiquem Sabendo e foram obtidos graças a Lei de Acesso à Informação.   

Os números mostram um aumento de 27% nas falhas do sistema, em um período de quatro anos. No mesmo intervalo de tempo, a quantidade de passageiros transportados aumentou de 1,087 bilhão para 1,116 bilhão.

A linha 3-verde recebeu recentemente a instalação de um novo sistema, chamado Controle de Trens Baseado em Comunicação (CBTC). Sua implementação foi feita após oito anos desde sua aquisição, por R$ 700 milhões. Entretanto, metroviários alegam que a mudança não tem resolvido os problemas de funcionamento da linha.  

Farmacêuticos aprovam pauta da Campanha Salarial 2016

Os trabalhadores do setor farmacêutico, com data-base em 1º de abril, realizaram assembleia na sexta (26) e aprovaram a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2016. As negociações deste ano envolvem só as cláusulas econômicas, uma vez que as sociais foram renovadas no ano passado por dois anos.  

Os trabalhadores discutiram a necessidade de um reajuste de 15% que contempla a inflação do período e garante uma margem de aumento real.  De acordo com as estimativas do Banco Central a inflação dos últimos doze meses deve chegar a 10%.  Os farmacêuticos também querem o fim do teto para aplicação do índice.

 

Fique por dentro da pauta

Reajuste de 15% para todas as faixas salariais (com o fim do teto)

Piso de R$ 1.700,00

PLR de R$ 3.400,00

Cesta básica do Dieese 448,31 (em fevereiro) 

Sindicato participa de seminário para definir Campanha Salarial

O Sindicato dos Químicos participou ontem (25) do seminário da Fetquim para discutir diretrizes da Campanha Salarial dos Farmacêuticos de 2016. Os sete sindicatos filiados à federação estavam presentes.

Cada sindicato levará a proposta à sua base para aprovação e a pauta será entregue aos patrões no dia 8 de março.

“A expectativa da direção da Fetquim é atender as reivindicações dos trabalhadores farmacêuticos e que a mobilização da campanha traga resultados satisfatórios “, diz Airton Cano, coordenador político da Fetquim.

Movimentos sociais convocam ato no dia 31 de março

A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo convocam os  brasileiros para irem  às ruas no dia 31 de março, contra o impeachment da presidenta Dilma Rouseff e contra algumas medidas propostas para enfrentar a crise econômica.

Segundo Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares, o ato é para lutar contra uma tentativa de golpe no País e ao mesmo tempo questionar medidas do governo que estão fora de seu projeto político, como ajuste fiscal e reforma da previdência social.

Estão previstas mobilizações por todo o País, incluindo uma marcha em Brasília, contra a redução da taxa básica de juros, contra projetos como o da terceirização e privatização das estatais e do pré-sal.

Os movimentos sociais divulgaram uma agenda de março a maio, na qual o ato do dia 31 está incluso. Confira:

8 de março – Mobilização do Dia Mundial das Mulheres
15 a 17 de março –  Mobilização Nacional dos Professores e Educadores do Ensino Público em todo País, com paralisação nacional nesses dias
31 de Março – Mobilização Nacional em Brasília e no maior número possível de cidades
7 de Abril – Dia Nacional de Luta pela Saúde, com os movimentos populares ocupando todas as secretarias municipais de saúde, em defesa do SUS e da PEC que restabelece 10% do orçamento para a saúde pública
Semana de 17 de abril – Atos pelo Dia Internacional de Luta Camponesa, exigindo justiça pelo massacre de Eldorado dos Carajás (1996)
28 de Abril – Dia Nacional da Memória dos Trabalhadores que Morreram Explorados no Trabalho
29 de Abril – Grande mobilização dos professores do Paraná, relembrando a jornada de lutas do ano passado e a repressão sofrida pelo governo Richa
28 a 30 de Abril – Tribunal Internacional de Julgamento dos crimes da Vale. Local a ser confirmado em Minas Gerais
1º Maio – Concentrações em todo País pelo Dia do Trabalhador

Alckmin prejudica trabalhadores para salvar governo

Trabalhadores do metrô de São Paulo realizaram ontem (25) uma manifestação na praça da Sé, onde cobraram por repasses do governo. Segundo trabalhadores, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) deixou de repassar R$ 255 milhões à Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), referentes aos passageiros com gratuidade, em 2014 e 2015. 

