Milhares vão às ruas contra o impeachment

Aconteceu ontem (16) em São Paulo o ato contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O Sindicato marcou presença na manifestação que reuniu 100 mil pessoas na Av. Paulista e seguiu até a Praça da República. Entre as reivindicações, organizações sindicais e sociais clamaram pela democracia, contra o ajuste fiscal e contra Eduardo Cunha (PMDB).

O presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que o impeachment é uma tentativa de golpe por parte da oposição, e destacou que os mesmos que defendem essa ideia são a favor da terceirização, da redução da maioridade penal e contra os direitos das mulheres.

Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), destacou a quantidade de pessoas presentes no ato. “A gente não precisa botar pato para encher a Avenida Paulista (em referência à campanha da Fiesp).  Aqui a gente enche com o povo” disse. 

Em Brasília, também houve uma concentração no estádio Mané Garrincha. Antes do ato, deputadas e senadoras, junto com mulheres do movimento sindical e social, reuniram-se no Salão Verde da Câmara dos Deputados com a Constituição Cidadã, para se posicionarem contra o golpe à presidenta Dilma.  

Conselhos se reúnem para discutir ação da PM em manifestações estudantis

O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) de São Paulo vai acionar o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e o Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) para que os órgãos investiguem a ação da polícia militar em relação aos alunos que protestavam contra a reorganização escolar.

No próximo sábado (12) o Condepe convoca uma reunião com alunos na Escola Estadual Fernão Dias Paes, para ouvir relatos. Na quarta-feira (16) haverá outro encontro na Faculdade de Direito da USP, com o CNDH.

Durante as ocupações e manifestações, alunos e professores denunciaram ações autoritárias e violentas da polícia. “Alguns casos tornaram-se conhecidos, como em escolas do Jardim Ângela, Perus e São Mateus, na capital, e em Osasco, Campinas e Marília, com alunos e professores agredidos. Outros não. Por isso devemos requisitar os boletins de ocorrência de todos os casos relacionados às manifestações nas ruas e nas escolas”, disse o advogado Ariel de Castro. 

Mulheres da CUT discutem inserção no mercado de trabalho

O coletivo de mulheres da CUT nacional esteve reunido ontem (8) em São Paulo para o encontro ‘Políticas Públicas para fortalecer a autonomia das mulheres trabalhadoras’. A atividade é parte do projeto CESIT, que trabalha na discussão de políticas públicas para mulheres.

O evento abordou as atividades do próximo ano e a preparação das trabalhadoras da CUT para a IV Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, prevista para março de 2016.

Patricia Pelatieri, diretora executiva do DIEESE, apresentou dados do “Balanço das Políticas Públicas para o Mundo do Trabalho”. Constatou-se que a desigualdade salarial entre homens e mulheres ainda é uma realidade, e que as ocupações mais precárias são reservadas às mulheres. Outra realidade é que muitas mulheres assumem a responsabilidade familiar sozinhas.

“A gente contribui com a formulação mais geral sobre as dinâmicas do mundo do trabalho e conhece as experiências concretas das mulheres sindicalistas. E isso reflete nas nossas atividades”, explicou a Coordenadora do CESIT/UNICAMP e assessora do Sindicato Marilane Teixeira.   

Por um 2016 cheio de conquistas

O Sindicato dos Químicos deseja a todos um Feliz Natal e um Ano-Novo repleto de alegrias.  E reforça o seu compromisso de continuar lutando por melhores condições para a categoria que representa.

O Sindicato estará fechado para o recesso de fim de ano a partir do dia 18 de dezembro. As atividades serão retomadas no dia 4 de janeiro, segunda-feira.

O plantão jurídico com os advogados só retorna com o atendimento presencial no dia 21 de janeiro (quinta-feira). Durante o período do recesso, trabalhadores que quiserem informações sobre o andamento de processos podem ligar a partir do dia 7 de janeiro no tel. 5084-9073, que haverá atendimento telefônico com advogado, das 10h às 13h, de segunda a sexta-feira. Após o dia 21 de janeiro, o atendimento retorna ao horário normal na sede do Sindicato.

O Clube de Campo de Arujá estará fechado nos feriados de Natal (dias 24 e 25 de dezembro) e Ano-Novo (31 de dezembro e 1º de janeiro); por conta disso, excepcionalmente estará aberto nas segundas e terças que antecedem os dois feriados, dias 21, 22, 28 e 29 de dezembro.

