Representantes sindicais defendem reunião para debater previdência

A presidente Dilma Rouseff convocou diversas personalidades da sociedade para comporem o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. O Conselhão, como é mais conhecido, teve sua primeira reunião na tarde de ontem (28).

Entre os participantes, estão representantes sindicais, como o presidente da CUT, Vagner Freitas. A reforma da previdência voltou a ser um assunto de pauta, mas Freitas defendeu que ele não deve ser discutido no Conselho, mas sim no Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social, criado especificamente para o tema.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, afirmou que “No fórum há posições de classe. No Conselhão, estamos como representantes da sociedade civil”.

Juvandia Moreira Leite, presidenta do Sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e Região reforçou a opinião, destacando que a questão a ser resolvida no País não é a previdência, mas a economia e a falta de crescimento.

Governo anuncia concessão de crédito para diversas áreas

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, anunciou ontem (28) durante reunião do Conselhão, novas medida para o crédito no País. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) poderá ser usado como garantia para o crédito consignado.

O trabalhador poderá usar 10% do valor do seu fundo, mais 40% do valor de multa por demissão, como forma de garantia ao financiamento. Para isso, será feita uma alteração na lei do FGTS, que permite investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura.

Também serão liberados R$ 10 milhões para o crédito rural e para o crédito habitacional com recursos do FGTS. Para infraestrutura, por meio dos recursos do FI-FGTS, serão R$ 22 bilhões.

Para capital de giro de pequenas empresas serão R$ 5 bilhões, por meio do BNDES. Investimento em máquinas e equipamentos receberão R$ 15 bilhões e empresas exportadoras, R$4 bilhões de crédito.

Congresso quer retroceder na discussão do conceito de família

O Congresso Nacional discute este ano o chamado Estatuto da Família. A pauta sugerida pelo grupo conservador define  que família é formada apenas por um homem e uma mulher e significa um grande retrocesso aos recentes avanços na legalização da união homoafetiva.

O conceito exclui não só famílias formadas por casais homossexuais, mas também aquelas formadas apenas por homens e mulheres sem cônjuge. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal já reconheceu a união homoafetiva e garantiu aos casais do mesmo sexo os mesmo direitos e deveres garantidos aos casais formados por um homem e uma mulher. O casamento civil também foi legalizado pelo Conselho Nacional de Justiça em 2013.

O IBGE apurou que na região Sudeste existem cerca de 32.202 casais homoafetivos e 12.196 casais na região Nordeste. No total, 25% das famílias brasileiras não são representadas pelo modelo tradicional.

Dia Nacional do Combate ao Trabalho Escravo

Hoje, 28 de janeiro, é marcado como o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência Social, em 2015, os grupos de fiscalização do governo liberaram 1.010 trabalhadores em condições análogas à escravidão.

A maioria (607 trabalhadores) se encontrava em área urbana e o restante (403) em área rural. 31,05% trabalhavam no setor extração de minérios, 18,55% na construção civil, 15,18% na agricultura e 14,29% na pecuária.

O relatório mostra que 12 trabalhadores resgatados eram menores de 16 anos e 65 trabalhadores eram imigrantes, como bolivianos, chineses, haitianos e peruanos.

Minas Gerais foi o estado com o maior número de trabalhadores resgatados, em um total de 432. Outros estados foram Maranhão (107), Rio de Janeiro (87), Ceará (70) e São Paulo (66). 

Câmara discute projeto que criminaliza aborto

O Projeto de Lei 5.069, aprovado pela principal comissão da Câmara dos Deputados, é retrógrado em relação aos direitos das mulheres. O PL prevê uma alteração no Código Penal Brasileiro, criminalizando a prática do aborto.

Se a lei for aprovada, mulheres vítimas de estupro não poderão realizar o aborto e terão de fazer um exame de corpo de delito, além de darem depoimento à polícia, para então poderem receber ajuda médica.

Essa exigência vai contra os direitos da mulher, pois prevê uma condição para que ela possa receber atendimento médico, o que pode aumentar ainda mais o trauma da experiência, além de aumentar o risco de doenças sexualmente transmissíveis.

O projeto é de autoria de Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara dos Deputados, e ainda será avaliado pela Comissão de Finanças e Tributação, seguindo para o Plenário.   

Carnaval no Clube de Campo

Este ano serão três dias de folia no Clube de Campo de Arujá. O tradicional Carnaval da categoria acontece nos dias 6,7 e 8 de fevereiro (sábado, domingo e segunda), das 10h às 17 horas.