 O valor foi divulgado por diretores do metrô, em reunião no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, na quarta-feira (24). O corte no repasse é uma medida de Alckmin para reduzir o déficit nas contas do governo paulista, que chegou a R$1,38 bilhão em 2015.

“A retenção desse valor prejudica a categoria, que tem seus direitos ameaçados, e a população, porque impede o Metrô de realizar novas contratações, provocando filas na compra de bilhete, redução do atendimento nas plataformas e estações, entre outros problemas”, afirmou Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.  

CUT contra a privatização do pré-sal

A CUT lançou ontem (24) uma nota oficial em seu site, por meio da qual repudia a aprovação pelo Senado do projeto de lei de autoria de José Serra (PSDB-SP), que propõe a privatização do pré-sal.

O projeto ainda passará pela Câmara e depois pela presidenta Dilma Rouseff, mas representa uma perda de um patrimônio nacional. Se a lei for aprovada, a Petrobras deixará de ser a única empresa a operar o pré-sal, que estará aberto à multinacionais estrangeiras.

 Os recursos provenientes da exploração poderiam ser uma fonte de investimento na educação e na saúde do País. A CUT, junto com a FUP e movimentos sociais, alegam que irão protestar contra a medida.  

Comemoração pela conquista do voto feminino

Foi comemorado ontem (24) a conquista pelo voto feminino no Brasil. Em 24 de fevereiro de 1932, no governo Getúlio Vargas, as mulheres conquistaram o direito de votar democraticamente em seus representantes.      

Entretanto, a luta das sufragistas brasileiras começou anos antes, no final do século 19. A partir de 1964 o voto feminino passou a ser não apenas um direito, mas também obrigatório.  

Na América Latina, o Brasil foi o segundo País a instaurar esse direito, após o Equador. As mulheres representam hoje mais da metade dos eleitores do Brasil. O direito ao voto também facilitou a entrada da mulher na política.  

CUT se posiciona contra reformas na previdência

A CUT mais uma vez reforça sua posição contrária a qualquer reforma na previdência social. A Central divulgou uma nota oficial em seu site, alertando para o fato de que o governo federal sinalizou enviar uma proposta de Reforma da Previdência ao Congresso Nacional, em um prazo de 60 dias.

Fazem parte dessa reforma propostas como a instituição de uma idade mínima para a aposentadoria, equiparando as regras entre homens e mulheres e entre trabalhadores rurais e urbanos. Tais alterações vão contra os interesses dos trabalhadores e contra os princípios do Direito à Seguridade Social.

A CUT defende que debates sobre a previdência sejam feitos em assembleias com os trabalhadores, audiências públicas e a partir de discussões no Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social. 

Instituto Butantan testa vacina contra dengue

O Instituto Butantan deu início à terceira fase de testes de uma vacina contra a dengue. É a última etapa do processo, iniciado há alguns anos, que estuda uma possível vacina contra a doença.

Essa terceira fase está focada no combate de quatro tipos de vírus da dengue, e deverá ter duração de um ano, sendo que 17 mil voluntários receberão a dose. A previsão é de que a vacina fique pronta para uso em 2018. “O Instituto Butantan é capaz de produzir uma vacina que será usada por uma grande parte da população”, afirmou a presidenta Dilma Rouseff.

A presidenta Dilma, em parceria com o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, investirá R$ 300 milhões no imunizante. Mais R$2 milhões serão destinados à produção de uma vacina contra o zika vírus, em um prazo de cinco anos, em parceria com a Universidade do Texas, Estados Unidos.