Manifestação em defesa de Dilma é marcada por movimentos sindicais

A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, com o apoio da CUT, marcaram para o próximo dia 16, quarta-feira, uma manifestação em defesa da democracia e da presidenta Dilma. A mobilização será a partir das 17h na Avenida Paulista e seguirá até a praça da República.

 
Na segunda-feira (7) as organizações sindicais tiveram um encontro com o ex-presidente Lula. Ele defendeu, entre outros pontos, a unidade na luta pela democracia e pela soberania do voto popular. “Para a gente construir a unidade é preciso ter uma bandeira realmente única entre nós, independentemente de cada entidade continuar com sua bandeira”, declarou.

“A Constituição prevalecerá” afirma o jurista Dalmo Dallari

Aos 83 anos, Dalmo Dallari não se cansa de exercer o ofício que escolheu desde muito jovem: o estudo e a defesa do Direito, como ferramenta de promoção da justiça social e da cidadania. O jurista, respeitado no Brasil e internacionalmente, faz questão de contar sua origem modesta e os esforços que empreendeu antes de chegar à cadeira de titular da Faculdade de Direito da USP. É uma forma de estimular os mais jovens a não desistir de seus sonhos, argumenta. Ele nasceu em Serra Negra (SP), filho e neto de sapateiros. Com 14 anos foi morar na capital. Foi office boy de uma indústria, e nunca parou de ler e estudar. Conseguiu concluir o ciclo fundamental e médio de ensino por meio do antigo Madureza, espécie de “intensivão” para dar conta das exigências curriculares.

Passou no vestibular na faculdade onde cursou Direito, lecionou e se aposentou, e jamais abandonou a atividade acadêmica. Até hoje atende a convites pelo país afora, e sempre leva consigo um conselho aos ouvintes: “Tenha sempre consigo um exemplar da Constituição. É muito importante”. Ele diz já ter ouvido em muitos países que a Carta Magna brasileira é uma das mais democráticas do mundo, por ter sido construída com intensa participação da sociedade e, por isso, refletir conquistas importantes da humanidade, que estão na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Segundo Dallari, esta mesma Constituição precisaria ser estrondosamente violada para que algum dos setores que hoje tentam emplacar um pedido de impeachment de Dilma Rousseff levem adiante suas manobras, que chama de “fantasiosas”. É o que ele afirma categoricamente em entrevista concedida ao programa de webTV Contraponto, produzido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e o Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, do qual destacam-se a seguir os principais trechos.

Qual a possibilidade de um impeachment contra a presidenta Dilma se materializar?

Vivi antes de 1964 e percebi o que levou ao golpe. Havia uma exploração muito grande de uma situa­ção nova decorrente da Segunda Guerra, da afirmação dos direitos humanos, inclusive dos direitos sociais, e entre nós houve uma associação – e tem se falado muito pouco disso – de empresários com militares. O golpe foi civil-militar. Vi claramente essa interferência do empresariado no golpe que foi apresentado como militar. Há elementos hoje que comprovam isso. Empresários deram dinheiro para contratar professores de tortura. Para contratar máquinas de torturar. Eram duas grandes forças que tinham interesses coincidentes. Queriam de qualquer maneira impedir o avanço dos direitos sociais. Havia sindicatos organizados, muita conscientização dos direitos sociais, e as elites ricas e a igreja católica mais reacionária ficaram com medo desses avanços. Inventaram a tese do “perigo comunista”. Ninguém estava querendo comunismo no Brasil, apenas uma sociedade mais justa. O dado essencial é que grupos poderosos tinham naquele momento interesses coincidentes. Se fizermos o exame dos grupos que existem hoje no Brasil, não há essa coincidência. Há uma multiplicidade de pequenos grupos, de pequenas forças. Não há um grande líder. Não há um grande partido, não há uma grande força política.

Mas o processo é político, dispensa provas. E se o Congresso tomasse essa atitude?

A Constituição estabelece que a última instância é o Supremo Tribunal Federal. Então não importa se o Congresso admita “ah, vamos fazer”. Tudo fica sujeito à decisão em última instância do STF. E o STF, acompanho muito de perto, na sua maioria se orienta efetivamente pela Constituição. Eu circulo muito pelo Brasil a convite de estudantes e professores, advogados, promotores, recomendando que as pessoas tenham em casa um exemplar da Constituição. É importante. A Constituição diz no artigo 85: são crimes de responsabilidade (e o impeachment tomaria por base a acusação de um crime de responsabilidade) os atos do presidente da República que atentem contra a Constituição. “Atos do presidente”, dois pontos importantes: primeiro que sejam atos do presidente, e tem gente falando em atos da Petrobras, das subsidiárias, dos ministros e não sei quem, então não são atos do presidente; mais adiante, o artigo 86 diz que o presidente da República, “na vigência de seu mandato” não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções (tem de haver um “ato do presidente” que fira a Constituição e “no exercício”, no caso, do atual mandato). Então, isso não se aplica.