A programação é extensa e a diversão garantida para todas as idades. Além das tradicionais recreações, haverá apresentação da bateria da Escola de Samba Unidos de Santa Barbara e das bandas Sambatuqueiro Folia,  Alana,  Mica Loca e Alegria.

Para melhor atender os associados, o Sindicato vai disponibilizar um terreno próximo para estacionamento, pois o estacionamento do clube estará ocupado pelas atividades.

Centrais sindicais debatem projeto de privatização

A CUT e outras centrais sindicais se reunirão amanhã (27) em Brasília para debater a respeito do chamado Estatuto das Estatais. O projeto corre o risco de ser votado pelo Congresso no fim do seu recesso, no dia 2 de fevereiro. Por isso, o Comitê em Defesa das Estatais promoverá um seminário para discutir a medida.

O PLS 555/15 defende a privatização de diversas empresas estatais, determinando que “empresas públicas e sociedade de economia mista serão constituídas sob a forma de sociedade anônima”.

Com isso, entraria em vigência um estatuto único para todas as empresas estatais – federais, municipais e estaduais. Caixa Econômica, Petrobras, BNDES e Correios seriam algumas das instituições atingidas.

Romero Buarque, um dos organizadores do seminário, destaca que o PLS é confuso e ainda tem pontos a serem esclarecidos. O Estatuto é uma referência ao PLS 343/2015 de Aécio Neves (PSDB). 

Projeto de lei ameaça manifestações sociais

O Projeto de Lei 2016/2015, conhecido como “lei antiterrorismo” faz parte dos projetos polêmicos que estão em análise no Congresso Nacional. Movimentos sociais podem ser altamente prejudicados por esse projeto, se aprovado.

O texto prevê a mudança do conceito de terrorismo, que poderá englobar as manifestações sociais e impedir um direito fundamental. Segundo interpretações, manifestantes poderão ser presos por terrorismo caso estejam nas ruas manifestando por questões políticas.

Julio Turra, diretor executivo da CUT, vincula o projeto a uma pressão econômica. “Após os EUA declararem guerra global ao terrorismo, o assunto entrou na agenda mundial e o Brasil quis sinalizar o seu compromisso com o mercado financeiro”, disse.

Atualmente, o PL está na Câmara, onde deve passar por uma nova votação e, caso seja aprovado, irá para sanção ou veto da presidenta Dilma Rouseff. 

Prefeitura expande coleta seletiva em São Paulo

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) assinou um contrato com cooperativas de catadores de lixo. Os trabalhadores farão parte de um programa de coleta seletiva que a prefeitura pretende estender para todos os bairros de São Paulo até o meio do ano.

Nanci Darcolete, do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), exaltou a parceria. “Hoje estamos assinando o primeiro contrato de coleta seletiva remunerada na cidade de São Paulo. É um momento histórico para a gente, principalmente sabendo que há um empenho da prefeitura na questão humana, na inclusão dos catadores”, disse.

O projeto de sustentabilidade empregará 1.500 catadores e a renda das arrecadações será doada para o Fundo Municipal de Coleta Seletiva, Logística Reversa e Inclusão de Catadores. São Paulo produz 20 mil toneladas de resíduos por dia. Quase um terço desse lixo é composto por resíduos secos, mas apenas 2,5% são reciclados atualmente. 

Cidadãos trans ganham diploma em projeto de São Paulo

O programa Transcidadania, da prefeitura de São Paulo, realizou na quarta-feira (20) sua primeira cerimônia de formatura. A iniciativa incentivou homens e mulheres trans, que pararam os estudos por algum motivo, a voltarem a estudar e concluírem o ensino fundamental ou médio.

Com início em janeiro de 2015, o projeto oferece uma ajuda de custo para cada estudante, facilitando a oportunidade de terem uma formação e um futuro diferente. Algumas alunas do projeto prestaram o Enem e obtiveram uma boa nota para concorrer a vagas em universidades por meio de programas como Sisu e Prouni.

“Em um momento em que ameaçavam propagar o preconceito e a intolerância, nós dissemos que não vamos permitir isso em São Paulo. Com esse programa, anunciamos a todas as pessoas que ninguém ficará para trás”, disse o prefeito Fernando Haddad.

O projeto deve ser levado aos Estados Unidos nos próximos meses como um exemplo de iniciativa pública de inclusão e combate ao preconceito contra homens e mulheres trans.