O Supremo barraria esse processo?

Eu tenho absoluta convicção. Eu sinto que a maioria dos ministros do STF se orienta efetivamente pela Constituição. Tem, sim, ministro que despreza a Constituição, não leva a sério. Mas nessa decisão recente a respeito da ilegalidade do financiamento eleitoral por empresas ficou evidente. A maioria se orientou pela Constituição. Por isso, essa aparência de risco de impeachment é uma grande fantasia. A grande imprensa explora, faz disso um escândalo, porque ainda está em campanha eleitoral. Está totalmente envolvida nesta campanha e explora fraquezas, inclusive a vaidade de alguns que querem aparecer. Alguns até do Judiciário, que não resistem a uma manchete.

O senhor, em 2002, escreveu um artigo que até hoje repercute alertando para o risco de se ter alguém como o ministro Gilmar Mendes no STF…

Realmente, o ministro Gilmar não é um respeitador da Constituição, e ele está jogando politicamente. Basta lembrar o que aconteceu com o processo de financiamento eleitoral por empresas. O ministro segurou durante um ano e meio esse processo, de maneira absurda e irracional. Mas a possibilidade dele de interferir, de influir, de atrapalhar é limitada. Ele não vai conseguir impor ao Supremo sua orientação. Essa decisão a respeito do financiamento eleitoral por empresas deixou isso mais do que evidente. A maioria dos ministros do Supremo respeita a Constituição.

E essa Constituição, eu tenho ouvido isso em vários países, é das mais democráticas do mundo, porque foi feita com muita participação popular. Tem um conteúdo humanista. Consagrou direitos tradicionais, civis e políticos, e também direitos econômicos, sociais e culturais. Por que razão os tribunais de maneira geral estão abarrotados de processos? É porque ficou muito mais fácil ir ao Judiciário. Há vários anos, na periferia de São Paulo, logo depois que saiu a Constituição de 88, eu falava nos direitos fundamentais, nos direitos humanos, nos direitos sociais, e lá no fundo uma mulher levantou a mão e disse: “Tudo isso que o senhor disse é muito bonito, mas não é para nós”. Os brasileiros mais pobres não acreditavam que tivessem direitos, e agora acreditam. Agora temos também o povo defendendo a Constituição; é um dado novo na história brasileira e extremamente importante.

O senhor poderia citar algum episódio em que o ministro Gilmar atropelou a Constituição?

Isso vem de muito longe, mas eu citaria como evento uma situação muito expressiva. O ministro Gilmar Mendes é do Mato Grosso, de família de grandes proprietários de terras, e eu há muito anos sou advogado de índios – aliás, eu não pareço, mas sou índio de quatro tribos, porque as defendi, ganhei e me deram o título. Meu primeiro enfrentamento com o Gilmar Mendes foi exatamente na questão indígena. Ele defendia invasores de terras indígenas e eu defendia os direitos constitucionais dos índios, e lá ficou muito evidente que a posição dele não era determinada pela Constituição, pelo direito e pela Justiça, mas pelas conveniências, e isso realmente não era atitude de jurista. Depois se somaram outros elementos, houve uma acusação a ele, que não fui eu que fiz, mas uma grande revista da época. Ele era advogado-geral da União, e ao mesmo tempo era empresário da educação, proprietário de escola, e ele matriculou auxiliares na sua escola, mesmo que não frequentassem. Por isso a revista publicou um reportagem “Os dois lados do balcão”.

O juiz Sérgio Moro não teria uma postura de promotor, mais do que juiz?

O juiz Moro de fato tem exagerado, tem agido como delegado de polícia, como Ministério Público e juiz. A minha avaliação é que houve um certo deslumbramento, a imprensa deu muita ênfase, foi uma glorificação. Ele é um ser humano e eu tenho dito: não perca de vista que os juízes são seres humanos. Eu sempre fui contra a transmissão das decisões, acho um absurdo, porque o juiz sabe que está sendo visto por milhões e pode ser influenciado. Por mais que queira se ater ao Direito, é ser humano, tem vaidade. Acho que isso pesou no juiz Sérgio Moro, pelo enorme espaço dado pela imprensa.

A Operação Lava Jato trabalha com informações sobre o papel importante das empreiteiras nos bastidores da política brasileira. O que o senhor pensa da operação como um todo?

A apuração de ilegalidades sempre é boa, apenas a exploração dos fatos é que é, até diria, desonesta, porque dá a impressão que começou isso agora no Brasil e, no entanto, empreiteiras e grandes empresas sempre usaram caminhos subterrâneos para obter proveito. O fato negativo é apresentar isso como fato novo no Brasil, quando não é. E não há dúvida que na imprensa há uma obsessão anti-Lula e anti-PT. Quero deixar isto muito claro: eu nunca fui do PT e desde que optei por ser professor imediatamente também decidi que jamais me envolveria com partidos políticos. Mas evidentemente a imprensa tem um antilulismo obsessivo, e é uma pena, porque distorce o noticiário, grande parte é fantasiosa. Qualquer pessoa que pegar um grande jornal vai verificar quantas vezes aparece o “supõe-se que… teria feito… haveria … ganharia”, tudo na condicional. Não se afirma nada, se insinua, “ele teria sido beneficiado… poderia ser… supõe-se que”. E isso não é fato, isso não é notícia. Infelizmente, é uma linguagem na nossa imprensa diária.

Tivemos lá atrás o domínio do fato, e agora os processos e sentenças baseados nas delações premiadas…

Eu tenho seríssimas restrições à delação premiada. É de origem italiana o conceito do arrependido, que trai para ganhar algum benefício. Mas não se perca de vista que o delator é, antes, um criminoso. Ele é endeusado pela imprensa porque faz acusações, mas se esquecem disso, é um criminoso confesso. A delação premiada tem valor muito baixo, é imoral, essencialmente imoral, e duvidosa do ponto de vista jurídico, porque muitas afirmações são mentirosas e esse é um dos casos em que aparece o “teria feito, ganharia isso, seria isso e mais aquilo” sem comprovação. Sabe-se que o delator está procurando proveito pessoal, reduzir a sua pena, ganhar liberdade, então realmente não é confiável.

Algumas pessoas acham que as apurações reforçam a República, outros acham que não. Qual a sua opinião sobre isso?

Acho bom que haja um despertar de consciência, que muita gente perceba que existe corrupção, sim, que é importante ficar contra a corrupção. É um caminho meio tortuoso, mas é um caminho de despertar a consciência. Tenho um livrinho, Direitos Humanos e Cidadania, que fala muito da necessidade de criar a consciência cidadã, que cada um perceba que tem direitos, e também responsabilidade. Ainda se fala muito no político ficha suja, mas infelizmente tem o eleitor ficha suja, que vende seu voto, troca voto por favores. Então, é preciso um trabalho de reeducação cívica, de conscientização, para que a pessoa perceba que tem direitos e ­responsabilidades.

O senhor é a favor de uma nova constituinte?

Não, não. Eu circulo muito pelo Brasil e outros países e já ouvi afirmação de que o Brasil tem uma das constituições mais democráticas do mundo, porque realmente ela reflete conquistas importantes da humanidade, conquistas que estão na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Primeiro, a Constituição de 1988 foi feita com intensa participação popular. Criamos em São Paulo – e o principal criador nem era da área jurídica, era um engenheiro, Francisco Whitaker – um movimento pela participação popular, e ali se criou a Iniciativa Popular, o direito do povo de propor leis. Só para ter exemplo do que isso significa, a Lei Maria da Penha não foi iniciativa de nenhum parlamentar, foi do povo. A Lei da Ficha Limpa também. Então, avançamos muito e o que há por fazer é aplicar a Constituição.

O senhor escrevia num grande jornal e depois deixou de escrever. Como foi essa história?

Eu realmente escrevia num grande jornal (Folha de S.Paulo) e um dia me chamaram lá e disseram: “Olha, infelizmente não vai mais dar para continuar publicando os seus artigos. Gente da indústria, do setor automobilístico, disse que se continuarmos a publicar seus artigos vai ser cortada toda a publicidade”. Vou contar o personagem, que até já morreu: Wolfgang Sauer, da Volkswagem, e presidente Associação Nacional da Indústria Automobilística (Anfavea). Eu escrevia sobre direitos sociais, isso era considerado indesejado. Mas eu nunca preguei violência, sempre falei nos caminhos da Constituição, da Justiça, mas isso era considerado uma agressão. E perdi meu espaço na grande imprensa.

Centrais fazem ato no Rio por crescimento e democracia

Convocado pela CTB e pela CUT, um ato na tarde de hoje, no Rio de Janeiro, vai cobrar mudanças na política econômica e medidas que apontem para o crescimento, além de protestar contra a possibilidade de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e pedir a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A manifestação deve começar às 16h, diante da Igreja da Candelária, na região central do Rio. Dali, eles sairão em caminhada até a sede da Petrobras, para concluir o ato na região da Cinelândia.

Segundo os organizadores, na primeira parte do movimento o foco estará no documento aprovado semana passada por seis centrais sindicais e entidades empresariais, chamado Compromisso pelo Desenvolvimento. No texto, todos pedem medidas como retomada dos investimentos, público e privado, e ampliação do crédito, além de aplicação dos chamados acordos de leniência para 29 empresas investigadas na Operação Lava Jato, para que possam voltar a operar e a firmar contratos. Os sindicalistas afirmam defender a continuidade das investigações, mas com punição a pessoas físicas responsáveis pelos crimes, sem prejudicar as operações das empresas.

“Temos propostas para o desenvolvimento e o primeiro passo é encerrar a crise política que paralisa a economia em nome de interesses mesquinhos e individuais. Chega de terceiro turno, a hora é de o Brasil retomar o crescimento”, afirma o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

Segundo o presidente da central no Rio, Marcelo Rodrigues, o estado poderá perder aproximadamente 50 mil postos de trabalho, depois que as obras das Olimpíadas (que serão disputadas em 2016) se acabarem. “A Operação Lava-jato já resultou no desinvestimento no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) , na indústria naval, que quebrou o estaleiro.” Os sindicalistas afirmam defender a continuidade das investigações, mas com punição a pessoas físicas.

Representantes das seis centrais signatárias do documento, além de como Abimaq (máquinas e equipamentos), Abit (indústria têxtil) e Anfavea (montadoras), esperam ser recebidos nesta semana pela presidenta Dilma Rousseff. Amanhã (9), às 10h, em Brasília, as entidades participam do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social.

Receita Federal libera consulta ao último lote do imposto de renda

A partir de amanhã (9) a Receita Federal liberará a quarta consulta ao último lote do Imposto de Renda. O crédito bancário será feito no próximo dia 15 e a restituição ficará disponível por um ano. Serão pagos R$ 3,4 bilhões a 2,7 milhões de contribuintes.

A consulta pode ser feita pelo site da receita, pelo Receitafone 146 ou por meio de aplicativos para tablets e celulares. A Receita Federal também divulgou um passo a passo para quem ainda não é cadastrado e deseja fazê-lo. 

Procon é investigado por atuação sobre sacolas plásticas

O Ministério Público abriu um inquérito para investigar a atuação do Procon na defesa do consumidor em relação ao tema das sacolas plásticas. Será apurado o acordo assinado entre o Procon e a Associação Paulista de Supermercados (Apas), com a suspeita de que a cobrança das sacolas prejudica o consumidor e o meio ambiente, e favorece o lucro dos supermercados.

 
Dois meses após o término do prazo de gratuidade das sacolas, a prefeitura contestou a medida de cobrança, mas foi barrada pela própria justiça. O atual inquérito é ação da SOS Consumidor e o Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos (Plastivida).
 
O representante da SOS Consumidor declarou que quando uma pessoa compra um produto, ela já está pagando pelo preço da sacola. A cobrança, então, seria uma enganação ao consumidor. A Apas declarou que houve uma queda de 70% do uso das sacolas plásticas, o que se reflete na indústria gerando desempregos e na sociedade, com a falta da coleta seletiva.   

Alckmin tem reprovação recorde em São Paulo

Em pesquisa do DataFolha, divulgada na última sexta-feira (4) o governador Geraldo Alckmin (PSDB) atingiu recorde de reprovação: 30% dos paulistas classificaram sua gestão como ruim ou péssima. Segundo a pesquisa, é a primeira vez em que há mais pessoas que reprovam do que aprovam o governador tucano.

Em relação ao projeto de reorganização das escolas, seis em cada dez eleitores são contra a mudança (61%) e entre os mais jovens, a reprovação chega a 69%. A maioria dos entrevistados (55%) declarou apoio às ocupações das escolas.

A respeito da crise hídrica, 33% dos entrevistados tiveram o fornecimento de água cortado pelo menos uma vez no último mês (novembro), o que chega a 55% na região metropolitana. Oito em cada vez paulistas acreditam que o governo Alckmin fornece apenas informações de assuntos que o interessam.